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O Grande Conflito

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O Espiritismo

Por que não me tornei um espírita?


Capítulo I – É possível a reencarnação?


Sumário: I – Negar a reencarnação é anular o espiritismo. II – o que ensina a
reencarnação. III – Uma inverdade divulgada desde a antiguidade: a) na Índia; b) na
China, na Coréia e no Japão; c) no Egito; d) na Grécia, e em Roma, e outros.


Negar a reencarnação é anular o espiritismo


No cemitério de Pére Lachaise, em Paris, está sepultado Allan Kardec, o codificador do
espiritismo. No monumento sobre o seu túmulo, os espíritas mandaram gravar estas
palavras: “Naitre, Mourir, renaitre, encore et progresseur toujours: telle est la loi, ou
seja: Nascer, morrer, renascer ainda é progredir sempre: esta é a lei.” Toda a filosofia do
homem que foi sepultado ali gira em torno dessa crença: o reencarnacionismo. A
doutrina da reencarnação ocupa posição central no conjunto dos ensinamentos espíritas.


.As muitas tendências e manifestações do espiritismo no Brasil – com exceção do
grupo espírita “Jesus no Himalaia”, organizado por volta de l950 em Niterói, RJ – têm a
teoria da reencarnação como o alicerce de sua filosofia, a pedra angular de toda a sua
argumentação doutrinária.


Em O Mundo Espírita, obra publicada em l953, em Curitiba, PR, na pág. l, o conhecido
polemista espírita Carlos Imbassahy reconhece: “A importância da reencarnação é
capital. Sem essa doutrina, o espiritismo perderia toda a sua base filosófica... Sem a
reencarnação, estaríamos diante do mais completo vazio.” Allan Kardec, em A Gênese
(FEB, Rio de Janeiro, edição 28, l985, p. 30), afirma que essa doutrina (da
reencarnação) “é uma das mais importantes leis reveladas pelo espiritismo”. Essa foi
também a quarta conclusão a que chegaram os umbandistas durante o Primeiro
Congresso do Espiritismo de Umbanda, realizado no Rio de Janeiro em outubro de l941.
Segundo eles, a doutrina umbandista “baseia-se no princípio da reencarnação do espírito
em vidas sucessivas na Terra, como etapas necessárias à sua evolução planetária”.


II – O que ensina a reencarnação


Composta do prefixo re (que designa repetição) e do verbo encarnar (isto é: tomar
corpo), a palavra reencarnação significa, etimologicamente, tornar a tomar corpo, ou
vivificar um corpo novo. Com o mesmo sentido também são empregadas as palavras
“metempsicose”, “metemsomatose”, “palingenesia”, pluralidade de existências, vidas
sucessivas, progresso contínuo, mudança de corpo e transmigração da alma.


A doutrina da reencarnação ensina que nossa atual vida neste mundo é a repetição de
outras existências, vividas em outros corpos. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo
( FEB, edição 39, Rio de Janeiro, pág. 67), Allan Kardec afirma que, “a reencarnação é
a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e
que nada tem em comum com o antigo”.


Com que finalidade os seres humanos encarnariam? Segundo se lê no O Livro dos
Espíritos, a obra que os espíritas consideram a “bíblia do espiritismo”, segundo o que os
“espíritos superiores”, através de diversos médiuns “ensinaram” a Kardec, a
reencarnação, como está escrito na questão 167 dessa obra, tem duas finalidades: o
progresso ou evolução do espírito, e a expiação de faltas cometidas em existência
anterior...


Ensinando que o destino final das pessoas é determinado pelas próprias obras e
esforços, a reencarnação nega que alguém algum dia tenha de prestar contas a Deus por
qualquer falta cometida...


A doutrina da reencarnação faz de Deus um ser bonachão, pacífico como ninguém,
dotado de ilimitada tolerância. Não existe erro. Portanto, roubar, adulterar, estuprar,
blasfemar, mentir e assassinar não passariam de experiências mal-sucedidas, “incidentes
de percurso”, nesse longo caminho de aprendizado. São ações que não devem ser
cometidas, é óbvio, mas caso alguém venha a cometê-las, na próxima encarnação
deverá expiá-las, ensinam os espíritas; mas essa pessoa jamais terá que prestar contas
desses atos a um Deus pessoal.


A doutrina reencarnacionista é bastante cômoda! Qualquer pessoa amante de seus atos
imorais e viciosos sentir-se-á tentado a repetir suas práticas abomináveis durante mais
algumas “reencarnaçõezinhas”, pois no fim das contas tudo acabará dando certo. Allan
Kardec explanou essa doutrina de modo a que ficasse bem esclarecido que ninguém,
segundo ele, nem mesmo o mais degradado ser humano, o mais asqueroso estuprador, o
mais frio assassino deixará de caminhar por essa larga estrada que o conduzirá à
condição de “espírito de luz”. É só ter uma pacienciazinha de alguns milhares de anos, e
as muitas encarnações expiatórias o conduzirão do estado de “espírito atrasado” ao
estado de “espírito evoluído”.


De onde Allan Kardec teria tirado essas idéias? Examinemos a história da doutrina
reencarnacionista, e vejamos como e onde surgiram essas idéias.


III – Uma inverdade divulgada desde a antiguidade


a) – Na Índia


Quando se fala em reencarnação, o nome dos hindus é imediatamente lembrado. A
Índia teria sido, segundo afirmam alguns historiadores, o berço dessa doutrina. Os
Vedas – a coleção dos textos filosóficos dos hindus – são apontados como a mais
antiga fonte onde se encontram referências à reeencarnação. Porém, outros
historiadores – e entre eles o célebre orientalista Oldemberg – garantem que essa
doutrina não é tão antiga como muitos pensam. Ela foi inventada e introduzida
entre o povo pela classe dos brâmanes, ou seja: os sacerdotes que oficiavam os
rituais prescritos nos Vedas. Eles inventaram toda essa história de vidas sucessivas
com o propósito de inspirarem o respeito das outras classes sociais da Índia para
com eles, para se manterem superiores e protegerem seus privilégios. Falando de
suas próprias encarnações anteriores, os brâmanes faziam com que sua autoridade
parecesse, aos olhos do povo, antiquíssima. De reencarnação em reencarnação, eles
haviam chegado à posição em que se encontravam, diziam. E o povo acreditava!


b) – Na China, na Coréia e no Japão


Buda, que nasceu no ano 560 a.C., tomou emprestado do bramanismo essa idéia, e
acrescentou-lhe este outro detalhe: só os que conquistam um alto grau de
conhecimento escapam do círculo de nascimento e morte, deixam de reencarnar e
atingem o Nirvana, ou seja: o estado de quietude perpétua, o nada.


Através do budismo, a crença reencarnacionista entrou na China. Isto aconteceu
no quarto século d.C., quando Cristo já havia pregado, não a errônea doutrina da
reencarnação, e sim a veraz e divina doutrina da ressurreição, provando a sua
realidade ao ressuscitar dos mortos ao terceiro dia. No ano 372, o sacerdote budista
Choen-tau levou o budismo para a Coréia, e de lá ele passou para o Japão. Foi
através da religião fundada por Buda que a doutrina reencarnacionista entrou
nesses dois países. E foi com os brâmanes que Buda “pescou” essa idéia, inventada
por eles, como já vimos, para proporcionar certas prerrogativas àquela classe de
sacerdotes hindus.


c) – No Egito


Quanto ao Egito, não é verdade o que tradicionalmente se afirma: que a idéia do
reencarnacionismo teria florescido na pátria dos Faraós desde os primeiros tempos
de sua história. No antigo Egito, a crença sobre a vida no além-túmulo não incluía
a filosofia das várias existências terrestres. As obras dos historiadores modernos
que estudam a arqueologia egípcia provam isto. Mallon, no seu interessante estudo
A Religião dos Egípcios, publicado na coleção Cristus (III, pp.7 – 131, Porto
1941), diz que o povo do Egito acreditava que , após a morte, continuaria a viver
em sociedade no Amenti, um lugar para onde iam todas as almas dos egípcios
falecidos. Esse lugar era uma espécie de novo império, um segundo Egito, onde
todos viveriam sob o feliz e florescente governo de Osíris, o soberano do Mundo
dos Mortos, e lá poderiam se entregar às suas distrações preferidas.


Por este motivo, ao sepultarem seus mortos, os habitantes das margens do rio Nilo
sepultavam também os objetos de que, segundo acreditavam, os mortos iriam
necessitar no reino de Amenti. Essa crença levou os egípcios a construírem as
pirâmides, vindo algumas delas a tornarem-se verdadeiros monumentos onde
dormiriam eternamente, cercados de riquezas fabulosas, seus habitantes, os faraós.
Mallon informa que “para o primitivo (egípcio), o defunto está na sepultura como
em casa; depois, enquanto o faraó sobe diretamente ao céu, os seus vassalos vão
formar um reino no Ocidente... Mesmo então é facultativo ao bem-aventurado
rever o seu túmulo e nele habitar, e aí provar as ofertas dos amigos; é-lhe permitido
circular por onde lhe apraz, entre os espíritos e os deuses”.


d) - Na Grécia e em Roma


Consta que foi Pitágoras o introdutor da doutrina da reencarnação na Grécia.
Aprendera ele sobre essa teoria no ano 543 d.C., com o seu professor, um certo
Ferécides. Antes desse homem, não se encontra em nenhuma obra grega qualquer
vestígio dessa extravagante doutrina. Tempos depois, após ter sido difundida pelo
médico e filósofo Empédocles, a doutrina reencarnacionista foi plenamente aceita
por Platão. Ele acreditava que o espírito de um homem poderia encarnar no corpo


de um animal (Metempsicose), e isto colocou certa vez em dificuldade um de seus
discípulos, Porfírio. Sobre esse caso, comenta Agostinho no seu livro A Cidade de
Deus: “Parecia-lhe vergonhoso (a Porfírio) crer em semelhante doutrina, pois isso
equivaleria a admitir a possibilidade de um dia a mãe que já havia morrido,
reencarnar numa jumenta e ser montada pelo próprio filho. Envergonhava-o
também o pensar na possibilidade de sua avó reencarnar , crescer, e vir a se casar
com o bisneto...


Apesar de acreditarem que a alma continuava a existir após a morte, a doutrina da
reencarnação nunca foi simpática aos antigos romanos. À exceção de Ovídio,
Horácio e Virgílio, nenhum escritor sério faz referência a essa teoria. O poeta
Lucrécio chegou mesmo a combatê-la.


Diante de tudo o que foi exposto até agora, é falsa a afirmação de Allan Kardec na
pág. 128 do Livro dos Espíritos (trad. J. Herculano Pires, ed.1, EDICEL, São
Paulo, l985), quando diz que Pitágoras tomou essa teoria “dos filósofos indianos e
dos meios egípcios onde ela existia desde épocas imemoriais. A idéia da
transmigração das almas era portanto uma crença comum...”


Criticando a pretensão dos espíritas de citarem a “antiguidade” da doutrina
reencarnacionista como garantia de sua origem divina, Jerônimo Gueiros, no seu
excelente livro O Espiritismo Analisado (ed.2, Imprensa Metodista, Rio de Janeiro,
1949,pág.313) observa que se esse argumento fosse válido e correto, o
materialismo, por ter sido professado formalmente por homens da antiguidade
clássica, seria de origem divina; da mesma maneira, a idolatria, demonolatria e
feitiçaria, tendo sido praticadas desde a antiguidade, seriam de origem divina...


IV – Uma doutrina que rebaixa a natureza humana


Allan Kardec, afirma, no seu livro O que é o Espiritismo (ed.10,pág.153): “O
nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de espíritos
pouco adiantados e cárcere de espíritos criminosos”. Segundo o “ilustre”
codificador da doutrina, só há duas classificações para a humanidade: ou somos
espíritos atrasados, ou criminosos...


E a coisa não pára só nesse afrontoso absurdo. Um outro espírita, Alexandre Dias,
no livro Contribuições para o Espiritismo (ed.2, Rio de Janeiro, l950, pág. 19 e
seguintes) afirma que nós, antes de chegarmos ao estado de seres humanos, fomos
minerais: uma pedra, areia, um pedaço de ferro... E o pior é que essas afirmações
absurdas e loucas estão inegavelmente mescladas de racismo e preconceito. Para
espanto geral do leitor, eis a transcrição do texto do livro de Alexandre Dias:
“Nascer, morrer, renascer é o trabalho contínuo a que está sujeito o espírito,
passando por todas essas transições, desde o tipo boçal ao gênio. Não importa
saber quantos milhares de anos foram precisos para tomar as feições humanas, o
tempo que demorou na raça indígena e na preta, até chegar à branca, e nem as
várias nacionalidades que adotou na sua trajetória...E o espírito passará a outro
planeta mais adiantado. Daí, em escala sempre ascendente, de planeta em
planeta...” Haverá coisa mais absurda?


V – A reencarnação apoia-se na doutrina evolucionista


Os espíritas cultos talvez argumentem que citou-se o livro de um outro quase
desconhecido no meio espírita, cujas as idéias não possuem tanto peso. Mas o que
dirão do escritor espírita francês Leão Denis? Suas idéias em nada diferem das de
Alexandre Dias.(Tudo indica que o brasileiro “inspirou-se” nos livros do
francês).Leão Denis publicou vários trabalhos que lhe valeram o título de o
“filósofo inconfundível do espiritismo”. Influenciado pela já superada e
refutadíssima doutrina evolucionista de Darwin, que afirma ser o homem
descendente do macaco (Allan Kardec apoiou-se também nessa idéia, em sua
forma primitiva, anterior a Darwin, para elaborar a doutrina espírita), Denis
escreveu o livro Depois da Morte, onde o homem, é visto como um mineral, um
vegetal e um animal irracional antes de chegar à condição de ser pensante. Eis
alguns parágrafos desse livro (as obras de Leão Denis, cheias de erros, fantasias,
idéias absurdas e impropérios contra a Bíblia e o cristianismo, são hoje muito lidas
e citadas pelos espíritas brasileiros):


“Sabemos que em nosso Globo, a vida aparece primeiramente sob os mais simples,
os mais elementares aspectos, para elevar-se, por uma progressão constante, de
formas em formas, de espécies em espécies, até o tipo humano, coroamento da
criação terrestre (...) A alma se elabora no seio dos organismos rudimentares. No
animal está apenas em estado embrionário; no homem adquire o conhecimento, e
não mais pode retrogradar (...) No dia em que a alma, libertando-se das formas
animais e chegando ao estado humano, conquistar a sua autonomia, a sua
responsabilidade moral, e compreender o dever, nem por isso atinge o seu fim ou
termina a sua evolução...” (Leão Denis, Depois da Morte, ed. 6 , FEB, Rio de
Janeiro, pg.139 – 143).


E como ponto culminante desta demonstração do quanto o espiritismo é
depreciador da origem e natureza do ser humano, eis o que diz o maioral dos
espíritas, Allan Kardec, no livro A Gênese (FEB, Rio de Janeiro, 1985, ed.28,
pg.212), escrito com o propósito de explicar, a seu modo (orientado, é óbvio, pelos
“espíritos da verdade” ), a origem de tudo... Eis o texto:


“Da semelhança, que há, de forma exteriores entre o corpo do homem e o do
macaco, concluíram alguns fisiologistas que o primeiro é apenas uma
transformação do segundo. Nada aí há de impossível, nem o que, se assim for,
afete a dignidade do homem. Bem pode dar-se que corpos de macacos tenham
servido de vestidura aos primeiros espíritos humanos, forçosamente pouco
adiantados, que viessem encarnar na terra, sendo essas vestiduras mais apropriadas
às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que do
corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o espírito um invólucro
especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele de macaco, sem
deixar de ser espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos
animais, sem deixar de ser homem”.


Vemos aí que Allan Kardec, subserviente à doutrina materialista dos evolucionistas
anteriores a Darwin, deu um jeitinho de arranjar uns paletós de macacos para os
seus espíritos de estimação.


VI – “Antes de sermos humanos, fomos pedras, plantas, animais...”


Todas essas idéias absurdas expostas até agora, todas essas afrontas ao Criador e à
obra-prima da Criação, o homem, proferidas pelos doutrinadores do espiritismo,
estão resumidas nesta declaração do espírita brasileiro Leopoldo Machado,
publicada na Revista Internacional do Espiritismo, no ano de 1941, em Matão, SP,
pg.193: “A vida orgânica e anímica vem, não tenhamos dúvida, de muito baixo e
de muito longe, dos seres inorgânicos, até chegar ao homem, ao espírito, ao anjo...
A espécie humana provém material e espiritualmente da pedra bruta, das plantas,
dos peixes, dos quadrúpedes, do mono (macaco). E, de homem, ascenderá a
espírito, a anjo, indo povoar mundos superiores...”


Portanto, segundo tem-se constatado até aqui, os doutrinadores da reencarnação
afirmam que uma pessoa (eu ou você, caro leitor) pode ter sido, em existências
passadas, um animal qualquer, um vegetal ou um mineral. É isso crença admitida
por todos os espíritas (com exceção dos ingleses, como veremos a seguir). O
próprio Allan Kardec, que afirmava ser a reencarnação de um antigo poeta celta,
pode muito bem ter sido, em encarnações anteriores, a pedras onde alguém dentre
os primeiros homens deu o primeiro tropeção e proferiu as primeiras palavras
torpes; ou quem sabe, talvez Kardec tenha sido a árvore de onde alguém tirou um
galho para a prática de um homicídio, ou uma porção de barro utilizado nos tijolos
da Torre de Babel, ou, quem sabe ainda, o jumento cuja queixada serviu de arma a
Sansão, quando ele matou mil filisteus, ou simplesmente um sapo...


Perdoem-me os espíritas, mas outro não deve ter sido o passado do “ilustre”
codificador do espiritismo, Allan Kardec, o moderno divulgador de todas essas
asneiras, como também não devem ter tido um passado melhor todos aqueles que
admitem como certas, como verdadeiras essa idéias tão absurdas e tolas, tão
distantes da Verdade, tão afastadas de tudo aquilo que Deus revelou ao homem...


VII – Teoria da Evolução: um atalho para o ateísmo


A verdade é que a maioria das pessoas que se proclamam adeptas da doutrina
evolucionista pouco ou nada sabem a respeito desse dogma. Enquanto homens que
conhecem profundamente vários ramos da ciência, especialistas de renome
internacional, reconhecem que a teoria da evolução é apenas uma teoria, os
espíritas brasileiros fazem pé firme sobre essa grande tolice, usando-a como lastro
para a doutrina da reencarnação.


A teoria da evolução começou a ser esboçada pelo naturalista francês Lamarck
(1744-1829) no seu livro Filosofia Zoológica (publicado em 1809), e foi
aprimorada pelo inglês, também naturalista, Charles Darwin (1809-1882), no livro
A Origem das Espécies (1859). Segundo essa teoria os seres vivos não foram
criados independentemente uns dos outros, mas tiveram uma origem comum, e
novas espécies foram formadas por um processo de seleção natural. Sem querer
expor todos os detalhes dessa famosa teoria – o que seria uma tarefa longa e
complexa - , citaremos aqui as suas mais graves conseqüências, que são duas: a
negação de que Deus criou o homem (ele seria um produto da seleção das espécies,
tendo como ancestral, no entroncamento de sua árvore genealógica, o próprio
macaco), e o não reconhecimento do princípio bíblico de que os céus e a Terra e
todo o Universo foram criados por Deus. Eles seriam também produto de uma
evolução cósmica.


Afirma-se que, no fim de sua vida, Darwin lia constantemente a Bíblia, e certa vez
confessou, referindo-se à sua famosa teoria: “Eu era ainda bem novo naquele
tempo, e tinha algumas idéias mal formadas, que participei a outros. Para minha
surpresa essas idéias pegaram e os homens fizeram delas uma espécie de
religião...”


VIII – A lei do Carma e a reencarnação


Segundo essa lei inventada pelos hindus, nós estamos sujeitos a sempre colher na
outra vida o que plantamos nesta. Se praticarmos boas obras, reencarnaremos em
uma escala mais elevada; porém, se praticarmos más obras, reencarnaremos no
corpo de um animal ou de um inseto.


É importante notificar-se que existe uma diferença entre a crença na metempsicose
inventada pelos antigos e a doutrina da reencarnação segundo os “espíritos” a
“revelaram” a Allan Kardec. É que os espíritas apesar de acreditarem que seus
espíritos atrasados tiveram de evoluir do reino mineral até chegarem à condição de
seres humanos, não admitem que o espírito humano possa regredir e tornar a viver
(“como nos bons tempos!” diria um desses indivíduos malucos, revoltados com o
sua condição de ser humano, e que acredita ter sido em outras encarnações um
sapo ou uma barata, e gostou da idéia) no corpo de um animal, pois a reencarnação,
segundo o espiritismo, pode ser progressiva ou estacionária (esta última, no caso
das pessoas que cometem “más ações”, pois não existe pecado), mas nunca
regressiva.


Veremos, a seguir, talvez para a surpresa da maioria dos leitores, que essas idéias
absurdas, apesar de terem sido declaradas de importância máxima na composição
do lastro de doutrinas do espiritismo, não são aceitas por todos os espíritas do
mundo. No espiritismo inglês, por exemplo, “os espíritos” que se comunicaram
com os médiuns da Inglaterra não ensinaram nada a respeito da reencarnação.


Muitos médiuns, inclusive, combateram essa idéia.


IX – A reencarnação é negada pelos espíritas ingleses


É realmente embaraçador para qualquer espírita ter de reconhecer a existência de
uma tremenda discordância entre eles no que diz respeito a reencarnação. Ora, em
se tratando de um ensinamento tão “importante” no contexto da doutrina espírita, a
ponto de os principais doutrinadores afirmarem, como já foi citado, que sem essa
crença o espiritismo seria impossível, era de se esperar que nenhuma dúvida
existisse sobre a veracidade, ou possibilidade de tal fenômeno. Mas, qual nada!
Para surpresa de muita gente, os célebres espíritas da Inglaterra e dos Estados
Unidos confessaram ter recebido mensagens de “espíritos” que se declaram ser
contrários à doutrina da reencarnação.


Um desses médiuns ingleses, autor de vários livros, representou para os espíritas
da Inglaterra o que Allan Kardec representou para os espíritas na França (e da
América Latina, principalmente do Brasil). Seu nome era Stainton Moses. Na
revista inglesa The Mouth (A boca), de julho de 1926, um escritor de nome
Thurston publicou um artigo intitulado A New History of Spiritualism (Uma Nova
História do Espiritismo), citando, entre outras coisas, o depoimento de dois


espíritas ingleses famosos: o já mencionado Stainton Moses, e Daniel Douglas
Houme, considerado o maior médium de todos os tempos. (Para confirmação
desses dados, queira consultar o documentadíssimo e excelente livro Metapsíquica
e Espiritismo, de Fernando M. Palmés, Vozes, Petrópolis, l957 pg. 329).


Pois bem, Thurston afirmou que Stainton Moses se negava a crer na reencarnação
por ter recebido, a 16 de novembro de 1874, uma mensagem de seu “espírito guia”
chamado Kabbila, na qual este afirmava ser falsa essa doutrina, pois há mais de
quatro mil anos esse “espírito” havia deixado a Terra, e jamais reencarnara, nem
existia possibilidade alguma disso acontecer.


X – Kardec disse: “Arrependo-me de ter ensinado a doutrina espírita”


Já os argumentos de Daniel Douglas Houme, citados por Thurston, foram
enganadores. Referindo-se a Allan Kardec, Houme afirmou não crer em uma
doutrina elaborada por alguém que nem sequer era médium. Para Houme, o Livro
dos Espíritos não tinha nenhum valor, pois nele estava refletido não a opinião dos
espíritos, e sim o pensamento consciente ou subconsciente de quem o havia escrito:
Allan Kardec. Douglas Houme escreveu um livro intitulado Lights and shadows of
Spiritualism (Luzes e Sombras do Espiritualismo). Nessa obra ele conta que estava
conversando com o Conde Dunraven, quando, inesperadamente, começou a
receber, de forma telepática, uma mensagem: era Allan Kardec, que confessava:
“Arrependo-me de ter criado a doutrina espírita”. Segundo soube-se depois,
Houme recebera aquela mensagem no mesmo dia em que Kardec morrera. Os
espíritas Kardecistas evitam o máximo comentar sobre esses “lamentáveis” fatos
comprometedores de sua doutrina.


Ora, curioso mais ainda é sabermos que o próprio romancista Arthur Conan
Doyle, de confissão espírita, ao escrever sua clássica e citadíssima História do
Espiritismo, livro muito bem aceito pelos espíritas no Brasil e de todo o mundo,
cita entre outras opiniões contrárias à reencarnação, um forte e irônico argumento
de


Douglas Houme que sempre combateu a fantasia reencarnacionista: “Encontro
muita gente que é reencarnacionista e tive o prazer de encontrar pelo menos doze
que tinham sido Maria Antonieta, seis ou sete tinham sido Mary Rainha da
Escócia; um bando de Luiz e outros reis; cerca de vinte Alexandre, o Grande. Mas
não encontrei ninguém que tivesse sido um simples John Smith. E vos peço que, se
o encontrardes, guardai-o como uma curiosidade”. (pp.398,399).


Aliás, Arthur Conan Doyle, no capítulo XXI do seu livro, dedicado ao estudo
espiritismo francês, alemão e italiano, apresenta não só a irônica e demolidora
argumentação de Daniel Houme, mas também de vários outros médiuns. Eis o que
diz William Howitt, “um dos pioneiros do espiritismo na Inglaterra”. Após
observar que milhares de espíritos “do Outro Mundo protestam, através de
distintos médiuns, que não têm conhecimento nem provas da reencarnação”,
conclui: “...Se a reencarnação for uma verdade, lamentável e repelente como é,
deve ter havido milhões de espíritas, que, ao entrarem no outro mundo, em vão
terão procurado seus parentes, os filhos, os amigos... Já teria chegado a nós esse
sussurro de milhares, de dezenas de milhares de espíritos comunicantes? Nunca.
Podemos, portanto, só nesse campo, considerar falso o dogma da reencarnação
como o inferno do qual ela brotou.” (pg.397).


Conan Doyle cita o espírita Alexandre Aksakof, que faz uma interessante
observação: “É claro que a propagação dessa doutrina por Kardec foi matéria de
forte predileção. De início, a reencarnação não foi apresentada como objeto de
estudo, mas como um dogma. Para o sustentar, recorrem com freqüência a escritos
de médiuns, que, como bem sabemos, facilmente se submetem a influência de
idéias preconcebidas. E o espiritismo as produziu em profusão. Enquanto que,
através de médiuns de efeitos físicos, não só as comunicações são mais objetivas,
mas sempre contrárias à doutrina da reencarnação”. (p.398)


XI – Congresso de espíritas contrários à reencarnação


Quando O Livro dos Espíritos foi publicado na Inglaterra, vários periódicos e
quase todos espíritas anglo-saxônicos reagiram contra ele. Usaram até de
linguagem violenta para condenar o que ficou sendo chamado de o dogma da
reencarnação. As divergências entre os espíritas ficaram bastantes caracterizadas
durante o Congresso Espírita Internacional de Liege, realizado de 26 a 29 de agosto
de 1923. Naquela ocasião, um dos espíritas mais ilustres, M. Drouvile, expôs um
dos motivos de sua descrença nessa doutrina: “Em geral se diz que a reencarnação
é uma lei graças à qual o espírito evolui, eleva-se, expiando as faltas cometidas em
existências anteriores. Agora, o que eu queria saber é o seguinte: por que o espírito
teria necessidade da matéria para evoluir e elevar-se (falo do espiritismo
consciente); e sobretudo, como pode ser admitido por alguns que, não havendo
recordação do passado, seja possível uma expiação? Esta última dificuldade
sempre chamou minha atenção. Se não há recordação, isto é, se o Eu consciente
passado não existe, então o Eu atual de fato não tem relação nenhuma com o
passado e, por conseguinte, não pode pagar pecados.”


Quanto aos espíritas norte-americanos, a dificuldade em aceitar a doutrina tem
como motivo principal o preconceito de cor que impera naquele país. Nenhum
espírita racista nos Estados Unidos aceita a idéia de que, sendo ele branco, sua
alma já tenha encarnado em épocas passadas (ou vá encarnar, em épocas futuras)


no corpo de um negro.


Por que não me tornei um espírita?


Capítulo II - A Bíblia condena a teoria da reencarnação?


Sumário: I – Jó nunca foi reencarnacionista. II – Jeremias apoiou a doutrina da
preexistência? III – Jesus, Nicodemos e o novo nascimento. IV – A lei da semeadura e
da colheita. V – “Mestre, quem pecou?” VI – João Batista era Elias reencarnado? e
outros.


Não é raro ouvir dos próprios espíritas a argumentação de que a doutrina
reencarnacionista é bíblica; que foi confirmada em algumas passagens do Antigo
Testamento e ensinada por Jesus. Mas a Bíblia condena radicalmente essa doutrina.


I – Jó nunca foi reencarnacionista


O texto mais antigo a que os espíritas se apegam para “provar” que a Bíblia ensina a
teoria reencarnacionista é Jó 1:20-21. Leiamos e analisemos estes dois versículos:
“Então se levantou Jó, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, e lançou-se em terra, e
adorou; e disse: nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor deu, e o Senhor
o tomou; bendito seja o nome do Senhor!”.


Destituídos de qualquer base exegética, alguns espíritas, após uma incompleta e
superficial leitura da Bíblia, afirmam que a expressão de Jó: “... e nu voltarei”, é prova
de que ele acreditava na reencarnação: após a morte, voltaria ao ventre de sua mãe, nu
como nascera. Ora, esse argumento se auto-anula quando lembramos aos espíritas que,
segundo a própria doutrina reencarnacionista, Jó, ao morrer, não tornaria mais ao ventre
de sua mãe, de onde havia saído a primeira vez. Outra seria a mãe desse Jó reencarnado.


Além do mais, tomando-se por base as absurdas afirmações reencarnacionistas do
próprio Kardec e dos “espíritos superiores” que lhe ditaram a doutrina espírita, talvez Jó
tivesse de seguir a doutrina à risca: “... e nua voltarei”, pois os espíritas crêem que quem
é homem em uma encarnação, na outra poderá nascer mulher, conforme está declarado
na questão 201 de O Livro dos Espíritos: “O espírito que animou o corpo de um homem
pode animar o corpo de uma mulher, numa nova existência e vice-versa?” Resposta:
“Sim, pois são os mesmos os espíritos que animam os homens e as mulheres.” Que
confusão!


Obedecendo a uma das regras de hermenêutica (desconhecida dos espíritas),
procuramos saber qual era o significado original da palavra ventre, e constatamos que os
comentadores da Bíblia de Jerusalém (Edição espanhola, Desclee de Brouwer, Bilbao,
Espanha, 1980, pg.656), sobre essa expressão de Jó esclarecem que o vocábulo ventre
equivale, no original, à expressão “interior da terra”, ao pó de onde todos nós viemos e
para onde todos vamos: “porque tu és pó e ao pó retornará” (Gênesis 3:19).


Querer identificar nas palavras de Jó vestígios de convicções reencarnacionistas é
desconhecer o sentido exato da expressão: “...e nu voltarei”. Porém esse sentido torna-se
claro ao aproximarmos as palavras do velho patriarca a expressões equivalentes, como a
de Eclesiastes 5:15, que diz: “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-
se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo”; a do salmo 49, versículos
16 e 17: “Não temas quando alguém se enriquecer, quando avultar a glória de sua casa;
pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o acompanhará”; e ao que
Paulo escreveu em I Timóteo 6:7,que diz: “Porque nada temos trazido para o mundo
nem coisa alguma podemos levar dele.” E era exatamente isto que Jó estava
expressando com suas palavras: voltaria nu ao interior da terra, assim como nu havia
saído do ventre de sua mãe.


II – Jeremias apoiou a doutrina da preexistência?


Outra passagem a que os espíritas se apegam na tentativa de conseguirem respaldo
bíblico para a doutrina reencarnacionista é Jeremias 1:4 e 5 , que passamos a transcrever
e analisar: “A mim me veio, pois, a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te
formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e
te constituí profeta às nações.” Dizem os espíritas que esta passagem refere-se à
preexistência do ser humano, na condição de espírito que ainda não viveu em um corpo
(ainda não encarnou e, atrasado e sem conhecimento, “aguarda o momento de
reencarnar para começar a se desenvolver”, dizem os espíritas), ou que já viveu,
“desencarnou” (morreu) e aguarda uma nova encarnação.


Ora, ao analisarmos as palavras de Jeremias à luz do que disseram outros profetas e
apóstolos (pois a Bíblia interpreta a própria Bíblia) sobre o estado em que se
encontravam quando ainda não haviam nascido, constata-se que a tese espírita é falsa.


Vemos, por exemplo, que Isaías (49:5) afirmou o mesmo sobre sua pessoa, sem isso
significar que ele acreditava ter sido contemplado por Deus durante sua fase de “espírito
vagabundo”, errante, enquanto aguardava, na fila, sua vez de reencarnar. Aliás, é
curioso sabermos que não existe ninguém responsável em determinar, dentro do errôneo
e confuso sistema reencarnacionista dos espíritas, quando o espírito deverá encarnar.
Comentando sobre o carma e a reencarnação, John Snyder (Reencarnação ou
Ressurreição? Edições Vida Nova, São Paulo, ed. 1, 1985) faz algumas interessantes
observações nas págs. 19 e 20 do seu livro, as quais passamos a transcrever:


“Entretanto, para a pergunta: ‘Quem é o administrador desse processo altamente
sofisticado de recompensa e castigo?’ a resposta deve ser um notável ‘Ninguém’. Não
há administrador, nenhum Deus infinito e pessoal que supervisiona a criação, mas há
um processo impessoal que, de alguma maneira notável, delega algo parecido com
justiça com toda a eficiência de um computador, nunca cometendo o erro de punir ou
recompensar a pessoa errada (...) Na prática, então, isto permite a cada pessoa
determinar para si mesma o que é bom e o que é mau.


“Isso, naturalmente, coloca a responsabilidade da salvação inteiramente no indivíduo,
que por sua própria vontade e preferência determina o curso e valores de sua vida”


Mostrando o quanto a reencarnação é absurda e destituídas de bases dentro do plano de
salvação que Deus traçou para a humanidade, Snyder faz uma importante pergunta, e
chega a uma grande conclusão: “Como pode alguém validar o seu padrão de certo ou
errado? E como pode alguém conciliar os seus valores com os dos outros para fazer o
sistema funcionar? (...) A história das religiões nos diz que mesmo as melhores
intenções não fornecem às pessoas o poder para fazerem o que pensam ser direito.”


Reconsiderando as palavras de Jeremias, vemos que ele estava referindo-se à
determinação de Deus, que o havia designado para Sua obra desde o tempo em que o
profeta ainda se encontrava dentro do ventre de sua mãe. É o que diz também Isaías, na
passagem já citada: “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser
Seu servo...” No caso de Isaías, ventre tem também um significado semelhante à
expressão de Jó: seio da terra.


Expressões como a de Paulo: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e
me chamou pela sua graça...” (Gálatas 1:15), e de Davi: “Os teus olhos me viram a
substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um
deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia”, deixam bem claro que tanto
Jeremias como Isaías, Paulo e Davi estavam falando do pré-conhecimento de Deus


sobre seu futuro, quando eles ainda estavam sendo gerados no ventre materno, e não da
preexistência segundo a concepção espírita; como um espírita aguardando a
oportunidade de cumprir o ciclo reencarnacionista.


Na Sua onisciência, Deus sabe o que vai acontecer no mundo e na vastidão do Universo
nos próximos dez minutos ou dez mil anos. Foi Ele mesmo quem afirmou: “Eu sou
Deus e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de
acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam” (Isaías 46:9 e 10)


III – Jesus, Nicodemos e o novo nascimento


O diálogo entre Jesus e Nicodemos, registrado no Evangelho de João, capítulo 3:1-21, é
freqüentemente usado pelos espíritas como prova de que Jesus, ao dizer a Nicodemos
que lhe era necessário nascer de novo, estava pregando a reencarnação. Ora, só aqueles
que ignoram o significado da palavra grega “anothen” (traduzida no versículo 3 como
nascer de novo) é que fazem uso de tal argumento. Porém, o significado literal desse
vocábulo é nascer do alto, nascer de cima, nascer de Deus; portanto, não se refere a um
nascimento após um processo biológico, intra-uterino, e sim a um nascimento através da
operação do Espírito de Deus no interior do homem. Isto nada tem que ver com
reencarnação.


Se a doutrina reencarnacionista fizesse parte dos ensinamentos de Jesus, a grande
oportunidade de divulgá-la (e confirmá-la, conseqüentemente) seria durante aquela
memorável conversa daquele que era mestre em Israel com Aquele que é o Mestre dos
mestres. A pergunta de Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo velho?
Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez ?” não poderia ter sido
respondida, caso Jesus fosse reencarnacionista, da seguinte maneira: “Isto é possível,
Nicodemos. Basta você reencarnar”? Mas a resposta de Cristo foi: “Na verdade, na
verdade te digo, quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus”.


Que significa nascer da água e do Espírito? Nascer da água é viver de acordo com a
observância da palavra de Deus, e nascer do Espírito é ser transformado pelo Espírito
Santo, que atua poderosamente no interior do velho homem (da velha natureza
pecaminosa, inclinada para o mal, herdada dos nossos primeiros pais) e o regenera (isto
é, gera-o outra vez). Quanto ao poder regenerador da Palavra de Deus, assim escreveu
Tiago: “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como que primícias das suas criaturas” (l:l8). O apóstolo Pedro, em sua
primeira epístola, esmaga o argumento dos reencarnacionistas, ao dizer: “Pois fostes
regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de
Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pedro 1:23).


A correspondência da água e do Espírito com a Palavra de Deus e o Espírito de Deus
está bem clara em Ezequiel 36:25,27: “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração
de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que
andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.”


Era isto o que o Filho de Deus estava querendo dizer a Nicodemos, que, para nascer de
novo, ser-lhe-ia tão somente necessário receber Jesus como Salvador de sua alma, pois
“todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber:


aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do
homem, mas de Deus” (João 1:12,13), e “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).


IV – A lei da semeadura e da colheita


Uma leitura mal feita de Gálatas 6:7 tem levado muitos adeptos da doutrina
reencarnacionista a afirmar que esse versículo apoia-se na lei do carma e confirma a
existência da reencarnação. Porém, tal afirmação é fruto de uma leitura incompleta do
trecho em que o apóstolo Paulo falava aos crentes da Galácia sobre a lei da semeadura e
da colheita. De forma alguma (e em nenhuma passagem de suas cartas) o apóstolo
discorreu apoiando tais doutrinas. Seu assunto em foco era a ressurreição. Eis o
versículo utilizado pelos reencarnacionistas: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Essa zombaria – em grego,
“mukterizo” – significa literalmente: para Deus não se torce o nariz, ficando-se impune.
O castigo virá, definindo o destino eterno do zombador). Mas essa aparência de apoio a
reencarnação é totalmente destruída pelo versículo seguinte: “Porque o que semeia para
a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do
Espírito colherá vida eterna.”


As últimas palavras de Paulo no versículo oito deixam bem claro que não haverá outra
semeadura, nem, conseqüentemente, outra colheita. Semei-se “para sua própria carne”,
e os resultados serão os frutos descritos em Gálatas 5:19-21, cujo produto final será a
corrupção e condenação eterna. A “carne” aqui é usada como ilustração do solo onde o
semeador deposita a sua semente, e esta produzirá uma inevitável colheita “de acordo
com sua espécie”. Semei-se, porém, “para o Espírito”, e os frutos serão aqueles
descritos em Gálatas 5:22-23, que resultarão na vida eterna.


O que diferencia esse ensinamento de Paulo do ensinamento divulgado pelos espíritas é
que eles esperam fazer várias semeaduras (durante suas muitas existências) e conseguir
igual número de colheitas, mas isto é antibíblico (veja Hebreus 9:27). A todo ser
humano cabe fazer uma única semeadura e uma única colheita. Essa semeadura pode ser
boa ou má, resultando daí uma recompensa eterna ou um castigo eterno. “O coração do
homem assemelha-se a um campo onde ele semeia, pelo mero exercício da vontade,
uma futura colheita de bem ou de mal”, disse o comentarista Rendall


Os espíritas reagem contra o ensinamento de que a vida é uma só, e só temos uma única
chance de salvação (através da aceitação de Jesus Cristo como nosso Salvador),
argumentando ser injusto que uma vida tão curta defina o nosso destino eterno. Dizem
eles que a reencarnação, dando novas chances ao ser humano, multiplica-lhe as
possibilidades de acerto. Contra isto muito bem argumentou John Snyder: “Certamente
esse otimismo acerca do espírito humano é difícil de ser mantido em face daquilo que
conhecemos sobre a história, ou mesmo sobre nós mesmos. Encontramos os sábios e os
insensatos entre as crianças, adultos e também entre os mais velhos; a sabedoria e a
responsabilidade têm muito pouco a ver com a idade cronológica ou a quantidade de
experiência. E encontram-se freqüentemente respostas positivas ao evangelho entre os
jovens, enquanto que a multiplicação dos anos comumente resulta num
entrincheiramento firme na resistência a Cristo, como também uma hostilidade cada vez
maior diante da idéia do arrependimento.


“É bastante difícil imaginar porque centenas de anos de vida poderiam predispor mais
alguém diante do evangelho de Jesus do que faria apenas uma geração, porém seria


muito mais fácil imaginar a visão espiritual se tornando cada vez mais obscurecida e a
audição espiritual estando cada vez menos sintonizada com a verdade. Esta visão não é
incongruente com a história da raça humana que, de forma alguma torna-se menos
gananciosa, feroz e enganosa com o passar dos séculos”. (Op. Cit. pp.76,77).


V – “Mestre, quem pecou?”


Eis outra passagem bíblica muito citada pelos espíritas em apoio à doutrina
reencarnacionista: “Caminhando Jesus, viu um cego de nascença. E os seus discípulos
perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele
as obras de Deus”. (João 9:1-3).


Para entendermos o porquê dos discípulos terem feito essa pergunta a Jesus, é
necessário conhecermos a posição dos judeus diante da doutrina da reencarnação. A
seita dos fariseus e a dos essênios, juntamente com os judeus praticantes da Cabala
(ocultismo judaico) acreditavam na existência da metempsicose. Há uma pequena mas
significativa diferença entre essa doutrina e a reencarnação. A metempsicose (também
conhecida como transmigração da alma, levava os judeus a acreditarem que as almas
dos grandes profetas ainda viviam no meio do povo, e em tempos de grande necessidade
nacional, essas almas (pelo fato de terem pertencido a sábios e bons indivíduos)
poderiam tomar corpo novamente e cumprir uma nova etapa de vida para edificação e
exemplo da nação, e não para expiação de pecados, como crêem os reencarnacionistas.


Mateus 16:13-14 mostra até que ponto essa crença na transmigração (ou metempsicose)
das almas dos grandes profetas pôde influenciar a opinião do povo, que estava dividido
na verdade quem era Jesus, uns afirmando ser Ele João Batista, outros Elias, e outros,
ainda, Jeremias. Uma frase que certamente tornou-se muito comum nos lábios do povo
com relação a Jesus foi registrada por Lucas (9:8): “Ressurgiu um dos antigos profetas.”
Herodes, tempos depois de ter mandado decapitar João Batista, ouvindo falar das
maravilhas que Cristo estava realizando, disse: “João ressuscitou dentre os mortos” (Lc
9:7). Isso tudo mostra até onde iam, naquela época, as crenças ligadas à reencarnação.


O interessante é que, ao fazerem aquela pergunta a Jesus, os discípulos aprofundaram
mais ainda a questão, pois analisando-se a primeira parte do problema (se o cego, tendo
pecado antes de nascer, era responsável pela sua própria cegueira) têm-se a impressão
que os discípulos admitiam existências anteriores; se admitiam, estavam de acordo com
a doutrina reencarnacionista. Mas na verdade eles formularam aquela pergunta não por
crerem na reencarnação, e sim apoiados em antigas afirmações dos rabinos, que
admitiam ser possível uma criança pecar estando ainda no ventre de sua mãe. A luta dos
gêmeos Jacó e Esaú (Gênesis 25:22) era geralmente usada para ilustrar essa
possibilidade de pecado durante a vida intra-uterina. (Confirme a informação em Russel
Champlin – O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, Milenium, 1985,
São Paulo, Vol. II, p. 423).


Porém, ao responder: “Nem ele pecou, nem os seus pais; mas foi para que se
manifestassem nele as obras de Deus”, Jesus simplesmente colocou uma pedra em cima
da crença reencarnacionista e desconsiderou a hipótese rabínica, declarando que aquele
nascera cego para que as obras de Deus se manifestassem nele.


VI – João Batista era Elias reencarnado


Mateus 11:14 e 17:1-13 são as duas passagens bíblicas mais utilizadas pelos espíritas
quando tentam demonstrar que Jesus confirmou a existência da reencarnação. Na
primeira passagem, Jesus afirma, referindo-se a João Batista: “E, se o quereis
reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir.” Os 13 versículos do capítulo 17 de
Mateus contêm, além do relato de vários eventos maravilhosos, a afirmação de Jesus
que Elias já tinha vindo, como profeticamente estava previsto o seu aparecimento antes
da vinda do Messias, mas o povo não o havia reconhecido: “... antes fizeram com ele
tudo o que quiseram. Assim o Filho do homem há de padecer nas mãos deles. Então os
discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.”


Ora, mas em que sentido Jesus fez estas afirmações? Estaria Ele realmente afirmando
que Elias havia reencarnado em João Batista? Não, por diversas razões. Ei-las:


1) A profecia de Malaquias 4:5-6 diz que o reaparecimento de Elias para
cumprir um importante ministério será antes do “grande e terrível dia do
Senhor”: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e coração
dos filhos aos seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.”
Esse grande e terrível dia do Senhor é um evento escatológico. Ele
acontecerá no futuro.
2) É importante que se entenda o que é viver “no espírito e poder de uma
pessoa”, conforme o anjo falou ao profeta Zacarias sobre o seu filho João
Batista: “E ele irá adiante dele (de Jesus) no espírito e poder de Elias”
(Lucas1:17). Viver segundo poder e o espírito de uma pessoa não significa
ser a própria pessoa. Além do mais, o mesmo João Batista negou (João 1:21)
que fosse, de fato, o profeta Elias. É certo que o mesmo ímpeto, a mesma
coragem, o mesmo poder que impulsionou Elias no cumprimento do seu
ministério, impulsionou também João Batista. Ambos cumpriram
importantes missões em circunstâncias idênticas, mas eram duas pessoas
distintas. Ao declarar: “E, se quereis reconhecer, é este o Elias que havia de
vir”, Jesus estava , na verdade, dizendo: “Eis aí o Elias tão anunciado e
esperado pelos profetas como precursor do Messias, que sou eu. Ei-lo, que a
missão de ambos é idêntica.” O cumprimento dessas profecias não implicou
na presença pessoal de Elias, e sim na existência de alguém que viveu
“segundo o poder e o espírito de Elias”: João Batista.


3) A passagem de 2 Reis 2:9-15 deixa bem claro: o Espírito Santo, que atuou
sobre Elias, determinando sua atitude de fidelidade e coragem, sua índole,
passou a atuar da mesma forma (ou melhor: em porção dobrada) sobre
Eliseu, a ponto dos discípulos dos profetas falarem: “O espírito de Elias
repousa sobre Eliseu”. E isso não significou que Elias havia reencarnado em
Eliseu. O mesmo ocorreu com João Batista, só que dentro de um
cumprimento profético. Ambos (João Batista e Elias) viram-se em meio a
circunstâncias históricas semelhantes: viveram em tempos de incredulidade,
e se esforçaram grandemente para aproximar mais o povo da presença de
Deus. O interessante é que, como já observaram alguns estudiosos, Herodes
e Acabe tiveram algumas semelhanças, como também Herodias e Jezabel. O
medo que Acabe tinha de Elias era muito parecido com o temor que Herodes
sentia diante de João Batista. (Compare 1 Reis 21:20 com Marcos 6:20)


4) O episódio da transfiguração de Jesus no monte, e o aparecimento de Moisés
e Elias (Mateus 17:3) cria uma impossibilidade de João Batista ter sido Elias,
pois quando se deu a transfiguração, João Batista já tinha sido decapitado por
ordem de Herodes e, considerando-se a própria doutrina reencarnacionista,
não seria Elias a pessoa que deveria aparecer no monte, e sim João Batista,
por este, segundo a doutrina reencarnacionista, ter sido a reencarnação mais
recente. Além do mais, uma pessoa que não morreu jamais reencarnaria, e,
segundo a Bíblia, Elias não morreu, mas foi trasladado ao Céu (2 Reis 2:11).
5) O profeta Jeremias, no tempo em que Davi já era morto, referiu-se a Jesus
como se Ele fosse Davi (Jeremias 30:9), mas isto, obviamente, não significa
que Jesus seria a reencarnação do famoso salmista. Da mesma forma ocorreu
entre Elias e João Batista. Devemos também atentar para o detalhe da
linguagem figurada, que faz com que a frase “este é” tenha muitas vezes o
valor de “isto é como” ou “isto representa”. Em Mateus 12:49, utilizando-se
desse recurso, Jesus chamou de “sua mãe” a um grupo de discípulos. Alberto
Augusto faz o seguinte comentário sobre essas equivalências: “De qualquer
indivíduo que nos parece um sábio, dizemos: É um Sócrates... A respeito de
um organista eminente, dizemos: É um Bach... Se conhecemos um grande
pintor, afirmamos: É um Miguel Ângelo... E nunca queremos afirmar com
essas expressões que uns sejam a reencarnação de outros”. (O Espiritismo:
Coisa de vivos e não de mortos, Casa Publicadora Batista, Rio de
Janeiro,1959,p.87)


Conclusão: O versículo de Mateus 11:14 teria, segundo Snyder, mais ou menos
este significado: “Aquilo que vocês estão prevendo ser executado na pessoa de
Elias, na realidade foi cumprido na pessoa de João Batista, se forem sensíveis o
suficiente para enxergar.” Pois Elias (ou outra pessoa que surgirá no seu espírito
e poder) continua sendo esperado pela Igreja, para cumprir seu ministério, “antes
do grande e terrível dia do Senhor.”


VII – Porque é injusta a doutrina da reencarnação


Não poderíamos deixar de mostrar aqui as injustiças e absurdos que se escondem por
trás dessa doutrina, cuja autoria é blasfematoriamente atribuída a Deus. Segundo O
Livro dos Espíritos, a reencarnação foi imposta por Deus com duas finalidades:
expiação de faltas cometidas em existência anterior, e o aperfeiçoamento do espírito
reencarnado. O curioso é que se sairmos por aí perguntando às pessoas se elas se
lembram do que praticaram na outra encarnação, todas dirão que sequer se lembram de
tal existência (a não ser que nos deparemos com algum espírita cuja intenção seja
manter de pé, a todo custo, essa inverdade)


Diante disto, perguntamos: Deus, que é bondade e justiça, estaria sendo justo destinando
os seres humanos a sofrerem castigos por faltas de que não têm consciência ou
lembrança? Além do mais, a doutrina da reencarnação, apesar de ser apresentada pelo
espiritismo como de origem divina, colide com o senso de justiça do ser humano, o que
se constitui numa contradição inadmissível.


Para demonstrarmos isto, basta sabermos que para tornar um réu judicialmente
responsável pelo crime, todos os códigos penais existentes no mundo baseiam-se na


conscientização do réu de que o ato por ele praticado estava proibido por ele. Caso fique
provado que certas circunstâncias impediram-no de tomar conhecimento dessa
proibição, tais circunstâncias são atenuantes em Direito Penal.


Ao permitir que alguém, já falecido, tornasse a encarnar sem memória dos atos
praticados em existência anterior, para enfrentar uma vida de punição de crimes
desconhecidos, onde estaria a justiça de Deus?


Outro argumento que mostra o quanto a doutrina da reencarnação é injusta é o fato de
sabermos que “ela representa a justiça de Deus” (dizem os espíritas), mas segundo O
Livro dos Espíritos, “Deus criou os espíritos simples e ignorantes”, em estado de atraso
e imperfeição. Se isto fosse verdade, Deus seria injusto ao condenar seres que Ele
mesmo criou imperfeitos, e o maior de todos os criminosos não poderia sofrer qualquer
condenação, por já ter sido criado dentro da imperfeição e inclinado para ela. Logo, o
culpado de tudo nesse caso seria Deus, e isto é impossível. Eis o que está escrito em Sua
Palavra: “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu
em muitas astúcias”. (Eclesiastes 7:29).


VIII – É justo uma pessoa pagar pelo crime de outra?


Além de tudo isso, há uma grande questão contra o espiritismo, e reencarnacionista
algum até hoje conseguiu melhorar as coisa para o lado de Kardec – de certo modo o
responsável pela questão. Segundo a doutrina reencarnacionista, a alma comete faltas
em uma existência, unida a um corpo, e deve pagar essa falta em outra existência, unida
a outro corpo. Ora, segundo a Bíblia, o ser humano é composto de corpo, alma e
espírito. Nenhum desses três componentes forma, isoladamente, um ser humano.
Reencarnado em outro corpo (se essa reencarnação fosse possível), o espírito formaria
outra pessoa. Porém Deus jamais faria uma pessoa pagar pelos atos errados de outra. Ele
não cometeria tamanha injustiça. Combatendo esse disparate, o francês Monsabre, em
uma de suas conferências, assim se expressou:


“Se o homem deve passar da prova desta vida à prova de outra vida é preciso que esta
última se realize no mesmo indivíduo, com toda a sua natureza e todos os seus hábitos
adquiridos, porque, do contrário, numa Segunda existência não será justo. Quem pecou
foi o homem todo; portanto, é o homem todo que deve se arrepender e tornar a Deus”,
ou pagar os seus pecados no mesmo corpo, e de uma vez por todas, no mesmo corpo
que os cometeu, concluímos.


No artigo 153, parágrafo 13 da nossa (antiga) Constituição, está escrito que “Nenhuma
pena passará da pessoa do delinqüente. A lei regulará a individualização da pessoa”, ou
seja: ninguém pode pagar por crimes que outra pessoa cometeu.


IX – Contradições no reencarnacionismo


Outro sério argumento contra a doutrina reencarnacionista é que ela destrói os
sentimentos e laços mais sagrados que unem a família. Admitindo que o ser humano
pode mudar de sexo ao passar de uma encarnação a outra, essa doutrina (se fosse
verdadeira) faria com que a falecida mãe de alguém reencarnasse como um menino, ou
que a avó de um determinado espírita reencarnasse no filho do vizinho, e mais tarde
viesse a casar com a própria bisneta... E assim, a confusão estaria estabelecida no
mundo.


Os adeptos da reencarnação talvez não tenham ainda meditado suficientemente sobre
outras conseqüências dessa doutrina. (Ainda bem que ela é apenas uma fantasia). Se,
conforme afirmam os espíritas, quem sofre nesta vida está simplesmente pagando faltas
cometidas em existência anterior, isto nos leva a concluir que os malfeitores não passam
de executores de ordens divinas, e não devem ser responsabilizados pelos crimes que
cometeram, pois aqueles que sofrem a ação desses crimes estão pagando dívidas
contraídas no passado, mesmo não havendo em suas mentes qualquer recordação de
haverem cometido tais faltas.


Assim sendo, aquele que estupra ou mata estaria tão-somente aplicando, segundo os
postulados cármicos reencarnacionistas (que envolve a lei da causa e do efeito), o
merecido castigo à pessoa que estuprou ou matou durante sua existência passada. Não é
um ensinamento de conseqüências tremendamente diabólicas e absurdas? Além do
mais, quem comete um assassinato numa existência, deverá morrer assassinado na
existência seguinte. Por sua vez, a pessoa a quem couber o desígnio (desígnio não de
Deus, pois o Senhor jamais se envolveria numa doutrina cujos frutos são abominações,
imoralidades, crimes e injustiças) de matar aquele que praticou um ou vários
assassinatos na existência anterior, deverá morrer assassinada também, e assim
sucessivamente. Diante disso, pergunta-se: qual é o proveito de tal sistema? Onde se vê
nisso a justiça de Deus? Como o mundo poderá melhorar desta forma?


X – Em que consiste o “consolo” do espiritismo


O grande consolo do espiritismo é dizer a quem sofre que esse sofrimento é merecido,
foi uma dívida contraída na existência passada. Portanto, quando alguém tenta aliviar
este sofrimento, estará impedindo que a pessoa sofredora pague o que deve. Diante de
tamanho absurdo, um certo crítico do espiritismo declarou: “Na doutrina espírita , quem
quiser ser fiel às exigências reencarnacionistas não deve prestar assistência aos doentes,
nem dar esmolas ou socorrer alguém que sofre, pois assim estaria impedindo o
progresso do próximo, diminuindo ou anulando o sofrimento necessário e merecido. O
homem sofre porque deve. Deixemos que sofra.”


Reconsiderando o problema do esquecimento das faltas cometidas em existências
anteriores, conclui-se que, se a pessoa jamais se lembra do que praticou de bom ou de
ruim em sua vida anterior, resta-nos saber de que maneira a reencarnação contribuirá
para o progresso da humanidade, pois de uma existência para outra há um esquecimento
total das experiências adquiridas, não havendo, portanto, como se tirar proveito delas.


Não cremos na reencarnação, e sim na ressurreição pregada pelo apóstolo Paulo (1
Coríntios 15:12-33) e pelo próprio Salvador do mundo, Jesus Cristo, que foi crucificado
e morto, e ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia (Mateus 28:1-10). Jesus falou
que todos nós haveremos de ressuscitar e não reencarnar: “Não vos maravilheis disto,
porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e
sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28,29).


Por que não me tornei um espírita?


Capítulo III – A Bíblia autoriza a consulta aos mortos?


Sumário: I – O caso de Saul e a médium. II – Quem apareceu a Saul ? III – Deus não
incomodaria o espírito de Samuel. IV – Foi um espírito de adivinhação. V – Espíritos
dos mortos ou espíritos demoníacos? E outros.


I – O caso de Saul e a médium


“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e
culto a ídolos do lar...” (l Samuel 15:23). Estas foram as palavras com que o profeta
Samuel repreendeu o rei Saul. mas este, por não se ter arrependido e guardado no seu
coração o que o profeta lhe dissera, consultou, algum tempo após a morte de Samuel, a
médium (ou pitonisa, necromante) de En-Dor, incorrendo no pecado da necromancia, ao
pedir que aquela mulher evocasse o espírito de Samuel (1 Samuel 28:7-19).


Saul ficou conhecido entre os estudiosos da Bíblia como “O homem que perdeu a
coroa”, por ter cometido dois pecados: não cumpriu totalmente a determinação do
Senhor quanto à questão dos amalequitas (1 Samuel 15:1-11), e consultou a médium (ou
pitonisa) de En-Dor, e não ao Senhor. Eis a causa de sua morte, conforme ficou
registrado no livro de Crônicas: “Assim morreu Saul por causa da sua transgressão
cometida contra o Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e
consultara uma necromante, e não ao Senhor, que por isso o matou e o transferiu o reino
a Davi, filho de Jessé” (1 Crônicas 10:13,14).


Sendo a consulta aos mortos uma das três doutrinas básicas do Espiritismo, a leitura do
caso de Saul e a citação dos versículos que revelam o porquê de sua derrota existencial
e morte são mais uma prova aos espíritas de que Deus, condenando a consulta aos
mortos, condena, conseqüentemente, o espiritismo.


II – Quem apareceu a Saul?


Os espíritas costumam afirmar que, na verdade, o caso de Saul e a pitonisa de En-Dor
confirma a aprovação bíblica da consulta aos mortos, pois quem apareceu a Saul foi
realmente Samuel.


Mas ao estudarmos todo o capítulo (1 Samuel 28), descobrimos, dentro do próprio
texto, uma série de pequenos detalhes que provam a falsidade dessa afirmação, e
revelam quem realmente apareceu a Saul. Vejamos que detalhes são estes.


Saul não viu Samuel, porque:


a) – No versículo 13, ele perguntou à pitonisa: “Que vês?” e ela lhe respondeu:
“Vejo deuses (elohim, espíritos) que sobem da terra” (Almeida Revista e
Corrigida). Caso Deus, por uma concessão (alguns comentaristas defendem
isto) tivesse permitido que o espírito de Samuel se deslocasse de onde estava


e aparecesse na casa de um médium, teria Ele, naquele momento, perdido o
controle sobre os espíritos, deixando que muitos escapassem? Essas
potestades do ar já estavam soltas há muito tempo.
Saul tornou a falar à médium, pedindo-lhe que descrevesse Samuel (v 14), e
isto prova que ele mesmo não estava vendo o profeta. A expressão:
“Entendendo Saul que era Samuel...” (v 14) prova isto. O rei acreditou que a
pitonisa estivesse vendo Samuel. E, quanto a esta mulher, sua palavra seria
digna de crédito?


b) – A médium pode muito bem ter enganado Saul. Descrever Samuel não teria
sido tão difícil para ela, pois o profeta era conhecidíssimo. Ao ouvir uma
médium falar que via um ancião envolto em uma capa, o ingênuo Saul
acreditou prontamente que a pitonisa estivesse vendo o profeta.
c) – Segundo a Enciclopédia Judaica, o termo hebraico Ob é utilizado para
descrever a voz que soa dentro de um odre vazio, e significa também tanto
médium como ventríloquo (isto é: “Aquele que sabe falar sem abrir a boca e
mudando de tal modo a voz que esta parece sair de outra fonte que não ele”,
define Aurélio). Portanto, Saul poderia muito bem ter sido ludibriado pelo
ventriloquismo e falsa visão daquela mulher.
d) – Ajuntem-se a isto as circunstâncias do local e da hora. Saul encontrava-se
na casa da feiticeira (vv 23,24) e era noite (v 8). Os médiuns de todos os
tempos sempre preferiram trabalhar em recintos fechados, com pouca ou
nenhuma luminosidade. Isto muitas vezes lhes permite enganar as pessoas.
Devemos atentar também para o fato de que, segundo estudiosos, há
demônios que têm medo da luz e só “baixam” em lugares onde haja
penumbra ou reina escuridão. São os “lucífugos”.


III – Deus não incomodaria o espírito de Samuel


a) – Saul já havia consultado o Senhor de várias maneiras, mas não obtivera
resposta: “Consultou Saul ao Senhor, porém este não lhe respondeu, nem por
sonhos, nem por urim, nem por profetas” (v 6). Ele fez então como muitos
estão fazendo hoje no Mundo: ao verem que Deus não lhes responde,
consultam o Diabo, dizendo, em desespero de causa: qualquer um dos dois
serve. Saul não agiu como o salmista (Sl 40:1), e por causa disto o Senhor o
matou (1 Cr 10:13,14). Além do mais, interromperia o Senhor o descanso do
seu servo Samuel, para atender a invocação de uma feiticeira ou a solicitação
de um rei desobediente e mau?
b) A consulta aos mortos havia sido proibida por Deus (Dt 18:11). Contrariando
sua palavra, permitiria Ele que o espírito de Samuel retornasse ao mundo dos
vivos? (Veja o que está escrito em 2 Samuel 12:22,23). Teria Deus
permitido que Samuel aparecesse, para depois acusar Saul de ter consultado
os mortos? Santo, fiel e justo, o Senhor jamais faria uma coisa dessas.


IV – Foi um espírito de adivinhação?


O espírito que se incorporou na pitonisa imitou a voz de Samuel e profetizou que no dia
seguinte Saul e seus filhos morreriam e iriam ao encontro dele (1 Samuel 28:19). Mas
esta profecia não se cumpriu. Saul só morreu dezoito dias depois. E só três de seus


filhos morreram (1 Samuel 31:6; 1 Cr 10:2,6).Is-Bosete (2 Samuel 2:8), Armoni e
Mefibosete (2 Samuel 21:8) não foram mortos naquela batalha. Caso tivesse sido
Samuel o autor daquela profecia, ela se teria cumprido literalmente.


Conclusão: Saul, ou foi enganado pela médium, ou foi enganado por um espírito de
adivinhação, um demônio, que falhou-lhe através da médium, fingindo ser Samuel.


V – Espíritos dos mortos ou espíritos demoníacos?


À semelhança da pitonisa de En-Dor, os médiuns de hoje também se acreditam dotados
de poderes para evocar os espíritos dos mortos e serem prontamente atendidos por eles.
Porém, para que isso fosse possível, seria necessário que os mortos estivessem
subordinados à vontade dos vivos. Se isso realmente ocorresse, o espírito (ou a alma,
como queiram, pois os espíritas não fazem distinção entre os dois) estaria sujeito aos
caprichos de médiuns kardecistas, umbandistas e quimbandeiros, e atenderiam ao
chamado, tanto de um homem (ou mulher) moralmente “íntegro”, como de beberrões,
sugadores de sangue de animais, exploradores de incautos.


Nas mensagens escritas (psicografadas), os médiuns costumam colocar (com o intuito
de impressionar o povo), embaixo dessas mensagens recebidas do “além-túmulo”, o
nome de filósofos, antigos escritores cristãos, poetas e padres. Em seus livros, o
codificador do espiritismo, Allan Kardec, usou e abusou desse artifício. O médium
Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) chegou a publicar um livro, O Parnaso do
Além-Túmulo, contendo, segundo ele, poesias de conhecidos poetas brasileiros já
falecidos, como Humberto Campos, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e outros. Essas
pessoas, depois de mortas, viraram espíritas, dizem os médiuns!...


Teólogos, pregadores, e escritores cristãos já falecidos “baixam” durante sessões
espíritas para negar tudo aquilo que haviam afirmado quando vivos. Essas mensagens,
de caráter inegavelmente anticristãs, antibíblicas e até blasfematórias, exaltam as
“virtudes” do espiritismo. Isto é, inegavelmente o cumprimento de 1 Timóteo 4:1, ...


Criticando a doutrina espírita (de estarem os espíritos dos mortos sujeitos à evocações
de médiuns e curandeiros, Júlio Maria, no seu livro Tolices de Allan Kardec (ed.3,
Vozes, Petrópoles, 1953, p.11) mostra o quanto Kardec foi pretensioso ao divulgar essa
idéia: “Platão e Sócrates são os criadinhos familiares: é só dar dois estalidos com os
dedos e eles aí estão, como cachorrinhos bem ensinados. O grande Fénelon não tem
mais que fazer lá no outro mundo do que vir dar palestras ao nosso prezado Allan
Kardec. Enfim, toda a plêiade de sábios do Além está sempre à disposição do nosso
preclaro autor... Está-me a palpitar que os senhores querem duvidar... Ora! pois quando
os leitores chamam os seus gatinhos, eles não acodem logo miando? Pois é a mesma
coisa!”....


VI – Um Spurgeon que desconhecia a Bíblia!


A revista Christianity Today, do primeiro dia de março de 1968, divulgou um caso
curioso. Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo reitor do Seminário Teológico de
Nova Iorque, doutor John S. Bonnell, realizou, em 1930, sérias investigações sobre os
fenômenos do espiritismo, e uma das provas de que espíritos enganadores e médiuns


trabalham conjuntamente para confundir os participantes de reuniões espíritas, envolveu
também o nome do grande pregador do Evangelho, Charles Spurgeon. Durante uma
sessão espírita, na presença da equipe do doutor Bonnell, um médium recebeu um
espírito que se identificou como Spurgeon. Mas quando alguém pediu-lhe que
mencionasse o nome dos quatro Evangelhos na ordem em que estão reunidos no Novo
Testamento, o “espírito” de Spurgeon gaguejou, confundiu-se, embaralhou-se todo!
Ora, quando era vivo, o famoso pregador havia lido a Bíblia nada menos de 100 vezes!


VII – Quem são os “espíritos” do espiritismo


No livro Espiritismo: Fraude Cativante (Emprevan Editora, Rio de Janeiro, 1969, pp.
18,19) Raphael Gasson, um judeu que se envolveu com as práticas espíritas, conta como
durante muitos anos viveu enganado quanto à verdadeira natureza dos “bons espíritos”
do espiritismo, acreditando, inclusive, que as doutrinas espíritas podiam harmonizar-se
com as doutrinas bíblicas. Diz ele que costumava iniciar as sessões orando e entoando
hinos. Mas ao tentar saber realmente quem eram esses espíritos que aparentavam
praticar só o bem, Raphael Gasson teve uma surpresa. Leiamos sua experiência narrada
por ele mesmo:


“Certo dia depare-me com um homem que alegava ser um espírita racional, isto é, ele
não cria num Deus pessoal, nem em oração ou cântico de hinos. Sua mais fantástica
asserção era ser ele um mestre de magia negra, que tinha conhecimento que os espíritos,
seus controladores, eram maus, mas que faziam boas obras! Existem muitas pessoas que
se denominam espíritas cristãos, dizia ele, as quais são insinceras, porque um espírita
certamente não poderia ser um cristão. Isto alquebrou-me um pouco; para fins de prova,
fui por ele convidado para presidir a uma sessão em sua casa, porém estava convencido
de que nada aconteceria, uma vez que nossos pontos-de-vista estavam em posições
radicalmente opostas.


“Confiava que meus espíritos eram bons e os seus eram maus. Não seria um
acontecimento coroado de êxito desde que eles, evidentemente, não trabalhariam em
harmonia. Porém, uma vez que ele persistia em que isto devia ser posto a prova, e,
como estivesse ansioso para provar tudo, concordei em ir numa certa noite à sua casa e
realizar a sessão perante um grupo honesto que pudesse testemunhar, existindo
franqueza a respeito de toda a operação. Concordamos ambos em entrar em transe e
permitir aos nossos espíritos falarem uns aos outros, e examinar os resultados. Estava
persuadido de que nada aconteceria – enquanto que ele estava certo de que alguma coisa
resultaria. Vieram-me aparições de pandemônio durante as sessões!”


“(...) Na noite combinada nós nos encontramos no local marcado para o teste. Hinos não
foram entoados, nenhuma oração foi feita e ambos entramos em transe. A sessão durou
uma hora e, quando voltamos do transe, os participantes da reunião relataram suas
opiniões, e eu fiquei perplexo ao descobrir que todos concordavam em que esta tinha
sido a mais espetacular sessão. Os nossos espíritos auxiliares, tanto os meus como os do
outro médium, conversaram e permaneceram amistosos. Por alguns meses, várias outra
sessões se seguiram com semelhantes resultados obtidos de cada vez.”


Tempos depois, Raphael Gasson aceitou Jesus como Salvador. Porém, conta ele,
referindo-se aos tais espíritos que o orientavam e protegiam: “...agora tinha uma leve
idéia que pelo meu conhecimento pessoal de nosso Senhor Jesus Cristo como meu
Salvador, estes ‘bons espíritos’ trabalhariam comigo mais intimamente do que antes.
Entretanto, para minha surpresa, eles se mantiveram completamente distantes!” Depois,


os espíritos tentaram vingar-se. “Repetidas vezes aconteceu utilizarem-se de minhas
próprias mãos para tentar estrangular-me”. (pág. 25,27)


Não se pode negar a ocorrência de fenômenos sobrenaturais. Eles existem. Porém, as
pessoas que se entregam às práticas espíritas atraídas por esses fenômenos, por essa
“áurea” de mistério que envolve o espiritismo, devem conscientizar-se de que seus
agentes não são os espíritos dos mortos, pois os mortos não estão à disposição da
evocação dos vivos. Deus não nos deu essa autoridade, esse poder. É o que está
declarado em 2 Samuel 12:15-23, quando Davi, após saber que seu filho havia falecido,
não mais jejuou ou intercedeu por ele, e explicou aos seus servos porque agia assim:
“Vivendo a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se
compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que
jejuaria eu? Poderia eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará a mim.”


Jesus confirmou essa grande verdade de que os mortos não voltam, ao contar a parábola
do rico e Lázaro, registrada em Lucas 16:19-31. Estava o rico insistindo com Abraão
para que ele mandasse Lázaro voltar à Terra. Dizia o rico: “Pai, eu te imploro que o
mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho,
a fim de não virem também para esse lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm
Moisés e os profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai, se alguém dentre os mortos
for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhes respondeu: Se não ouvirem a
Moisés e os profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém
dentre os mortos”.


VIII – Deus proíbe a evocação dos mortos


É importante que fique suficientemente declarado que Deus proíbe a evocação dos
mortos. Diante da proibição divina, torna-se perigoso, qualquer pessoa continuar
envolvida nessas práticas, ou enveredar pelo caminho da curiosidade, na tentativa de
saber quem está realmente por detrás desses “fenômenos espíritas”: se é ilusão
produzida pelos sentidos das pessoas que se envolvem nessas práticas; se esses
fenômenos são produzidos pelos médiuns, com suas trapaças e fraudes; se essas
ocorrências misteriosas têm as almas dos mortos como responsáveis, ou se esses
fenômenos, ultrapassando todas as forças conhecidas, têm como causa a atuação de
demônios.


É fundamental reconhecermos, conforme declarou Jerônimo Gueiros, que “essa força
está a serviço do gênio do mal ou de uma causa pessoal que contraria, em seus
ensinamentos, o plano de Deus para a salvação do mundo por Cristo, causa que só pode
ser o arquiinimigo de Deus, o príncipe das trevas, disfarçado em anjo de luz, pois
anuncia um conjunto de doutrinas abertamente anticristãs, um novo Evangelho donde se
exclui, totalmente, a necessidade de ‘uma vítima de propiciação pelos nossos pecados’”
(Romanos 3:25).


IX – Cientistas confessam-se confusos diante dos “espíritos”


Ora, enganados estão todos os espíritas que supõem receber dos cientistas (refiro-me
aos homens da Ciência que têm estudado os fenômenos do espiritismo) uma palavra de
certeza sobre a verdadeira identidade dos “espíritos” que se manifestam durante as
sessões. Após muitos anos de busca de comprovação da verdadeira identidade dos


autores dessas mensagens (mensagens essas dadas muitas vezes em nome de pessoas
que, quando vivas, eram honestas e viviam ocupadas com assuntos sérios, ou em nome
de pessoas mortas, cujos familiares estavam presentes nas sessões), nenhum desses
pesquisadores tiveram condições de comprovar se esses espíritos eram ou não quem
afirmavam ser. Afinal, quem são eles? É a grande pergunta. Serão mesmo os espíritos
dos mortos, como afirmam os espíritas? Ou são os espíritos malignos e enganadores,
Satanás e seus anjos, como mostra a Bíblia? Deixaremos que o leitor tire suas próprias
conclusões, através da leitura deste capítulo.


O astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925) escreveu vários livros de
tendência espírita, entre eles, A pluralidade dos mundos habitados, que forneceu aos
doutrinadores do espiritismo elementos para o ensinamento fantasista de que “todos os
planetas são habitados, quer por espíritos atrasados, quer por espíritos evoluídos”.
Flammariom, depois de muito observar as manifestações e mensagens dos “espíritos”
do espiritismo, escreveu as seguintes palavras na página 583 do seu livro As Forças
Naturais Desconhecidas (lançado em Paris em 1906): “De que espécie são esses seres?
Nenhuma idéia podemos ter a esse respeito. Almas dos mortos? Estamos muito longe de
dar prova disso. Minhas observações de mais de quarenta anos provam o contrário.
Nenhuma identificação já se fez satisfatoriamente.” O curioso é que os espíritas de hoje
costumam citar esse homem como “um grande sábio que comprovou a autenticidade do
espiritismo”...


Outro cientista de cuja autoridade costumam se prevalecer os espíritas quando
intencionam impressionar alguém com a “seriedade” e a “base científica” do espiritismo
é o fisiologista francês Charles Richet (1850-1935). Este homem, ganhador do Prêmio
Nobel de Medicina e Física em 1913, dedicou também vários anos de sua vida ao
estudo dos fenômenos ocultos ou paranormais; escreveu vários livros contendo os
resultados de suas pesquisas e criou o nome Metapsíquica para a ciência de hoje
conhecida como Parapsicologia. Após muitos anos de observações e estudos, esta foi a
conclusão a que ele chegou:


“As manifestações dos desencarnados contém tantos erros, infantilidades e
deslembranças, que é impossível aceitar que se trata de almas que voltam a este mundo.
Nada nos obriga a supor que os mortos tenham os mesmos sentimentos e juízos que
tinham em vida.


“Os personagens do outro mundo gostam de pilhérias ridículas e de trocadilhos infantis.
Os desencarnados esquecem de coisas essenciais, e se ocupam de ninharias de que,
nesta vida, não se ocupariam sequer um minuto. Alguém disse: ‘Se a outra vida há de
consistir em ter a mentalidade de um desses desencarnados, prefiro então continuar a
viver aqui mesmo’. Com algumas exceções, o que os desencarnados apresentam são
fragmentos de uma inteligência paupérrima. Voltar à Terra por causa de uma
abotoadura é sumamente improvável”. (E mais adiante, ele concluiu): “Posso dizer de
minha parte que, em vinte anos de estudos... nunca obtive, nem vi obter por outros, uma
única comunicação que possa realmente merecer a atenção de um filósofo ou de um
sábio.” (Citado por Felipe Davis em O Fim do Mundo dos Espíritos, página 166).


O próprio historiador do espiritismo, Arthur Conan Doyle, fez uso de uma figura para
ilustrar a impossibilidade de se identificar esses espíritos: “Vós estais numa extremidade
do telefone, se é que se pode recorrer a esta comparação; mas não sabeis com certeza
quem está na outra extremidade” (A Nova Revelação. Pág.21). Isto é: pode-se estar
falando com o próprio Diabo pensando-se estar em comunicação com o espírito de uma
pessoa falecida! O cientista russo Alexandre Aksakof, estudioso do espiritismo,
reconheceu: “A prova absoluta da identificação para as personalidades que se
manifestam é impossível.” (Animismo e Espiritismo, pág. 623).


X – “Provai os espíritos se procedem de Deus”


Outra experiência bastante esclarecedora e de digna de ser relatada aqui foi contada por
Victor H. Ernest, nos seu livro Eu Falei com Espíritos (Editora Mundo Cristão, Trad.
Luiz Aparecido Caruso, São Paulo, ed.3, 1981,pp. 23,24). Após adquirir uma Bíblia e
começar a lê-la pela primeira vez, Victor, praticante do espiritismo há vários anos,
deparou com as seguintes palavras do apóstolo João, em sua primeira epístola, capítulo
4, a partir do versículo 1: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os
espíritos se procedem de Deus; todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo
contrário, este é o espírito do antiCristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e
presentemente já está no mundo.” O relato é do próprio Victor.


“Desse trecho conclui que Jesus tinha vindo na carne para ser Salvador, e que se não
cresse nisto, estaria errado. Decidi que na próxima sessão a que eu comparecesse eu
‘provaria os espíritos’, embora não soubesse como proceder a respeito”.


A oportunidade de provar os espíritos chegou. Durante a sessão, Victor perguntou ao
“espírito mentor” que havia se apossado do corpo de um dos médiuns, se ele acreditava
que Jesus é o filho de Deus. “O espírito mentor respondeu suavemente: ‘É lógico, meu
filho, Jesus é o Filho de Deus. Creia apenas como diz a Bíblia.”


Depois de um intervalo em que outras pessoas fizeram perguntas ao espírito, chegou a
vez de Victor, e ele, hesitando um pouco, perguntou: “Ó tu, grande e infinito espírito,
crês que Jesus é o Salvador do mundo?” Antes mesmo de ele concluir a pergunta, a
resposta veio, cortante: “Meu filho, por que duvidas? Por que não crês? Tens estado
conosco há tanto tempo; por que continuar a duvidar?” Conta Victor que após dizer isso
“o espírito começou a citar as Escrituras acerca de crer. Não me lembro quais foram os
versículos, porém eles me soaram autênticos; o espírito citou as Escrituras prontamente,
senão mesmo exatamente.


“Quando o megafone retornou para minha terceira e última pergunta, reexaminei o que
o espírito havia dito. ‘Ó espírito, crês que Jesus é o filho de Deus, e que Ele é o
Salvador do mundo – crês que Jesus morreu e derramou seu sangue para remissão de
pecados’”.


Conta Victor que diante daquela pergunta, “o médium, em profundo transe, foi
arremessado de sua cadeira. Foi cair bem no meio da sala de estar e gemia como se
estivesse sentido profunda dor. Os sons turbulentos sugeriam espíritos num carnaval de
confusão”. Victor havia desmascarado os demônios que passavam (e passam, em todas
as sessões espíritas) por “guias de luz”.


É inegável que Satanás atua nos lugares onde se pratica o espiritismo. O umbandista
Lourenço Braga diz, no livro Umbanda e Quimbanda (ed.8 , pág. 37) que viu “muitos
espíritos violentos jogarem os médiuns no chão, darem socos na mesa, darem urros ou
gritos fortes, furar o corpo com a ponta de um punhal, pisar em brasas, mastigar vidro,
estraçalhar uma galinha nos dentes para beber o sangue”.


Boaventura Kloppenburg, grande pesquisador desse assunto, confessa, no seu livro O
Espiritismo no Brasil (Vozes, Petrópoles, 1960,pág. 291): “Vimos e fotografamos gente
ajoelhada diante da estátua do demônio. Tivemos o desgosto de ver crianças, moças,
rapazes, homens e mulheres, ‘incorporados por entidades do além’, agitar-se em
movimentos alucinantes, rolar pelo chão como animais em estertores da morte,
rodopiar-se e contorcer-se, possessos, balançar doidamente a cabeça em todas as
direções, sobre um pescoço que parecia desarticulado, fumar cachimbos e charutos,
comer os bichos mais nojentos, beber garrafas de cachaça (...) E tudo isso em nome de


uma religião, para participar de uma religião, - será maravilha se Satanás se aproveita
para fazer das suas? Estranho seria se delas não se valesse.


XI – Desmascarando os espíritos


Concluindo este capítulo, chamamos a atenção do leitor para determinadas revelações
de Kardec sobre esses “espíritos” que ele conhecia tão bem. Talvez pelas carteiras de
identidade que Kardec apresenta desses seu “espíritos de estimação”, fique mais fácil ao
leitor concluir quem realmente apareceu a Saul durante a sessão espírita da médium de
En-Dor.


No Livro dos Médiuns (FEB, ed.20, 1950) Allan Kardec afirma que “há falsários no
mundo dos espíritos como há neste”(pág.273). E estas importantes revelações começam
a complicar a situação dos que se submetem às práticas espíritas, ao saber-se que as
sessões do espiritismo estão sujeitas à atuação de espíritos perversos. Kardec diz que
“os espíritos perversos são capazes de todos os ardis” (pág.281). Enganam as pessoas
que freqüentam esses ambientes penumbrosos e suspeitos do espiritismo. Para tanto,
“identificam-se com os hábitos daqueles a quem falam e adotam os nomes mais
apropriados a causar forte impressão nos homens por efeito de suas crenças” (pág.285).
Que confissão!


Retrocedendo um pouco, lemos na página 272 do Livro dos Médiuns que existem
espíritos capazes de jurar “tudo o que se lhes exigir”. Atenção para isto: todas essas
afirmações são do próprio Allan Kardec! E ele continua afirmando existirem espíritos
“falsários que imitam todas as caligrafias” (pág.285), e “também a linguagem dos
outros” (pág.282). É esta a religião da Verdade, a Terceira Revelação surgida na Terra,
segundo os espíritas, como restauradora do Cristianismo? Mas Kardec não fica só
nessas declarações. Diz que “entre os espíritos, poucos há que tenham nome conhecido
na Terra. Por isso é que, as mais das vezes, eles nenhum nome declinam. Vós, porém,
quase sempre quereis um nome; então para vos satisfazer, o espírito toma o de um
homem que conhecestes e a quem respeitais” (pág.281), adotando, também, “os nomes
mais apropriados a causar forte impressão” (pág.282)!!! Não é de causar espanto? E
ainda há gente que duvida da astúcia do Diabo!


Haverá mais dúvidas de que as pessoas que freqüentam sessões espíritas acreditando
que vão entrar em contato com tal entidade, ou com o espírito de tal pessoa falecida, são
vítimas de embustes e de trapaças de demônios?


Afirmar, quanto ao nome com que esses espíritos se apresentam nas sessões, que
“quanto mais venerável for o nome com que um espírito se apresente, tanto maior
desconfiança deve inspirar” (pág.274) é colocar todo sistema de invocação espírita, e,
conseqüentemente, todo o espiritismo, sob suspeita.


Eis aí, caro leitor, fornecido pelo próprio maioral dos espíritas, Allan Kardec, a
verdadeira identidade do demônio que enganou Saul, a face sem máscaras dos espíritos
das trevas que continuam a enganar milhões de pessoas que vivem entregues às práticas
espíritas. No capítulo seguinte, veremos como esses espíritos têm contribuído para a
ampla aceitação de uma das formas mais antigas de enganar o povo: a arte de
adivinhação e a astrologia.


Por que não me tornei um espírita?


Capítulo IV – As falsas previsões da astrologia


Sumário: I – O futuro lido nas estrelas. II – O que é e onde surgiu a astrologia. III – A
Lua interfere em nossa existência? IV – A Lua adorada como deusa. V – Previsões
astrológicas e sua influência. VI – Meios utilizados no mercado de adivinhação, e
outros.


I – O futuro lido nas estrelas


Já se constitui uma prática comum a milhões de brasileiros a consulta diária de
horóscopos, e a crença nas previsões astrológicas anuais, apresentadas na televisão e
publicadas nos maiores periódicos do país, no início de cada ano. Aliás, essa
curiosidade acerca do que “dizem os astros” sobre a saúde, o amor, os negócios de cada
ser humano, e sobre o futuro da humanidade é hoje algo comprovadamente difundido
no mundo inteiro. Pois o ser humano é, de natureza, um curioso. Sempre quis saber de
onde veio e para onde vai, e o que lhe aguarda o presente e o futuro. Sempre se mostrou
desejoso de conhecer, de penetrar, de descobrir o mecanismo, a distância, a origem, os
mistérios do Universo maravilhoso que o rodeia


Essa curiosidade tem levado muitos a se entregarem a práticas superticiosas. Sabemos
que “superstição é sentimento fundado no temor ou ignorância, e que conduz
geralmente ao cumprimento de falsos deveres, a quimeras ou a uma confiança em coisas
ineficazes” (Dicionário Caldas Aulete).


Sabedores dessa curiosidade, e intencionando tirar o maior proveito dela, uma
verdadeira legião de astrólogos, babalaôs, médiuns, ocultistas, teósofos, rosacruzes,
kabalistas, adivinhos, agoureiros, feiticeiros, esoteristas, macumbeiros, quiromantes,
necromantes, cartomantes e paranormais tem surgido, prometendo revelar os fatos mais
importantes relacionados com o passado, com o presente e com o futuro de seus
“clientes”, além de “preverem”, de ano para ano, o que vai acontecer no mundo.


Aos que procuram se beneficiar com seus “serviços”, os ocultistas prometem
diagnosticar sobre qualquer sofrimento físico, material ou espiritual, e indicar o remédio
certo para esses males. Garantem revelar também o segredo para se conseguir êxito na
vida, nos negócios, no amor, etc.


Essas práticas constituem uma flagrante tapeação e exploração de sua vasta clientela. Já
em 1950, as estatísticas relevam que só em Paris existiam 50 mil pitonisas, adivinhos e
astrólogos (um para cada 95 habitantes), que arrecadavam diariamente do público cerca
de 75 milhões de francos. Na mesma época, nos Estados Unidos, cinco milhões de
americanos gastavam 200 milhões de dólares para “conhecer o futuro”. Hoje, estes
números apresentam-se multiplicados por dez.


No Brasil, não sabemos exatamente quantos “traficantes de influência oculta” existem,
mas sabemos que milhões de brasileiros não fazem nada sem antes consultarem o seu


horóscopo, e se debruçam ansiosamente, ano após ano, sobre as previsões astrológicas
publicadas em muitos periódicos do país e do mundo, a fim de saberem o que dizem os
astros para o futuro. Com o propósito de mostrar que essas previsões não se cumprirão,
à semelhança de milhares de outras anteriormente publicadas que também não se
cumpriram, por serem falsas e simples produto de especulações humanas e do
charlatanismo comercializado, dissertaremos um pouco sobre esta que muitos
mercadores de horóscopos denominam “ciência”, e que outros consideram arte, mais
que não passa de uma prática mentirosa e diabólica – a astrologia.


II – O que é e onde surgiu a astrologia


Os “futurólogos”, esses enganadores do povo, afirmam que os astros dominam e
interferem na vida do ser humano, e que o nosso futuro pode ser lido nas estrelas. Eles
fazem questão de dar à astrologia um aspecto sério, científico. Uma revista
especializada em previsões astrológicas assim define essa falsa ciência: “A palavra
astrologia vem da língua grega. Combina o vocábulo ‘astron’, que quer dizer estrela,
com ‘logia’, que vem de ‘logos’, cujo sentido é palavra, saber, estudo”. Astrologia é,
portanto, na definição dos astrólogos, o estudo dos astros para se saber o que estes
dizem sobre o futuro dos seres humanos.


Porém, segundo o maior dicionário da língua portuguesa (Dicionário Caldas Aulete,
ed.4) astrologia é a “falsa ciência de predizer o futuro pelo exame do aspecto e da
posição dos astros”. Certamente os que acreditam em suas previsões não sabem que
essa falsa ciência se baseia no arcaico e superado sistema geocêntrico dos antigos,
quando se acreditava que a Terra era o centro do universo e os planetas giravam em
torno dela. Por este e outros motivos que nos apressaremos a enumerar - , um dos
maiores pesquisadores desse assunto, Richard Lewinson (A Revelação do Futuro, de
Babilônia a Walt Street. Edições Livros do Brasil. Lisboa, pág.78) declarou: “Caduca,
enrugada, apodrecida nos seus fundamentos, a Astrologia faz questão de mostrar à sua
clientela uma fachada desempoeirada e atualizada.”


A astrologia nasceu na Mesopotâmia, a região banhada pelos rios Tigre e Eufrates. Ali
floresceram primeiramente os sumérios e acádios, que posteriormente foram vencidos e
suplantados pelos assírios e caldeus. Em Babilônia (capital da Caldéia) e em outros
centros culturais da Mesopotâmia, homens astutos trataram de sistematizar a Astrologia,
pois a crença em que o futuro lido nas estrelas pode evitar muitas misérias aos homens
tornara-se potencialmente lucrativa.


Tão importante foi a participação da Babilônia na origem da astrologia, que, ao
profetizar a queda da “capital da abominação”, Isaías emprega termos que descrevem
inconfundivelmente a prática dos que ali consultavam as estrelas para saber o destino
dos homens: “Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas
feitiçarias em que trabalhastes desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se
porventura te podes fortificar. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos, levantem-se
pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplavam os astros, os prognosticadores
das luas novas e salvem-te do que há de vir sobre ti” (Isaías 47:12,13).


Muitos historiadores concordam em que a posição geográfica da Mesopotâmia influiu
grandemente no desenvolvimento de tais práticas. George Contenau ( A Adivinhação
Entre os Assírios e Babilônicos. Paris, 1940, pág. 237) chegou a afirmar que “aquele
que atravessou o deserto sírio ou visitou à noite as ruínas da Babilônia, não terá
dificuldade em aceitar que a Mesopotâmia oferece o campo mais propício ao estudo dos


astros, pois em parte alguma do Hemisfério Norte o firmamento é mais belo ou mais
claro; o próprio esplendor do céu astral não suporta comparação”.


Os babilônios tinham como criador da arte da adivinhação a Emmandurana, rei sumério
lendário que teria vivido antes do dilúvio. Porém, não foi através da consulta aos astros
que os povos da Mesopotâmia começaram a “ler o futuro”, e sim através de outros
métodos, como a hepatoscopia, ou seja, a observação do fígado de carneiro, e o estudo
dos intestinos dos cães.


Consultando o fígado e os intestinos de cães e carneiros sacrificados para esse fim, os
que se dedicavam as essas práticas supersticiosas e bárbaras prognosticavam aos seus
clientes se a próxima colheita seria boa ou má, ou se determinado rei triunfaria ou
fracassaria em seus empreendimentos militares. Contudo, alguém inteligentemente
perguntou: “Por que se refletiria o desfecho da próxima guerra no fígado de um
carneiro? Ou que poder profético poderiam ter os intestinos de cão sobre os destinos da
Babilônia?” Concluiu-se daí que a exploração e o charlatanismo são tão velhos quanto a
região onde Deus criou o Éden, a Mesopotâmia.


Mas o que precisamente teria levado os homens a tentarem ler o futuro nas estrelas?
Segundo alguns estudiosos, a regularidade do movimento dos corpos celestes era a tal
ponto grandiosa, chocante e impressionante, que levou os observadores a lhe atribuir
leis rigorosas, e a considerarem-na uma força cujos reflexos se estendiam à Terra. Os
astros teriam uma influência direta na vida dos homens, pensavam os antigos.


Porém, depois que os astrônomos e físicos aprofundaram o conhecimento científico
sobre a mecânica celeste, mostrando a regularidade do movimento dos astros no céu,
tornou-se extremamente difícil provar que o movimento harmônico dos astros tenha
qualquer influência na imprevisibilidade dos acontecimentos da Terra.


III – A Lua interfere em nossa existência?


Nada nos autoriza também a acreditar que a Lua exerça influência direta sobre os
homens. Porém, é necessário sabermos que, além de sua inegável influência em alguns
fenômenos da natureza (o fluxo e refluxo das marés, por exemplo), desde os tempos
primitivos, o seu aparecimento no céu estimula a fantasia humana e desperta
sentimentos nostálgicos, saudosistas (notadamente nas populações distantes das grandes
cidades).


É antiga a crença de que certas doenças são causadas pela influência da Lua. Para
tranqüilizar o povo de Deus com relação a essa crença, o salmista escreveu: “O sol não
te molestará de dia nem a lua de noite” (Sl 121:6).


Porém é curioso observamos que algumas palavras gregas, usadas em Mateus 4:24 e
17:15, significam literalmente ferido pela lua, ou melhor: louco por influência da Lua,
lunático. Neste último caso, médicos e psiquiatras não chegaram ainda a um consenso
de causa. Alguns deles acreditam que a luz da Lua (que por sinal é fraca e fria) leva, de
certa maneira, certos indivíduos a perturbações mentais. Em decorrência disso, a mente
fantasística da humanidade criou as lendas de vampiros e lobisomens. Tudo o mais
acerca da influência do satélite da Terra é incerto e obscuro. A biologia não confirma
nenhuma das crenças populares de que a Lua exerça influência sobre a gestação, o corte
de cabelos e a cicatrização de feridas, etc. Nem a biologia nem qualquer outra ciência.
Agrônomos e metereólogos negam a crença de alguns agricultores, que afirmam exercer
a Lua influência sobre o crescimento das plantas. Segundo esses homens do campo, no


período da lua crescente, a seiva começa a subir com abundância no interior de
gramíneas, arbustos e árvores, e na lua decrescente, a seiva diminui.


Outra crença popular cientificamente negada é quanto a influência lunar exercida sobre
o tempo atmosférico: a ausência ou a presença de chuvas depende da Lua. Porém ,
durante muitos anos, vários institutos de meteorologia compararam a mudança do
tempo com a fase da Lua, e não conseguiram descobrir qualquer relação entre uma coisa
e outra.


IV – A Lua adorada como deusa


A adoração da Lua era comum entre alguns povos da antiguidade. Segundo eles
(particularmente os envolvidos com as enganosas e diabólicas práticas da astrologia), as
pessoas que nasciam sob a influência do satélite da Terra eram de caráter bondoso e
tranqüilo. Além do mais (afirmavam), a Lua dá longevidade e auxilia na conservação
dos bens. Porém, para afastar o seu povo de tal crença, Deus recomendou: “E não
levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos
céus, e sejas impelido que te inclines perante eles...” (Dt. 4:19 – Ver também Dt. 17:3-
6). Quem exerce influência sobre a nossa vida é Deus. Qualquer opinião contrária é de
origem declaradamente satânica.


V – Previsões astrológicas e sua influência


Os astrólogos babilônicos afirmavam que os sinais que se viam no céu eram avisos
enviados pelos “deuses” aos homens, e causas de todos os acontecimentos terrestres.
Inspirados neste pensamento, inventaram o Zodíaco, um círculo imaginário que divide
em doze partes iguais a elíptica – isto é, o curso do sol ao redor da Terra no espaço de
12 meses. Cada uma das doze partes do Zodíaco é, segundo os mesmos astrólogos,
ocupada por uma das doze constelações (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem,
Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) que “influencia” o destino e
o caráter daqueles que nascem em cada período do ano correspondente a um dos 12
signos, dizem os astrólogos.


Vejamos como um estudioso da astrologia define o horóscopo (Dal Lee, Dicionário de
Astrologia, Ed. Artenova, Rio de Janeiro, 1974, pág. 15): “O horóscopo é exatamente o
que significa: ‘horo’ e ‘scopo’. Horo significa hora, e ‘scopo’ é quadro ou visão. Um
horóscopo é uma visão do sistema solar na hora do nascimento de uma pessoa.


Falando sobre a ampla difusão da astrologia um astrólogo afirmou que “membros do
governo, pessoas de embaixadas, homens de letras, artistas do mundo do espetáculo e
magnatas do mundo dos negócios juntam-se aos homens e mulheres comuns de todas as
partes do globo, na busca de orientação e respostas às suas necessidades” (A Astrologia
e o Nosso Futuro, Revista Novas de Alegria, Lisboa, julho de 1982, pág. 2).


VI – Meios utilizados no mercado da adivinhação


São muitos os meios de que os exploradores da credulidade do povo se servem para
atrair sua vasta clientela. Geralmente esses “conhecedores do futuro” apresentam-se em


anúncio de jornal, em cartazes e em panfletos como “Grande ocultista”, “Vidente
famosa”, “Célebre cartomante”, “Doutor em hermetismo”, “Professor”, “A mais
extraordinária cartomante recém-chegada da Europa”, e outros títulos pomposos e
irreais. Dizem que seus poderes podem ser comprovados através de diplomas
(geralmente exibidos ao público nas paredes dos locais onde trabalham), fornecidos por
organizações dedicadas ao estudo e à prática de ciências ocultas. Afirmam que já
curaram muitas pessoas, adivinharam o futuro de milhares delas, e fizeram prognósticos
amorosos que sempre deram certo.


Para “preverem” o futuro, os adivinhos fazem uso de seres vivos, de objetos os mais
variados, e de sinais. Esses são os mais conhecidos meios utilizados na prática da
adivinhação: aritomancia, adivinhação através dos números; astrologia, adivinhação
pelos astros; batracomancia, pelas rãs; cafeomancia, pela borra de café; cartomancia,
pelas cartas; conchomancia, pelos búzios (conchas); cristalomancia, pela bola de cristal;
cranologia, pelo crânio humano; cubonancia, pelos dados; grafologia, pela escrita;
necromancia, pelos mortos; oniromancia, pelos sonhos; piromancia, pelo fogo;
quiromancia, pelas mãos, e muitos outros meios.


Em nosso país, a lei de contravenções penais, em seu artigo 27, declara que a
exploração da credulidade pública “através de sortilégios, predição do futuro,
explicação de sonhos e práticas congêneres”, sujeita o contraventor a ser punido em até
seis meses de prisão. Mas isto não tem impedido que uma verdadeira legião de
adivinhos atue do Norte ao Sul do país. O Brasil é territorialmente muito grande, e isto
proporciona uma certa tranqüilidade a esses “comercializadores do futuro”. Porém
freqüentemente os jornais estão publicando reportagens envolvendo o nome e as
práticas desonestas dessas pessoas. Como por exemplo, eis duas dessas reportagens.


O jornal Folha de São Paulo, de 30/05/86, noticiou que uma argentina de 36 anos atuou
durante vários dias em São Paulo, “lendo”, através de cartas de Tarô, o futuro de seus
clientes, a quem cobrava 50 dólares por consulta. Antes de viajar para São Paulo a fim
de disputar com outros “profissionais do ramo” as consideráveis somas de dinheiro que
os supersticiosos costumam pagar para serem trapaceados, a mulher enviou vários
anúncios aos jornais paulistas, apresentando-se como “uma famosa parapsicóloga e
mentalista internacional”. Durante suas “consultas”, quatro de seus clientes resolveram
denunciá-la aos jornais por haverem constatado que a cartomante, durante os trabalhos
repetia a mesma história a todos: estavam sob a ação de maus olhados, e para afastá-los,
ela cobrava em dólares. Segundo a reportagem, essa cartomante tinha casas em Buenos
Aires, Caracas e Miami.


Um mês antes, o Jornal do Brasil de 27/04/86 havia noticiado que mais de 20
agricultores gaúchos tinham denunciado à polícia as trapaças de Karl May Steffenes,
que se dizia astrólogo e acabou fugindo com uma grande soma de dinheiro pertencente
aos agricultores. Mantendo um programa de astrologia na rádio de Santo Ângelo, RS, e
com um movimentado consultório onde atendia sua clientela, Karl May passou a dizer
aos agricultores de vários municípios do Rio Grande do Sul que os “astros” lhe haviam
revelado existir nas terras deles grande quantidade de potes de ouro enterrados pelos
antigos padres jesuítas. Como esses potes estavam encantados, o “astrólogo” precisava
de muito dinheiro para realizar o trabalho de desencantamento. Os agricultores caíram
nesse “conto do pote de ouro”, e isto rendeu ao “vidente” uma quantia superior a Cz$
300 mil cruzados. De posse do dinheiro, o astrólogo “encantou-se” (desapareceu).


VII – Nostradamus mentiu: O papa não morreu


O dia 04/10/86 foi ansiosamente aguardado, durante todo o mês de setembro, por
supersticiosos, curiosos, católicos e críticos das profecias de Nostradamus. Para aquela
data estava prevista a visita do papa João Paulo II a Lyon, cidade da França.
Considerando-se as muitas visitas feitas pelo pontífice a dezenas de cidades de quase
todos os países do mundo, nada de extraordinário haveria nisto. Porém, uma profecia de
Nostradamus vaticinava que João Paulo II morreria ao chegar a Lyon. Eis parte da
profecia, que se encontra com milhares de outras no seu livro “As Centúrias”:


“...o papa chegará sozinho perto de dois rios.” (Centúria II 35). Situada às margens dos
rios Ródano e Saône, Lyon sempre foi apontada por todos discípulos e intérpretes de
Nostradamus como a grande cidade onde essa profecia teria cumprimento. Eis o texto
em que Nostradamus adverte o papa: “Pontífice romano, evita aproximar-te da cidade
banhada por dois rios. Teu sangue nela se esparramará. Tu e os teus, quando a rosa
florescer...” Fazendo uso de seu costumeiro simbolismo, o adivinho predisse a morte
daquele que, segundo a cronologia e o número de papas de toda a história, seria João
Paulo II. Haveria um sinal: “... quando a rosa florescer.” Esse “florescimento” da rosa
foi interpretado pelos estudiosos das profecias de Nostradamus como a “vitória do
presidente socialista François Mitterand nas eleições de 1981, já que a rosa foi o
símbolo da campanha socialista”, observou Milton Bhay, na Folha de São Paulo de
16/08/86.


Católicos da França e de outros países enviaram milhares de cartas à prefeitura e ao
cardeal Decourtray, de Lyon, rogando que as autoridades do Vaticano impedissem a
visita do pontífice àquela cidade. Mas João Paulo II não cancelou sua viagem a Lyon, e
mais uma vez ficou publicamente provado que as profecias de Nostradamus são
mentirosas: durante quatro dias, o papa visitou a cidade, e saiu de lá sem sentir sequer
uma dor de cabeça...


VIII – Quem foi Nostradamus


Michel de Nostre-Dame (que latinizou o seu nome depois para Nostradamus) nasceu em
14 de dezembro de l503, em Saint-Remy-de-Provence, no Sul da França. Descendente
de judeus, seu avô havia-se dedicado ao estudo da flora e dos astros. Nostradamus
estudou medicina na Universidade de Montppelier, doutorando-se aos 26 anos. Casou-
se com Adriette de Loubejac, com quem teve dois filhos, mas durante a terrível “Peste
Negra”, perdeu a mulher e os filhos. Profundamente triste, ele recolheu-se ao mosteiro
de Orval, no Luxemburgo, e lá começou a escrever as primeiras profecias.


Após casar-se outra vez, com Ana Ponsarde, entregou-se às práticas ocultistas, apesar
de saber que centenas de bruxas e feiticeiros estavam sendo perseguidos e mortos em
toda a Europa. Com medo de ser descoberto em suas práticas e arrastado para a
fogueira, Nostradamus escreveu uma carta ao rei Henrique II, afirmando que era cristão
zeloso na observância do mandamento bíblico. Tudo mentira, pois sabe-se hoje que para
escrever sua previsões, ele fez uso de cálculos astrológicos; de antiqüíssimos
documentos pertencentes aos seus parentes judeus, que haviam abandonado a
observância e a leitura da Bíblia para se entregarem à prática da Cabala (ocultismo
judaico); das 22 cartas do Tarô Divinatório, e de papiros de hermetismo que haviam
pertencido aos discípulos de Hermes Trimegisto, o maior ocultista egípcio.


IX – Nostradamus e a mesa falante


Na carta ao rei Henrique II, Nostradamus confessa algo que o identifica como um dos
mais antigos praticantes dos métodos utilizados no espiritismo em sua fase atual. Disse
que ele fazia uso, às escondidas, de uma mesa de bronze, de três pernas – método esse
usado por adivinhos da antiguidade, como a pitonisa de Delfos. Marques da Cruz, no
seu livro Profecias de Nostradamus (Editora Pensamento, São Paulo, edição
20,1976,pág.96), afirma que esse método é usado “hoje pelos espíritas, a partir de Allan
Kardec, que usam mesa de três pés, mesmo de madeira (põem as mãos sobre ela, que
vai dando pancadas; os assistentes invocam um espírito e fazem corresponder o número
de pancadas, às letras do alfabeto, formando assim letras e frases)”.


O próprio Allan Kardec, no O Livro dos Médiuns (FEB, Rio de Janeiro, 1985, edição
52, pág.77) declara que “as mesas girantes (ou falantes) representarão sempre o ponto
de partida da doutrina espírita”. Ao contrário do que muitos pensam, Nostradamus não
tinha nada de “sábio cristão, que inspirou-se nas Sagradas Escrituras”, conforme muitos
de seus admiradores o consideram. Ele não passou de astrólogo, evocador de mortos e
falso profeta.


X – Em que se inspirava Nostradamus?


No seu livro As Centúrias (ao todo são 12 Centúrias, escritas em forma de quartetos,
com versos de 10 e 12 sílabas), ele conta como recebia “inspiração” para suas profecias:
“Estando sentado, de noite, em secreto estudo, sozinho, repousando sobre o tamborete
(a mesinha de três pés), uma chama exígua saía da solidão.” Que chama seria essa? Para
nossa surpresa, na continuação do seu relato, Nostradamus revela que essa chama
transformava-se em um espírito (um demônio) que vinha ditar-lhe as profecias!
“Segurando com a mão a vara colocada na bacia, que contém água sagrada (continua
Nostradamus no seu relato), Branchus (o demônio, manifestado minutos antes como
uma chama) no meio me aparece; ele molha com água não só o limbo (a orla, a ponta)
de sua roupa, mas também os pés. Um medo e uma voz fremem pelas mangas (braços):
Esplendor divino. O espírito perto de mim se assenta.”


Nada de divino havia nestas práticas, utilizadas há milênios por feiticeiros e sacerdotes
ocultistas caldeus, assírios, egípcios, persas e gregos. Porém os tolos continuam a
acreditar nas “divinas” profecias do bruxo Nostradamus, que assim explicava suas
inspirações: “A inspiração torna sensível o espírito por aparições, de noite; a certeza é
feita de dia, por cálculos astronômicos, pelo livre arbítrio.”


Sob o título: “Não comprometam o profeta”, o Jornal do Brasil publicou, em 04/10/86,
uma interessante matéria assinada por Marcos Santarrita, onde a técnica utilizada pelos
“nostradamólogos” para fazer com que as profecias de Nostradamus sempre se
cumpram, é revelada: “Acontecido um fato importante, seus intérpretes se encarregam
de adaptá-lo às obscuras palavras do mestre. Por isso, o maior índice de acertos verifica-
se quando esses fatos já são história (...) Não se tem notícia de qualquer profecia sua
destrinçada antes que um fato se tenha concretizado. E quando uma dessas
interpretações ante-factum (isto é: antes do fato acontecer) não se confirma, não foi erro
do profeta, mas de seus intérpretes. Assim, não há como errar”.


A falha em sua previsão na morte de Papa faz parte de uma coleção imensa de profecias
que não se cumpriram por serem falsas. Vale salientar que a credulidade do povo sobre
a infalibilidade dessas profecias tem sua origem na divulgação de trabalhos astrológicos


e na interpretação elástica e caprichosa dos discípulos e intérpretes do vidente famoso.
Porém o noticiário internacional das agências Ansa, AP, BPA, France Press, Reuter,
UPI, EFE, Tass, e da revista U.S. News and World Report, do jornal The Washington
Post e dos correspondentes de O Globo, (veja O Globo de 08/10/86, pág.17)
“transformaram em letra morta”, no dia sete de outubro de 1986 (data em que o papa
saiu tranqüilamente de Lyon) as falsas profecias de Nostradamus.


Mas o interessante é que esse vidente tem hoje um sucessor. É o que veremos no tópico
seguinte.


XI – Allan Richard way: Um cego guiando cegos


Conhecido como o “Nostradamus de século XX”, “o bruxo de Aldenham”, o mais
famoso adivinho da atualidade, mora há 40 anos em Londres, é indiano e chama-se
Allan Richrd Way. Vivendo isolado do mundo em sua mansão distante 20 quilômetros
da periferia da capital inglesa, todos os anos o famoso vidente, que está quase
totalmente cego, diz que lê o futuro escrito nos astros através de um siderômetros – um
instrumento que, segundo o vidente, ajuda-o a receber pelo tato todas as informações
astrológicas sobre o que está para acontecer na Terra, na vida publica e privada de
pessoas importantes, é claro, pois , curiosamente os seus “astros” não perdem tempo
dando informações sobre pessoas comuns ou pobres, e talvez nem saibam que existam
pobres na Terra...


A revista Manchete (número 1.760, de 11/01/86) publicou uma reportagem assinada por
Robert McPherson, divulgando as previsões desse novo “Nostradamus” para o ano de
1986. Eis o que o cego vidente profetizou: “Apesar de todos os seus esforços, e da
bateria de procedimentos médicos que lhe é aplicada diariamente, o presidente Reagan
não poderá disfarçar seus problemas de saúde, e deverá deixar a presidência dos EUA
em 1986. Este será o acontecimento mais importante do ano.” (pág.5). Na página sete,
sempre com ares de quem conhece os segredos dos céus e da Terra, o astrólogo diz:
“Reagan talvez sobreviva. Vejo nos astros que há boas possibilidades quanto a isso,
apesar de ser incerto. Mas, de qualquer forma, deixará o governo.” Pergunta-se: Reagan
deixou a presidência dos EUA?


Eis mais algumas de suas mentirosas previsões: “Quem escapará de um novo atentado é
o papa. Terroristas tentarão atacá-lo abertamente, mas o atentado será abortado a
tempo.” (Em 1986, apesar das profecias desse outro enganador do povo, Nostradamus,
o papa não sofreu atentado algum). “Gorbachev... se encontrará com o papa, quando
será amplamente discutido o problema da Polônia.” (Não ocorreu esse encontro em
1986. A não ser que os dois tenham se encontrado secretamente em um dos astros onde
o astrólogo lê suas “infalíveis” previsões). “Prevejo outra coisa grave: uma guerra. O
fanático Kadafi levará a Líbia a um confronto com o Egito. Murbarak sairá vitorioso,
mas Kadafi sobreviverá, para virar uma espécie de novo Arafat.” (Não houve guerra
nenhuma entre o Egito e a Líbia). “A Princesa Diana ficará grávida mais uma vez.” (Até
agora, a Princesa Diana continua sendo mãe só de dois filhos, e em 1986 nenhum
comunicado oficial foi dado anunciando um novo filho para o Príncipe Charles).


E assim o astrólogo prossegue em suas “profecias”, como um segundo Balaão
(Números 22:5 a 24:25), proferindo “bênçãos e agouros”. Na época em que ele “leu”
tudo isso nos astros, faltavam ainda vários meses para a realização da Copa do Mundo.
Vejamos qual foi sua “infalível” previsão para esse evento: “Diga aos seus leitores do
Brasil que já voltei os meus olhos para o México, e garanto que o final da Copa do
Mundo será disputada entre os brasileiros e um time que será a maior zebra da história
das Copas. O resultado? Não, eu não sou um adivinho de feira. O resultado deverá ser


aguardado diante das telas de TV, na hora da partida. O máximo que posso adiantar para
o Brasil é isso: vocês estarão na finalíssima.”


Diante disso, creio não ser mais necessário perder tempo desmascarando “o mais
prestigiado e mais recluso de todos os videntes do mundo”, segundo a expressão do
repórter. Mas , sabemos que ele continuará mantendo milhões de pessoas atentas às suas
“previsões”. “... Contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhações contra Israel”
(Números 23:23). Aqueles que confiam em Deus não temem nem dá ouvidos a essas
previsões.


XII – Desmascarando a astrologia


Há quase dois mil anos, milhares de homens vêm-se esforçando para alertar a
humanidade quanto à falsidade da astrologia. Sabe-se que os planetas, por dependerem
do magnetismo, da luz e do calor do Sol, e se encontrarem demasiadamente distantes da
Terra, não podem exercer nenhuma influência sobre o nascimento e vida dos seres
humanos. Além do mais, se o destino dependesse dos astros, os gêmeos deveriam ter
idêntica sorte em todos os aspectos, e sabemos que isso não é verdade. Atentemos para
o caso bíblico dos gêmeos Esaú e Jacó: se considerarmos o que diz a astrologia, o
planeta que dominava na hora do nascimento dos dois filhos de Isaque era o mesmo, o
signo, também era o mesmo, a casa do Zodíaco a mesma , os aspectos ou ângulos os
mesmos, e, no entanto, o destino dos dois irmãos foi completamente diferente, pois só
Deus tem domínio sobre o destino dos homens, e não os astros – esses aglomerados de
rochas e gases, criados por suas mãos.


Numa mesma hora, num mesmo instante nascem milhões de pessoas, o que equivale a
supor que terão o mesmo destino, porque, segundo a astrologia, os astros, além de lhes
darem as mesmas condições, dotam-nas com as mesma capacidade e possibilidade de
sofrerem uma desgraça, serem ricos, mendigos ou escaparem de um desastre. Porém, as
pessoas que morrem em desastre de avião, naufrágio, colisão de trens, incêndio, etc,
teriam nascido sob o mesmo signo? Pois só assim se explicaria o fato de todos terem
morrido no mesmo instante. Será que todos os horóscopos dessas pessoas estavam
cheios de negatividade e maus presságios para o dia de sua morte trágica? É evidente
que não. Isto mostra o quanto a astrologia é falsa, e que ninguém deve dar ouvidos às
suas previsões.


Sabe-se também que os próprios astrólogos são assaltados e assassinados, sem haverem
previsto o que lhes ia acontecer. Um fato curioso se deu com um astrólogo italiano
Jerônimo Cardano (1501-1576). Ao fazer o horóscopo do jovem rei da Inglaterra,
Eduardo VI, Cardano predisse que o jovem monarca reinaria magnificamente, e sob o
seu reinado a Inglaterra alcançaria dias prósperos e felizes, até o fim da vida do rei, que
morreria com 55 anos, três meses e 17 dias. Na realidade, Eduardo VI morreu com 16
anos, e Jerônimo Cardano só não foi enforcado porque conseguiu fugir.


Nos Estados Unidos foi levantado um problema que confundiu os astrólogos
americanos. Ao se apostar em corrida de cavalos, que horóscopo deve ser considerado:
o do apostador ou do jóquei? Um astrólogo respondeu que, se o horóscopo de um dos
dois estiver favorável naquele dia, a vitória será certa para ambos. Mas o problema ficou
sem resposta quando alguém perguntou: e se o horóscopo dos dois estiver favorável e
eles perderem a corrida e a aposta? Alguém respondeu: a culpa está no horóscopo do
cavalo. Do cavalo? Mas cavalo não tem horóscopo... E ninguém soube explicar mais
nada.


Um conhecido médium brasileiro publicou, na revista Amiga, número 658, de 29 de
dezembro de 1982, as previsões astrológicas de dezenas de artistas nacionais, para 1983.
Curiosamente, entre esses artistas figurava o nome de Clara Nunes. Eis o que dizia o
texto: “Clara Nunes é uma verdadeira força. Será muito difícil as negatividades se
aproximarem, pois nos seus colares, suas roupas e nas músicas que interpreta estão toda
uma força mística, toda uma história de nossas raízes. Clara tem muita fé. Porém, ela
poderá ter problemas, porque todos nós vivemos num mundo violento e muitos desejam
tomar o lugar do outro. Mas, garanto que quem se cuida, como Clara, tem mais defesa e
apoio do que as pessoas que não acreditam em nada. Vejo que será mais um ano bom
com bastante trabalho, saúde boa.” Porém, todos nós sabemos que 1983 não foi um ano
muito saudável para Clara Nunes... Ela morreu em conseqüências de complicações
operatórias.


Além das previsões “lidas nos astros”, os espíritas costumam apelar para o
conhecimento dos espíritos (demônios) que incorporam nos médiuns interrogando-os
acerca do futuro. A maior crítica sobre a sabedoria falsa dessas entidades do “Além” foi
publicada por alguém que estudou essas mensagens dos “espíritos” durante mais de
vinte anos. Trata-se do cientista francês Charles Richet. Eis o que ele falou sobre essas
mensagens:


“Uma outra característica das personalidades espíritas é de cercarem de mistério, como
se o mistério de sua presença não fosse suficiente. Há reticências, subentendidos,
alusões veladas que exigem muita sagacidade para se entender. Elas (as ‘entidades do
Além’) parecem, em certos momentos, saber muito, mas no ponto mais interessante
param subitamente, e depois se desviam. Tem-se absolutamente o direito de supor que,
se elas não dizem mais, é porque nada mais sabem. Raramente é dada a uma questão
precisa uma resposta precisa. Se estivessem diante de uma banca de examinadores, não
passariam no exame, porque respondem mal. Dão resposta lateralmente.


“Sem dúvida é essa a razão por que as personalidades dos mortos nunca revelaram nada
que não fosse já conhecido dos vivos. E isso representa um argumento desastroso contra
a hipótese espírita. Na verdade, nunca nos fizeram dar um passo em geometria, física,
fisiologia, mesmo em metapsíquica! (Ciência conhecida hoje como parapsicologia).
Nunca os espíritos conseguiram provar que, sobre qualquer coisa, soubessem mais que
o indivíduo vulgar. Nunca foi indicada uma descoberta inesperada ou feita qualquer
revelação.


E o espiritismo ainda continua sendo, na opinião de muitos espíritas não-esclarecidos, a
Terceira Revelação dada pelos espíritos a Allan Kardec e a um grupo de médiuns, cujas
doutrinas superaram as reveladas por Moisés (Primeira Revelação) e por Jesus (Segunda
Revelação)! É o cúmulo da afronta ao cristianismo.


XIII – Entrevistaram os espíritos!


A revista Alterosa (antiga publicação que circulou no município de Alterosa, MG), de
15/08/1954, publicou uma interessante entrevista sobre assuntos políticos daquela
época. As respostas que os “espíritos” deram servem de ilustração de como esses
ambientes, onde prevalece a crença nas previsões vindas do “além”, são verdadeiros
antros de cambalacho.


Eis algumas perguntas e respostas: Pergunta: Como se poderá resolver o problema da
Coréia e da Indochina? Resposta: Conhecemos de perto a nossa insignificância ante o
problema proposto, que diz respeito à política dos orientadores humanos... (Note bem
não responderam nada). Pergunta: Os homens conquistarão outros astros? Quando se


dará a primeira viagem interplanetária do homem? Resposta: Atendemos,
primeiramente, à solução dos enigmas da própria casa. A Terra, nossa velha morada,
reclama atenção, trabalho, sacrifício... (Outra resposta vazia, outra saída “pela
tangente”. Ora, como habitantes do espaço, segundo afirmam os espíritas, esses
“espíritos” deveriam estar melhor informados sobre os acontecimentos relacionados
com o presente e o futuro desse espaço. Deveriam saber que em 12 de abril de 1961, o
astronauta russo Iuri Gagarin passaria para a história como o primeiro homem a circular
em torno da Terra em vôo orbital). Pergunta: O senhor Getúlio Vargas terminará seu
governo? Resposta: Jesus nos abençoe a todos, a fim de que possamos oferecer aos
governadores a felicidade e a segurança que dos governos esperamos por nossa vez.


Nove dias após a publicação dessa “esclarecedora” entrevista com os “espíritos”,
Getúlio Vargas se suicidou... Nenhum daqueles “sábios” espíritos entrevistadores foi
capaz de prever a morte tão próxima do presidente... Segundo uma reportagem
publicada no Jornal do Brasil de 23/08/86, sob o título “Umbanda lembra Vargas com
banquete para Exu”, os umbandistas afirmam que Getúlio Vargas foi vítima de vingança
do Exu (o diabo, cultuado na umbanda).


XIV – Falam os cientistas


A sociedade Alemã de astronomia, uma das mais reputadas do mundo, definiu a
astrologia como “misto de superstição, charlatanismo e comércio”. Uma comissão de
inquérito americana, presidida pelo astrônomo Bart J. Box, da Universidade de Harvard,
declarou-se pronta a examinar todos os casos que lhe submetessem os astrólogos.
Resultado (nas palavras do próprio Bart): “Não pôde ser confirmada nenhuma das
influências atribuídas aos astros e defendidas pelos astrólogos ditos sérios.” A sociedade
americana de estudos psicológicos emitiu a seguinte opinião: “Os psicólogos não
encontraram qualquer prova de que a astrologia tenha algum valor, nem quanto ao
passado, nem quanto ao presente, nem quanto ao futuro, nem no que diz respeito à vida
ou à sorte do indivíduo.


É na multidão das previsões lançadas que os “futurólogos” tentam acertar algumas. E
são estes poucos acertos que impressionam o povo, geralmente não tão bem informados
quanto os astrólogos da situação política, econômica e social do mundo, e do estado de
saúde e vida pública e particular das personalidades famosas. Os astrólogos podem fazer
100 previsões e, favorecidas pelos artifícios e pelo acaso, acertar cinco. A publicidade
sensacionalista tocará trombetas em cima destes cinco acertos, e fará com que o povo
esqueça de que o “iluminado e infalível vidente” cometeu 95 erros (quando não
acontece ter ele cometido cem).


Os astros não dizem nada sobre o presente e o futuro da humanidade, e nunca disseram
coisa alguma em tempo algum. Os homens são quem forjaram muitas mentiras e estão a
vendê-las no mercado do charlatanismo. E o pior é que há milhões de pessoas
comprando-as.


XV – A Astrologia e a Bíblia


Na Bíblia, a adivinhação é literalmente condenada: “não se achará entre ti ...
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem


necromante, nem mágico, nem consulte os mortos, pois todo que faz tal coisa é
abominável ao Senhor” (Dt.18:10-12)


Os magos referidos em Gênesis 41:8 faziam uso da astrologia e de outras práticas de
ocultismo para forjarem interpretação de sonhos e adivinharem o futuro. Ao contrário
de José, recusava-se a reconhecer o domínio de Deus sobre todas as coisas; reputavam-
se sábios, e tinham sua sabedoria como proveniente de poderes mágicos.
Nabucodonosor, rei da Babilônia, e os faraós, no Egito, viviam arrodeados deles: Daniel
2:2; Êxodo 7:11.


Conhecidos são os episódios envolvendo Saul e a pitonisa de En-Dor (1 Sm. 28:7-14),
Simão, o mágico (At. 8:9-11), e Elimas, também mágico, que obrigou Paulo a cegá-lo,
por ele ter se oposto à obra de Deus (At. 13:6-12). Em Levítico 19:26, o Senhor ordena:
“Não agourareis nem adivinhareis”.


POR QUE NÃO ME TORNEI UM ESPÍRITA?


DEPOIS DE PESQUISAR E ANALISAR MINUNCIOSAMENTE A DOUTRINA


REENCARNACIONISTA, JEFFERSON MAGNO COSTA, PESQUISADOR E CONFERENCISTA,
APRESENTA OS RESULTADOS DOS SEUS ESTUDOS.


Nenhum movimento religioso cresce tanto no Brasil e no
Mundo como o espiritismo. São milhões de adeptos que
acreditam sinceramente na reencarnação e no progresso espiritual
através de méritos próprios – afinal para a doutrina espírita “fora
da caridade não há salvação”.


Mas será que, apesar de um número cada vez mais crescente
de praticantes, a filosofia espírita é justa ou pelo menos razoável?
Será que, de fato, o espiritismo pode ser comprovado
cientificamente? O que está por trás de cada fenômeno espírita? O
que há de tão encantador no espiritismo para que milhões de
pessoas se sintam atraídas por essa prática?


Jefferson Magno Costa, pesquisador e conferencista,
responde satisfatoriamente a estas e outras perguntas neste seu
maravilhoso trabalho de revelar os mistérios ocultos do
espiritismo.


Vale lembrar que o objetivo principal dessa obra não é fazer
proselitismo religioso e muito menos tentar atacar ou diminuir os
praticantes de tal doutrina. Ademais, os fatos e conclusões aqui
apresentados, apesar de serem bastante razoáveis, não são
imbatíveis ou incontestáveis, deixando qualquer pessoa à vontade
para replicar, do mesmo modo, com equilíbrio e sensatez e tentar
provar o contrário.


Os editores


BIBLIOGRAFIA


AS INFORMAÇÕES, DECLARAÇÕES E
CONCLUSÕES APRESENTADAS NOS
CAPÍTULOS I, II, III e IV DESTE TRABALHO,
FORAM EXTRAÍDAS DO LIVRO PORQUE
DEUS CONDENA O ESPIRITISMO – CPAD
(CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS
DE DEUS). O AUTOR É O PESQUISADOR E
CONFERENCISTA JEFFERSON COSTA
MAGNO

O Cordeiro de Deus

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