E depois das sessenta e duas semanas, será morto Cristo, e o povo que O há de negar, não será mais Seu povo. E um povo com o seu capitão, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será uma ruína total, e a desolação, a que ela foi condenada, lhe virá depois do fim da guerra (verso 26 – Versão Antônio Pereira de Figueiredo)


Toda a vida e trabalho de Jesus foram durante vários séculos mostrados antecipadamente pelos profetas do Senhor e tornados conhecidos aos judeus. Desde a forma e local de Seu nascimento e até à Sua morte na cruz, entre criminosos, tudo estava revelado através das Escrituras. O caráter do Messias, a data do Seu aparecimento público em 27 d.C. , tudo fora revelado e provido para que aquele povo não pudesse apresentar escusas, nem ignorância a este respeito.


A despeito de todos os favores e privilégios concedidos à nação ingrata, foi o Desejado de Todas as Nações (Ageu 2:7) tratado como o mais infame dos criminosos e depois de um julgamento vergonhoso, submetido a mais ultrajante e cruel das mortes.


Está claramente definido no texto sagrado que o povo que O há de negar não será mais o Seu povo . A história é testemunha do cumprimento fiel e literal dessa afirmação. No ano 70 d.C. Tito destruiu totalmente a cidade de Jerusalém e o templo, e na ocasião foram mortos mais de um milhão de pessoas. Os milhares de sobreviventes foram desterrados e levados escravos para Roma, como presa e troféu de guerra. Outros milhares de pessoas foram espalhados pelo mundo e condenadas a viverem errantes e sem pátria.


As tragédias foram se abatendo sucessivamente sobre esse povo, através dos tempos, sendo o século XX testemunha do holocausto de mais de seis milhões de judeus pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Era a conseqüência do maior crime perpetrado em toda a história da humanidade: o assassínio do próprio Filho de Deus. Estava aquele povo colhendo os frutos da sua rejeição ao Salvador: O Seu sangue caia sobre nós e os nossos filhos (S. Mateus 27:25).


É necessário que se diga, até hoje os judeus continuam rejeitando a Jesus como o Messias prometido e até hoje justificam os acontecimentos de quase dois mil anos atrás. Paulo escreveu, talvez por isso, que a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim (I Tessalonicenses 2:16).