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A Nova Terra, o Reino de Deus: Um Final Feliz

O mesmo fogo que irá destruir Satanás e os ímpios purificará toda a Terra, transformada num imenso lago incandescente. Então, o Senhor cumprirá Sua promessa de criar novos céus e nova Terra: "Porque, como os céus novos, e a Terra nova, que hei de fazer, estarão diante da Minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa pos­teridade e o vosso nome" (Isaías 66:22). Esta re­novação é repetida e esperada, ansiosamente, ao longo dos séculos, por todos quantos tiveram o privilégio de conhecer e aceitar o plano da reden­ção, o Evangelho Eterno.

O apóstolo Pedro se refere a esta nova Ter­ra, após mencionar a destruição do nosso mundo, pelo fogo: "Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova Terra, em que ha­bita a justiça" (II Pedro 3:13).

João, o apóstolo da Revelação assim expressou o que viu: "E vi um novo céu e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe" (Apocalipse 21:1). Obviamente que o apóstolo se refere ao fato de o mar não existir, mas na forma e condições atu­ais. O mar voltará a existir na forma da primeira criação, segundo o plano original de Deus. O mar que deixará de existir é o mesmo que se seguiu à catástrofe do dilúvio, e que resultou na divisão dos continentes, a deriva continental.

Ele conti­nua: "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus . E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor: porque já as primeiras coisas são passadas" (Apocalipse 21:3-4).

Estas mesmas promessas já haviam sido proferidas mui­tos séculos antes de ser escrito o Apocalipse. O profeta Isaías escreveu inspirado pelo Deus Todo­-poderoso: "Aniquilará a morte para sempre, e assim enxuga­rá o Senhor Jeová as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a Terra: porque o Senhor o disse" (Isaías 25:8).

O próprio Senhor é Quem atesta a autenticidade de Suas promessas de recriação: "E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço no­vas todas as coisas . E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis" (Apocalipse 21:5).

O plano da redenção foi concretizado. O sa­crifício do Calvário atingiu a plenitude de seu obje­tivo e propósito. Uma multidão incontável de seres felizes e perfeitos, restaurados à imagem e seme­lhança de Seu Criador, povoa a Terra renovada à beleza de quando fôra criada pela primeira vez.

As benditas palavras do Senhor são cum­pridas:"Porque eis que Eu crio céus novos e nova Terra: e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Isaías 65:17). Certamente que a Palavra de Deus se refere às lembranças que pudessem provocar algum senti­mento de tristeza, como a evocação de algum ente querido que não tenha obtido a salvação, a vida eterna.

As lembranças positivas e felizes estarão vívidas e indeléveis na memória dos salvos. Por toda a eternidade deverá ser motivo de alegria a recordação de quando e como alguém contribuiu para que pessoas conhecessem a Jesus e o Seu Evangelho. Nada poderá ser mais gratificante do que a lembrança de ter sido uma fiel testemunha do Senhor e ter feito algo que ajudasse na salva­ção de um filho Seu.

A árvore da vida, mencionada no primeiro livro da Bíblia, estará na Cidade Santa e todos dela se servirão: "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês: e as folhas da árvore são para a saúde das nações" (Apocalipse 22:1-2).

Esta mesma verdade encontra-se há milêni­os manifesta no Livro Sagrado: "E junto do ri­beiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda a sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua fo­lha, nem perecerá o seu fru­to. Nos seus meses produzi­rá novos frutos, porque as suas águas saem do santuá­rio; e o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de re­médio" (Ezequiel 47:12).

Está escrito sobre a nova Terra e a nova Jerusalém: "Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; ves­te-te dos teus vestidos formosos, ó Jerusalém, cidade san­ta; porque nunca mais entra­rá em ti incircunciso ou imundo" (Isaías 52:1). "E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles... Ali não haverá leão, nem ani­mal feroz subirá a ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele. E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião com júbilo, e ale­gria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido" (Isaías 35:8-10). "E não entrará nela coi­sa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Apocalipse 21:25).

Tudo isto está em harmonia com os textos da Palavra de Deus:" Ficarão de fora os cães e os feiticei­ros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a menti­ra" (Apocalipse 22:15). E ainda: "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticei­ros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxo­fre; que é a segunda morte" (Apocalipse 21:8). "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os mal­dizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus" (I Coríntios 6:9-10).

E a misericórdia di­vina, reconhecendo a condição lastimável de tan­tos, aconselha, adverte e convida: "E é o que alguns têm sido, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus" (verso 11). "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (I S.João 2:1- 2). "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O, enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensa­mentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar" (Isaías 55:6-7).

A clara afirmação da Palavra de Deus é de que o nosso pequenino e degradado planeta não será apenas restaurado à dignidade de quando foi criado. De acordo com o Livro Sagrado será ele exaltado acima de todos os mundos criados, pois se tornará a capital do Universo, o local onde Deus estabelecerá o Seu trono.

A glória de Deus, inimaginável para mentes humanas, iluminará a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, um lugar onde, por esta razão, não haverá noite. A Bíblia Sagra­da assim menciona este fato: "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela res­plandeçam, porque a glória de Deus a tem alu­miado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Apocalipse 21:23). "E ali nunca mais haverá mal­dição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servi­rão. E verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia; e reinarão por todo o sempre. E disse-me: Es­tas palavras são fiéis e verda­deiras ; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o Seu anjo, para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve hão de acontecer" (Apocalipse 22:3-6).

A mesma verdade en­contra-se estampada nas páginas do Antigo Testamento, nas ins­piradas palavras do profeta de Deus: "Nunca mais se ouvirá de violência na tua Terra, de deso­lação ou de destruição nos teus termos; mas aos teus muros cha­marás salvação, e às tuas por­tas louvor. Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem o seu resplendor a lua alumiará: mas o Se­nhor será a tua luz perpétua, e o Teu Deus a tua glória. Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará: porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a Terra; serão renovos por Mim plantados, obra das Minhas mãos, para que Eu seja glorificado" (Isaías 60:18-21).

"Naquele dia não ha­verá luz, nem frio, nem geada. Será um dia sin­gular conhecido do Senhor; não será nem dia nem noite. Quando a tarde chegar haverá luz. Naquele dia também correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra me­tade até o mar ocidental: no verão e no inverno sucedeisto. O Senhor será o Rei sobre a Terra. Naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome" (Zacarias 14:6-9).

As águas vivas, mencio­nadas pelo profeta, têm correspondente no Novo Testamento: "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do tro­no de Deus e do Cordeiro" (Apocalipse 22:1).

Nesta bendita Terra renovada não haverá defi­cientes de nenhuma espécie e nem doentes, mas somente seres perfeitos, saudáveis física, mental e espiritualmente. Todas as conseqüências do pecado foram para sempre removidas.

Está escrito: "Confortai as mãos fracas, e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos, não temais; eis que o Vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus: Ele virá e vos salvará . Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo" (Isaías 35:3-6).

Nesta nova Terra o Espí­rito do Senhor e a Sua lei esta­rão no coração de todos os seus habitantes: "E vos darei um co­ração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos e os observeis. E habitareis na Ter­ra que Eu dei a vossos pais, e vós Me sereis por povo, e Eu Vos serei por Senhor" (Ezequiel 36:26-28).

Estas promessas se destinam a todos os que, aceitando o Evangelho Eterno, herdarão o Reino de Deus, por ocasião da volta de Jesus e da primeira ressurrei­ção: "Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que Eu abrirei as vossas sepulturas e vos farei sair das vossas sepultu­ras, ó povo Meu, e vos trarei à terra de Israel. E sabereis que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo Meu. E po­rei em vós o Meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa Terra: e sabereis que Eu, o Senhor, disse isto, e o fiz, diz o Senhor" (Ezequiel 37:12-14).

Os animais foram cria­dos, originalmente, para ser­virem de companhia e deleite ao homem, a obra-prima da criação: "E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou: macho e fê­mea os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai­-vos, e enchei a Terra, e sujeitai-a; e dominai so­bre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a Terra" (Gênesis 1:27-28).

Também este propósito de Deus será restabelecido. A ferocidade de muitos desses animais teve como razão o pecado. Re­movido este, removidas estarão as suas consequências. Até mesmo as crianças terão in­dizível prazer em brincar com animais outrora ferozes e perigosos. Brincarão com eles, como brincam hoje com um cãozinho dócil. No plano original de Deus os animais não se alimentavam devorando-se uns aos outros. Nesse plano não existia o pecado e sua conseqüência, a morte (Romanos 6:23).

Assim, todos – homens e animais –, deveriam alimentar-se de vegetais e dos frutos da terra: "E disse Deus. Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face da terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento. E assim foi" (Gênesis 1:29-30).

Na Terra recriada e renovada todos os seres criados – homens e animais –, vol­tarão ao regime alimentar original. Assim é que está escrito: "E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e bezerro, e o filho de leão e o animal cevado viverão juntos, e um menino pequeno os conduzirá. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca do áspide, e o já desmamado meterá a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade, porque a ­Terra se encherá do conhecimento do Se­nhor, como as águas co­brem o mar" (Isaías 11:6-9). "O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte , diz o Se­nhor" (Isaías 65:25).

A Terra, devastada por tantos anos de maldição e de pecado, será finalmente restaurada. Todos os resgata­dos ao poder da morte, de to­dos os tempos, encontrarão a eterna paz e felicidade: "Por­que o Senhor consolará a Sião: consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia" (Isaías 51:3). "Naquele tempo , diz o Senhor, serei o Deus de todas as gerações de Israel, e elas serão o Meu povo" (Jeremias 31:1).

Satanás e seus anjos não mais existem. To­dos os perversos receberam a condenação da se­gunda morte e jamais voltarão a praticar o mal. Nunca mais haverá medo, tristeza e angústia: "Por­que o Senhor resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele. Assim que virão, e exultarão na altura de Sião, e correrão aos bens do Senhor... e a sua alma será um jardim regado, e nunca mais andarão tristes... e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transforma­rei em regozijo a sua tristeza" (Jeremias 31:11-13).

Jesus é o Rei dos reis. Sua justiça cobriu a iniqüidade de todos quantos O aceitaram como Salvador: "Naqueles dias e naquele tempo farei que brote a Davi um renovo de justiça, e Ele fará juízo e justiça na Terra. Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É NOS­SA JUSTIÇA" (Jeremias 33:15-16). "Naqueles dias e naquele tempo , diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pe­cados de Judá, mas não se acharão; porque per­doarei aos que Eu deixar de resto" (Jeremias 50:20).

O brado de alegria e exultação entre todos os povos será o seguinte: "Alegrem-se os céus, e regozije-se a Terra, e diga-se entre as nações: O Senhor reina" (I Crônicas 16:31). "O Teu reino é um reino eterno; o Teu domínio estende-se a todas as gerações" (Salmo 145:13).

Na nova Terra, todas as maldições decor­rentes do pecado serão removidas. Quando Adão pecou, toda a Terra recebeu as conseqüências do seu pecado. O trabalho, que seria sempre delei­toso, tornou-se um fardo obrigatório e sem o qual ele não teria o seu pão. A Terra, cheia de espi­nhos: E a Adão disse: Por­quanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, di­zendo: Não comerás dela; maldita é a terra por causa de ti: com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Es­pinhos, e cardos também, te produzirá, e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado: porquan­to és pó, e em pó te torna­rás (Gênesis 3:17-19).

Na nova Terra, entretanto, o homem voltará ao primeiro domínio, como antes do pecado: "E a ti, ó torre do re­banho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusa­lém" (Miquéias 4:8). "... E vos farei habitar como dantes, e farei vosso estado melhor que nos vos­sos princípios; e sabereis que Eu sou o Senhor" (Ezequiel 35:11).

Assim é que o Senhor mesmo é quem anuncia a mudança das maldições em bên­çãos: "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta: o que será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará" (Isaías 55:13).


O trabalho voltará a ser uma atividade de­leitosa: "E edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não planta­rão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice" (Isaías 65:21-22).

É necessário que se tenha em mente que muitas profecias, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento, tiveram duplo cumprimento. Algumas, como a que estudamos, têm aplica­ção futura, na restauração da Terra, mas foram dadas, também, como promessa ao antigo Israel. Quando eram fiéis a Deus as bênçãos eram cer­tas. Não eram roubados e nem conquistados por outras nações e gozavam de vida longa e tranqüila. Igualmente, não se pode conceber que na eternida­de, no reino de Deus, existirão velhos e velhice ou qualquer forma de degeneração ou corrupção.

Não haverá, também, nessa Terra bendita, mais o perigo de o pecado ou o mal retornarem com toda a sua carga de infortúnio, que causaram a degradação do gênero humano. Em nenhum dos textos sagrados que se referem à nova Terra se vislumbra algo como a árvo­re do conhecimento do bem e do mal, ou qualquer outra forma de prova para o ho­mem. Ele estará acima e além de qualquer possibilidade de cair ou de pecar. Nunca mais será tentado: "... Não se levan­tará por duas vezes a angús­tia" (Num 1:9). "O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o Rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum" (Sofonias 3:15).

O Deus Todo-Podero­so, referindo-se à cidade san­ta e ao Seu povo, promete: "E Eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em re­dor, e Eu mesmo serei no meio dela, a Sua glória. E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como ao rebanho do Seu povo; por­que como as pedras de uma coroa eles serão exaltados na Sua Terra" (Zacarias 2:5 e 9:16).

O caráter dos habitantes dessa nova Terra está patenteado nos registros sagrados: "Quem habitará essa Terra e herdará esse reino? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega sua alma à vaidade, nem jura enganosamente" (Salmo 24:4). "Porque os retos habitarão a Terra, e os sinceros permanecerão nela" (Provérbios 2:21).


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A Destruição do Mal

Ao final dos mil anos, como já foi visto, Satanás será solto de sua prisão e sairá a enganar as nações, ou seja, todos os ímpios ressus­citados, congregando-os para a última batalha: "E subiram sobre a largura da Terra, e cercaram o arraial dos san­tos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu, e os de­vorou. E o Diabo, que os en­ganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta... (Apocalipse 20:9-10). O incorreto entendimento das palavras seguintes neste texto tem trazido perplexidade a muitos: "... e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre". Esclarecimentos detalhados so­bre o mesmo estão no sexto capítulo desta série, intitulado Ressurreição ou Reencarnação?

Nenhuma doutrina é mais ofensiva aos olhos do Deus de amor e nada ofende mais à Sua justiça do que o pensamento de que Ele criou ou criará um lugar de tormentos eternos, onde os que não se salvarem padecerão, sem esperança, por toda a eternidade. As Escrituras Sagradas afir­mam em todo o seu contexto que apenas os jus­tos, ou seja, os que forem justificados pela justi­ça de Cristo, serão salvos. Apenas estes viverão.

Qual será, então, o destino dos outros, dos que serão condenados? Eis o que pergunta o apósto­lo Pedro: "E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador"? (I Pedro 4:18). O salmista, que viu a ressurreição do ímpio, viu também a sua destruição: "Mas passou e já não é: procurei-o, mas não se pôde achar" (Salmo 37:36).

O ímpio não se pôde achar porque será morto para sempre. Não serão apenas os ímpios, mas o maior de todos eles, Satanás, e todos os seus anjos, que serão completamente destruídos. Paulo escreveu: "E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés" (Roma­nos 16:20). Estas palavras são bastante claras e não podem deixar lugar para dúvidas, com res­peito ao seu significado.

Malaquias contemplou o foco do último dia e escreveu: "Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os sober­bos, e todos os que cometem impi­edade, serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo" (Malaquias 4:1). Satanás é a raiz de todo o mal e os ramos são aqueles que lhe deram ouvidos, os ímpios de todas as épocas.

São esclarecedoras as palavras do pro­feta, quando complementa: "E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vos­sos pés naquele dia que farei , diz o Senhor dos Exércitos" (verso 3). O que significam as palavras transformar-se em cinzas ? Não há dúvida de que se referem à completa destruição pelo fogo.

Contemplando estes acontecimentos, o salmista diz: "Por que se amotinam as gentes, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da Terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós suas cordas" (Salmo 2:1-3).

Os versos seguintes revelam o que então sucede­rá: "Aquele que habita nos céus Se rirá: o Senhor zombará deles. Então lhes falará na Sua ira, e no Seu furor os confundirá. Eu, porém, ungi o Meu Rei sobre o Meu santo monte de Sião" (vers­os 4-5). Eis o destino daqueles que contenderão com o Senhor: "Os que contendem com o Senhor serão quebrantados: desde os céus trovejará sobre eles. O Senhor julgará as extremidades da Terra; e dará força ao Seu rei, e exaltará o poder do Seu Ungido" (1Samuel 2: 10).

A respeito da completa e total destruição os ímpios não podem existir palavras mais cla­ras e esclarecedoras do que as seguintes: "Repreendeste as nações, destruíste os ímpios, apagaste o seu nome para sempre e eternamente" (Sal­mo 9:5). Apagar o nome para sempre e eternamen­te é algo concreto. Significa apagar da memória, esquecer. Assim, a Palavra de Deus é direta, inci­siva.

Mesmo assim, muitos se desviam de suas claras verdades, apegando-se a fábulas. Mas as Escrituras repetem, insistentemente, os seus sa­grados conceitos: "Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão; por isso os visitastes e destruíste, e apagaste toda a sua memória" (Isaías 26:14). Assim, somente os que não quiserem é que não verão seus claros ensinamentos, para sua própria perda.

Somente os justos viverão eternamente. De acordo com a Bíblia Sagrada, os ímpios não viverão para sempre: "Não deixa viver ao ímpio, e faz justiça aos aflitos" (Jó 36:6).

Satanás é retratado em todas as Escrituras como um tirano, o mai­or de todos eles. E o seu futuro está nelas expresso: "Porque o tirano é reduzido a nada; e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniqüidade são desarraiga­dos" (Isaías 29:20). Eis também o destino de todos os que deram ouvi­dos aos seus enganos: "E os povos serão como os incêndios de cal; como espinhos cortados arderão no fogo" (Isaías 33:12).

Se as pessoas se detivessem a examinar to­dos os textos das Escrituras que relatam a des­truição dos ímpios, certamente nenhuma dúvida teriam sobre este assunto. Ocorre que muitos, dis­traidamente, não atentando para o contexto, de­sinteressam-se do mesmo, firmando-se em con­ceitos errôneos, pré-estabelecidos.

Os ímpios, de acordo com a Palavra de Deus, não herdarão a terra, pois perecerão: (Salmo 1:6). Serão outros, os her­deiros da Terra. Todos os ensinamentos da Bíblia estão voltados para esta verdade: "Por­que o Senhor conhece o caminho dos, justos, mas o caminho dos ímpios perecerá""Por­que os malfeitores serão desar­raigados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a Ter­ra. Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá. Mas os ímpios perecerão, e os inimigos do Senhor serão como a gordura dos cordeiros: desa­parecerão, e em fumo se desfa­rão. Espera no Senhor, e guar­da o Seu caminho, e te exaltará para herdares a Terra; tu o verás quando os ímpios forem desarraigados . Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos, e as relíquias dos ímpios todas pere­cerão" (Salmo 37:9, 10, 20, 34 e 38).

Mas os ímpios serão arrancados da Terra, e os aleivo­sos serão dela exterminados: "Transtornados serão os ímpios, e não serão mais, mas a casa dos justos permanecerá" (Provérbios 2:22 e 12:7).

Estas são as próprias palavras do Deus Todo-poderoso, falando sobre a destruição de Satanás, por meio do Seu servo, o profeta Ezequiel: "Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formo­sura. Estavas no Éden, jardim de Deus... Tu eras querubim ungido para proteger, e Te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas (de glória) andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio se encheu o teu interior (coração) de violência, e pecaste; pelo que te lançarei profanado fora do monte de Deus, e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pe­dras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sa­bedoria por causa do teu resplendor; por Terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a Terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espan­tados de ti; em grande espanto te tornaste, e nun­ca mais serás para sempre (Ezequiel 28:12-19).

Não há dúvida de que o Senhor se refere, no texto, a Satanás, como não pode haver dúvida sobre a sua completa e total destruição.

A pergunta do apóstolo, antes mencionada, portanto, está plenamente respondida e esclarecida: se apenas o justo se salva, não ha­verá no Universo de Deus ne­nhum lugar de castigo eterno para as infelizes criaturas que rejeitaram a salvação e a vida. A morte eterna é o seu quinhão.

Assim, tornam-se claras as pa­lavras do apóstolo: "E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está as­sentado sobre o trono, e ao Cor­deiro, sejam dadas ações de gra­ças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre" (Apocalipse 5:13).

O apóstolo da Revelação não viu, na refe­rência universal que fez, nenhum grupo de pes­soas infelizes e sofredoras, amaldiçoando o Criador, mas apenas seres felizes louvando o Autor da sua alegria e felicidade que, como a sua vida, não mais terão fim.




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Gogue e Magogue

Após o retorno de Jesus a esta Terra, ao fim do milênio, como foi descrito, todos os ímpios ressuscitarão. O salmista assim se expressou, ao ser-lhe mostrado este acontecimento: "Vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal" (Salmo 37:35).

Mas eles res­suscitarão apenas para conhecer a sentença con­tra eles proferida durante o juízo milenar e para a execução da mesma. Após a execução da senten­ça, o mesmo salmista, referindo-se ao ímpio, afir­mou: "Mas passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde achar" (verso 36).

Com a ressurreição dos ímpios, a restrição imposta a Satanás foi removida e ele novamente põe-se a enganar as nações, que é a função inerente ao seu caráter. Assim diz a Palavra de Deus: "E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da Terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em bata­lha" (Apocalipse 20:7-8).

A expressão Gogue e Magogue simboliza todos os ímpios de todos os tempos, que serão ressuscitados após o milênio. O profeta Ezequiel refere-se a eles, dizendo desta ressurreição que foram visita­dos , semelhantemente às pa­lavras de outro profeta, já men­cionadas (Isaías 24:22), quando afirmam que serão eles amontoados numa mas­morra (mortos) e depois de muitos dias visitados (ressuscitados).

Assim, ele profetiza contra Gogue: "Depois de muitos dias serás visitado. No fim dos dias virás à Terra que se retirou da espada, e que veio dentre muitos povos aos montes de Israel, que sempre serviram de assolação..." (Ezequiel 38:8).

Instigada por Satanás, a inumerável multi­dão de todos os ímpios de todos os tempos arregimentar-se-á contra o Senhor e contra a cidade santa: "Então subirás, virás como uma tem­pestade, far-te-ás como uma nuvem para cobrir a Terra, tu e todas as tuas tropas, e muito povo conti­go. Assim diz o Senhor Jeová: E acontecerá naque­le dia que terás imaginações no teu coração, e con­ceberás um mau desígnio" (Ezequiel 38:9-10).

As imaginações e o mau desígnio a que se refere a Pa­lavra de Deus são o intento dos ímpios, sob a liderança de Satanás, de assaltar e tomar a santa ci­dade. Continua o relato sagrado: "E subirás contra o Meu povo Israel, como uma nuvem, para cobrir a Terra. No fim dos dias sucederá que hei de trazer-te contra a Minha terra, para que as nações Me co­nheçam a Mim, quando Eu Me houver santificado em ti aos seus olhos, ó Gogue" (Ezequiel 38:16).

O profeta Ezequiel e o apóstolo do Apocalipse referem-se a um mesmo acontecimen­to, ao mencionarem a chuva de fogo, saraiva e enxofre que cairá sobre Satanás e os ímpios quan­do investirem contra a cidade santa: "... e gran­des pedras de saraiva, fogo, e enxofre farei cair sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os mui­tos povos que estiverem com ele" (Ezequiel 38:22). "E enviarei fogo sobre Magogue, e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que Eu sou o Senhor" (Verso 39:6).

A Palavra de Deus dá ênfase ao fato de que tudo será cumprido, de acordo com as Escrituras: "Eis que é vindo, e se cumprirá, diz o Senhor Jeová; este é o dia de que tenho falado" (verso 8).


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A Segunda Ressurreição

Ao retornar com os anjos, os remidos e a Nova Jerusalém, Jesus permitirá que todos os ímpios retornem à vida, para receberem a sentença a que foram condenados. Multidões ressusci­tarão, mas com o mesmo caráter que tinham quando desceram ao túmulo. Contemplando este acontecimento, o salmista escreveu: "Brotam os ímpios como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, mas para serem destruídos para sempre" (Salmo 92:6).

Esta segunda ressurreição somente ocorre­rá após os mil anos. As duas grandes ressurrei­ções estão claramente caracterizadas na Palavra de Deus. Não pode haver dúvida, pelas próprias palavras de Jesus, de que estas duas ressurreições abrangerão ocasiões, pessoas e caracteres dife­rentes.

Ele mesmo chamará todos à vida, nova­mente: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que, fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação" (João 5:28-29).

A ressurreição da vida é a primeira, que ocorrerá por ocasião da breve volta de Jesus. É a que contemplará os salvos, repetimos, para que acompanhem Jesus para o céu, durante o período de mil anos, quando acon­tecerá o julgamento dos ímpios. A Bíblia Sagra­da afirma que estes viveram e reinaram (ou jul­garam) com Cristo durante mil anos (Apocalipse 20:4). O texto esclarece que esta é a primeira ressurreição (verso 5).

O mesmo versículo é taxativo na afirmação de que os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram . Para concluir, a mesma Palavra estabelece a bem-­aventurança que aguarda aos que tiverem parte na primeira ressurreição: "Bem-aventurado e san­to aquele que tem parte na primeira ressurrei­ção; sobre estes não tem poder a segunda mor­te; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão (ou julgarão) com Ele mil anos" (verso 6).


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O Retorno do Céu

Depois de passados os mil anos no céu, Jesus voltará, desta vez com todos os Seus santos, os remidos, trazendo junto a Cidade Santa, a Nova Jerusalém. Eis a visão do apóstolo da Revelação: "E eu, João, vi a santa cidade, a Nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma espo­sa ataviada para o seu marido" (Apocalipse 21:22).

Uma grande planície se formará, a partir do monte das Oliveiras, onde descerá e será as­sentada a cidade santa, a Nova Jerusalém, quando os pés de Jesus pisarem novamente esta Terra. Muitos séculos antes de João, o Senhor já mos­trara este acontecimento extraordinário a outro servo Seu: "E naquele dia estarão os Seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o Oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o Oriente e para o Ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o Norte, e a outra metade dele para o Sul" (Zacarias 14:4).

Os olhos do profeta se encheram de assombro e ale­gria ao contemplar o retorno de Jesus, após o milênio, com todos os Seus remidos: "... Então virá o Senhor meu Deus e todos os santos com Ele" (Zacarias 14:5). A mesma verdade é expressa pelo apóstolo Judas, mencionando o fato de que, an­tes mesmo do dilúvio, Deus já havia mostrado a outro de Seus servos este retorno feliz: "E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: ‘Eis que é vin­do o Senhor com milhares de Seus santos: para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram con­tra Ele" (Judas 14 e 15).

A cidade, cujo Artífice e Construtor é o próprio Deus, está hoje no céu, mas será trazida para esta Terra após o milênio. Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cris­to, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso, segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas (Filipenses 3:20-21).


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O Milênio de Paz

Ao serem os remidos arrebatados para o en­contro com Jesus nos ares (I Tessalonicenses 4:17), terá início a mais extraordinária viagem que alguém jamais sonhou fazer. Jesus conduzirá a incontável multidão de Seus filhos para o lugar que conhecemos pelo nome de céu. Segundo a Bíblia Sagrada, este lugar maravilhoso tem existência física, real e geográfica e é de onde Deus governa o Universo infinito.

Terá início, nessa ocasião, um período de mil anos, que separa as duas grandes ressurrei­ções, a dos justos e a dos ímpios. Nesse período, Satanás ficará limitado a uma Terra desolada, com to­dos os seus anjos. Impedido de alçar vôo para outros mundos, nada haverá aqui para distraí-lo.

Durante mil anos, solitário e sem ter a quem tentar, irá refletir nas conseqüências de sua rebe­lião e do terrível destino que o espera no futuro. A Palavra de Deus se refere a essa circunstância como a uma prisão, a que ele estará circunscrito: "E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo" (Apocalipse 20:1-3). O abismo, como já foi mencionado, é a pró­pria Terra, desolada, vazia e escu­ra. O selo é a referência simbólica à sua impossibilidade de fugir a essa circunstância.

Enquanto ele está preso na Ter­ra, os remidos são recebidos no céu. Linguagem humana alguma pode exprimir o que significará adentrar os portais da Cidade San­ta. Convidados por Jesus, ao som de música celestial, tomarão pos­se da herança prometida. Durante todo o período dos mil anos mencionados, permanecerão com Jesus, ajudando e participando do julgamento de todos aqueles que não ressuscitaram na primeira ressurreição e dos que foram mortos na vinda do Senhor, ou seja, o julgamento de todos os ímpios, que a Bíblia cha­ma de julgamento dos mortos.

Por esta razão é que é dito que os remidos assentar-se-ão em tro­nos e ser-lhes-á dado o poder de julgar: "E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar...; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos" (Apocalipse 20:4 des­tacamos). A expressão reinaram pode ser ade­quadamente traduzida como julgaram ou par­ticiparam do julgamento.

Portanto, o exame racional do texto bíblico revela, de maneira firme, clara e direta, que o mi­lênio não será vivido aqui na Terra, mas no céu. Nessa época a morte já terá sido vencida (I Coríntios 15:54-55). Ninguém estará mais su­jeito às doenças e à velhice. Ninguém mais mor­rerá. Assim é que alguns textos que muitos atri­buem a esse período, no qual as pessoas voltari­am a ter um longo período de vida e depois morreriam, não são adequados ao mesmo. Muitos afirmam que o pecado não será tolerado no milênio, e é verdade. Não apenas no milênio, mas para toda a eternidade, pois ele foi vencido e extirpado com a volta de Jesus.

A mudança na natureza humana não será transitória e temporária, mas definitiva e eterna. O homem terá voltado ao primeiro domínio, como quando foi criado. A lei de Deus estará no seu coração (Hebreus 10:16). O caráter de todos será semelhante ao caráter de Jesus, cujas vestes que simbolizam Sua Justiça, receberam.

A Terra será o cárcere de Satanás, nesses mil anos. Igualmente, ela representa a prisão para os que aqui ficarão mortos, amontoados, e que somente depois de muitos dias, ou muitos anos (ou seja, depois de mil anos), serão novamen­te visitados e voltarão à vida, na segunda ressurreição.

Está escrito: "De todo se es­vaziará a Terra, e de todo será saqueada, porque o se­nhor pronunciou esta pala­vra. De todo será quebran­tada a Terra, de todo se romperá a Terra, e de todo se moverá a Terra. De todo vacilará a Terra como o ébrio, e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca mais se levantará. E será que naquele dia o Senhor visitará os exércitos do alto na altura, e os reis da Terra sobre a Terra. E serão amontoados como presos numa masmorra, e serão encerrados num cárcere; e serão visitados depois de muitos dias" (Isaías 24:3, 19-22).

Esta visita será o retorno de Jesus à Terra, após concluído o juízo milenar, no céu.


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A Terra Destruída

Muitas pessoas sinceras acreditam que após o dia da volta de Jesus a vida continuará a existir na Terra. Segundo este entendimento, haveria nova oportunidade de salvação para os que aqui ficassem. Não é isto, entretanto, o que ensi­nam as Sagradas Escrituras. Este engano, como já foi dito, poderá se revelar fatal para muitos que repousam numa falsa esperança. Agora é o momento do preparo para a eternidade. Retardar a decisão pode ser a ruína para muitos. Ao recu­sar as ondas da misericórdia de Deus, adiando aquela que seria a mais importante decisão de suas vidas, multidões estão desprezando o sacrifício do Calvário, recusando a vida eterna.

A Palavra de Deus afirma claramente, de maneira direta e positiva, que toda a vida na Terra será extinta com a vinda de Jesus. Todas as es­pécies animais e vegetais serão destruídas. A Terra se transfor­mará numa vasta superfície inóspita, escura e sem vida.

Profundas alterações ambientais terão lugar com os fenômenos relacionados com o dia do Senhor. Estes fenômenos farão com que as condições de vida na Terra voltem a ser seme­lhantes ao que eram antes de nela ter sido criada a vida.

O profeta, ao ver estas condições, no futuro, escreveu: "Observei a Terra, e eis que estava assola­da e vazia; e os céus, e não ti­nham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo, e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu havi­am fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam der­ribadas diante do Senhor, diante do furor da Sua ira" (Jeremias 4:23-26 destaques acrescentados)

Eis como era a Terra antes da criação, segundo a Palavra de Deus: "E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo..." (Gênesis 1:2).

Não apenas os profetas do Antigo Testamen­to, mas também os apóstolos, no Novo, afirmam ca­tegoricamente que a Terra será totalmente consumida pelo fogo: "Mas os céus e a Terra que agora exis­tem, pela mesma palavra se reservam como tesou­ro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios" (II Pedro 3:7).

O próprio Salvador afirmou, textualmente: "O céu e a Terra passarão, mas as Minhas pala­vras não hão de passar" (Mateus 24:35). O apóstolo S. Pedro confirma o que Jesus afirmou, esclarecendo de que forma se dará este passamento do céu e da Terra: "Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite: no qual os céus passarão com grande estrondo, e os ele­mentos, ardendo, se desfarão, e a Terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Filho de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo se fundirão?" (II Pedro 3:10-­11).

As palavras do apóstolo não dei­xam dúvida de que o dia do Senhor é o dia da vinda de Jesus e que nesse dia todas as coisas perecerão, isto é, serão consumidas destruídas pelo fogo.

Outro profeta, ao contemplar a Terra com­pletamente destruída, assim retratou o futuro deste planeta: "Quem é o homem sábio, que entenda isto? E a quem falou a boca do Senhor, para que o possa anunciar? Por que razão pe­receu a Terra, e se queimou como o deserto, de sorte que ninguém passa por ela?" (Jeremias 9:12). O mesmo pro­feta declara que os desígnios do Senhor serão totalmente execu­tados e suas razões entendidas, ao final da história deste mun­do: "Eis que saiu com indigna­ção a tempestade do Senhor; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do Senhor, até que se execute e cumpra os pensamentos do Seu coração: no fim dos dias entendereis isso claramente" (Jeremias 23:19-20).

A Palavra de Deus engloba todos os mora­dores da Terra, os obstinados e insensatos que re­cusaram a salvação, quando se refere à destrui­ção do último dia: "Tu, pois, lhes profetizarás es­tas palavras, e lhes dirás: O Senhor desde o alto bramirá, e fará ouvir a Sua voz desde a morada da Sua santidade; terrivelmente bramirá contra a sua habitação, com grito de alegria, como dos que pisam as uvas, contra todos os moradores da Terra. Chegará o estrondo até à extremidade da Terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, en­trará em juízo com toda a carne: os ímpios entre­gará à espada , diz o Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação para na­ção, e grande tormenta se levantará dos confins da Terra. E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extre­midade da Terra; não serão pranteados, nem reco­lhidos, nem sepultados, mas serão como estrume sobre a face da Terra" (Jeremias 25:30-33).

Quando o texto sagrado afirma que os mortos não serão pranteados, nem sepultados, é porque ninguém restará vivo para isto, pois todos estarão mortos. Não apenas os homens, mas tam­bém os animais da Terra, as aves e até os peixes, como está escrito, de maneira inquestionável: "Consumirei por completo tudo sobre a face da Terra , diz o Senhor. Consumirei os homens e os animais; consumirei as aves do céu, e os peixes do mar. Os ímpios serão apenas montões de ruínas quando Eu exterminar os homens de sobre a face da Terra , diz o Senhor" (Sofonias 1:2-3).

Estas palavras são por demais claras, para que se tenha alguma dúvida. As pessoas são livres para acreditar nelas, ou delas descrer. Desta escolha serão colhidos, no futuro, resultados eternos. Para escolher a morte é suficiente cruzar os braços e manifestar desinteresse ou indiferen­ça.

Antes de sofrer a destruição final, os que rejeitarem a salva­ção sofrerão a terrível angústia da consciência da perda sofrida e do medo do ajuste de contas: "E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramara como pó, e a sua carne como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os po­derá livrar no dia do furor do Se­nhor; mas pelo fogo do Seu zelo toda esta Terra será consumida; porque certamente fará de todos os moradores da Terra uma destruição total e apressada" (Sofonias 1:17-18).

Não restará nenhuma nação, nenhuma ci­dade, nenhuma pessoa viva na Terra, após a vin­da de Jesus. Aqueles que não forem, com Ele, transformados e trasladados, aqui ficarão, como monturo: mortos e insepultos. Sobrarão, apenas, desolação e ruínas no planeta reduzido a escom­bros: "Exterminei as nações, as suas fortalezas estão assoladas, fiz desertas as suas praças, a ponto de não ficar quem passe por elas; as suas cidades foram destruídas, até não ficar ninguém, até não haver quem as habite" (Sofonias 3:6).


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Como Será a Vinda de Jesus

"Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 25:27). As palavras de Jesus mostram claramente como será a Sua vinda gloriosa a este mundo. Um relâmpago, ao cortar o firmamento, ilumina o céu e chama vivamente a atenção de quem o contempla. Nada pode ser comparado ao esplendor da glória do Senhor.

João afirma ser o rosto de Jesus resplande­cente como o sol: "... e o Seu rosto era como o sol, quan­do na sua força resplande­ce" (Apocalipse 1:16). O ful­gor da presença do Senhor é tão intenso que o profeta afirma não haver necessidade da luz do sol para ilumi­nar a Nova Jerusalém e a Nova Terra: "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia e reinarão para sempre" (Apocalipse 22:5).

Pode-se, então, imaginar o espetáculo gran­dioso que será a vinda do Senhor Jesus, em poder e grande glória, com milhões dos Seus anjos: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajun­tarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30-31).

Os céus se enrolarão como um perga­minho. As montanhas tremerão, as ilhas sairão dos seus lugares, à aproximação do Grande Deus. Os grandes edifícios ruirão e multidões desespe­radas procurarão esconder-se da espantosa presença do Salvador a Quem rejeitaram.

É a própria Palavra de Deus que afirma: "E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das mon­tanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir"? (Apocalipse 6:14-17).

O coro dos anjos encherá o firmamento. Ao som da trombeta de Deus os túmulos se abrirão em toda a extensão da Terra. Multidões dos resgatados ao poder da sepultura serão trazidas nos braços dos anjos até aos seus familiares e ami­gos que não experimentaram a morte. Um frêmito percorrerá a todos estes, ao sentirem, num ins­tante, num piscar de olhos, a transformação do seu corpo mortal no corpo glorioso semelhante ao de Jesus, com o qual viverão para sempre. A inexprimível alegria do reencontro com os entes queridos ressuscitados somente será su­perada pela contemplação da face de Jesus.

Os resgatados cantarão sua incomparável felicida­de, pela realização do seu mais acalentado sonho. "E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a Quem aguardávamos, e Ele nos salvará. Este é o Se­nhor, a Quem aguardávamos; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos" (Isaías 25:9).

Para os que rejeitaram a Jesus e a salvação, entretanto, o espetáculo da Sua vinda é algo terrível, e somente muito tarde estarão reconhecendo que a pregação da Sua vinda, que desprezaram e escarne­ceram, não era uma fábula tola.

O fogo consumi­dor que é a presença do Deus Todo-poderoso abra­sará e consumirá todos os que não foram transfor­mados e capacitados para esta hora: "Nuvens e obs­curidade estão ao redor dEle; justiça e juízo são a base do Seu trono. Adiante dEle vai um fogo que abrasa os Seus inimigos em redor. Os Seus relâmpagos alumiam o mundo; a Terra viu e tre­meu. Os montes se derretem como cera na pre­sença do Senhor, na presença do Senhor de toda a Terra. Os céus anunciam a Sua justiça, e todos os povos vêem a Sua glória" (Salmo 97:3-6).

Os ímpios, portanto, serão mortos pelo es­plendor de Sua vinda, pois não poderão suportar o fogo consumidor que é a glória da presença do Senhor. Está escrito: "Por causa da ira do Senhor dos Exércitos a Terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo... Mas julgará com justiça os po­bres, e repreenderá com equidade os mansos da Terra; e ferirá a Terra com a vara de Sua boca, e com o sopro dos Seus lábios matará o ímpio . Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo em Sua ira, e lançando espesso fumo; os Seus lábios estão cheios de indignação, e a Sua língua é como fogo consumidor" (Isaías 9:19, 11:14 e 30:27).

A linguagem utilizada por todos os profetas, no Antigo e Novo Testamentos, é uma lin­guagem que causa forte impressão e não deixa margem a qualquer dúvida, a respeito da terrível solenidade do extraordinário acontecimento. Che­gou o momento em que a violência, a impiedade e corrupção do mundo deverão sorver a taça da retribuição de tudo que plantaram. O dia do ajus­te de contas finalmente chegou. A paciência e longanimidade divinas, que por tantos milênios retardaram os juízos sobre um mundo impeniten­te, finalmente são removidas.

A Palavra de Deus declara os seus resultados, ma­nifestos no dia do Senhor: "Porque a indignação do Se­nhor está sobre todas as na­ções, e o Seu furor sobre todo o exército delas; Ele as des­truiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos se­rão arremessados, e com o seu sangue os montes se derrete­rão. E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enro­larão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide, e como cai o figo da figueira" (Isaías 34:2-4).

Todas as advertências da Palavra de Deus serão cumpri­das nesse dia. Nenhuma delas faltará. "Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião. E os ribeiros se transformarão em piche, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em piche ardente . Porque eis que o Senhor virá em fogo, e os Seus carros como um torvelinho, para tornar a Sua ira em furor, e a Sua repreensão em chamas de fogo. Porque com fogo e com a Sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os mortos do Senhor serão multiplicados. Os que se santificam, e se purificam nos jar­dins uns após outros, os que comem carne de por­co, e a abominação, e o rato, juntamente serão con­sumidos, diz o Senhor" (Isaías 34:8-9 e 66:15-17).

Os textos seguintes da Palavra de Deus não deixam margem a dúvidas a respeito da ressurrei­ção dos justos, na volta de Jesus, quando os ímpios moradores da Terra serão castigados: "Os teus mor­tos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os seus mor­tos . Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra des­cobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos" (Isaías 26:19 e 21).


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As Últimas Pragas

O mundo inteiro é vitima, hoje, da terrível onda de violência que assola todas as nações. Do­enças incuráveis, pestes arrasadoras têm surgido e se multiplicado. Câncer, AIDS, doença da vaca louca, a peste verde do vírus ebola, o ressurgi­mento e recrudescimento de velhas doenças, como a tuberculose, a peste aviária, são alguns dos males que assolam a humanidade nos dias atuais.

O aumento assus­tador dos índices de criminalidade e da violên­cia, com a redução da capacidade carcerária, é um dos problemas que se apresentam sem solu­ção. A corrupção generalizada e institucionalizada prenuncia um futuro sombrio para o nosso plane­ta. O terrorismo crescente em quase todas as partes do planeta é um dos claros sinais do fim.

O aumento das catástrofes naturais, como as Tsunamis , ondas gigantescas que recentemente ceifaram, de uma única vez mais de trezentas mil vidas na ásia, os recentes furacões e tormentas tropicais que quase varreram do mapa cidades como Nova Orleans nos Estados Unidos e no Caribe, o número cada vez mais freqüente de grandes terremotos e outras tragédias naturais são apenas o início das dores . Mas tudo isto nem se pode comparar ao que está por vir.

O recrudescimento dessas tragédias provocadas pela devastação do planeta pelo homem, o aumento do buraco na camada de ozônio que provoca o efeito estufa , o desmatamento indiscriminado, a emissão de gases poluentes, tudo contribui para o enlouquecimento do clima na Terra. Secas terríveis que transformam em deserto lugares antes férteis, inundações por um lado, frio e calor intensos por outro, em todos os lugares, indicam que o aumento do sofrimento mundial é gradativo.

Deus, em Sua misericórdia, não permite que elas venham de im­proviso, de surpresa, de uma só vez. Elas vêm aumentando gradualmente, até que o Espírito Santo Se afaste completamente da Ter­ra, no fechamento da graça. Então, ao estarem sendo en­cerradas todas as oportunida­des de salvação, os juízos de Deus cairão sem mistura de misericórdia, nas últimas pra­gas que castigarão o mundo impenitente e devasso.

Deus permitiu, no antigo Egito, que as pragas caíssem sobre seus ímpios habitantes, antes do livramento do Seu povo para a terra de Canaã (Êxodo 7:19 a 12:36). Assim, elas recairão tam­bém antes do livramento do Seu povo, no futuro, do Egito espiritual em que se transformou o mun­do, atualmente (Apocalipse 11:8), para a Canaã celestial.

O poder e a misericórdia de Deus, que restringem hoje as ações de Satanás, serão retira­dos da Terra. O Adversário de Deus e seus anjos maus exercerão, então, todo o seu poder destrui­dor e toda a sua malignidade sobre aqueles que escolheram o príncipe das trevas como seu líder e senhor. As pragas, doenças e catástrofes que re­cairão sobre o mundo nada mais serão do que o afastamento da proteção de Deus.

Serão sete os últimos e terríveis flagelos, mencionados pela Bíblia Sagrada e referidos como as sete últimas pragas . Estes acontecimentos estão descritos nos capítulos 15 e 16 do livro do Apocalipse. Assim escreveu o apóstolo da Revelação: "E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últi­mas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus" (Apocalipse 15:1).

Mais adiante ele conti­nua, agora esclarecendo a natureza desses flagelos: "E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai so­bre a Terra as sete taças da ira de Deus. E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a Terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem" (Apocalipse 16:1-2).

Séculos antes dessa predição outro profeta já a mencionara, no Antigo Testamento, mostrando os detalhes deste terrível acontecimento: "E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerre­aram contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrece­rão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca" (Zacarias 14:12).

Jerusalém, no texto, refere-se não à cidade literal que é hoje a capital de árabes e judeus. Ela representa as verdades do Evangelho Eterno e os seus men­sageiros. Da mesma forma, Babilônia, que foi destruída há milênios e hoje não existe literal­mente, é referida como a cidade mística que re­presenta o conjunto de mentiras que foram colo­cadas no lugar das verdades eternas, bem como aqueles que as professam e defendem.

Se hoje certas doenças aterrorizam a hu­manidade, imagine-se a dimensão destas pesti­lências especificamente citadas pela Palavra de Deus como sendo a primeira praga!

Não se pode negar que quase todas as pro­fecias anunciadas no livro de Apocalipse foram expressas em linguagem simbólica. Assim, pode-se entender que a ordem de Deus, mencionada no texto, de­terminando o derramamento das pragas sobre a Terra, nada mais é que a Sua permissão para que isto aconteça. Desta forma, torna-se mais fácil o seu entendimento, em harmonia com o misericor­dioso caráter do Senhor.

Na mesma linha de raci­ocínio, a segunda e terceira pra­gas podem, também, estar re­presentadas por esta linguagem simbólica. Eis o texto: "E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente. E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue" (versos 3 e 4).

Assim, o mar pode representar as grandes e corruptas metrópoles e os rios e as fontes das águas representarem as cidades menores e os vilarejos. Com este entendimento, a violência e morticínio desenfreados, representados pelo sangue das águas, atingiriam primeiramente as grandes cidades, antes de alcançar as pequenas. Esta não é uma afirmação categórica, mas ape­nas um tema para reflexão.

Em linguagem profé­tica a expressão águas representa povos, multi­dões, pessoas: "E veio um dos sete anjos que ti­nham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas. E disse-me: As águas, que viste, onde se as­senta a prostituta, são povos, e multidões, e nações e línguas" (Apocalipse 17:1 e 15).

A quarta praga tem que ver com o clima da Terra e a destruição do meio ambiente. O efeito estufa que se verifica com a destruição da protetora camada de ozônio, antes mencionado, a devastação da natureza e o incontável número de toneladas de gases tó­xicos que são incessantemente lançados na atmos­fera, certamente se refletirão no terrível desequilíbrio térmico mencionado na profecia: "E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemavam o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas: e não se arrependeram para Lhe darem glória" (Apocalipse 16:8-9).

Pode-se muito bem fazer uma idéia do que serão estes calores, se hoje com muito menos in­tensidade as variações climáticas provocam grande devastação e desconforto. Além disso, suas causas se farão sentir na frustração das safras agrí­colas e pecuárias e na vertigi­nosa queda na produção de alimentos em todo o mundo.

A fome será devastadora e a violência e a criminalidade crescerão assustadoramente. Nessa época, pouco valor te­rão as riquezas materiais. A Palavra de Deus não se cala a este respeito: "Ai de vós, ri­cos, clamai e chorai por cau­sa das misérias que sobre vós hão de vir. As vossas rique­zas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enfer­rujaram, e a sua ferrugem dará testemunho con­tra vós, e devorará a vossa carne como fogo. Entesourastes para os últimos dias" (Tiago 5:1­3). ]

Nessa época apenas os que confiaram em Deus terão sua água e alimento assegurados. Terão cumprimento, então, as palavras sagradas: "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que O não serve" (Malaquias 3:18).

A quinta praga é específica e restrita a Roma. A cidade profana e atrevida, que durante tantos séculos desafiou o Todo-poderoso, lançando Suas verdades por terra e perseguindo os Seus filhos, finalmente terá a sua paga: "E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da bes­ta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfema­ram do Deus do Céu; e não se arrependeram de suas obras" (Apocalipse 16:10-11).

A sexta e penúltima praga parece ter um significado simbólico, relacionado com a prepa­ração para a vinda de Jesus, o Grande Rei, e o fechamento da graça, representado pela retirada do Espírito Santo e o secamento do Eufrates : "E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o gran­de rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente" (Apocalipse 16:12).

Quando a Babilônia literal foi subvertida, as águas do Rio Eufrates, que lhe serviam de proteção, foram desviadas para que os soldados persas a invadissem. Ciro, o grande rei do Oriente que comandou essa conquista, foi colocado como tipo de Cristo e, significativamente, chamado por Deus de Seu ungido, como está escrito: "As­sim diz o Senhor ao Seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face e de cingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão: Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos: quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros das tre­vas e as riquezas encobertas, para que possas saber que Eu sou o Se­nhor, o Deus de Israel, que te cha­ma pelo teu nome. Por amor de Meu servo Jacó, e de Israel, Meu eleito, Eu te chamo pelo teu nome, ponho-­te o teu sobrenome, ainda que não Me conheces. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de Mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não Me conheças" (Isaías 45:1-5).

Foi por causa desta profecia que os hebreus cativos em Babilônia receberam os favores de Ciro, o conquistador monoteísta persa e um homem justo, segundo a História e a Bíblia. Ao ser-lhe mostra­do o texto profético escrito antes mesmo do seu nascimento, Ciro ficou perplexo e creu no Deus Altíssimo, por quem também foi chamado de Meu pastor : "Quem diz de Ciro: é Meu pastor, e cumprirá tudo o que Me apraz; dizendo também a Jerusalém­: Sê edificada; e ao templo: Funda-te" (Isaías 44:28).

Por esta razão, um dos hebreus, o profeta Daniel, ocupou o mais eleva­do posto na hierarquia do governo universal daquele rei. Também por esta razão o rei, acatando a profe­cia sagrada, concedeu liberdade e recursos aos hebreus para reedificação de Jerusalém e do templo.

Finalmente, a sétima e última praga é aquela que precederá a imediata vinda do Senhor: "E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpa­gos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das na­ções caíram; e da grande Babilônia Se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indigna­ção da Sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um ta­lento; e os homens blasfemaram de Deus por cau­sa da praga da saraiva: porque a sua praga era mui grande" (Apocalipse 16:17-21).

Esta última praga abrirá muitas prisões para dar liberdade aos fiéis mensageiros de Deus que foram encarcerados por causa da intolerância religiosa e da grande perseguição que se seguiu a ela.

Outro tipo de prisão também será aberta, para libertar muitos prisioneiros: a sepultura. Haverá uma ressurreição especial, antes da gran­de ressurreição que acontecerá no dia da volta do Senhor Jesus. Os fiéis servos de Deus que mais se destacaram no testemunho da verdade, volta­rão à vida. Dentre estes desta­cam-se Daniel e os 144.000, to­dos os que desceram aos túmulos sob as bênçãos da mensagem do último período da Igreja de Deus, o período de Laodicéia ou do povo do juízo.

Assim são explicadas as bem-aventuranças registradas pela Palavra de Deus: "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: bem-aventura­dos os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Es­pírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam" (Apocalipse 14:13).

Ora, é absolutamente certo que todos, em qual­quer época, são bem-aventurados se dormem no Senhor. O que o texto revela, sem nenhuma dú­vida, é que esta é uma bem-aventurança especial. O verso imediatamente anterior dá as característi­cas dos que receberão estas bênçãos especiais: os mensageiros da restauração das verdades eternas, mudadas por Roma: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os man­damentos de Deus e a fé de Jesus" (verso 12).

Estas mesmas bênçãos foram prometidas já nos dias de Daniel: "Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque repousa­rás e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (Daniel 12:12-13). O período mencionado, bem como a identidade dos que farão parte dos 144.000 estão esclarecidos no nono capítulo desta série, intitulado "O Selo de Deus e o Sinal da Besta".

No tempo de angústia, mencionado no livro de Daniel, muitos ressuscitarão numa ressurreição especial, como está escrito: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno" (Daniel 12:2). Ora, sendo mui­tos, fica absolutamente claro que não são todos.

As duas grandes ressurreições são separadas por um período de mil anos e abrangerão condições distintas: a primeira trará apenas os justos à vida, enquanto a segunda ressuscitará os ímpios. A res­surreição especial, mencionada por Daniel, é di­ferente das outras, pois abrange justos e ímpios, simultaneamente.

Isto está em harmonia com a Palavra de Deus. Jesus, ao Ser interpelado pelas autoridades judaicas que O acusavam de blasfê­mia pela pretensão de ser Ele o Filho de Deus, disse-lhes, respondendo ao sumo sacerdote: "Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" (Mateus 26:64).

Ora, para que eles possam vê-Lo, é necessário que estejam vivos, ressuscitados antes de Sua glo­riosa vinda. Assim como eles, todos os mais acér­rimos inimigos de Deus, os que se destacaram no combate às verdades do Evangelho Eterno, também ressuscitarão para a vergonha e o des­prezo eternos. O apóstolo do Apocalipse, con­templando a cena gloriosa da vinda do Senhor, descreveu: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos que O traspassa­ram: e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém" (Apocalipse 1:7).

Portan­to, fica racionalmente esclarecido o fato de haver uma ressurreição parcial, especial, que trará à vida dois grupos diferentes de pessoas, antes das duas grandes ressurreições. Ambos os grupos contem­plarão o mais extraordinário acontecimento de toda a história da humanidade, a gloriosa volta de Jesus. Um deles ressuscitará para a vida eterna e outro para a vergonha e desprezo eterno.


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A Grande Tribulação

A Bíblia Sagrada prenuncia um período de grande tribulação antes do dia da volta de Jesus. Esta tribulação será provocada pela perseguição promovida pelos ímpios e tem como alvo os ser­vos de Deus. Estes se destacarão na pregação da última mensagem de salvação para o mundo. Em conseqüência disso, padecerão grandes sofrimen­tos e passarão por terríveis dificuldades. Assim como os apóstolos e os primeiros cristãos, receberão a plenitude do Espírito Santo. Pelo poder de Deus farão as mesmas maravilhas que aque­les, no passado. Mortos serão ressuscitados e extraordinários prodígios atestarão do poder que os dirige e sustenta.

O derramamento do Espírito Santo foi dado, no início do cristianismo, para que a semente do Evangelho pudesse germinar. No futuro próximo o mesmo Espírito cairá como chuva copiosa, para amadurecer a seara e prepará-la para a colheita, na vinda de Jesus. Não são os judeus, como erroneamente muitos acreditam, que darão essa mensagem de salvação e sofre­rão, como conseqüência, a perseguição predita. Da mesma forma, esta grande tribulação não acontecerá após a volta de Jesus, mas no período imediatamente anterior a ela.

A má compreen­são deste assunto decorre do fato de que a Pala­vra de Deus afirma que esse tempo será um tem­po de angústia para Israel, ou para Jacó. En­tretanto, como ficou esclarecido no segundo ca­pitulo desta série, a expressão Israel não designa hoje, de acordo com as Escrituras, a nação dos judeus, os descendentes de Abraão pela carne. Israelitas hoje são todos os que são da fé, ou seja, os que aceitam a Jesus como o Messias, o Filho de Deus, que morreu por causa do pecado ou da transgressão de Sua Lei e que são obedientes aos Seus princípios, ensinados por Sua Palavra Sagrada.

Este tempo de angústia está expresso nas palavras de Jesus: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver" (Mateus 24:21). E Ele completa: "E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias"(verso 22).

Um dos títulos do Filho de Deus, pelos quais o Senhor Jesus é conhecido, é Miguel, que significa semelhante a Deus. Em várias partes das Escrituras Sagradas é ele atribuído ao comandante das hostes celestiais. Em alguns tex­tos este título é precedido da palavra arcanjo, que é exatamente a designação da natureza de Jesus, ou seja, superior aos anjos.

A perseguição que será desencadeada aos verdadeiros cristãos, nos moldes da perseguição papal da Idade Média, pro­vocará a grande tribulação ou o tempo de angústia que a Bíblia Sagrada menciona. Ela virá, como conseqüência da pregação da mensagem final do Evangelho Eterno, que enfurecerá a besta e os que serão assinalados com o seu sinal. Este é o tema do nono capítulo desta série. Mas a vitória será dada aos que perseverarem na fé, confiantes em Deus e no Seu livramento final.

O Anjo do Concerto anunciou a Daniel, referindo-se aos momentos finais da história da humanidade: "E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo, mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no li­vro" (Daniel 12:l). Deus permitirá esse tempo de angústia para que fique absolutamente esclarecido o grande conflito entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás.

Além disso, a grande tribulação servirá para revelar ao Universo o poder de Deus na transformação e purificação do caráter daqueles que a Ele se entregam e que nEle incondicionalmente confiam. Assim, são esclarecedoras as palavras sagradas que complementam o texto: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios enten­derá, mas os sábios entenderão" (Daniel 12:10). A promessa feita a Daniel é a de que, embora mor­rendo, ele ressuscitaria para assistir aos eventos finais da história humana: "Tu, porém, vai até ao fim: porque repousarás, e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (verso 13).

São inúmeros os textos que falam dos sofri­mentos e da tribulação do povo de Deus: "Porque assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. Perguntai, pois, e vede, se um homem tem dores de parto. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? E por que têm se tornado macilentos todos os rostos? Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livra­do dela" (Jeremias 30:5-7).

Nessa época cumprir-se-ão as palavras do profeta: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir” (Isaías 13:12). Referindo-se a estes, a Palavra de Deus men­ciona o fato de que, pelo Seu po­der, mantiveram-se irrepreensíveis e incontaminados, vitoriosos na úl­tima luta contra a besta e sua imagem: "E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus" (Apocalipse 14:5). O após­tolo da Revelação, a seu respeito, esclarece: "Estes são os que vie­ram de grande tribulação, e la­varam os seus vestidos e os bran­quearam no sangue do Cordei­ro" (Apocalipse 7:14).

Os sofrimentos e o clamor dos fiéis mensageiros de Deus não ficarão sem resposta. O seu livramento virá, infalivelmente, mostran­do que Deus não abandona os que nEle confi­am. Ao mesmo tempo, cairão os Seus juízos sobre os impenitentes habitantes da Terra. Je­sus, referindo-Se a esse clamor e à resposta de Deus, afirmou: "E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio (ou longânimo) para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça..." (Lucas 18:7-8).

A promessa do Senhor é para que Seus fi­lhos não temam os ímpios e nem os dias maus, no futuro, porque Ele não permitirá que sejam vencidos: "Ouví-Me, vós que conheceis a justi­ça, vós, povo, em cujo coração está a Minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias. Porque a traça os roerá como a um vestido, e o bicho os comerá como a lã; mas a Minha justiça durará para sem­pre, e a Minha salvação de geração em gera­ção" (Isaías 51:6-8).

Enquanto as últimas pragas estiverem arrasando o mundo e os juízos de Deus recaindo sobre os ímpios, aos Seus fi­lhos, embora aflitos e persegui­dos, nada faltará: "... as forta­lezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão cer­tas" (Isaías 33:16). A Palavra do Senhor, que não pode men­tir, afirma: Porque Tu livrarás o povo aflito e abaterás os olhos altivos (Salmo 18:27).

Os dias maus, embora intensos, serão breves e, ao findarem, ha­verá salvação para uns e, destruição para outros, como está escrito: "Para lhe dares descanso nos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio" (Salmo 94:13). "O Senhor guarda a todos que O amam, mas todos os ímpios serão destruídos" (Salmo 145:20).

Eis o solene convite, para que se tenha pro­teção e livramento no dia do Senhor: "Congre­ga-te, congrega-te, ó nação que não tens pudor, antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha, antes que venha sobre vós a ira do Se­nhor, sim, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor. Buscai ao Senhor, vós todos os man­sos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor" (Sofonias 2:1-3).

Os resultados da aceitação deste convite serão certos: "Os pés dos Seus santos guardará, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas, porque o homem não prevalecerá pela força" (I Samuel 2:9).


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O Fim da Graça

Antes que os juízos de Deus caíssem sobre os antediluvianos, foi-lhes dada ampla oportuni­dade de salvação. Rejeitando as advertências e convites de Deus, feitos por Noé, os ímpios e obstinados ha­bitantes da Terra, ao contrário, não perdiam oportunidade para vituperar aquele servo de Deus, lançando sobre ele as mais cru­éis zombarias e palavras de escárnio. Semelhantemente, nos dias de hoje, os que levantam sua voz anunciando o fim são considerados alarmistas fanáticos e fatalistas. Não raras ve­zes são desprezados e marginalizados. Mas o futuro mos­trará quem tinha razão.

Assim como Noé, estarão protegidos da terrível destruição que so­brevirá ao mundo. Chegará o dia em que toda oportunidade de salvação terá chegado ao fim. A misericórdia não mais pleite­ará pelos ímpios habitantes da Terra. Encerrado o Seu trabalho no Santuário Celestial, Jesus profe­rirá as terríveis palavras: "Está feito" (Apocalipse 16:17).

Assim como Deus fechou as portas da arca pelo lado de fora (Gênesis 7:16) para que nin­guém mais pudesse entrar, assim também a por­ta da graça estará para sempre fechada. Selado estará o destino de todo ser humano, para sem­pre. Assim como tudo permaneceu inalterado durante algum tempo, após o fechamento da arca e antes do dilúvio destruidor, assim também tudo parecerá inalterado durante algum tempo, depois do fechamento da graça e antes da vinda de Je­sus.

Está escrito, referindo-se a este tempo: "Quem é injusto, jaça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça jus­tiça ainda; e quem é santo, seja santificado ain­da" (Apocalipse 22:11). Nesse tempo, de nada va­lerão os esforços tardios daqueles que reconhe­cerem estar perdidos. Seu arrependimento extemporâneo será semelhante ao de Judas. Não será o arrependimento verdadeiro, a dor pelo pe­cado, mas o sentimento causado pela perda da salvação, que saberão ser irreversível e definiti­va.

O Espírito Santo retirar-se-á da Terra e todos terão de viver sem intercessor na presença de um Deus santíssimo. Então, cumprir-se-á o que está escrito: "E em ti não se ouvirá mais a voz de har­pistas, e de músicos, e de flauteiros, e de trom­beteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti se não ouvirá mais. E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá..." (Apocalipse 18:22).

Com a retirada do Espírito Santo as obras de arte e a composição de músicas inspiradoras terão fim. A vio­lência se multiplicará e a tristeza, o medo, o desespero e a angústia tomarão conta do mundo. A alegria desaparecerá da Terra.

Multidões trôpegas e de­sesperadas buscarão, tardia­mente, a Palavra de Deus e a salvação, mas a porta estará fechada. Está escrito: "Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a Terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar, e do Norte até ao Oriente: correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão" (Amós 8:11-13).

A mesma Palavra de Deus, que não erra, não mente, não blefa e nem pode mu­dar, afirma: "Tardai e maravilhai-vos; folgai e clamai; bêbados estão, mas não de vinho, andam titubeando, mas não de bebida forte. Porque o senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, os profe­tas; e vendou as vossas cabeças, os videntes. Pelo que toda a visão vos é como as palavras dum li­vro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo. Ora lê isto ; e ele dirá: Não posso, porque está selado. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo. Ora lê isto ; e ele dirá: Não sei ler" (Isaías 29:12).

Muitos que se diziam cristãos, crentes e religiosos, desfalecerão pela certeza da condena­ção. A respeito destes, está escrito, ainda: "Na­quele dia as virgens formosas e os mancebos desmaiarão de sede" (verso 14). A causa de sua per­dição é clara, justa e está manifesta na Palavra de Deus: "Visto que amou a maldição, ela lhe so­brevenha, e, pois que não desejou a bênção, ela se afaste dele" (Salmo 109:17).




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