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Introdução

Existem muitas questões importantes para as quais são necessárias respostas categóricas e claras. Hoje em dia são comuns, por exemplo, perguntas como as seguintes: Está o Antigo Testamento ainda em vigor nos dias de hoje? Tem ele algum valor ainda nos nossos dias? Estão as suas verdades, conselhos e instruções abolidos, substituídos ou modificados pelos do Novo Testamento?

Muitas pessoas, mesmo dentre os professos cristãos, afirmam que apenas o Novo Testamento está hoje em vigor, não sendo mais necessário o Antigo. Mas este pensamento não está de acordo com os testemunhos dos profetas, dos apóstolos e do próprio Senhor Jesus Cristo. Segundo estes testemunhos, a Bíblia Sagrada é o conjunto indivisível do Antigo e Novo Testamentos. Ambos estão igualmente em vigor. Eles não se contradizem, pelo contrário, se completam. Ambos testemunham de Jesus Cristo, que é o seu tema central, e de Sua grande obra.

O Antigo ou Velho Testamento resume a história da criação do mundo e do homem, sua queda pela desobediência à vontade de Deus, o que foi responsável pela entrada do pecado e da morte no mundo, e a promessa da redenção. Registra todos os capítulos da agitada e controvertida história do povo hebreu, desde o seu início, como povo escolhido por Deus para revelar a Sua verdade para o mundo. Descreve os seus períodos de apostasia e juízos e de arrependimento e bênçãos.

No Antigo Testamento Deus promete enviar o Seu Filho Unigênito como o Messias, o Cristo, para restaurar o reino a Israel, para vencer a morte e extirpar o pecado, para destruir Satanás e todo o mal e para que o homem possa voltar ao primeiro domínio na terra renovada e restaurada à sua primitiva beleza. Pelo sacrifício do Filho de Deus o homem teria novamente o direito de viver eternamente, tendo restaurada, também em si, a expressa imagem e semelhança do Seu Criador, com a segurança e a certeza de que nunca mais voltarão a existir nem pecado e nem morte, porque, pela Palavra do Senhor, "não se levantará por duas vezes a angústia" (Daniel 7:27, Miquéias 4:8 e Naum 1:9).

No Novo Testamento estas promessas são confirmadas.




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Verdades Irretocáveis

A palavra testamento, no contexto bíblico, é sinônima da palavra testemunha. Deus utilizou-Se, portanto, de duas testemunhas para enviar a Sua verdade e confirmá-la aos homens.


Em inúmeros textos nas Escrituras Deus deixou expresso que um testemunho somente poderia ser considerado válido se fosse apresentado por no mínimo duas pessoas ou duas testemunhas, como está escrito: Uma só testemunha contra ninguém se levantará... (Deuteronômio 19:15) e Não aceites acusação... senão com duas ou três testemunhas (I Timóteo 5:19).


Tudo que estava predito na Primeira Testemunha a Segunda confirmou. Todos os acontecimentos relatados na Segunda Testemunha já estavam apontados pela Primeira, que é o Antigo Testamento.


É importante ressaltar que nos dias de Jesus apenas existiam as Escrituras do Antigo Testamento. Quando Ele disse, conforme o Evangelho de São João, no Novo Testamento: Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam (ou testemunham) de Mim (S. João 5:39), obviamente Ele estava se referindo às Escrituras do Antigo Testamento, por não existirem, ainda, as Escrituras do Novo Testamento.


Somente algumas dezenas de anos após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus é que o Novo Testamento começou a ser escrito. Testemunho após testemunho, carta após carta foram sendo escritos, pelos apóstolos, às igrejas que iam sendo formadas em sua época. Estes testemunhos e estas cartas foram, muitos anos depois, reunidos num único compêndio e considerados, pelo seu conteúdo e natureza, como sendo de inspiração divina. Assim foram organizadas ou canonizadas as Escrituras que vieram a constituir-se no que conhecemos hoje como o Novo Testamento .


Os próprios apóstolos ao escreverem seus inspirados testemunhos e cartas, relatando a vida e confirmando a morte e ressurreição de Jesus e transmitindo as instruções para os Seus seguidores, não podiam imaginar que, pela vontade de Deus, esses escritos se tornariam parte das Sagradas Escrituras.


Para as pessoas que crêem que a tradição pode acrescentar algo às inspiradas verdades ou que partes das Escrituras devam ser riscadas ou abolidas, vale a advertência bíblica: Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nEle. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso (Provérbios 30:5-6).


Referindo-Se aos acréscimos que o homem tem pretendido fazer às Suas eternas verdades, pela tradição, Jesus disse: E assim invalidaste, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Este povo honra-Me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens . E Ele finaliza: Toda a planta que Meu Pai Celestial não plantou, será arrancada (Mateus 15:6, 8-10).


Deus tem muito zelo pela Sua Palavra e por isso avisa solenemente: Tudo que Vos ordeno, observareis; nada lhes acrescentarás, nem diminuirás (Deuteronômio 12:32). E lança uma terrível advertência aos que desatenderem a Sua ordem: Porque Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste Livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste Livro; e se alguém tirar quaisquer palavras do Livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste Livro (Apocalipse 22:18-19).


O livro do Apocalipse, corretamente chamado de O Livro da Revelação , é o último livro da Bíblia e nele Deus encerra, com chave de ouro, as instruções para os Seus filhos firmarem-se no único caminho que conduz à salvação que Ele, gratuitamente, lhes oferece. Foi este o livro que Deus escolheu para falar sobre as Suas duas testemunhas. São duas testemunhas vivas, atuais, imutáveis, como o Seu próprio Autor. Deus não muda e Ele afirma isso, como está escrito: Porque eu, o Senhor, não mudo (Malaquias 3:6). Mas o homem mudou e tem pretendido mudar a Sua verdade. O apóstolo São Paulo escreveu: Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador... (Romanos 1:25). Mas tudo que o homem fizer para estabelecer os seus próprios caminhos em lugar dos caminhos de Deus ele não o fará sem o risco de eterna perda para si mesmo. Há caminho que ao homem parece direito, mas o seu fim são os caminhos da morte (Provérbios 16:25). Está escrito que Tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar... (Eclesiastes 3:14).




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Duas Testemunhas

Em qualquer julgamento são exigidas pelo menos duas testemunhas, a fim de que sejam evitados casos de perjúrio, falsidade, engano ou injustiça e para que se dê, ao depoimento, garantia de plena autenticidade. Duas testemunhas, separadamente, não serão unânimes em suas afirmações se não presenciaram, realmente, um mesmo acontecimento. Quando duas pessoas afirmam ou relatam um mesmo acontecimento e são unânimes em suas opiniões, tendo sido ouvidas em separado, podemos ter a certeza de que dizem a verdade.


Assim fez Deus ao dar-nos duas testemunhas Suas: o Antigo e o Novo Testamentos, separadas uma da outra por quase quinhentos anos. Tudo o que a Antiga Testemunha revelou repetimos a Nova Testemunha confirmou. Tudo o que o Novo Testamento apresentou já estava revelado no Antigo, embora às vezes de uma maneira oculta, ou de difícil entendimento, para nós. O Novo Testamento trouxe mais luz sobre as verdades do Velho.


As pessoas não podem apresentar pretextos para o desconhecimento das verdades expressas nas Sagradas Escrituras ou desculpas para justificar o seu desinteresse pelas mesmas. Por esta razão Deus nos deu duas testemunhas para que não haja dúvidas de que a Bíblia Sagrada contém as verdades eternas da redenção. Elas revelam o sacrifício de Jesus Cristo, única fonte de salvação e o único caminho pelo qual o homem pode ser reconciliado com Deus e ter o direito de receber a vida eterna. Mas, apesar da misericórdia de Deus assim evidenciada, por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: não há Deus (Salmo 10:4).




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Doze Séculos de Perseguição e Ocultamento

No capítulo onze do livro da Revelação , o Apocalipse, o Senhor mostrou numa maravilhosa profecia a confirmação das Suas Testemunhas. Esta profecia tem seu início no verso três, pois os dois primeiros versos referem-se a outra profecia anterior. Ela inicia-se assim:


VERSO 3 - E darei poder às Minhas Duas Testemunhas e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.


Um dia, na interpretação profética, equivale a um ano, princípio aceito pela absoluta maioria dos estudiosos das profecias, conforme depreendido de textos como: Segundo o número dos dias que espiastes esta terra, quarenta dias, por cada dia um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades (Números 14:34) e ... Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião (Isaías. 34:8). Assim, 1.260 dias se referem a 1.260 anos.


Profetizar é o mesmo que ensinar, pois a palavra profeta, em seu completo sentido, significa ensinador , instrutor , professor . Conforme o compêndio A História do Homem nos Últimos Dois Milhões de Anos editado por SELEÇÕES DO READER´S DIGEST, referindo-se aos tempos em que os livros que compõem as Sagradas Escrituras foram escritos, a palavra ‘profeta’ não possuía, então, o significado atual de pessoa que prediz o futuro; designava um homem que, poeta, orador e estadista, se preocupava profundamente com as necessidades sociais e políticas do seu povo (Obra citada, p. 86).


O profeta verdadeiro, de Deus, é um ensinador das coisas de Deus e o profeta falso ensina o erro, o engano e as verdades desvirtuadas, confundindo-as.


Sendo de Deus, estas duas testemunhas profetizariam ou ensinariam as coisas de Deus.


O período referido de 1.260 anos iniciou-se em março do ano 538 d.C., com a derrota dos Ostrogodos e a ascensão do bispo de Roma, já chamado Papa, como chefe universal de todas as igrejas. Em 533 d.C. o imperador Justiniano havia assinado um decreto nesse sentido, mas o mesmo somente pôde entrar em vigor no ano 538 d.C., cinco anos depois, com a vitória de Belizário, chefe militar de Justiniano que, convertido à igreja de Roma, armou o braço do papado.


Este período terminou em março de 1.798, quando a igreja romana teve o seu chefe destituído por Napoleão Bonaparte. O Papa Pio VI foi aprisionado pelo General Berthier, por ordem de Napoleão, em fevereiro de 1.798. Nessa ocasião a besta ; um animal simbólico mencionado no capítulo treze das profecias do Apocalipse, foi ferida de morte em uma de suas cabeças, como está escrito: E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta (Apocalipse 13:3). De 538 a 1.798 transcorreram exatamente 1.260 anos, que é o período descrito na profecia. Os detalhes e provas históricas do assombroso cumprimento desta profecia estão no sétimo capítulo deste trabalho, intitulado A História de Roma e o Anticristo .


As Duas Testemunhas estavam, segundo o relato bíblico, vestidas de saco. Este era o luto dos judeus e dos povos antigos. Andar vestido de saco significava luto, tristeza, humilhação. As pessoas vestiam-se de saco e procuravam a solidão. Freqüentemente isto era devido a perseguições. Isto foi o que aconteceu às Escrituras Sagradas na Idade Média, até a libertação da consciência humana dos grilhões do papado, pela Revolução Francesa, em 1.798. A história é um testemunho irrefutável desta afirmação.


As vestes de saco durante 1.260 anos indicam a humilhação a que foram submetidas e a perseguição de que foram vítimas naquele grande período de supremacia temporal do papado, acertadamente chamado Idade Escura. Nos dias de trevas espirituais e morais da Idade Média as pretensões papais não conheceram limites. As Escrituras foram proibidas pelos papas aos leigos e os poucos exemplares que existiam aqui e ali, eram compostos numa língua, o latim, que para aquela diversidade de povos com múltiplos idiomas, que constituíam a Europa, era uma língua morta (MELLO, A. S. A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse, p. 276).


Referindo-se a esta face do papado, o historiador Eugene Lawrence afirma: Começou então uma notável contenda entre a igreja romana e a Bíblia, entre os impressores e os papas. Durante muitos séculos as Escrituras haviam estado ocultas num idioma morto (o latim), ocultas do olho público pelos anátemas dos sacerdotes, e em forma manuscrita tão custosa que só era acessível aos opulentos. Uma Bíblia custava tanto como um grande domínio de terras, e com grandes dificuldades podiam as maiores universidades e os mosteiros mais ricos comprar um só exemplar. Sua linguagem e suas doutrinas haviam sido olvidadas desde fazia muito tempo pelo povo, e em seu lugar se havia alimentado o intelecto da Idade Média com extravagantes lendas e visões fradelescas, com fantasias de sacerdotes ociosos, e fábulas de pessoas inescrupulosas. Os prodígios realizados por uma imagem (de santo) favorita, as virtudes das relíquias, os sonhos de um impudico eclesiástico ou de um monge fanático, haviam suplantado os modestos ensinos de Pedro e a narrativa de Lucas. Os homens viam diante de si tão só a imponente estrutura da igreja de Roma, que asseverava ter a supremacia sobre as consciências e a razão, poder perdoar pecados, determinar doutrinas, e que desde muito havia deixado de lembrar que havia um Redentor, uma Bíblia, e até um Deus. A isso seguiu um ateísmo prático. Com freqüência o papa era cético, exceto quanto a seu próprio direito de governar (Historical Studies, pp. 250-251, citado em El Don Permanente de Profecia, pp. 247-248 e As Verdades Sobre as Profecias do Apocalipse, pp. 276-277).


Em 3 de Novembro de 1.911 o semanário The Truth que se edita em Jerusalém, publicou o teor de um documento existente na Biblioteca Nacional de Paris, contendo conselhos que os cardeais entregaram ao papa Júlio III, em 1.051. Eis a transcrição deste documento: De todos os conselhos que podemos dar a Vossa Santidade, retivemos, por último, o mais necessário. Precisamos estar bem alerta e agir na questão em apreciação com todos os recursos de nosso poder, por se tratar do seguinte: A leitura do Evangelho deve ser consentida o mais restritamente possível, principalmente nas línguas modernas e nos países sujeitos à vossa jurisdição. O texto limitado que é lido ordinariamente na missa deveria bastar e a ninguém deve ser permitido ler mais. Enquanto o povo se contentar com essa limitação, florescerão os vossos interesses, mas logo que o povo queira saber mais, começarão os vossos interesses a sofrer marcha decadente. Este é o livro que mais do qualquer outro tem provocado rebelião contra nós, pelo que estamos quase que perdidos, porque, em verdade, se alguém examinar assiduamente a Bíblia e confrontar com o que sucede nas vossas igrejas, forçosamente achará a contradição e verá que os vossos ensinamentos se desviam multiplamente... e se o povo compreender isso, certo é que continuamente nos desafiará até que fique tudo desvendado e então seremos objeto de vasto ódio e escárnio mundial. Por isso é que é preciso que a Bíblia seja subtraída à vista do povo, porém, com muita precaução, para não dar lugar a alvoroço (Arquivo da Ass. Diplomados pelo Col. Adventista, n° 51, 1.939, citado em A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse, A.S. Mello, p. 598).


Retornando ao tema da Revolução Francesa, a História registra que ela se desenvolveu de 1.789 a 1.815, mas foi no ano de 1.798 que ela libertou o mundo das trevas da opressão de Roma. Durante esses mais de mil anos de trevas culturais e morais, as Escrituras estiveram escondidas, proibidas e afastadas do povo, por decretos papais. Hoje, tal fato parece absurdo, mas é a própria História que o afirma.


Referindo-se a esse período, mencionamos uma pena inspirada, que escreveu: Durante a maior parte deste período, as Testemunhas de Deus permaneceram em estado de obscuridade. O poder papal procurava ocultar do povo a Palavra da verdade e colocar diante dele testemunhas falsas para contradizerem o testemunho daquela. Quando a Bíblia foi proscrita pela autoridade religiosa e secular; quando seu testemunho foi pervertido, fazendo homens e demônios todos os esforços para descobrir como desviar da mesma o espírito do povo; quando os que ousavam proclamar suas sagradas verdades eram acossados, traídos, torturados, sepultados nas celas das masmorras, martirizados por sua fé, ou obrigados a fugir para a fortaleza das montanhas e para as covas e cavernas da terra então profetizavam as fiéis testemunhas vestidas de saco. Contudo, continuaram com seu testemunho por todo o período de 1.260 anos. Nos mais obscuros tempos houve fiéis que amavam a Palavra de Deus e eram ciosos de sua honra. A esses fiéis servos foram dados sabedoria, autoridade e poder para anunciar Sua verdade durante aquele tempo todo (WHITE, Ellen G. O Grande Conflito, p. 265).


Nesse período foram feitos inauditos esforços para suprimir e destruir a Bíblia. Com referência aos prolongados esforços para suprimi-la, particularmente as versões mais simples, na linguagem do povo comum, a História menciona a estarrecedora e quase inacreditável verdade para os dias de hoje, da inimizade de Roma para com as Sagradas Escrituras.


Diz Gaussen: O Decreto de Tolosa (França), de 1.229... instituía o Tribunal da Inquisição contra todos os leitores da Bíblia na língua do povo (...) foi um edito de fogo, morticínio e devastação. Em seus capítulos III, IV, V e VI, ordenava a destruição total das casas, dos mais humildes lugares de esconderijo, mesmo dos retiros subterrâneos de homens convictos de possuírem as Escrituras; que fossem perseguidos até a floresta e cavernas da terra; e mesmo os que os abrigassem fossem severamente punidos . Como resultado a Bíblia foi proibida por toda a parte; ela desapareceu, por assim dizer, debaixo da terra; desceu ao túmulo .


Esses decretos foram seguidos durante quinhentos anos por inumeráveis castigos, nos quais o sangue dos santos correu como água (GAUSSEN, L., Le Canon des Saintes Ecritures, parte 2, prop. 641, par. 2, p. 243, Ed. de Lausane, 1.860 citado em O Grande Conflito, Apêndice, p. 685).


Quanto aos esforços especiais feitos para destruir Bíblias durante o Reinado do Terror, em fins de 1.792, diz o Dr. Lorimer: Onde quer que se pudesse encontrar uma Bíblia, podia-se dizer ser ela perseguida de morte; tanto assim que vários respeitáveis comentaristas interpretam a matança das duas testemunhas no capítulo onze do Apocalipse, como a supressão geral, sim, a destruição do Velho e Novo Testamentos na França neste período (LORIMER, J. G., An Historical Sketch of the Protestan Church in France, cap. 8, par. 4 e 5).


Era o estudado propósito de Roma esconder do povo as verdades eternas expressas na Bíblia Sagrada, de que a salvação eterna é de graça e a justiça é, unicamente, pela fé no sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. A revelação dessas verdades tão claras das Escrituras desmascararia os objetivos do dominante poder eclesiástico que impunha um terrível jugo às consciências, constrangendo-as aos falsos sistemas de religião a que estavam submetidas. Mostraria que as vendas de indulgências e relíquias de santos e a imposição de terríveis penitências eram não só desnecessárias, mas absurdas e abusivas, servindo apenas para o enriquecimento do clero e fortalecimento do seu poder.


Por estas razões é que a Bíblia Sagrada foi proibida aos leigos e colocada no índice dos livros proibidos, pelo Concílio mencionado, no ano de 1.229.


Foi então, no ano de 1.798, que teve início o fim do tempo , predito por Daniel, como está escrito: E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará (Daniel 12:4). Nesse ano teve fim o período de supremacia papal.


Estava em vigor, ainda, o quinto período da Igreja Cristã, o de Sardes , que é conhecido como o período da Reforma . Este, iniciado em 1.517, iria até o ano de 1.833, data de início do sexto e penúltimo período, o de Filadélfia (Apocalipse 3:7-13). Amor Fraternal , que é a significação deste período, se estendeu até o ano de 1.844, quando se iniciou o sétimo e último período da Igreja Cristã, o período de Laodicéia , que quer dizer Povo do Juízo ou Juízo do Povo (Apocalipse 3:14-22).


Quando as trevas provocadas pela tirania de Roma foram dissipadas e o mundo foi libertado do jugo papal, o livro de Daniel, que estava fechado e selado até ao tempo do fim foi aberto. Ele foi sendo estudado e entendido e suas maravilhosas verdades eram como que comidas pelos cristãos sinceros de diversas denominações religiosas que as buscavam com fervor. Deste desejo incontido de desvendar as profecias de Deus, surgiu o grande movimento que anunciava o cumprimento da promessa da Segunda Vinda de Jesus a este mundo.


A má compreensão da profecia apontava para o ano de 1.844 este evento, que é o maior e mais esperado de toda a história da humanidade. Mas aos que o esperavam estava reservada uma grande decepção. Diz o texto Sagrado: ... E tinha na sua mão um livrinho aberto (...) e tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo (Apocalipse 10:2 e 10). O livro que estivera por tanto tempo selado e incompreendido, fôra finalmente aberto e suas verdades reveladas, paulatinamente, aos estudiosos das profecias dos livros de Daniel e Apocalipse.


O livrinho que agora foi mostrado aberto, pela compreensão e entendimento de suas verdades, é o mesmo que as Escrituras mencionam como fechado ou selado , nas profecias de Daniel. Eles permaneceriam fechados ou sem compreensão até ao tempo em que a Providência Divina determinara, como está escrito: E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim (Daniel 12:9).


A referência à doçura inicialmente experimentada de que trata o texto anterior era a mensagem da volta de Jesus a este mundo, erroneamente compreendida, no final do século XIX. A menção a ter-se feito amargo, posteriormente, retrata a decepção provocada pela má compreensão das profecias bíblicas, adiando a tão docemente acalentada esperança da volta do Senhor Jesus a este mundo.


O estabelecimento do Seu reino eterno, a maravilhosa promessa de Deus através dos séculos, expressa em Sua Santa Palavra, não deveria, ainda, ser realizada. A própria decepção e frustração provocadas pelo não-cumprimento da profecia, como esperado, ou seja, pela má interpretação da mesma, estavam já consignadas e previstas nas páginas sagradas do livro da Revelação.


A grande decepção foi causada pelo esquecimento das palavras do Mestre, no tocante à data da Sua segunda vinda a este mundo: Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai (S. Mateus 24:36). Porém foram tantas as profecias cumpridas e tão evidentes os sinais que apontavam para o ano de 1.844 como um ano especial em relação à profecia bíblica, que aquela importante instrução de Jesus fôra esquecida.


Muitas verdades, no entanto, ainda deveriam ser entendidas. Inúmeras profecias ainda iriam se cumprir, antes que chegasse o grande dia da vinda do Senhor. Por esta razão o Anjo Revelador acrescentou: Importa que profetizes (ou ensines) outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis (Apocalipse 10:11). Estas palavras eram dirigidas aos entristecidos e expectantes filhos de Deus, após a decepção sofrida.


A profecia que fôra erroneamente compreendida e interpretada como se referindo à volta de Jesus apontava, na realidade, para o estabelecimento do JUÍZO. Este assunto de fundamental importância e interesse para os estudiosos das profecias bíblicas faz parte deste trabalho e será devidamente considerado, no 4° capítulo, intitulado O JUÍZO FINAL .


Reportando ao ano de 1.798, antes mencionado, esclarecemos que foi a partir de então que foram fundadas as pequenas e grandes sociedades bíblicas em todo o mundo. Isto não tinha sido possível antes por causa da perseguição de Roma papal, ferrenha inimiga das Escrituras Sagradas. A partir dessa data é que partes das assombrosas profecias de Daniel foram sendo compreendidas pelos diligentes estudiosos das Escrituras. A expressão Muitos correrão de uma parte para outra e a ciência se multiplicará (Daniel 12:4) não poderia ter cumprimento mais extraordinário e assombroso, dando legitimidade ao texto bíblico. A partir da época enfocada houve uma revolução mundial, no mais absoluto sentido da palavra. Em todos os aspectos, o desenvolvimento das ciências ficara estagnado pela intolerância papal que, por mais de um milênio, tolheu todas as tentativas de mudanças.


A partir do século XVIII, entretanto, deixou de existir aquele poder inibidor. A Revolução Industrial deu a partida para um período de desenvolvimento sem paralelo na história da humanidade. Tão profundas foram as mudanças e tantas as maravilhosas descobertas na área da ciência e da tecnologia, que ao considerarmos o breve período em que elas se verificaram não temos nenhuma dúvida em afirmar que realmente a ciência se multiplicou.


Muitos tentam hoje, em vão, compreender o Apocalipse, sem buscar luz na outra testemunha mais velha, que é o livro de Daniel, no Antigo Testamento. É indispensável, para a compreensão daquelas profecias , que sejam compreendidas, primeiramente, as de Daniel. É impossível, ainda, entender o Apocalipse sem conhecer a história de Roma, porquanto as profecias do último livro da Bíblia referem-se, sem nenhuma dúvida, em sua grande maioria, a fatos relacionados com a história mencionada.




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Duas Oliveiras e Dois Castiçais

VERSO 4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus de toda a Terra


Deus identificou com clareza, neste versículo, quem seriam Suas Duas Testemunhas: as duas lâmpadas, ou castiçais, ou candeias, que forneciam luz nos tempos antigos, quando não existia a energia elétrica ou outros sistemas de iluminação, são o símbolo adequado para as Sagradas Escrituras, divididas em Dois Testamentos. O combustível usado nessas lâmpadas era o óleo de oliva, abundante no Oriente Médio.


A Bíblia (os Dois Testamentos) é identificada nas Escrituras como lâmpada, castiçal ou candeeiro: Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho (Salmo 119:105).


É através do estudo das Escrituras que se adquire a fé, como está escrito: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Romanos 10:17). A fé em Cristo é que produz a operação do Espírito Santo no caráter daquele que crê. Assim, as Escrituras são como as oliveiras que produzem o azeite (ou o óleo), que simboliza o Espírito Santo.


Em todas as Escrituras o óleo ou azeite é símbolo do Espírito Santo. As oliveiras são árvores que produzem azeitonas e estas, por sua vez, produzem o azeite (ou óleo).


Torna-se, portanto, de uma clareza irretorquível o ser a Palavra de Deus, ou a Bíblia Sagrada, as Testemunhas mencionadas na profecia. Para consagrar esta afirmação o profeta Zacarias testemunha: E por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda . Falei mais e disse-lhe: Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda? E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si ouro? (ou azeite dourado, conforme Sociedade Bíblica Católica) (Zacarias 4:3, 11-12).


Quando perguntou o que significavam as duas oliveiras, o profeta recebeu a resposta conclusiva: A Palavra do Senhor (Zacarias 4:6). A Palavra do Senhor é a Bíblia Sagrada. Naquele tempo havia apenas uma Testemunha, ou seja, a Antiga Testemunha ou Velho Testamento. A outra Testemunha, a segunda, não havia ainda nascido, mas a profecia já a estava indicando e para ela apontando, no futuro.


Na parábola das dez virgens, relatada no capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus, é mencionado o fato de que todas elas tinham suas lâmpadas, ou seja, as Escrituras; porém cinco delas não possuíam óleo ou azeite suficiente nas mesmas lâmpadas, para entrar na festa das bodas.


A fé e o amor são representados nas Sagradas Escrituras pelo ouro provado no fogo e se referem à maior riqueza que, aos olhos dos céus, pode ser conferida à natureza humana caída e regenerada pela graça salvadora de Jesus Cristo (Apocalipse 3:18 e I Pedro 1:7). É somente pelo estudo diligente das Escrituras que obtemos a fé em Cristo, através da qual recebemos, também, o amor. Naturalmente, então, como conseqüência disso, surgem as boas obras do cristão, em que Deus é glorificado, como está escrito, através das palavras de Jesus: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (S. Mateus 5:16).


A fé é o canal que liga o homem a Cristo e Sua graça, através do Espírito Santo. Os dois tubos de ouro mencionados pelo profeta são os canais através de que podemos alcançar o conhecimento, ou seja, as Escrituras de cujo exame e estudo brota a fé.


A Bíblia é a Palavra de Deus escrita, mas a verdadeira Palavra de Deus é Cristo, como está escrito: No princípio era o Verbo (ou a Palavra) e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus (S.João 1:1). Ao buscarmos a palavra de Deus escrita, encontraremos a Palavra de Deus real, Jesus Cristo, o Salvador.


Os dois tubos de ouro em estudo vertiam ouro ou, conforme muitas traduções, azeite dourado, que é o Espírito Santo e Seus frutos: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gálatas 5:22).


O anjo explicou a Zacarias que aquelas duas oliveiras eram os dois filhos do óleo (ou azeite) (Zacarias 4:1). As Escrituras são, na verdade, filhas do Espírito Santo (óleo ou azeite), pois foi pela vontade de Deus e inspiração do Espírito Santo que elas vieram a nós, pois que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20-21).


Finalizando o estudo do verso 4, vamos compará-lo à outra Testemunha, a primeira:


APOCALIPSE 11:4 Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus de toda a Terra .


ZACARIAS 4:14 Estes são os dois filhos do óleo, que estão diante do Senhor de toda a Terra .




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O Tremendo Poder das Duas Testemunhas

VERSOS 5 e 6 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá de Sua boca e devorará os Seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem .


Nestes versículos Deus nos mostra que Sua palavra na boca de Seus servos tem grande poder para tudo, como teve poder na boca de Moisés, nas pragas do Egito e na boca de Elias, fazendo descer fogo do céu várias vezes e fazendo parar de chover e, ainda, posteriormente, fazendo com que a chuva voltasse a cair.


Quem teve este poder foi a Palavra de Deus na boca de Seus servos e não os próprios servos. Se estivessem desprovidos da Palavra de Deus Cristo nada teriam podido fazer.




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A França Atenta Contra as Sagradas Escrituras

VERSO 7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará .


Qualquer poder despótico, tirano ou ditatorial é representado na Bíblia por um animal feroz, irracional, que é chamado besta , fera ou besta-fera , conforme a tradução. No verso considerado, a besta mencionada é a Revolução Francesa. Foi esta besta que feriu de morte uma das cabeças da besta romana, que no caso era o papado, a sétima forma de governo de Roma. Sobre este assunto trataremos no 7° capítulo deste trabalho, já referido, intitulado A História de Roma e o Anticristo


A besta que feriu de morte a sétima cabeça de Roma, o papado, conforme referido em Apocalipse 13:3 e matou as Duas Testemunhas Apocalipse 11:7 foi a Revolução Francesa que tentou implantar o ateísmo por lei, proibindo as Escrituras e perseguindo-as de forma terrível e implacável.


Esta besta (poder despótico) saiu do abismo, porque abismo (do grego abissus) é o mesmo que confusão, e a Revolução Francesa saiu de uma verdadeira confusão ideológica depois da tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789.




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A Cidade Onde a França Matou as Duas Testemunhas

VERSOS 8-10 - E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado, e homens de vários povos e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos sejam postos em sepulcros, e os que habitam na Terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a Terra .


A praça da grande cidade onde as Duas Testemunhas permaneceram insepultas era a cidade de Paris, sede e capital da Revolução Francesa. Ela se chamava, espiritualmente, Sodoma e Egito porque os seus pecados principais que escandalizaram o mundo e marcaram uma época, foram o adultério desenfreado e a liberação e libertinagem sensuais que eram a principal característica de SODOMA e o ateísmo declarado que teve no antigo EGITO o seu maior expoente de todas as épocas.


Em Paris, nesse tempo, o casamento era jocosamente chamado de o sacramento do adultério .


Exemplo claro do ateísmo como característica do Egito foi a resposta de Faraó a Moisés, desconhecendo ao Deus Todo-Poderoso e menosprezando o Seu mandado (Êxodo 5:1-2). O Egito foi a nação mais apegada ao ateísmo, em todos os tempos e especialmente nos dias de Moisés, condição comprovada pela História Universal.


Onde o seu Senhor também foi crucificado faz alusão ao grande massacre dos crentes Huguenotes na fatídica e vergonhosa noite de São Bartolomeu, em Paris, quando, em 24 de agosto de 1.572, dezenas de milhares de inocentes cristãos foram assassinados pelos esbirros do clero romano, acusados como hereges por contestar a autoridade do bispo de Roma. Quando um cristão sofre o martírio e entrega sua vida por amor a Jesus, é como se Ele próprio estivesse sendo morto, pois foi por Seus filhos que Ele deu Sua vida.


Porém, note-se mais como Jesus foi representado sendo crucificado em Paris: O mesmo espírito sobrenatural que instigou o massacre de São Bartolomeu dirigiu, também, as cenas da Revolução. Foi declarado ser Jesus um impostor e o grito de mofa dos incrédulos franceses era: ‘Esmagai o Miserável’, referindo-se a Cristo (MELLO, A. S., A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse, p. 282).


Literalmente, é notório que Jesus não foi crucificado em Paris, mas quando os Seus seguidores são vituperados, maltratados e mortos, Ele toma tudo isto como sendo feito a Si próprio. Jesus mesmo dissera: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes (S. Mateus 25:40).


As Escrituras estiveram mortas temporariamente na França, substituídas pela Deusa da Razão , fato que alegrou os homens maus de todo o mundo, por fazê-los sentirem-se livres para pecar. Julgaram que as Escrituras eram falsas e Deus e o juízo não existiam. Acreditavam que o Cristianismo fosse apenas o falso sistema opressor e corrupto de Roma, desconhecendo o poder transformador da verdadeira religião, encontrada na pureza das Sagradas Escrituras. Julgaram que Deus tinha sido inventado para ser motivo de exploração por parte das autoridades religiosas. Quando se viram livres desse temor, alegraram-se por toda parte.


Muitos fiéis, entretanto, no mundo inteiro e mesmo na França ainda amavam as Sagradas Escrituras (as Duas Testemunhas) e não permitiram que elas fossem sepultadas no esquecimento, embora estivessem mortas temporariamente, por decreto do governo francês revolucionário.


A Assembléia Francesa decretou a destituição das Escrituras e sua fé, no dia 28 de novembro de 1.793. Nessa data as Duas Testemunhas foram mortas, simbólica e oficialmente, pelo decreto referido.




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A Ressurreição dos Dois Profetas

VERSO 11 - E depois daqueles três dias e meio o Espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que o viram .


Toda a sociedade foi subvertida pela grande desordem que a destituição da Bíblia provocara. O crime, a prostituição e a mendicância cresceram assombrosamente e a angústia pela falta de Deus dominou o povo. Os homens não tiveram outra alternativa que não reabilitar as Escrituras. E no dia 17 de junho de 1.797, três anos e meio, arredondados, depois da sua morte, foram as Duas Testemunhas ressuscitadas pela mesma Assembléia Francesa que havia decretado a sua morte. Tudo isto se acha documentado pelo jornal francês La Gazette Nattionalle , nas edições de 14 de dezembro de 1.795 e 26 de junho de 1.797. Cumpriu-se, portanto, matematicamente, esta maravilhosa profecia.


Pelo princípio dia-ano de interpretação de períodos proféticos, anteriormente mencionado, os três dias e meio referidos no verso 11 foram cumpridos literalmente pelo espaço de três anos e meio em que as Escrituras estiveram proscritas pela Revolução Francesa.


Quando as Escrituras foram reabilitadas ou ressuscitadas (puseram-se sobre seus pés), caiu grande temor sobre os incrédulos não só da França, mas em todo o mundo.


Depois da reabilitação das Escrituras na França, iniciou-se o grande triunfo da Bíblia com a formação dos grandes movimentos em prol da divulgação da Palavra de Deus, sendo constituídas as grandes Sociedades Bíblicas em todo o mundo. Depois dessa época as Escrituras subiram até aos Céus e hoje somente quem não quer é que não possui as Duas Testemunhas. Esta ascensão somente se verificou depois que o Espírito de Vida vindo de Deus, ou o Espírito Santo, atuou nos corações dos homens. Então, as Escrituras cresceram até ao Céu.


Os seus maiores inimigos não mais conseguindo escondê-las do povo procuram hoje, sutilmente, esconder as suas límpidas verdades. Até mesmo recomendam a sua leitura, conforme sugere a igreja de Roma, através do Concílio Vaticano II. No entanto, aos seus seguidores só é permitida a leitura das Escrituras em versões cuidadosamente preparadas e devidamente interpretadas e comentadas. Não é permitido que alguém busque, por si, a inspiração que o Santo Livro oferece. As consciências ainda são constrangidas e se não constar no início da Bíblia o imprimatur, o nihil obstat ou a autorização das autoridades eclesiásticas, é proibida a sua leitura aos membros leigos da Igreja.






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O Período Agudo da Revolução Francesa

VERSO 13 - E naquela hora sobreveio um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade; e no terremoto foram mortos os nomes de sete mil homens; e os demais foram atemorizados, e deram glória ao Deus do Céu (tradução Figueiredo).


Naquela hora (ou naquela época) houve um grande terremoto. Este terremoto foi a grande convulsão social e política que houve na França, com a Revolução. Nesta convulsão, comparada a um grande terremoto, caiu a décima parte da cidade. Esta grande cidade referida é o Império Romano do Ocidente, dividido em dez reinos ou dez partes, dos quais os francos ou a França eram uma parte.


A décima parte da cidade, que caiu, refere-se à queda moral e espiritual, além da queda social e político-econômica da França na revolução ateísta e imoral a que nos referimos. As conseqüências dessa revolução foram benéficas para a humanidade, pois propiciaram as grandes mudanças provocadas pelo livramento do jugo romano.


Nesta queda foram mortos sete mil nomes de homens e não sete mil homens, como está em algumas traduções. O original grego indica nomes de homens e não homens, propriamente ditos.


Isto aconteceu no auge da Revolução Francesa, quando foram destituídos de seus cargos sete mil nobres oficiais do exército do Reno e pereceram, assim, o seu nome e dignidade aristocráticos.


O historiador G. Oncken confirma, com assombrosos detalhes, a autenticidade do relato sagrado, em sua História da Civilização, vol. XIX, p. 671. A história confirma-nos tudo e basta que examinemos as Escrituras Sagradas ou as Duas Testemunhas para alcançarmos a fé que nos leva à eternidade.


Os incrédulos franceses e do mundo todo ficaram apavorados com a reabilitação da Bíblia na França mas os cristãos deram glória ao Senhor e aumentaram seu temor e amor ao Deus Altíssimo. Somente os indiferentes e os incrédulos não enxergarão a clareza meridiana no cumprimento das profecias de Deus. Não existe cego pior do que aquele que não quer enxergar. O próprio Salvador pergunta a esses: por que, tendo olhos não vedes? e, tendo ouvidos, não ouvis? (S. Marcos 8:18). É difícil imaginar-se alguma dúvida com respeito ao fato de que as Escrituras Sagradas são as Duas fiéis Testemunhas de Deus: o Antigo e o Novo Testamentos, atuais, vivos, imutáveis.


Jesus censurou àqueles que, dizendo-se filhos de Deus, não conhecem as Escrituras, afirmando: Errais não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (S. Mateus 22:29). E o profeta proclama: Seca-se a erva e caem as flores, mas a Palavra de nosso Deus subsiste eternamente (Isaías 40.8).




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