A promessa de redenção foi inicialmente dada a Adão, ainda no Éden. Ao anunciar o Evangelho Eterno e expor ao Seu filho caído o plano para redimi-lo, o Senhor descortinou-lhe o futuro e deu-lhe instruções que deveriam ser guardadas e obedecidas por sua descendência, em todas as suas gerações. A promessa de salvação foi feita a Adão e a todos os seus descendentes, todos os que, aceitando este gracioso presente, cumprissem as condições estabelecidas pelo Benévolo Doador.


Já na aurora da humanidade, na primeira geração, alguns aceitaram e outros rejeitaram a graça Divina, o favor imerecido. A história de Caim, o próprio filho de Adão, bem retrata a ingratidão e o estranho fascínio e poder que Satanás exerce sobre o ser humano, levando-o a menosprezar a misericórdia de Deus.


Tal menosprezo levou os homens a tal condição de apostasia e rebelião aos princípios morais da Lei de Deus, que viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente (Gênesis 6:5). Toda a Terra estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência. E viu Deus a Terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a Terra (Gênesis 6:11-12).


Para preservar a Sua promessa de oferecer-Se para salvar o homem, revestindo-Se da humanidade e dando a Sua vida em troca da raça condenada, outra solução não encontrou o Senhor a não ser destruir toda a maldade de sobre a Terra, através do dilúvio. Se assim não fizesse, o próprio homem se auto-destruiria e Satanás teria alcançado o seu propósito em impedir os planos de Deus para resgatar o homem à maldição do pecado, a morte eterna.


E disse o Senhor: Destruirei de sobre a face da Terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus... (Gênesis 6:7). Havia, porém, um homem que não se desviara dos princípios de Deus: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus (Gênesis 6:9). O Senhor estabeleceu um pacto com Noé, preservando-o e à sua família, da destruição anunciada. Com Noé e sua descendência, a humanidade teria nova oportunidade. Com ele o Senhor renovou o Seu concerto com a raça caída.


Não muito tempo depois, estando os sinais da destruição provocada pelo dilúvio ainda por toda parte, novamente irrompeu a rebelião entre os filhos dos homens. Apenas algumas gerações se haviam passado e manifestou-se o espírito de rebeldia. Renegando as claras promessas e os conselhos de Deus, resolveram construir uma torre cujo cume tocasse nos céus (Gênesis 11:4) para que não fossem espalhados pela Terra, conforme o mandado de Deus, e para que, vindo outro dilúvio, se livrassem por seus próprios meios ou por suas próprias obras.


Por esta razão confundiu o Senhor as línguas e assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a Terra... (Gênesis 11:8).


Chamando o Senhor a um dos descendentes de Noé que haviam preservado o Seu legado, foi-lhe mandado que saísse de sua terra e de sua parentela, e fosse para um lugar distante, que lhe seria mostrado. E veio a promessa de Deus: E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção (Gênesis 12:2). ... E em ti serão benditas todas as famílias da Terra (Gênesis 12:3).


Esta promessa feita a Abraão foi repetida a seu filho Isaque, e a seu neto Israel, que fora antes chamado Jacó. Da descendência dos doze filhos de Israel multiplicou-se grandemente a sua semente, a tal ponto que na terra do Egito, para onde tinham ido e onde permaneceram por quatrocentos anos como peregrinos, foram feitos escravos e reduzidos à servidão.