Sob o título acima comentamos a matéria do jornalista mencionado no título desta explanação, publicada pela revista VEJA há vários meses, por ocasião do sesquicentenário da teoria darwiniana do evolucionismo, explorada por ele.

Na época sua coluna, muito apreciada, discorria sobre temas variados. Há algum tempo foi ele remanejada pela revista como correspondente em Nova York. É de sua autoria o assunto principal, matéria de capa, que a edição 2137, de 04 de novembro deste ano, traz sob o título "O FIM DO MUNDO".

Antes de comentar sua matéria, nosso próximo assunto, julgamos pertinente repetir nosso comentário feito à época, a fim de ilustrar, como preâmbulo, o perfil do seu autor, que às vezes se aventura em temas que, como bem expressam, ele não domina.

Eis o texto em questão:


Sou um dos milhares de assinantes da revista Veja uma das maiores e mais conceituadas publicações semanais em todo o mundo. Dentre seus inúmeros colaboradores destaca-se o jornalista ANDRÉ PETRY, a quem admiro e aprecio. Entretanto, sua coluna editada na penúltima edição da revista pode ser taxada no mínimo de equivocada.

Jamais irei contestar a capacidade jornalística do senhor Petry. Mas não me consta que dentre suas qualificações exista qualquer relacionada com a ciência, propriamente dita. Acredito, também, não ser ele versado em temas como religião. Dessa forma sua opinião manifesta de forma contundente no artigo LEMBRA-TE DE DARWIN reveste-se de duas conotações principais: primeira, ele manifesta uma opinião pessoal, subjetiva, discricionária, que certamente irá influenciar em maior ou em menor grau milhares de pessoas que o lerem. Segunda, a maneira satírica, quase jocosa ou irreverente com que ele intitula sua matéria.

Ao intitular sua matéria com a expressão LEMBRA-TE DE DARWIN ele focaliza, intencionalmente ou não, o cerne do que foi, é e será o tema da maior controvérsia da história da humanidade: a natureza do homem e a Lei de Deus.

O quarto mandamento do Decálogo, entregue a Moisés e escrito, segundo as Sagradas Escrituras, pelo dedo do próprio Deus inicia-se assim: LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO, PARA O SANTIFICAR. E, de maneira expressiva, manifesta enfaticamente a razão: POIS EM SEIS DIAS FEZ O SENHOR O CÉU, E A TERRA, O MAR E TUDO O QUE NELES HÁ...

Ora, deliberadamente ou não, o jornalista trouxe à baila um assunto grandemente polêmico: a teoria da evolução e o criacionismo. Na ferrenha defesa da primeira ele chegou ao ponto até de ridicularizar o segundo, o que não é nem sábio, nem justo e nem ético. Falta-lhe legitimidade e mesmo autoridade para, da forma com que o fez, sentenciar com um veredicto tão contundente algo que absolutamente esteja definitivamente consolidado entre os próprios cientistas.

As opiniões se dividem entre eles. Estatísticas recentes e antigas comprovam esse fato. Ora, a teoria de Darwin, como é chamado o evolucionismo nada mais é do que o que nela está expresso: uma teoria. Uma teoria científica, mas jamais ciência, enquanto não provada experimentalmente.


Ciência é a busca experimental de respostas encontradas em laboratórios e incansáveis pesquisas. Enquanto um cientista se limita e se restringe a sua área, pode ele ser corretamente chamado de cientista. Quando envereda em assuntos teóricos manifestando opiniões é como o jornalista que mencionei no princípio. Um teórico.

Tornando ao senhor Petry não é possível se conformar com a manifestação de que o criacionismo é uma fábula encantadora, mas não é ciência. É uma mentira a sua afirmação de que em biologia vale o evolucionismo de Darwin. Segundo ele, Darwin foi um gênio, o que constitui outra grande mentira. A verdadeira biografia desse inglês pode ser estudada nesse site, no tópico CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO, na série O Terceiro Anjo.

O mais absurdo de todas as considerações da matéria destacada é o seu enfoque principal: “É inaceitável dar criacionismo em aula de biologia. Embrutece porque ensina o aluno, desde cedo, a confundir crença e superstição com razão e ciência”.

A maior verdade que ele escreveu está insuspeitamente declarada ao final de sua matéria: “CONFUNDIDO COM CRIACIONISMO, DARWIN PARECE UM MACACO TOLO”.