Ao nos despedirmos do presidente Lula desejando-lhe e à sua família que Deus o abençôe, trazemos de volta um comentário publicado em meados do ano que termina, que teve como título: "LULA, ENTRE O SANTO E O PROFANO". Estendemos os votos de bênçãos de Deus a todos os nossos queridos leitores, com nossa gratidão por seu apoio e orações no final da década.


"Nunca na história deste país um presidente obteve tanta popularidade dentro e fora do país. O próprio presidente Obama referiu-se a ele como "O Cara!", afirmando ser ele hoje o político mais popular do mundo. Isto é ótimo.

Também nunca na história deste país nenhum presidente viajou tanto ao exterior como ele, mesmo tendo criticado acidamente seu antecessor, FHC, por tal prática. Enfim, visitar o Taj Mahal, as muralhas da China e as pirâmides do Egito certamente devem fazer parte de algum importante objetivo da política internacional do presidente. Isto pode parecer bom.

Igualmente, nunca na história deste país nenhum presidente teve tantas "tiradas" polêmicas, ditos pitorescos, alguns importantes, outros nem tanto, alguns engraçados, muitos irreverentes, outros até ridículos, tropeçando no vernáculo e cometendo gafes folclóricas. Isto é péssimo, apesar de lhe render dividendos eleitorais e popularidade por sua suposta e pretensa identificação com o povão.

Mas desta vez o "companheiro" Lula extrapolou. Em entrevista publicada no jornal "Estadão" ele afirmou de maneira desrespeitosa e até blasfema, como afirmou o citado FHC, que se Jesus Cristo governasse o Brasil ele teria de fazer coalizão até com Judas. Podemos inferir de sua declaração pelo menos três ilações principais:

A primeira diz respeito aos seus atuais aliados, antigos adversários. Estaria ele taxando-os de traidores? Aqueles que mais o detrataram no passado, como os ex-presidentes Collor e Sarney e inúmeros ex-adversários seriam esses, "Judas", nome que simboliza universalmente a traição?

A segunda parece trazer uma conotação de irresponsabilidade pelo tom de deboche com que, do alto do poder de quem indicou oito ministros da Suprema Corte nacional e traz as mais expressivas autoridades do legislativo brasileiro, como se fossem cordeirinhos, ou mais adequadamente cachorrinhos, expressou bizarramente sua insensibilidade para com milhões de pessoas que compõem a maioria cristã da população brasileira.

Finalmente a terceira, mais grave, o desconhecimento que não lhe serve como circunstância atenuante, dos mandamentos da Lei de Deus, à qual, a despeito de no país ele ser praticamente "intocável" ou imune pelo seu cargo e pelas circunstâncias antes referidas, ele está sujeito como qualquer ser humano, de qualquer credo ou status político, social ou econômico.

O terceiro mandamento da Lei do Senhor determina: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão: porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão" (Exodo 20:7). Os anjos de Deus velam o seu rosto em sinal de respeito ao pronunciar o nome sagrado.

Hoje em dia em muitos aspectos o nome sublime é pisado, debochado, feito piada em programas televisivos de humor e mesmo no dia-a-dia por pessoas que não procuram conhecer as eternas e sagradas verdades que lhes trariam paz, libertação da ignorância e jamais a culpa e uma possível futura condenação pelo desprezo e transgressão do mandamento sagrado.

Não vai aqui nenhuma manifestação ou intenção de natureza política e nenhuma crítica destrutiva ao "companheiro" Lula, mas apenas um conselho sincero, não apenas a ele, mas a quantos, filhos amados do Deus eterno, Aquele que desceu das cortes celestiais e tomou a natureza humana para livrar o homem da escravidão do pecado, de Satanás e da sepultura, na Sua prometida e breve volta.

As Escrituras do Antigo Testamento anunciavam a vinda do Messias no contexto de Sua promessa, originalmente feita no Éden perdido, depois da condenação do homem à sepultura, pela desobediência ao mandado de Deus.

Os líderes judaicos à época em que Jesus viveu aqui na terra, esperando a expulsão e vitória sobre os romanos e o restabelecimento do reino material de Davi aqui mesmo, revoltaram-se contra Seu benfeitor quando Ele firmemente declarou que o Seu reino não era deste mundo, que não viera derrotar os romanos, mas a morte, o pecado e Satanás.

Conhecer a Jesus Cristo é saber que Ele não é um mero homem criado e vindo à existência há cerca de 2.000 anos, mas Ele é o grande ser não criado, pré-existente, o EU SOU, o "Princípio da criação de Deus", "O primeiro e o Último", "O Deus Forte", "O Príncipe da Paz", "O Alfa e o ômega", "Aquele que criou todas as coisas e sem Ele nada foi criado", “que conhece o fim desde o princípio”, o meu e o seu Salvador pessoal, que tem a cada um de nós, Seus filhos, por mais indignos que sejamos, o principal objeto de Sua atenção e amor aqui na terra.

Quem de nós gostaria que o nome do pai natural fosse desprezado, vilipendiado, escarnecido, tido em pouca conta? Assim também, caro presidente, tenha mais cuidado ao aventurar-se em assuntos sagrados, não misturando o santo com o profano e por que não assumir, com a grandeza da humildade que caracteriza os verdadeiros grandes homens o reconhecimento semelhante ao manifestado por um dos maiores vultos da história, o alemão Henrique Heine: "Lamento haver em meus escritos falado às vezes de coisas santas sem o respeito que lhes é devido" (O vencedor em todas as Batalhas, Casa Publicadora Brasileira, pag 7).