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O Dilúvio Universal e Suas Consequências - Parte 2


A ciência admite que a Terra evoluiu geologicamente, em um ciclo repetitivo de deposição e erosão. Segundo ela, as rochas também podem revelar a história da evolução biológica, através de fósseis de organismos cujos corpos ficaram preservados. É através do estudo desses fósseis que a ciência estabelece a idade de cada um, estabelecendo critérios para sua aferição. É, portanto, uma questão importantíssima a que trata dos sistemas de medição ou datação desses espécimes. É uma questão absolutamente fora de dúvida, para a ciência, que as condições ambientais têm que permanecer constantes, para que esta medição, por qualquer sistema, possa ser correta.

Eis uma testemunha insuspeita: "Uma camada uniforme de sedimentos revela que as condições ambientais permaneceram constantes, na época em que esses sedimentos estavam sendo depositados; mudanças de condições podem alterá-los. Quando os sedimentos sobem à superfície, talvez sofram erosão. Se as novas camadas sedimentares afundarem novamente e forem cobertas por mais sedimentos, o resultado é uma inconformidade, ou um passo fora de seqüência no registro geológico e fóssil. O princípio da superposição de estratos afirma que, em uma série de estratos, os inferiores foram depositados primeiro e os superiores depois. O mesmo princípio se aplica aos fósseis preservados na rocha. Assim, é possível calcular as idades relativas dos organismos fósseis" (Planeta Terra, p. 94, destaques acrescentados).

Ora, para uma datação ser confiável é necessário que as condições ambientais sejam constantes, homogêneas, que não mudem. Como foi registrado, qualquer mudança dessas condições podem alterar o seu resultado. Então, perguntamos: poder-se-ia conceber mudanças maiores e alterações ambientais mais drásticas e intensas do que as provocadas pelo dilúvio?

Todos os sistemas de medição ou datação são absolutamente confiáveis, mas somente até à época em que ocorreu o dilúvio, ou seja, até pouco mais de quatro mil e trezentos anos, não sendo eficazes para medir períodos anteriores a ele. Após a gigantesca catástrofe as condições ambientais foram total e drasticamente alteradas na Terra.

Assim se dá com a datação através da desintegração radiativa. Alguns elementos possuem formas diferentes, ou isótopos, com pesos atômicos diferentes. Por esse método os isótopos instáveis se desintegram em outros elementos.

Por exemplo, através do método do potássio argônico, o potássio-40 se desintegra em argônio-40. A meia-vida do potássio-40 é 1,3 bilhões de anos; isto significa que, após 1,3 bilhões de anos, metade do potássio-40 presente em uma rocha terá se convertido em argônio-40. A proporção de um e outro indica a idade da rocha. Este método é utilizado pelos cientistas para datar rochas que têm vários milhares de anos.

São vários os outros elementos que podem ser usados para esse fim. Dentre estes podem ser mencionados o rubídio-87/estôncio-87, o urânio-238/chumbo-206 e o carbono-14. Este, mais comum, é usado para datar rochas mais jovens e matéria orgânica. Sua meia-vida é de apenas 5.730 anos. O carbono-14 é criado quando os raios cósmicos atingem os átomos de nitrogênio-14 no ar. Os organismos vivos continuamente oxidam e absorvem o carbono em seus corpos. Enquanto o organismo permanece vivo, a relação entre o C-14, instável, e o C-12 (carbono-12), estável, permanece constante. Quando o organismo morre, o C-14 se desintegra e muda a proporção dos dois isótopos; pelo cálculo dessa proporção, os cientistas podem dizer há quanto tempo o organismo vivo morreu (O Planeta Terra, p. 95).

Em qualquer dos casos é necessário que as condições ambientais não se tenham alterado no período mensurado, sob pena de os resultados não refletirem a realidade dos fatos. Se o carbono-14 é criado quando os raios cósmicos atingem os átomos de nitrogênio-14 no ar, não resta dúvida de que estas datações não podem funcionar corretamente para medir períodos anteriores ao dilúvio.

As extensas camadas de nuvens que circundavam a Terra serviam de proteção ao bombardeamento dos raios cósmicos referidos, especialmente os raios infravermelhos e ultravioletas. É claro que este anteparo natural, ao precipitar-se na Terra sob a forma de chuva, não pode ter deixado de alterar as condições mencionadas.

A dendrocronologia é a datação que se baseia nos círculos dos troncos das árvores, e que tem por objetivo o estudo das variações climáticas do passado, em especial as dos períodos de seca ou de chuva. Pelo estudo de antiqüíssimas sequóias australianas de quase quatro mil anos de idade descobriu-se que o acúmulo de carbono-14 foi instável nos vários anéis da árvore. A instabilidade ambiental foi a causa de haver maior ou menor acúmulo do carbono-14, nos seus anéis, ocorrendo variações de ano para ano.

De acordo com o entendimento dos cientistas, a fossilização ou transformação de matéria orgânica em pedra não ocorre em períodos de milhões de anos, assim como o carvão, o gás natural e o petróleo. Estes são combustíveis fósseis criados pela deterioração de matéria orgânica.

As reservas terrestres de petróleo, segundo eles, são a herança do plâncton, das algas e de outras criaturas marinhas que viviam no leito oceânico há milhões de anos. À medida que os sedimentos marinhos se acumularam, seus restos entraram em decomposição, cada vez mais no fundo, e criaram os combustíveis fósseis moléculas líquidas e gasosas de hidrocarboneto, que podem ser queimadas para fornecer energia.

Ocorre que todas as condições para a formação do petróleo e do gás natural, como temperatura e densidade de rochas, existiram no período pós-diluviano, não sendo necessários os períodos invocados pela ciência. Os diamantes, por exemplo, podem ser formados imediatamente, sob condições de calor e pressão intensos, a grandes profundidades. Eles são constituídos de carbono, à semelhança da grafite que, se submetido a uma temperatura de 1.650 graus centígrados e a pressões de 50.000 a 100.000 atmosferas (atm), comprime-se e se converte naquela estrutura dura e cristalina.

Enfim, tudo o que se pode depreender do exposto é que toda a estrutura na qual se firmam os evolucionistas para defender a sua teoria esbarra no dilúvio universal. A sedimentação, a formação dos fósseis, as datações, enfim, tudo que exigiria a incidência de períodos imemoriais de tempo podem ser explicados levando-se em conta o dilúvio universal e suas conseqüências. Os períodos glaciais e as mudanças no clima da Terra, por exemplo, têm explicação lógica e racional, se estudados sob este prisma.

Segundo a ciência, "a temperatura média do planeta se elevou e caiu periodicamente, produzindo quentes degelos e prolongadas eras glaciais. Alguns cientistas supõem que ligeiras variações na inclinação do eixo terrestre podem acarretar estas flutuações térmicas" (Tempo e Clima, Time Life-Editora Abril, p. 142). Estas variações na inclinação do eixo da Terra naturalmente provocaram grandes mudanças no clima do planeta, mas de forma súbita, imediata, como provam os fósseis de animais antes mencionados, que tiveram sua vida interrompida abruptamente.

Sobre como elementos orgânicos podem transformar-se subitamente, existem os exemplos das cidades italianas de Pompéia e Herculano, destruídas pela erupção do Vesúvio, no ano de 79 d. C. Embora Pompéia fosse famosa nos tempos romanos, ela permaneceu perdida para a história durante quase 1.700 anos, soterrada sob as camadas de cinza e pedra-pomes rocha vulcânica espumosa cuspidas pelo Vesúvio.

"Somente em 1.748 Pompéia foi redescoberta e desenterrada. Protegida da ação dos elementos sob uma coberta de cinzas, sem ar, Pompéia emergiu estranhamente intacta quase da maneira que estava na manhã em que o Vesúvio entrou em erupção" (O Planeta Terra, p. 74). Os corpos dos seus habitantes apareceram intactos, mas petrificados pela cinza endurecida do vulcão. Não foram necessários milhares ou milhões de anos. Este acontecimento data de pouco mais de 1.700 anos.

Finalizando as referências ao dilúvio, pode-se afirmar que suas águas encheram a Terra de maneira gradativa. Tal fato deu oportunidade a que animais de maior porte e mais capazes procurassem os lugares mais elevados, fugindo da terrível inundação. Esta fuga se tornaria tanto mais difícil quanto menores e inferiores fossem esses animais fugitivos.

Ora, animais como os braquiópodes e as trilobitas, que não conseguiram escapar do ímpeto das águas foram, naturalmente, os primeiros a ser cobertos de matérias sedimentares. Na medida em que aumentava a complexidade dos animais e sua capacidade para refugiar-se em regiões superiores, eram eles nestas sepultados.

Todos foram, afinal, submersos e tiveram seus corpos retidos nas diversas camadas de sedimentos que se formaram. Muitos permaneceram sobre a superfície da Terra quando acabou o dilúvio. Seria bastante estranho que um animal de grande porte se deixasse sepultar nas partes mais baixas, junto com as trilobitas, assim que as águas começaram a subir. Por esta razão é que a ordem dos fósseis não é prova para estabelecer-se qualquer teoria. Ela pode tanto servir para um evolucionista ou para um criacionista que creia no dilúvio. É apenas uma prova subjetiva.

O Dilúvio Universal e Suas Consequências - Parte 1


O dilúvio mencionado na Bíblia e que é referido em todos os folclores mundiais não tem sido compreendido pela maioria das pessoas e nem considerado com a seriedade e importância de que se reveste. O ceticismo e relativo desinteresse por parte da ciência e a falta de conhecimento dos fatores a ele relacionados são os principais responsáveis pelas discrepâncias que se verificam entre parte dos cientistas e os relatos das Sagradas Escrituras, que não mentem e nem podem errar, porquanto são a Palavra de Deus escrita.

Por causa da corrupção geral do gênero humano, decidiu Deus destruir o mundo com todos os seus habitantes, a fim de preservar a promessa de redenção feita a Adão. De outro modo nenhuma esperança restaria, porquanto o homem se corrompera totalmente e a violência tomara conta da Terra, à semelhança do que se vê nos dias de hoje.

Está escrito: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente . A Terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência. E viu Deus a Terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a Terra". (Gênesis 7:5 e 11-12).

Segundo as palavras de Jesus, as mesmas condições estariam imperando na Terra, por ocasião da Sua volta. É perfeitamente lógico depreender-se que, se Deus não pôde tolerar a maldade, a corrupção e a violência desenfreadas nos dias que antecederam o dilúvio, por que razão as toleraria nos dias de hoje? As palavras do Salvador são esclarecedoras: "... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra? Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem" (Lucas 18:8 e 17:26).

A sentença estava determinada para o mundo antigo, assim como está para o mundo moderno. Ela foi executada irremissivelmente no passado, com a sua destruição pelas águas, como o será no futuro próximo, com a volta de Jesus, pelo fogo. Nenhum ser vivo restou, a não ser os que foram preservados na arca. No futuro, nenhum ser vivo restará, a não ser os que forem preservados por Jesus. A destruição ocorrida no passado, portanto, prefigura a destruição que ocorrerá no futuro próximo.

Segundo a cronologia bíblica, o dilúvio iniciou-se no ano 2.348 a.C., ou seja, no ano 1.656 do início da Criação. Choveu torrencialmente, de forma contínua, intensa e intermitente, durante cento e cinqüenta dias. Nos primeiros quarenta dias as chuvas caíram sobre a Terra, até cobri-la completamente, mesmo aos mais altos montes que então existiam.

Depois de coberta a Terra pelas águas ainda assim as chuvas continuaram a cair com a mesma intensidade, agora por sobre o imenso oceano em que se transformara a Terra. Mas a causa dos grandes distúrbios que provocaram todas as alterações na face do planeta não foram apenas as chuvas. O interior incandescente da Terra foi revolvido e liberado, expelindo toda a massa ígnea nele existente.

O encontro das águas geladas precipitadas sobre a superfície, com o imenso volume das lavas incandescentes dela procedentes, provocaram o mesmo efeito que se verifica com o derramamento de um copo d'água numa chapa extremamente aquecida. Os vulcões assim liberados, os terríveis abalos sísmicos, os maremotos e tornados provocados pela revolta da natureza agitaram tremendamente toda a face do planeta. Este foi o cenário em que durante 150 dias revoluteou a arca, preservada única e milagrosamente pela Providência de Deus.

A Palavra de Deus inicia assim o relato do dilúvio: "No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a Terra quarenta dias e quarenta noites" (Gênesis 7:11-12). Note-se a diferenciação entre os dois fatores que provocaram o grande cataclismo: ao abrirem-se as janelas do céu, as Escrituras referem-se à chuva, propriamente dita. Entretanto, ao mencionar o rompimento das fontes do grande abismo, elas mencionam a liberação da massa incandescente e liquefeita que existia e existe no interior na Terra.

Durante os primeiros quarenta dias é feita a menção de que a chuva caía sobre, isto é, em cima da Terra, ou seja, sua parte sólida. Na seqüência do relato há que se entender que nos cento e dez dias seguintes ela se precipitou sobre as águas que haviam coberto toda a superfície do planeta.

Eis a continuação do relato inspirado: "E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a Terra, e cresceram as águas, e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a Terra" (verso 17). Torna-se, assim, mais claro este fato, confirmado em sua seqüência: "E prevaleceram (ou continuaram) as águas, e cresceram grandemente sobre a Terra; e a arca andava sobre as águas; e as águas prevaleceram excessivamente sobre a Terra; e todos os altos montes, que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. E expirou toda a carne que se movia sobre a Terra, tanto de ave como de gado e de animais selvagens, e de todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da Terra, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus, foram extintos da Terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca. E prevaleceram as águas sobre a Terra cento e cinqüenta dias" (versos 18-24).

Somente depois de tudo quanto foi relatado é que a Bíblia, usando a linguagem figurada diz que Deus Se lembrou de Noé e dos que com ele estavam na arca. A expressão utilizada está de acordo com o princípio antes mencionado, para entendimento de um espectador ou observador, porquanto Deus em Sua presciência não poderia Se esquecer absolutamente de coisa alguma, principalmente do objeto de Seu extremo cuidado, pois para um elevado propósito executara o seu livramento.

Continua o relato: "E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os animais selvagens e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca; E Deus fez passar um vento sobre a Terra, e aquietaram-se as águas. Cerraram-se as fontes do abismo, e as janelas dos céus, e a chuva dos céus se deteve. E as águas se foram retirando de sobre a Terra (ou tornaram de sobre a terra continuamente, ou indo e tornando) e ao cabo de cento e cinqüenta dias as águas minguaram. E a arca repousou, no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate. E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes. E aconteceu que, ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito" (Gênesis 8:1-6).

Importantes conclusões podem ser tiradas do texto bíblico. A primeira é a confirmação do período de cento e cinqüenta dias de chuvas. Somente depois deste período é que Deus, lembrando Se ou atentando para a arca e seus ocupantes, cerrou as fontes do abismo e as janelas do céu. Em conseqüência disso cessaram os terremotos, maremotos e tornados, aquietando-se todas as forças naturais liberadas. A arca, então, pôde finalmente repousar, isto é, deixar de ser sacudida pelos tremendos solavancos a que estivera sujeita durante tanto tempo.

A segunda conclusão é de que este repouso sobre os montes de Ararate significa não que ela estivesse estacionada ou ancorada em um monte, mas que ela pairava, boiando, sobre os montes mencionados, acima deles, que estavam cobertos pelas águas. Somente depois de mais de dois meses e meio é que os primeiros montes apareceram, com a diminuição das águas. A janela da arca somente foi aberta quarenta dias após o aparecimento dos cumes dos montes e do estacionamento da mesma.

Pode-se concluir o relato do dilúvio, no aspecto referido, com o texto bíblico: "E aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a Terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da Terra estava enxuta. E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a Terra estava seca" (versos 13-14).

Somente então Noé saiu da arca, onde permanecera por um ano e dezessete dias, porque nela entrara uma semana antes do início das chuvas. Por este fato pode-se avaliar a extensão e intensidade de toda a tragédia que se abateu sobre todo o planeta e não apenas circunscrita a uma região específica do mesmo, como muitos pretendem.

O Dilúvio bíblico foi um cataclismo terrível e universal, que destruiu toda a vida na Terra, à exceção das pessoas e animais que estavam abrigadas na arca construída para esse fim. Ele foi responsável por marcantes alterações das condições de vida existentes no planeta. Os períodos de mutação climática e ambiental para os quais são atribuídos milhões de anos, como os períodos glaciais, na realidade aconteceram de maneira súbita e rápida, provocados pela inclinação axial da Terra.

A ciência aceita e reconhece esta variação no eixo da Terra, atribuindo-lhe, entretanto, aqueles longuíssimos períodos. As conseqüências do dilúvio universal, se aceitas, demonstrariam que as mudanças verificadas na Terra foram mudanças súbitas, provocadas pelas drásticas alterações físicas ocorridas em sua superfície, atmosfera e subsolo. Houve uma transformação brusca e de grande amplitude de toda a crosta terrestre.

Quando as águas foram baixando deixaram sinais do movimento que faziam nos montes e montanhas em todas as partes do mundo, que não podem ser explicados a não ser pela ocorrência do dilúvio universal. Regiões como o nordeste goiano, no planalto central brasileiro, situadas a grandes distâncias das orlas marítimas, ostentam indelevelmente estes sinais reveladores.

As mudanças, portanto, foram terríveis. A incalculável massa líquida precipitada na superfície do planeta tem que ter alterado, inclusive, as forças a que os seus habitantes estavam sujeitos, como a própria força de atração gravitacional. Por esta razão é que o homem se tornou mais atarracado e teve reduzida a sua longevidade na Terra. O homem não evoluiu, mas, pelo contrário, involuiu. A diminuição de seu período de vida pode ser medida pela curva exponencial que se forma da comparação do tempo de vida dos patriarcas bíblicos antediluvianos e dos descendentes de Noé, após o dilúvio.

Uma das suas causas foi a permissão dada por Deus para que o homem comesse carne, como está escrito: "Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento, tudo vos tenho dado como a erva verde" (Gênesis 9:3). O misericordioso objetivo do Criador era de que o homem não prolongasse por vários séculos uma vida que se tornaria penosa pela maldição do pecado e de suas conseqüências.

O inimaginável volume das águas teve que se acomodar na superfície e subsolo do planeta, porquanto não poderia, toda ela, evaporar-se. Esta acomodação foi traumática. As fendas e reentrâncias da superfície terrestre provocadas pelos cataclismos foram o escoadouro natural para elas. Ao entrarem em contato com as partes incandescentes do seu interior causaram os inumeráveis terremotos e provocaram as erupções vulcânicas que continuaram a abalar a face do planeta, cujos resultados são sentidos até nos dias atuais.

Os terríveis abalos terminaram por provocar a divisão da Terra, na separação dos continentes. Até então compacta, toda ela possuía uma conformação única, constituída por um único e extenso bloco continental. No ano cento e um após o dilúvio, entretanto, houve a grande ruptura ou cisão do imenso continente e a Terra foi dividida em várias partes.

Este processo, admitido pela ciência e para o qual ela atribui milhões de anos e que chama de deriva continental , ocorreu de forma rápida, como se pode depreender da cronologia bíblica e de um texto específico.

Na época remota a que nos referimos era costume colocar-se o nome aos recém-nascidos caracterizando-os com a lembrança de algum fato marcante ou extraordinário que o associasse ao nascimento da criança. Ora, dificilmente poder-se-ia imaginar um fato mais extraordinário do que o rompimento da imensa placa continental e a sua separação em vários continentes.

Tal acontecimento deve ter provocado um inconcebível impacto aos seus contemporâneos, fato aproveitado por Eber, tetraneto de Noé, para dar o nome a seu filho, Pelegue, ou Faleque, cuja origem hebraica significa divisão . Está escrito, da cronologia dos descendentes de Noé: "E a Eber nasceram dois filhos: o nome dum foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a Terra..." (Gênesis 10:25).

O volume O Planeta Terra, da série Ciência e Natureza, editada conjuntamente pela Editora Abril e Time-Life, ao questionar sobre se existem provas da deriva continental ou separação dos continentes, declara: "Muitas pequenas evidências sustentam a crença de que os continentes pertenceram a uma só massa gigantesca que mais tarde se rompeu e se separou. O indício mais óbvio é o encaixe quase perfeito das costas de continentes distantes, tais como a América do Sul e a África, sugerindo que essas massas de terra já estiveram interligadas. Outras provas aparecem nos fósseis: restos idênticos de determinadas espécies vegetais e animais foram encontrados em continentes separados hoje por oceanos. Também os minerais contribuem com essa demonstração: depósitos de carvão na Antártida, por exemplo, mostram que existiram nos continentes climas que não seriam possíveis em suas localizações atuais. Prova adicional da deriva continental advém de formações rochosas semelhantes, nos dois lados do Atlântico, que caem abruptamente em uma costa e reaparecem sob forma idêntica na margem oposta" (Ob. cit., pag. 26).

A mesma fonte acrescenta: "Os conhecidos caracóis de jardim vivem em ambos os lados do Atlântico, uma massa de água que não poderiam atravessar por sua conta. Os geólogos acreditam que esses habitats afastados estiveram um dia lado a lado . Fósseis de samambaias Glossopteris e de répteis Lystrosaurus, Mesosaurus e Cynognathus estão espalhados por vários continentes, demonstrando que os continentes já estiveram ligados. Os oceanos atuais teriam impedido que esses habitantes terrestres migrassem" (Ibidem).

Segundo as Sagradas Escrituras o clima de toda a Terra, antes do dilúvio, era uniforme e agradável, não existindo as grandes variações de temperatura que hoje se verificam, especialmente entre as regiões polares e os trópicos e o equador. Não havia intempéries e a Palavra de Deus afirma que não havia chuva, mas um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da Terra (Gênesis 2:7). Isto está em harmonia com inúmeros fatos aparentemente inexplicáveis e que somente podem ser esclarecidos através do dilúvio universal e suas conseqüências, como os depósitos de carvão na Antártida, referidos na citação anterior.

No Alasca e na Sibéria, regiões hoje extremamente geladas descobriram-se cemitérios de mamutes que foram subitamente congelados. Restos de alimentos que somente existem em climas tropicais foram encontrados entre seus dentes, testemunhando que a glaciação foi um fato súbito e que o clima em que viviam era ameno. Nas mesmas regiões foram encontrados outros animais que somente poderiam sobreviver nesse tipo de clima, como leões, veados etc.

Recentemente foi lançado um filme em que é aventada esta possibilidade da glaciação repentina. O filme, denominado "O Dia Depois de Amanhã" , explora a possibilidade de as alterações atualmente verificadas no clima e o grande desequilíbrio que ameaça a vida, a ecologia e o meio-ambiente do planeta possam provocar os efeitos a que nos referimos acima.

Na foz de rios do Ártico e da Antártida foram encontrados, nas camadas mais profundas, sedimentos que comprovam que aquelas regiões já tiveram climas amenos e tropicais.

Causam assombro os monumentos da Ilha da Páscoa, no Pacífico. Situada a mais de três mil quilômetros da costa do Equador, aqueles obeliscos são testemunho silencioso de que uma grande calamidade interrompeu a sua construção.

Incontáveis estátuas permaneceram inacabadas e inúmeras outras apenas foram iniciadas. Mas permanecem dois fatos: somente seres de estatura avantajada poderiam lidar com objetos daquele porte e os imensos blocos monolíticos de pedra não poderiam ser transportados do continente. A catástrofe diluviana interrompeu aquelas obras e a separação dos continentes explica a questão da matéria-prima para sua confecção.

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