Blog Archive

Todos os direitos reservados - O Evangelho Eterno.. Tecnologia do Blogger.

Introdução

"A ciência sem religião é manca. A religião sem ciência é cega. As duas juntas se completam."

( Albert Einstein )

"A muita ciência aproxima de Deus. A pouca ciência, afasta dEle." (Bacon)

Este Estudo pretende mostrar que Deus é o Autor tanto da verdadeira religião, quanto da verdadeira ciência.

Existem somente em nossa galáxia a Via Láctea cerca de cem bilhões de estrelas seme lhantes ao nosso Sol, segundo estima a ciência. E o Sol, sendo uma estrela de quinta grandeza, é apenas uma estrela modesta, relativamente pe quena em comparação com outras, como a gi gantesca Rigel, da constelação de Órion, 10.000 vezes maior do que ela. Mas estes números se referem apenas a uma única galáxia.

Conforme estimativas da mesma ciência devem existir no Universo conhecido cerca de cem bilhões de ou tras galáxias como a nossa Via Láctea. Apenas para se ter uma idéia das estonteantes grandezas e distâncias que envolvem o nosso Universo pró ximo basta dizer que a Via Láctea possui uma circunferência de 900 milhões de anos-luz, isto é, se fosse possível viajar à velocidade da luz 300.000 quilômetros por segundo seriam neces sários 900 milhões de anos para atravessá-la.

O seu diâmetro é de trezentos e doze quintilhões e duzentos quatrilhões de quilômetros (312.200.000.000.000.000 km). E note-se que a fantástica velocidade mencionada, que somente pode existir hoje na imaginação e nas fantasias do homem, é sufi ciente para em menos de um se gundo percorrer a distância que nos separa da lua. E o que é mais fantástico é que estes assombro sos números referem-se apenas ao Universo conhecido . E para além das fronteiras do incognoscível, do imponderável, o quê e quanto deve ou pode existir?

Estas são apenas algumas das perguntas que bem podem traduzir a incapacidade do homem para compreen der os grandes segredos do Universo, limitado a nosso minúsculo planeta, que poderia ser ade quadamente comparado a uma gota d água num vasto oceano infinito.

As teorias se sucedem e se multiplicam na ten tativa de explicar o que tem permanecido inexplicável. O que hoje brilha nas cátedras como uma promissora evidência científica, amanhã é ofuscado por uma outra que a demonstra falaciosa e a desbanca como improvável, ultrapassada ou obsoleta.

E as grandes perguntas que fascinam e as sombram o homem, reduzindo-o à impotência, permanecem irrespondidas.

A mais moderna concepção da Astronomia é a de que o espaço é curvo. E esta idéia está em todas as realidades do Universo. Do macro ao microcosmo. Os elétrons são atraídos e giram em redor de um centro mais poderoso: o seu núcleo. Os satélites, igualmente e pelos mesmos princí pios e leis físicas, giram em redor dos planetas, que por sua vez são atraídos e giram em torno das estrelas que compõem os seus sistemas, obe decendo às suas órbitas pré-de terminadas, fixas e imutáveis.

Os sistemas estelares, agrupados aos milhões, formam as galáxi as, cujos componentes também giram em torno de um núcleo. O conjunto de milhões de galáxias, também girando em torno de um núcleo, forma um aglo merado. E milhões de aglome rados formam os super-aglomerados que também giram ao re dor do seu núcleo. A conclusão a que desejamos chegar é que todo o Universo, conhecido ou não, todos os seus componentes giram ao redor de um núcleo central, que é o tro no de Deus, o Criador de todas as coisas.

Numa ocasião em que contemplava a bele za de um céu estrelado, Voltaire, conhecido pela sua condição de materialista e ateu, confessou extasiado ante a beleza do firmamento incontaminado: É impossível conceber-se a exis tência de um relógio tão perfeito, sem que exista, também, um relojoeiro que o tenha criado . As sim como Voltaire, ao contemplar não apenas as grandezas cósmicas, mas a beleza das mais pequeninas coisas da natureza, em sua perfeição e singeleza, homens de todas as épocas e lugares, das mais variadas condições intelectuais e cultu rais, têm reconhecido a impossibilidade de exis tência de tão vasta e perfeita criação, sem que exis ta, também, algo ou alguém, que a tenha criado.

Muitas pessoas acreditam que é necessário que se faça um exercício de fé para crer que to das as coisas tenham tido um criador. Isto é verdade, porque fé é tudo aquilo em que acredita mos sem ter visto ou em que tenhamos uma base lógica e racional em que apegar. É preciso ter fé, é verdade, para acreditar que existe um Deus que criou todas as coisas. Mas não se pode negar que é pre ciso ter muito mais fé, ainda, para acreditar que todas as coisas tenham surgido de ma neira casual, por gera ção espontânea, conseqüência de uma gigantesca explosão inicial, que deu causa e origem ao Universo.

Se ria o mesmo que acreditar-se que da explosão de uma gráfica saísse pronto e terminado um belo livro ou que da explosão de uma loja de materi ais de construção se originasse um edifício per feito e bem acabado.

É verdade que não se pode explicar o inexplicável e é difícil cogitar-se sobre a origem de todas as coisas. Mas é muito mais difícil tentar apresentar razões que justifiquem as teorias ateístas que não têm absolutamente nenhum fundamento, do que aceitar as explicações da Bíblia Sagrada. Especialmente se considerarmos que os maiores cientistas, aqueles que engrandeceram a natureza humana pelos seus grandes inventos e descobertas foram, em sua quase totalidade, humildes crentes em Deus, reconhecedores da suprema majestade do Criador, a Quem creditavam os méritos de seus feitos e conquistas em prol da humanidade.


Próxima

Três Anjos Simbólicos

Em meados do século passado três movi mentos mundiais abalaram o mundo e têm tido continuidade até hoje quando, segundo a inspirada profecia bíblica de verão experimentar um recrudescimento especial, um cresci mento que novamente provocará uma como ção mundial. Esta pre gação precederá a tão esperada consuma ção dos séculos , na breve volta de Jesus Cristo a este mundo, conforme Suas próprias palavras que não podem mentir, expressas atra vés das Sagradas Escrituras. E o último sinal que antecederá a Sua vinda foi anunciado pelo Salvador: E este Evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gen­tes, e então virá o fim (Mateus 24:14).

Três anjos simbólicos anunciaram e repre sentaram os três grandes movimentos mundiais já mencionados. O primeiro movimento foi o do advento, isto é, o que reuniu milhares de estudi osos das Escrituras, de todo o mundo e de todas as denominações religiosas, através do qual en tenderam pelo estudo das profecias inspiradas que estava muito próximo o dia da segunda vin da de Jesus a este mundo, conforme Suas pro messas. Esta mensagem foi dada ao mundo com grande poder.

O segundo movimento, decorren te do primeiro, é o do anúncio do juízo de Deus. A profecia que deu origem à mensagem adventista indicava a data da purificação do san tuário celestial e abrangia um período de 2.300 anos (Daniel 8:14). A má compreensão desta pro fecia induziu os estudiosos a acreditar que o san tuário referido seria a Terra e que a sua purifica ção seria a sua destruição provocada pelo se gundo advento ou a segunda vinda de Jesus.

De pois da grande decepção verificada, frustradas mas apenas retardadas as suas esperanças, enten deram o verdadeiro significado da profecia, que se referia ao juízo, já mencionado. Ambas as men sagens passaram a ser pregadas simultaneamen te, porque segundo a profecia relativa àqueles mensageiros, deveriam os mesmos ensinar ou profetizar outra vez a muitos povos e nações e reis e línguas (Apocalipse 10:11).

Ao estudarem mais aprofundadamente as lições da Palavra de Deus, descobriram que muitas das Suas límpidas verdades haviam sido modificadas por um po der anticristão, que exerceu domínio absoluto por mais de doze séculos, subvertendo inclusive Sua Lei Moral e as verdades do Evangelho Eterno.

O terceiro movimento, representado pelo respecti vo anjo simbólico, anuncia exatamente o restabelecimento e a restauração destas verdades. Eis o texto sagrado, na figura de três anjos pro clamando os juízos de Deus: E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho Eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizen do com grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas. E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. E seguiu-os o terceiro anjo, di zendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cor deiro (Apocalipse 14:6-10).

O apóstolo identifica as características destes mensageiros: Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guar dam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus (verso 12).

Note-se que é dada grande ênfase aos atri butos do Criador, que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas (verso 7), enfim, que fez ou criou todas as coisas.


Anterior - Próxima

Três Espíritos Imundos, Semelhantes a Rãs

Três mensagens vieram contrafazer às que foram anunciadas pelos três movimentos menci onados. Deve-se sempre ter em mente que quando Deus toma qualquer iniciativa para abençoar os Seus filhos, Satanás, o arquiinimigo, imedia tamente lança sua contra-ofensiva, com o intuito de neutralizar ou contradizer a iniciativa divina.

Ao tempo em que estas mensagens angélicas foram anunciadas ao mundo, três men­sagens às avessas, satânicas, exatamente opostas àquelas foram proclamadas no mundo cientí fico, político e religioso. Estas mensagens esta vam mencionadas na Palavra de Deus, que as pre viu. Assim o apóstolo advertiu: E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhan tes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-po deroso (Apocalipse 16:13-14).

É assombroso o cumprimento da profecia, no surgimento de três mensagens, filosofias ou doutrinas que tiveram início simultâneo entre si e contemporâneo às mensagens angélicas, antes referidas. O espiritismo, o comunismo, e o evolucionismo vieram a um só tempo, respecti vamente, contrafazer as mensagens da restaura ção do mundo pela volta de Jesus, da anulação do Seu sacrifício e inutilidade do juízo e da res tauração da dignidade das Leis do Criador, negando a existência do próprio Criador. As três mensagens, cada uma delas, negam a divindade de Jesus Cristo, o Seu sacrifício expiatório e todo o plano da redenção para salvar o homem.

Karl Marx ensinava, através de sua doutri na comunista, que o Cristianismo falhara em mais de dezoito séculos na sua tentativa de restaurar a ordem no mundo. O que o Cristianismo não con seguira, o comunismo haveria de con seguir, restabelecendo a ordem mun dial. Esta mensagem teve ação devas tadora no campo político. Ela negava a Cristo e a eficácia de Seus ensinamentos, ridicularizando a idéia de Sua volta. Comunismo era sinôni mo de ateísmo materialista.

Allan Kardec, nascido Hipollité Leon Denizart Rivail, através da doutrina espírita en­sinava e ensina, por meio de seus escritos, que a salvação é conseguida através do esforço pessoal, da prática da caridade e das boas obras e que cada pessoa deve resgatar-se a si própria da ignorância e do mal. Segundo esta doutrina Jesus Cristo é a maior entidade en carnada que já veio à Terra, sendo apenas homem, e não Deus.

Seu sangue não pode salvar ninguém. A salvação não se obtém por graça, nem pelo san gue derramado por Ele na cruz, mas é ponto de esforço individual que cada um emprega na me dida de suas forças. Não existe o juízo, porque as pessoas são purificadas através de sucessivas reencarnações, arrostando as conseqüências de todos os atos, bons ou maus, que tenham pratica do em vida e que carregam consigo por uma lei que é chamada cármica .

Esta mensagem teve ação avassaladora no campo religioso. Hoje, qua se todo o mundo sofre sua influência.

Charles Darwin, através da teoria da evolução das espé cies desencadeou o terceiro movimento, o qual teria por obje tivo contrafazer a terceira men sagem angélica. Esta teoria, ini cialmente apresentada apenas como uma simples hipótese ci entífica por Darwin, relativa às formas inferiores de vida, foi mais tarde estendida à origem do homem, por instâncias de Thomas Huxley.

Posteriormen te a idéia da evolução foi apli cada a todos os ramos do conhecimento. Kant e Laplace trou xeram-na para a Astronomia; Lyell, para a Geologia. Nomes eminentes escreviam a Darwin, hipotecando-lhe apoio e manifestando concordância às suas idéias, como o fisiologista Carpenter, o zoologista sir John Lubbock, o botânico H. C. Watson.

Então, Herbert Spencer juntou todas as teorias evolucionistas em uma só, para explicar a origem do Universo. As conseqüências que estas teorias trou xeram ao mundo científico são hoje por demais patentes, tendo em gran de medida conseguido alcançar os seus propósitos nefastos, negando ao Deus Todo-poderoso a honra que so mente a Ele é devida, como o Cria dor de todas as coisas.

Este capítulo se detém no estu do dos principais aspectos envolvi dos por estas teorias, seus autores, propósitos e conseqüências.


Anterior - Próxima

Charles Darwin

Nascido a 12 de fevereiro de 1809 em Shrewsbury, Inglaterra, Charles Robert Darwin veio a tornar-se numa das mais polêmicas figuras da realidade contemporânea. É indiscutível ser ele, também, o nome que maiores dúvidas lan çou com respeito à existência de Deus e aos Seus atributos de Criador, constituindo-se no maior ini migo que já se insurgiu contra o relato da Cria ção, conforme descrito na Bíblia Sagrada.

Mostrando pouca inclinação para a medi cina profissão de seu pai preparava-se sem muita convicção para a carreira religiosa, quando lhe surgiu a oportunidade de realizar um extenso cruzeiro a bordo do cargueiro Beagle, ocupando o cargo de naturalista. Dessa viagem, iniciada em 27/12/1831 e que teve a duração de cinco anos é que resultaram os estudos que deram origem à sua tão conhecida teoria.

Muitos aspectos na vida de Darwin merecem desta que, antes da análise de sua obra e de suas conseqüências. É necessário que se esclare ça, por exemplo, que ele não era o gênio que muitos ima ginam e que, muito pelo con trário, sua capacidade intelec tual era bastante limitada e seu caráter abrangia muitos aspectos que deixavam a de sejar, conforme o testemunho de contemporâneos e amigos seus e mesmo como se depreende do relato de sua própria autobiografia.

Pode parecer ingênua e até ousada a afirmação de que Darwin devia ter alguma deficiência mental, mas é a conclusão a que chega o escritor Luiz Waldvogel, em seu livro Vencedor em Todas as Batalhas (p. 84, ed. de 1.946), ao repetir as palavras do próprio Darwin, citadas em Modern Discoveries, G. M. C. Price, p. 84: Nunca fui capaz de lembrar senão por poucos dias uma única data que fosse, ou um só verso de uma poesia .

O seu desconhecimento e in capacidade relativos a aspectos fun damentais às ciências relacionadas às suas pesquisas, foram por ele con fessadas em sua autobiografia, citada no livro O Pensamento Vivo de Darwin, Martin Claret, p. 13. Eis suas próprias palavras: Outra das minhas ocu pações era colecionar toda a classe de animais, mas, por não ser capaz de desenhar e por não ter conhecimentos anatômicos suficientes, uma grande quantidade de manuscritos que juntei durante a viagem mostrou-se praticamente inútil (destaques acrescentados).

Ora, levando-se em conta a natureza de suas pesquisas, tais conhecimentos deveriam constituir-se de pré-requi sitos indispensáveis, para validar e dar legitimi dade ao seu trabalho.

A ambição e a vaidade foram traços marcantes da personalidade de Darwin, que con­fessou, com suas próprias palavras, ter a ambição de ocupar um lugar suficientemente impor tante entre os homens de ciência (Ob. Cit. P. 14). Todas as coisas, pertinentes ou não, Darwin associava ao seu objetivo. A mesma re ferência, antes mencionada, revela que tudo aquilo em que pensava ou lia destinava-se a apoi ar diretamente aquilo que vira ou que provavel mente veria (Ibid.).

Como versava quase sempre sobre matéria especulativa não julgava necessário apresentar provas concretas que legi timassem suas teorias. São suas palavras textu­ais as seguintes: E agora, que adquirimos uma idéia da passagem do tempo, podemos supor sem prova, que o registro geológico é tão perfeito a ponto de nos dar evidência da mutação das es pécies, se é que sofreram mutações . A mente não pode apreender o sentido total do termo um milhão de anos; não consegue juntar os fatos e perceber os efeitos de muitas variações insigni ficantes acumuladas durante um número quase infinito de gerações (Idem, p. 19).

Ora, tradu zindo o seu pensamento, pode-se afirmar que as coisas que não compreendia e não podia explicar jogava para períodos imemoriais de tempo, milhões e mesmo bilhões de anos; como se o tempo, por si, fosse agente de criação ou transformação. São de Darwin as afirmações: Como todas as formas de vida são descendentes diretas das que viveram muito antes da época do Cambriano, podemos ter certeza de que a suces são ordinária por geração nem uma vez foi interrompida e de que nenhum cataclismo assolou jamais o mundo todo. Desse modo, podemos olhar com confiança para um futuro bas tante longo. E, uma vez que a sele ção natural trabalha apenas para e mediante o bem de cada indivíduo, todos os dons corporais e mentais tendem a progredir para a perfeição (Idem, p. 21).

Destacamos do texto acima algumas considerações para, somente nelas, identificar a sua oposição a algumas afirmações bíblicas: primeiro, nega o dilúvio bíblico, universal. Segundo, des mente o juízo e a breve volta de Jesus, quando tudo será transformado e, finalmente, defende a busca da perfeição do homem pelo homem, à semelhança dos ensinos do espiritismo.

Com a afirmação: Não tenho dúvida, o ponto de vista de que cada espécie foi criada in dependentemente é errôneo! (Idem, p. 41). Ele se choca frontalmente com o relato bíblico da criação, estampado no livro de Gênesis. E em duas de suas declarações: A idéia de um Cria dor universal e benigno só surgiu na mente hu mana quando o homem se elevou mediante uma longa cultura e Nem sempre encontramos perfeição absoluta na natureza (Idem, pp. 79 e 85), ele bem mostra o espírito que o inspirava em seu trabalho.

Darwin negava a Criação e o Criador, ne gava o dilúvio, negava a perfeição da natureza através do Criador da natureza e ainda assim era capaz de afirmar: Não vejo nenhum motivo para que as idéias expostas neste livro (Origem das Espécies) se choquem com as idéias religiosas de quem quer que seja (Idem, p. 19).

Sempre quando escrevia era constantemen te acometido por tremores e por um estado febril, o que em mais de uma ocasião o fizera desconfiar de estar sendo inspirado e dirigido por um po der sobrenatural. Darwin morreu em 1.882, de pois de uma vida enfermiça, tendo padecido de uma indigestão nervosa crônica que o atormenta ra durante toda a vida. (p. 26).

A respeito do trabalho de Darwin, o pro fessor Fleischmann, um dos maiores cientistas alemães; afirma: A teoria darwiniana não tem, no seio da natureza, um único fato a confirmá-la. Não é resultado de pesquisas científicas, mas unicamente produto da imaginação (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 87).


Anterior - Próxima

A Teoria da Evolução

Antes de qualquer consi deração é necessário que se es clareça que a teoria da evolução é, antes de tudo, uma teoria. Te oria não é ciência, porque ciên cia, segundo os homens de ciên cia, é aquilo que se pode provar nos laboratórios ou através de leis específicas, devidamente comprovadas.

O que não pode ser provado não é ciência, po dendo, quando muito, ser cha mado de especulação ou teoria científica, o que é diferente de ciência. A este respeito, é impor­tante mencionar que o Museu do Louvre, em Paris, tem quilôme tros de prateleiras abarrotadas de compêndios científicos que já brilharam nas cátedras e em congressos científicos, como ciên cia, e hoje não passam de amon toados de lixo, completamente inúteis, não mais possuindo hoje a menor serventia ou qualquer utilidade.

A teoria evolucionista, portanto, são simples suposi ções, hipóteses. Nada de fatos científicos. Ela foi construída, não raro, valendo-se da fraude e da má-fé, conforme iremos demonstrar. Ela se ba seia na crença de um processo mecânico, produ zido sem plano algum e por obra da casualidade. Em algum tempo, em algum lugar e de algum modo, num passado remotíssimo, imemorial, certos elementos químicos, em meio apropriado de calor e umidade, deram origem à primeira cé lula viva. Assim teria começado a vida e a evolu ção da vida.

Esta teoria evolucionista da geração es pontânea já era ensinada por Aristóteles, na Grécia antiga. Lamarck, no século dezoito, propôs a teoria do transformismo, que Darwin abra çou e desenvolveu.

A evolução, segundo Darwin, é a forma ção de novas espécies por lentos processos de descendências com modificações, a partir de outras mais antigas (O Pensamento Vivo de Darwin, p. 36). Sua mais importante obra Ori gem das Espécies causou sensação no mundo ci entífico, ao ser lançada. Ele baseava sua teoria em três leis: seleção natural, luta pela vida e so brevivência do mais apto. Isto é, na grande luta pela vida os mais fracos são automaticamente eliminados, sobrevivendo os mais fortes, resultando daí a seleção natural.

Desejando comprovar a veracidade de seus ensinos os evolucionistas não hesitaram em apresentar fragmentos de ossos esparsos, es tranhos, separados do conjun to, do esqueleto. Desses pequeninos pedaços de ossos construíram figuras grotescas, algo parecidas com o macaco, algo com o homem, e deram lhe nomes arrevesados e grandiloquentes: Pithecantropus Erectus, Eoanthropus Dawsoni, Homo Heidelbergensis etc., preten dendo serem eles o tipo do in termediário entre o macaco e o homem, o famoso elo perdido (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 83).

Os darwinistas confes sam isso que é um abuso ao espírito humano e à sua inteli­gência, mascarando a farsa no que chamam de anatomia comparada. Referindo-se aos fragmentos ósseos já mencio nados eles atestam: Os acha dos eram sempre parciais, consistindo muitas vezes num simples pedaço de queixada, alguns dentes, uma metade de fêmur. Mas tão extraordinária é a ciência da ana tomia comparada, que por meio desses fragmen tos se reconstruíram os esqueletos inteiros de nossos remotos antepassados. E destarte a anti güidade do homem veio a ser medida, não já em séculos ou milênios, mas em centenas de milha res de anos (O Pensamento Vivo de Darwin, p. 51).

Tal afirmação é de pasmar! Como podem che gar ao extremo de, com um pedaço de fêmur ou alguns pedaços de dentes, sem nenhuma outra fonte de referência ou comparação, construir a figura do que quer que seja? Mais assombroso ainda é que existam pessoas que se dizem erudi tas, estudiosas, e até membros de academias de ciências, que acreditam, advogam e ensinam tais absurdos. Ao perder a fé e não ter em quê acredi tar, o homem inventa para si fábulas as mais ab surdas e inverossímeis e nelas crê.

Os próprios defensores do evolucionismo não concordam entre si, mantendo as mais varia das e contraditórias opiniões. Existem hoje os que não crendo embora que o homem descenda do macaco ensinam sermos primos seus, provindos ambos de um antepassado desconhecido (Ob. Cit. P. 84).

A este respeito, veja-se o que declara uma obra evolucionista, já mencionada: Darwin abstinha-se de estender ao homem a apli cação da sua teoria, mas essa política não surtiu bom efeito, pois o público, não encontrando refe rência expressa a este ponto, tirou por si mesmo a conclusão de que o homem provinha dos símios. A evolução, porém, não ensina que o homem tem por antepassados os macacos, mas que ele e os macacos tiveram origem comum em remotas eras, partindo ambos do mesmo tronco pré-histórico. Deste antepassado, que não era homem nem ma caco, descende, por um lado, a nossa estirpe, e por outro os símios. Darwin jamais disse que os humanos descendiam de qualquer dos vários ti pos de macacos existentes. O que ele asseverou foi que os macacos são primos distantes, e não antepassados da humanidade (O Pensamento Vivo de Darwin, pp. 47-48).

A teoria da evolução foi, enfim, estabelecida, embora nenhum verdadeiramente grande homem de ciência da verdadeira ciência não a especulativa, a falsamente chamada ciên cia, deu crédito a ela. Mas, repetimos, esta teoria se firmou e cresceu. Eis o que diz a mesma fonte acima mencionada: Da noite para o dia, por as sim dizer, os cientistas que colecionavam e estu davam as variadas espécies abandonaram a ve lha doutrina bíblica e entraram a raciocinar em termos de variação. Foi preciso vencer muitos obs táculos para que os homens renunciassem ao dogma da criação especial. A grande maioria não estava madura para o transformismo (p. 50).


Anterior - Próxima

Cristãos Evolucionistas ?

Hoje, até mesmo professos cristãos têm de fendido a teoria de Darwin. Mas, os que isto fazem não têm sua fé firmada nas Sagradas Escrituras, mas unicamente na tradição dos homens. É o caso da Igreja de Roma, liderada pelo seu chefe, chamado papa e que entre os seus vários títulos, ostenta o de Subs tituto de Jesus Cristo .

A revista VEJA, em sua edição n° 1.468, de 30 de ou tubro de 1.996, publica declarações do papa João Paulo II, em que ele afirma que a evolu ção é mais do que uma simples hipótese: As novas descober tas levam à constatação de que a teoria da evolução é mais do que uma hipótese . A conver gência de resultados de traba lhos independentes constitui um argumento significante em favor dessa teoria , completa ele.

A mesma reportagem registra: Em 1992, ele reabilitou Galileu Galilei e corrigiu um erro de três séculos e meio atrás, quando a Santa Inquisição obrigou o astrônomo italiano a renegar a afirmação de que a Terra girava em torno do Sol . O papa menci ona um de seus antecessores, Pio XII, que emitiu uma encíclica em 1.950 (Humani Generis) pro­clamando que a teoria da evolução era uma hi pótese séria .

Também o jornal O Popular, de Goiânia, em sua edição de 25/10/96 faz referên cia às declarações do papa, onde ele declara que a origem da vida e a evolução da espécie são temas especiais, que interessam muito à igreja . Continua o jornal: O papa afirmou que depois de quase 50 anos, os novos conhecimentos científicos levam ao reconhecimento de que a evolução é mais do que uma hipótese .

Ao mesmo tempo em que manifesta esta opinião o papa adverte que a igreja e seus fiéis devem se manter firmes na convicção de que a criação é uma obra de Deus. Ora, não pode haver maior incoerência e hipocrisia do que esta. Como pode ele aceitar a evolução e recomendar a crença na criação? Mas tal fato não deve causar estranheza, porquanto o poder que ele representa sempre se manteve na contramão da ciência.

O jor nal citado, ao concluir sua matéria, declara: Ao lon go de seu papado, João Paulo II vem dedicando es pecial atenção às ciências. Em 1.992, ao terminar um estudo de 13 anos por parte do Vaticano, decla rou que a igreja estava equivocada ao condenar o astrônomo Galileu Galilei por seus descobrimen tos .

Ora, qualquer leigo que tenha apenas conheci mentos básicos e rudimentares da história sabe, de relance, que a igreja errou ao condenar Galileu Galilei. Por que a igreja precisou de 13 anos para chegar a esta conclusão? A resposta é elementar: durante inúmeros séculos a igreja impediu o desenvolvimento das ciências, te mendo que tal fato pudesse colocar em risco o seu poderio absoluto, tanto espiritual quan to político e secular. Pelo ab surdo que é hoje a teoria geocêntrica, então defendida pela igreja e pela qual a Terra seria o centro do Universo, fi cara insustentável a sua posi­ção.

O dogma milenar da infa libilidade papal, por ela defen dida com unhas e dentes por tanto tempo, ruiria por terra se ela reconhecesse o seu erro. Como sempre, mais uma vez este poder escolheu o caminho da contemporização, o lado que mais vantagem pudesse lhe oferecer, a fim de manter o seu status quo.

A História é testemunha inconteste destas afirmações. O livro História Geral, de Florisval Cáceres (Editora Moderna, 3. ed.), um compêndio destinado a estudantes de nível secundá rio, a respeito do assunto em questão registra em sua página 104: Mas foi no campo da literatu ra, da filosofia e das ciências que a repressão tornou-se maior. Todas as obras, para serem im pressas, tinham que passar pela censura da Inquisição, onde eram examinadas para se cons tatar a existência ou não de algo contra a Igreja católica. Os livros contrá rios à doutrina iam para o índice dos livros proi bidos, que não podiam ser impressos e cujos autores tinham que se explicar com a Inquisição. Entre os absurdos cometidos há o exemplo de Galileu Galilei, que procurou de monstrar que a Terra gi rava em torno do Sol. Sua teoria não recebeu o imprimatur da Inquisição e foi para o índice dos li vros proibidos, pois con trariava duas verdades da Igreja: a infalibilidade do papa e sua condição de representante de Deus no Universo. Como, du rante todo o período medieval, os papas afirma vam que a Terra era o centro do Universo, admi tir a teoria de Galileu seria admitir o erro dos papas medievais. Galileu só não foi condenado à fogueira porque renegou sua doutrina. A épo ca da Contra-Reforma representou, para os paí ses católicos, principalmente a península Ibéri ca e a região da Itália, um período de estagna ção cultural porque, em nome da defesa da fé, perseguia pensadores, artistas e cientistas que expressavam idéias entendidas como contrárias aos dogmas da Igreja católica .

Se Galileu Galilei não foi queimado nas fogueiras da Inquisição por ter abjurado à sua fé, tal não sucedeu com outros cientistas e em particular com um contemporâneo seu, que também era favorável às teses de Nicolau Copérnico, sobre a estrutura do Universo. Em 1.600, conde nado pela Inquisição, o cientista Giordano Bru no, também favorável a Copérnico, morre na fo gueira (Grandes Personagens da História, Edi tora Abril, Galileu , p. 154).

Enfim, apesar de cuidadosamente encobertos pela igreja de Roma, é impossível jogar no esquecimento os crimes pra ticados por ela contra a verdadeira ciência e tam bém contra a verdadeira religião.

O jornal JF HOJE, de Juiz de Fora, publi cou em sua edição de 2 de abril de 1.990 uma matéria com o bispo emérito de Guarapuava, dom Frederico Helmel, em que ele explicitamente de fende a teoria da evolução, afirmando que a re1igião aceita perfeitamente o evolucionismo, que du rante 200 anos ajudou a acentuar o conflito entre a investigação científica e a fé.

Segun do ele, a ciência purifi ca a fé, conforme afir ma o papa João Paulo II. Dentre suas declara ções merecem destaque duas que contradizem de maneira chocante as Escrituras.

A primeira: O poligenismo é acei to pela igreja, ainda que São Paulo ensine que o pecado entrou no mundo através de um só homem . Ele des mentiu categoricamen te ao apóstolo, sobre pondo-se às verdades inspiradas por ele ensi nadas.

]A segunda: O homem procede do animal, pois a criação é um ato contínuo . Ele nega de maneira brutal a positiva declaração bíblica: E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou (Gênesis 1:27). Enfim, registros históricos de como esse poder foi o responsável por mais de mil anos de trevas morais e de entrave da ciência, estão no sétimo capítulo desta série, intitulado A Histó ria de Roma e o Anticristo .


Anterior - Próxima

A Origem da Vida, Segundo a Teoria da Evolução

Existem diversos tipos ou correntes de evolucionistas: ateus, deístas, teístas e os agnósticos. É muito difícil classificar os evolucionistas. Certamente, dizer que eles são ateus, deístas, teístas ou agnósticos constitui ex cessiva simplificação. É bem provável que não há dois evolucionistas que tenham filosofias idên ticas em todos os pormenores. Não obstante, eles têm uma crença em comum. É a convicção de que o homem é parente consangüíneo dos animais inferiores. Com efeito, segundo sua opinião, cada determinador hereditário do homem proveio de seus antepassados com forma de ameba, peixe, réptil, inseto e macaco (Evolução ou Criação Especial? Dr. Frank Lewis Marsh, p. 10).

O evolucionismo ateu acredita que a vida veio a existir ou acontecer por acaso. Uma bolha de protoplasma, proveniente de materiais inorgânicos, sob a ação favorável de determina dos agentes físicos como o calor, por exemplo, teria dado partida para o milagre da vida.

É como se pelo efeito de uma descarga elétrica houvesse sido acionado um mecanismo que acendeu a pri meira fagulha vital. Esta bolha original ter-se-ia desenvolvido gradualmente, através de inimagináveis períodos de tempo, vindo a trans formar-se nas diversas formas de seres vivos, animais e vegetais, que existem hoje. O maravi lhoso e complicadíssimo conjunto de órgãos e sistemas que é o nosso corpo seria conseqüência, então, de um mero capricho da natureza e de fa tores casuais, independentes de uma inteligência superior que coordenasse tal desenvolvimento.

Segundo a teoria prevalecente, a tempera tura da Terra há 4 bilhões e 700 milhões de anos era equivalente à do Sol. Desde então foi diminuindo, o que permitiu que os gases de que era com posta se liquefizessem, aparecendo as primeiras partículas sólidas da crosta terrestre. O denso manto de nuvens que circundava a Terra, forma­do pelas partículas decorrentes do resfriamento, precipitou-se torrencialmente por cerca de 60.000 anos, em forma de chuva. As nuvens condensaram-se, correndo pela Terra e formando os oceanos. O calor foi diminuindo gradualmen te pelo efeito das águas, até atingir a Terra a tem peratura que conserva até hoje.

Ainda em conformidade com a mesma te oria a chuva finalmente cessou há cerca de 3 bi lhões de anos, quando o planeta ainda era inabitável, por ter a sua atmosfera constituída por dióxido de carbono, vapor de água, metano e amônia, não oferecendo qualquer proteção con tra a radiação ultravioleta do Sol. No entanto, segundo a teoria, estas circunstâncias seriam auspiciosas e continham em si as sementes da vida.

O compêndio A História do Homem nos Últimos Dois Milhões de Anos, editado por Se­leções do Readers Digest, registra o seguinte: Quando a radiação e as descargas elétricas incidem numa mistura de características semelhantes às da primitiva atmosfera terrestre, pode produzir-se uma surpreendente gama de comple xas substâncias químicas. Os monoácidos, ácido fórmico e uréia, provavelmente originados pe los relâmpagos, arrastados para o mar e nele acumulados durante milhões de anos, formaram um complexo caldinho de substâncias químicas contendo quase todos os elementos essenciais à vida (p. 10).

Continuando, o compêndio cita do relata, supondo ser esta a origem da vida: Numa dada altura, produziu-se nessa amálgama a combinação acidental de substân cias químicas, incluindo ácidos nucléicos e proteínas primitivos, de que resultaram molécu­las complexas capazes de se reproduzirem. A vida surgiu verdadeiramente quando grande número dessas moléculas e de outras mais simples se combinaram e formaram diferentes estruturas dentro de uma unidade simples e reprodutível a célula viva. As primeiras células vivas, aliás como todas, estavam protegidas por uma estrutura se­melhante a uma pele, chamada membrana celu lar. Decorridos outros 500 milhões de anos, es sas células simples encontravam-se divididas em dois tipos bactérias e algas , que foram a ori gem, respectivamente, de toda a vida terrestre, tanto animal como vegetal (Ibid., desta ques acrescentados).

O que se nota constantemente nas teorias evolucionistas é a repetição de longuíssimos perí odos de tempo para justificar as mudanças pretendidas e de termos como acidental , casual , pro vável etc., justificando sua falta de argumentos sólidos, concretos e irrefutáveis.

Continuando o processo evolutivo de mi lhões de anos, a radiação solar ultravioleta tor nou-se nociva à vida, quando as células vivas atin giram certo grau de complexidade. Para que não fosse interrompido o processo desencadea do, era necessária a alteração da atmosfera terrestre, o que provi dencialmente ocorreu: o oxigênio passou a ser produzido e libe rado por uma espécie de algas contendo clorofila e passou a ser formado o ozônio, espécie de filtro para eliminar a radia ção solar prejudicial.

Observe se que, segundo a teoria, todos os elementos necessários foram aparecendo numa seqüência indispensável, por uma casualidade suspeita. Conforme a obra antes citada, ao con trário dos animais, que subsistem graças ao con sumo de outras formas de vida, é através da fotossíntese que a maioria das plantas obtém a energia necessária ao seu desenvolvimento. Gra dualmente, o oxigênio começou a enriquecer a atmosfera, transformando-se, a grandes altitu des, em ozone e criando uma espécie de escudo protetor sob o qual as formas de vida se multi plicaram, protegidas da radiação solar, ultravioleta (p. 10, destacamos).

Observe se que, mais uma vez, o acaso contribuiu de ma neira decisiva e indispensável para a preserva ção da vida e a sua evolução no planeta.

A Terra, então, estava se transformando num planeta habitável e há cerca de 450 milhões de anos as primeiras plantas marinhas já se conseguiam fixar em terra seca. Depois de 100 milhões de anos, os animais começaram a invadir a Ter ra. Primeiramente os anfíbios, peixes escamosos, munidos de barbatanas, que eram utilizadas para que se arrastassem de charco em charco. Pela necessidade adquiriram, pelo processo evolutivo, pulmões, que absorviam o oxigênio do ar, e patas, que os ajudavam a rastejar.

Por não poderem reproduzir-se senão na água, evoluíram para os répteis, dotados de um méto do reprodutivo mais eficiente. Surgiram os inse tos, os grandes répteis, como os dinossauros, que há 100 milhões de anos eram em número superi or aos outros habitantes da Terra.

Repentinamente, há 70 milhões de anos, estes gigantes desapa receram, sendo sucedidos pelos sinápsides, que tinham atingido o estágio de mamíferos primiti vos. Os répteis sobreviventes deram origem aos seus descendentes, as aves. Depois de uma lon ga espera, os mamíferos estavam preparados para iniciarem o período em que dominariam, pelas suas características evolutivas. Mais ver sáteis do que os répteis, adaptaram-se a quase todos os ambientes (Ibid.).

Apareceram as formas primitivas de roedores, carnívoros e primatas, estes habitantes das florestas, raramente cobertos por sedimen to, deixando um redu zido número de fós seis. A continuação da referência anterior registra: Excluindo testemu nhos fragmentários da existência de um mamífe ro hominídeo chamado Ramapithecus, datando de há 14 milhões de anos, há um hiato na cadeia evolutiva até à emergência do Australopithecus, há cerca de 5 milhões de anos (p. 11).

A mes ma fonte continua: Desde que Darwin escanda lizou o mundo com a sua teoria de que homens e macacos provêm de um antepassado comum, os cientistas têm tentado reconstituir, dentro do pos sível, os 70 milhões de anos durante os quais se processou a evolução dos mamíferos superiores que originaram o homem (Ibid.).

O grupo de mamíferos que se instalou nas florestas, começou a adquirir, pela necessidade , membros dotados de maior flexibilidade, para subir em árvores e suspender-se de ramos. Os membros anteriores, sobretudo, evoluíram muito mais, permitindo-lhes colher frutos e apanhar in setos, a base de sua alimentação. Vivendo na copa das árvores, o cuidado e vigilância exigidos para sua sobrevivência fizeram com que o cérebro desses primatas se desenvolvesse e se tornasse mais com plexo. Mas, se um dos esteios dessa teoria é exa tamente a sobrevivência dos mais aptos, todos os que sobreviveram deveriam ter o cérebro igual mente desenvolvido, o que seria mais lógico, co erente e racional, o que não é o caso.

Há cerca de 40 milhões de anos surgiu uma espécie de primatas que se pode considerar o antepassado comum darwiniano dos grandes macacos e dos homens. Um grupo desses primatas, de que descendem os macacos e chim panzés atuais, continuou a habitar a floresta; ou tro grupo começou a descer das árvores há apro­ximadamente 20 milhões de anos. No decorrer de milhões de anos esses seres começaram a an dar eretos, as suas patas posteriores transfor maram-se em pés e as anteriores em órgãos tác teis de sensibilidade ainda mais apurada, com os quais aprenderam a manipular objetos . O homem apareceu antes do início de um grande período glacial, o primeiro que se verificava em milhões de anos. Por fim, há 10.000 anos, quan do as calotas glaciais retrocederam pela última vez, surgira um homem muito mais evoluído, o Homo sapiens (Ibid.).

A partir de então o ciclo evolutivo precipitou-se vertiginosamente. Homem macaco, Homem 1.470, Homo Erectus, Homem de Neandertal, Homo Sapiens Sapiens. O homem foi aprendendo todas as coisas e, neste aprendizado, adaptando-se a elas, modificando a sua estrutura, o seu organismo. Não se sabe por que não desenvolveu asas, se voar sempre foi uma de suas maiores aspirações. Igualmente, poderia ter aperfeiçoado os seus órgãos respiratórios, adaptando-os para respirar debaixo da água, como alguns de seus ancestrais peixes e anfíbios.

Esta é a teoria evolucionista do ateu. Um pouco diferente é a teoria dos deístas e teístas. Os primeiros passam por alto as explicações de correntes da origem das substâncias, das forças naturais e da primeira bolha viva. Admi tem a existência de um Deus que as criou, mas que deixou por conta dessa mais primária forma de vida o seu próprio desenvolvimento e evolução, através de processos naturais.

Os segundos, alegando crer na Bíblia Sagrada como a Pala vra de Deus para o homem, reconhecem nEle o Criador e Mantenedor do Universo, mas rejeitam a descrição literal da criação conforme relatada no Gênesis. Acreditam que Deus criou o homem fazendo-o evoluir de formas mais primitivas de animais, su pondo que a ciência tem provada a teoria da evolução.

Para estes, que reconhecem um poder criador mais elevado do que as forças naturais na formação dos seres, este criador deu evidentemente muitos passos errados, imperfeitos e in sensatos ao procurar desenvolver as formas mais complexas e especializadas. Parece que seme lhante criador precisava realizar muitas experi ências, com grande desperdício de vida, para descobrir que espécie tinha maior capacidade de sobrevivência. O sistema darwiniano de evo lução exige o sangrento reinado de garras e den tes, durante milhões de anos, para eliminar os seres defeituosos e incapacitados. Após perpetrar milhões de anos de derramamento de sangue e sofrimento, o deus dos evolucionistas pode apre sentar apenas um nobre animal o homem que é arrastado constantemente para trás e para bai xo pelos fatores hereditários de seus antepassa dos animalescos (Criação ou... p. 15).

Consideremos alguns aspectos da teoria da evolução nos organismos animais, especialmen te no corpo humano, esta máquina assombrosa e perfeita. Capaz de falar, sentir e amar, esta má quina pensante, dotada de mecanismos de defesa e imunidade, é um todo perfeito e acabado. Defi ciências e imperfeições que possa apresentar, seja no aspecto físico, psicológico ou genético, são decorrentes de desobediências ou transgressões às regras ou leis naturais de saúde, que existem para proteger e preservar sua estrutura.

Considerando se que o mau funcionamento de um único órgão pode provocar o colapso de todo o organismo, levando-o até à morte, como é difícil imaginar-se a subsistência e sobrevivência do mes mo organismo no processo evolutivo quando, natu ralmente, não podiam ter funcionamento perfeito por estarem em fase de adaptação. E, mais, como se dava este processo do pon to de vista global? A evo lução se dava através de cada órgão, independente mente, ou todos evoluíam simultaneamente?

E a questão dos sexos e a reprodução sexuada? Te ria sido necessária a evo lução exatamente simultâ nea e sincronizada de dois seres que se diferenciaram unicamente na questão sexual e foram colocados um ao lado do outro e, ain da, que se sentissem atra ídos um pelo outro.

E os órgãos de reprodução? Como se adaptaram para perpetuar a vida? Os ór gãos masculinos fabricando a semente e os femi ninos preparando o óvulo para que, unidos des sem origem a novo ser é algo milagroso e os mi lhões de anos atribuídos pelos evolucionistas são insuficientes, como insuficientes seriam todos os séculos de toda a eternidade para que tal milagre pudesse casualmente acontecer e todas as criatu ras, todos os seres, animais e vegetais, viessem a existir como hoje são conhecidos.

A matemática faz parte das ciências e, mate maticamente, a teoria da evolução é impossível, bem como impossível é o surgimento da vida, por geração espontânea. Esta é uma equação inexistente, pela falta de uma coordenada indispensável.

Como poderia ser explicada a questão dos animais que põem ovos, os répteis e as aves? A galinha, por exemplo, vem do ovo, que vem da galinha, que vem do ovo e assim por diante. Sur ge a questão: no processo evolutivo, qual veio a existir primeiro, a ave ou o ovo? É impossível, por uma questão de coerência e lógica que tenha sido o ovo. Mas não se pode conceber a existên cia da galinha a não ser pelo processo conheci do.

O galo há de ter fecundado a galinha que, concebendo o ovo deu origem a um novo ser da mesma espécie, após um processo complemen tar de choca . Se não existisse o interesse ins tintivo do galo pela galinha o apetite sexual este processo jamais seria deflagrado, mesmo nos seus aspectos exteriores e preliminares. E mais assombrosa ainda é a sua complementação pelos complexíssimos mecanismos de reprodução

... segundo as Sagradas Escrituras. Conforme o relato preciso, simples e claro do livro de Gênesis, todas as coisas, animadas e inanimadas foram criadas em seis dias solares, literais, de maneira positiva e miraculosa.

No terceiro dia da criação foram criadas todas as formas de vida vegetal. Todas as plantas, desde as mais simples, como a relva que cobria os lugares úmidos do original hebraico deshé até às frondosas e altaneiras árvores frutíferas que estavam por toda parte esperi surgiram no terceiro dia solar de 24 horas. Não existe nenhuma referência à evolução ou ao desenvolvimento do simples para o complexo.

Semelhantemente com relação aos animais é relatado que foram criadas instantaneamente, no quinto e sexto dias, todas as espécies, das águas, da terra e dos ares, dos mais simples aos mais complexos, dos gigantescos leviatãs aos minúsculos insetos. Igualmente não existe nenhuma menção a longos períodos de desenvolvimento das formas mais simples para as mais complexas.

O relato da criação inicia se assim: No princípio criou Deus os céus e a terra. E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz . E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia ; e às trevas chamou Noite . E foi a tarde e a manhã o dia primeiro (Gênesis 1:1-5).

É importante lembrar que a expressão no princípio , que representa as primeiras palavras da Bíblia Sagrada, refere-se a um tempo indeterminado, não definido, de um passado remotíssimo, longínquo, imemorial. Nessa ocasião Deus criou o Universo, com todos os sistemas cósmicos e intergalácticos que o compõem, inclusive o nosso planeta, dele integrante.

A partir de então o relato bíblico é expresso em linguagem destinada a um possível espectador. Tal linguagem deveria ser-lhe compreensível, do ponto de vista humano, e a mesma se detém nos detalhes da preparação de todas as condições do planeta para receber a vida, através das plantas e dos animais que o haveriam de habitar. A partir do verso 2, portanto, o relato destina-se a registrar apenas os acontecimentos relacionados com o preparo das condições já referidas para receber os animais e, especialmente, o homem, o seu adequado ambiente e a sua criação.

Assim como o Antigo Testamento inicia-se com o relato da criação, também o Evangelho segundo São João, no Novo Testamento, tem início com o mesmo assunto. Está escrito: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez (S. João 1:1-3).

Tudo quanto Deus faz tem uma finalidade útil e um propósito determinado por Sua sabedoria infinita. Ao preparar a Terra e nela criar toda a vida no espaço de uma semana, certamente que assim o fez por uma razão definida. Todas as coisas foram criadas pelo poder de Sua palavra. Não há dúvida de que, se assim o quisesse, poderia ter criado tudo num único dia, ou num único momento, somente pela manifestação de Sua vontade, porque todas as coisas já existiam em Sua mente e inteligência infinitas, desde as eras eternas.

No primeiro dia, portanto, Deus criou a luz e fez separação entre a luz e as trevas, estabelecendo o dia e a noite como o espaço de tempo de um dia solar. No segundo dia criou Ele a atmosfera, que a Bíblia chama de firmamento . E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas, e separação entre águas e águas . Fez, pois, Deus o firmamento, e separação entre águas e águas, debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento céus . Houve tarde e manhã o segundo dia (Gênesis 1:6-8).

Todos os seres que seriam criados necessitariam do ar para respirar. Igualmente necessário seria o nitrogênio para que as plantas pudessem crescer. As duas substâncias foram misturadas exatamente na quantidade devida. A falta do oxigênio sufocaria todos os seres viventes e o seu excesso poderia provocar a destruição da Terra, incendiada por uma faísca. Além do mais a atmosfera serviu de separação entre as águas que existiam nas nuvens, das que existiam no oceano.

Sem este anteparo, uma gota sequer que caísse das nuvens seria como um projétil deflagrado em direção à Terra. Cada detalhe, pois, foi cuidadosamente preparado pelo Criador e disposto na sua devida ordem. Terminado o segundo dia, portanto, existia apenas um imenso oceano que cobria toda a Terra.

No início do terceiro dia separou Deus a terra seca das águas, como está escrito: E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca . E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra ; e ao ajuntamento das águas chamou mares . E viu Deus que era bom (Gênesis 1:9-10). Aparecera a terra nua e estava pronta para receber as primeiras formas de vida. Então disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra . E assim foi. E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E foi a tarde e a manhã o dia terceiro (Gênesis 1:11-13).

Ao terminar o terceiro dia todas as formas vegetais estavam criadas. Toda a terra fora coberta por árvores, flores e pela relva, estando preparado o ambiente para receber a vida animal. Em apenas três dias o planeta escuro, sem forma e vazio, como incontáveis outros que existem na imensidão do espaço infinito, transformara-se num paraíso de beleza.

Mas ainda faltava alguma coisa. Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a Terra . E assim se fez. Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a Terra, para governarem o dia e a noite, e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia (Gênesis 1:14-19).

É claro que Deus não criou o sol, a lua e as estrelas no quarto dia. A linguagem bíblica, como já foi mencionado, foi escrita em linguagem e estilo destinados a um espectador que assistisse às obras da criação. Aqueles astros já haviam sido criados no princípio , mas somente agora, no quarto dia, Deus os descortinara à vista desse espectador, na Terra, mostrando a abóbada celeste em toda a sua maravilhosa visão.

O azul e toda a beleza de um céu estrelado, a plena incidência dos raios do sol e o seu calor, tudo foi no quarto dia definitivamente estabelecido pelo Criador. Removidos todos os fatores que restringiam a manifestação plena da vista e ação desses astros, estava pela primeira vez descoberta toda a beleza do mundo recém-criado, à admiração dos anjos e dos filhos de Deus de outros mundos.

Estavam consolidadas todas as condições para a manutenção da vida vegetal recém-criada e a vida animal prestes a aparecer. A inteligência infinita sabia que era impossível a preservação de todas as espécies vivas sem a luz e o calor do sol e de outros fatores a ele relacionados.

O mundo criado por Deus era, então, apesar de sua beleza sem par, um mundo vazio e silencioso, em que apenas poder-se-ia ouvir o barulho do vento. Mas este silêncio e solidão foram quebrados no quinto dia. Disse também Deus: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus . Criou, pois, Deus os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu Deus que era bom. E Deus os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves . E foi a tarde e a manhã, o quinto dia (Gênesis 1:20-23).

A obra da criação se completou no sexto dia. E disse Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais selváticos, segundo a sua espécie . E assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom (Gênesis 1:24-25). A obra de Deus estava quase pronta. Todas as espécies vegetais e animais haviam sido criadas, faltando apenas o mais importante, que Deus deixara para o final: o homem, a Sua obra-prima.

Tudo havia sido criado e preparado para o homem. Todas as coisas foram adequadamente dispostas para recebê-lo como a coroa da criação, o ser perante o qual todas as outras criaturas deveriam estar sujeitas e para quem foram criadas. E, segundo o escrutínio do Criador, tudo o que havia criado até então fora reiteradamente reconhecido por Ele como bom . Todas as coisas haviam sido criadas unicamente pelo poder de Sua palavra. Ele falava e tudo aparecia, como está escrito: Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito de Sua boca. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu (Salmo 33:6 e 8).

Foi diferente, contudo, na criação do homem. Sua nobre origem é expressa no fato de o grande Artífice tê-lo modelado do barro, esculpindo uma figura simetricamente perfeita e engendrada na mente de infinita sabedoria.

Sobre a terra da qual fora formado, jazia imóvel qual uma bela estátua, aguardando o dom da vida. Aproximando-se da figura que modelara, o Deus Altíssimo assoprou em suas narinas o fôlego de vida e aquela figura inanimada passou a viver. Todos os seus órgãos, na perfeição de cada detalhe, começaram a funcionar.

Seu cérebro, semelhante a um computador perfeitíssimo que tivesse recebido todos os programas para o correto funcionamento, iniciou o trabalho de comando de toda a perfeita estrutura acabada. Sua primeira sensação de vida foi através da visão. Ao abrir seus olhos contemplou, primeiramente, a pessoa do seu Criador, que estava ao seu lado e dele se aproximara para assoprar-lhe o alento da vida no nariz. Nada poderia receber mais gloriosamente o homem à vida e dar-lhe mais gratificantes boas-vindas do que a presença de Deus.

Ao ser familiarizado por seu Criador com os animais em sua volta, notou que, ao contrário de si, cada criatura tinha a sua companheira, o que lhe deu certa sensação de nostalgia e solidão. Certamente que era desígnio do Senhor fazer com que ele sentisse profundamente a necessidade de uma companheira, o que realmente aconteceu.

Então, fazendo-o dormir profundamente, o Senhor retirou de seu lado uma costela e dela fez a mulher. Eis o relato inspirado da palavra de Deus, a respeito da criação do homem: 'Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a Terra e sobre todos os répteis que rastejam pela Terra'. Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: 'Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a Terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move cobre a Terra' (Gênesis 1:26-28).

A Palavra de Deus não deixa dúvidas de como o homem foi formado e trazido à vida: E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gênesis 2:7). O Relato Sagrado também menciona a maneira como foi feita a mulher: E disse o Senhor Deus: 'Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea'. Havendo pois o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava auxiliadora que estivesse como diante dele. Então o Senhor fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e trouxe-a a Adão (Gênesis 2:22).

Aos homens e aos animais Deus proveu farta e saudável alimentação, que lhes servisse igualmente de sustento. Não existia, não era conhecida e nem cogitada a morte. Não se imaginava matar animais para servir de alimentação ao homem ou a outros animais. A Bíblia Sagrada não deixa dúvidas a respeito do tipo de alimentos providos por Deus para as Suas criaturas.

Eis a continuação do Relato Sagrado: E disse Deus: 'Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento'. E assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto (Gênesis 1:29-31).

O homem, apesar de ter sido formado do mesmo material que os animais e de terem sido dados a ele os mesmos elementos nutritivos fundamentais, ou a mesma alimentação básica para edificação e preservação de seu corpo, era distintamente separado dos mesmos animais, com os quais não tinha qualquer parentesco. Era ele, por sua gloriosa origem, participante da família de Deus.

Pode-se ter uma idéia de quão perfeita fora a obra de Deus, ao atentar-se para a expressão manifestada por Ele mesmo, em Sua Palavra: E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom .

Estava, portanto, quase que finalmente concluída a Sua obra. Agora, sim, seria manifesta a razão pela qual Deus escolhera criar o mundo em toda a sua perfeição e beleza no período de tantos dias literais. Diz a Palavra de Deus: E havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gênesis 2:2-3).

Não se pode conceber a idéia de que o Deus Todo-poderoso pudesse Se cansar por qualquer obra que tivesse executado. Obviamente, portanto, vem novamente à luz a linguagem humana, figurada, destinada a um espectador atento à narrativa da Criação. Deus não descansou porque estivesse cansado. Estas palavras ressaltam a expressão de Alguém plenamente satisfeito com os resultados do Seu poder criador e dos frutos de Sua sabedoria e bondade em favor de Suas criaturas. Deus descansou para dar a Adão e Eva o exemplo para que eles, seus filhos e todos os seus descendentes o seguissem.

Mas o relato não menciona apenas o fato de que o Senhor descansou no sétimo dia. Destaca que Ele também abençoou e santificou o dia sétimo. Santificar significa separar para uma finalidade santa ou sagrada. O sétimo dia deveria ser separado por Adão e a sua descendência para o repouso semanal.

Esse dia, além do descanso, permaneceria como eterna lembrança do poder criador de Deus, o memorial da criação. Seria o dia especial separado para o louvor e a comunhão com o Criador e Pai. Enquanto o homem fosse obediente aos conselhos do Deus de sabedoria infinita, certamente que as bênçãos prometidas por Alguém que não pode mentir estariam sobre si e, mais certo ainda, jamais inventaria coisa tal como a teoria da evolução, fábula que pretende usurpar de Deus a glória que Lhe é devida como o Criador de todas as coisas.

Mas o homem, depois do pecado e da perda do seu santo lar o Éden, depois de muitos séculos e por várias razões, havia se esquecido da determinação do Senhor. Então, ao entregar no monte de Sinai as tábuas de pedra contendo Sua Lei Moral, este fato o esquecimento do dia santificado por Deus foi por Ele mencionado, quando determinou: Lembra te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor Teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou Êxodo 20:8-11).

Semelhantemente no futuro, na regeneração, na Terra renovada após a volta de Jesus e do estabelecimento do Seu Reino Eterno, este dia continuará sendo santificado, como diz a Palavra de Deus: Porque como os céus novos, e a Terra nova, que hei de fazer, estarão diante da Minha face, diz o Senhor, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E assim, cada mês, à lua nova, e cada semana, aos sábados, todos virão prostrar-se diante de Mim, diz o Senhor (Isaías 66:22-23).

Então, e somente após abençoar e santificar o dia sétimo e o recomendar a Seus filhos, o Senhor Deus considerou como que definitivamente concluída a Sua obra de criação, na Terra. E todos os seres criados, os anjos e habitantes de outros mundos puderam se regozijar, como o próprio Criador, milênios depois, revelou: Depois disto o Senhor respondeu a Jó dum redemoinho, e disse: 'Onde estavas tu, quando Eu fundava a Terra?... Quando as estrelas da alva (os anjos) juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam? ' (Jó 38: 1, 4 e 7).

Pode-se agora, portanto, notar o objetivo do terceiro espírito imundo o evolucionismo mencionado na Bíblia Sagrada e o propósito de quem o inspirou (Satanás). Se não houve a criação, nos moldes ensinados pelas Escrituras, não existe também o sábado do quarto mandamento da Lei de Deus, porque este dia aponta de maneira direta e conclusiva para a criação, como seu memorial e lembrança. Não pode existir ou ser verdadeiro este mandamento se o relato da criação não aconteceu conforme o relato bíblico.

Mostra-se, desta maneira, a contrafação de Satanás à mensagem de Deus a mensagem do terceiro anjo pela qual todos devem adorar ao Criador. Esta adoração traduz-se pela obediência aos mandamentos de Sua Lei eterna.

Recusando-se a adorar ao Criador o homem automaticamente prestará sua adoração à criatura, a besta , representada pelo bispo de Roma, o personagem que sempre pretendeu e afirma ocupar o Seu lugar aqui na Terra. Esta adoração se manifesta pela aceitação das mudanças promovidas pela autoridade papal, estabelecendo sua lei espúria, falsa, que pretendeu substituir os mandamentos eternos e imutáveis da Lei do Senhor.

Eis a mensagem de Deus: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas . Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice de Sua ira ... Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus (Apocalipse 14:7, 9-10 e 12).

A história do homem na Terra é relativamente recente, conforme a Bíblia Sagrada e mesmo de acordo com os registros históricos. Heródoto é considerado o pai da História e esta é o conjunto dos relatos escritos que dão testemunho dos principais fatos ocorridos ao longo dos tempos. Heródoto existiu apenas alguns séculos antes de Cristo, podendo ser considerados de pré-históricos todos os fatos e acontecimentos descritos ou supostos sem registros escritos.

A obra já citada A História do Homem nos Últimos Dois Milhões de Anos destaca de maneira positiva: Há apenas cinco milênios que o homem começou a deixar testemunho escrito da sua existência no Mundo (p. 9). A razão porque não existem testemunhos escritos da presença do homem em períodos anteriores ao referido, é óbvia e simples: o homem não existia, não havia sido ainda criado. Segundo os registros inspirados da Palavra de Deus o homem somente foi criado há cerca de seis mil anos, aproximadamente.

De tudo que foi exposto, pode-se agora tirar algumas conclusões importantes. Ao mesmo tempo em que as fontes evolucionistas atribuem a aparição do homem na Terra a períodos de milhões de anos, estranha e surpreendentemente reconhecem que o testemunho escrito desta aparição e da sua existência no mundo coincide com o descrito pela Bíblia Sagrada. Mas isto não é tão estranho e nem tão surpreendente, porquanto é a pura verdade.

Ao considerar, adiante, alguns detalhes do Dilúvio Universal, apresentaremos as evidências deste fato e as alterações havidas nas condições de vida na terra, dele conseqüentes e que induziram em erro muitos evolucionistas na formulação de suas teorias. Tais equívocos são consideráveis, especialmente no que diz respeito aos diversos sistemas que são ou foram utilizados nas medições dos longos períodos geológicos e na avaliação da idade de elementos fósseis.

A maior razão que induziu Darwin e quase todos os evolucionistas ao erro é a semelhança que existe entre muitas espécies diferentes e, principalmente, a variação que existe dentro de mesmas espécies e que é manifestada hoje em dia e que se pode ver em toda parte. Mas, variação não é evolução, e semelhança não é prova, como afirmou o insigne anatomista, professor Willian Brian: Não há mais razão para crer que o homem descenda de um animal inferior, do que para crer que uma casa moderna seja filha de uma cabana. A semelhança não é prova (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 87).

Todas as pessoas são diferentes umas das outras, bem como todos os animais e até mesmo as plantas. Não existe nenhum ser vivo exatamente igual a outro. Estas variações na aparência são provocadas por complexos fatores internos e genéticos, peculiares a cada ser, fatores estes que, aliados a influências exteriores, do meio em que vivem, são responsáveis por estas diferenças.

São impressionantes as diferenças que se verificam, hoje, nas raças de cada animal que existe na Terra. Um gato siamês , por exemplo, é bem diferente de outro da raça angorá , assim como um cãozinho pequinês é bem diferente de um buldogue ou de um doberman . Também com relação à vida vegetal, não se encontram duas árvores iguais, de uma mesma espécie, e nem mesmo duas folhas iguais, de uma mesma árvore. É o que se chama descontinuidade.

Há imensa variedade de gatos e cães. Um estudo superficial é suficiente para que se revele a impossibilidade de se dispor os diversos tipos de gatos e de cães, de modo que haja uma sucessão contínua de gatos para cães, ou vice-versa, com seres intermediários que se pareçam tanto com uma espécie, como com a outra.

Não se verificam espécies se modificando ou evoluindo de uma para a outra. São marcantes as diferenças existentes entre cães e gatos. Também no reino vegetal este fato evidente a descontinuidade existe de maneira incontestável. Em toda parte, cães, gatos, ratos, cavalos, vacas, ipês, aroeiras, carvalhos, se distinguem facilmente uns dos outros. Estes tipos ou grupos individuais podem ser chamados de tipos básicos de animais e vegetais. Podem ser comparados com ilhas isoladas entre si, sem conexão.

Além da variação individual entre cada indivíduo, existe a descontinuidade que separa cada tipo básico ou grupo individual, de todos os outros. Portanto, a conclusão a que desejamos chegar e que esclareceria os equívocos evolucionistas, é a de que todos os animais e plantas, segundo o registro bíblico, foram criados instantânea e definitivamente, prontos ou acabados, segundo as suas espécies, ou seja, todos os tipos básicos foram criados morfologicamente diferentes e reprodutivamente isolados, uns dos outros.

Este fator é que provoca a diferenciação dos tipos ou a descontinuidade que pode ser vista por toda parte. Desde a semana da criação até o tempo presente, não tem sido difícil reconhecer a diferença entre patos e galinhas, e toda vez que se põe a chocar um ovo de pato, nunca aparece outra coisa senão um patinho. Plantamos milho-doce no quintal e colhemos invariavelmente espigas dessas plantas que procederam dos grãos que plantamos espigas repletas de grãos de milho exatamente iguais aos que plantamos, e quase nunca nos detemos para ponderar que o fato de produzirem os pés de milho sementes idênticas às que colocamos no solo é precisamente o que declara o livro de Gênesis. Nossa Terra está repleta de tipos básicos, e podem ser diferençados um do outro com tanta facilidade como os patos e o milho. A narrativa literal do Gênesis e a face da Natureza hoje em dia apresentam um quadro admiravelmente harmonioso de causa e efeito (Evolução ou Criação Especial? p. 14).

Segundo esta mesma referência, 'criação especial' pode ser definida da seguinte forma: É a doutrina de que os mais remotos antepassados de todos os tipos básicos de plantas e animais foram criados por Deus há milhares de anos (cerca de 6.000 anos), no terceiro, quinto e sexto dias de 24 horas de uma seqüência de sete dias solares, chamada Semana da Criação (Ibid).

A prova conclusiva para se identificar os tipos básicos é a prova da fertilidade, que separa todos os tipos ou grupos que se podem reproduzir sexualmente. Todos os indivíduos que podem ser fecundados por cruzamento pertencem ao mesmo tipo básico.


Anterior - Próxima

A Bíblia e a Ciência

A ciência tomou impulso a partir do final do século XVIII, quando o absolutismo papal chegou ao fim, no ano de 1.798, com a prisão do papa Pio VI, por ordem de Napoleão Bonaparte.

Os papas dominaram sobre reis e imperadores, com autoridade feroz e absoluta, por um período de 1.260 anos, iniciado em 538 por força de Decreto do imperador Justiniano. O tempo do seu domínio foi até ao ano antes citado e durante todo este tempo, representado por quase todo o período medieval, a ciência ficou estagnada.

Foi um período de trevas morais para a humanidade, em que apenas a superstição e a vontade do papa e do alto clero católico-romano prevalecia. O fim desse tempo e o que deveria acontecer a partir de então estava por Deus previsto em Sua Palavra: E tu Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará (Daniel 12:4).

As grandes descobertas e as maravilhosas invenções no campo científico, bem como o grandessíssimo salto nos meios de comunicação e de transporte dão testemunho fiel do perfeito cumprimento desta profecia.

Mas, antes de serem descobertos pela ciência moderna, muitos dos grandes segredos que permaneceram por milênios a desafiar o gênio humano já estavam, de maneira simples, descortinados na Bíblia Sagrada. São verdades assombrosas, que não se podem contestar.

Pela natureza deste trabalho e em função do exíguo espaço que o mesmo permite, apenas algumas destas verdades serão mencionadas.

Primeiramente, a questão da forma da Terra. Durante milênios, sábios e civilizações imaginaram que a Terra fosse chata ou plana. Incontáveis teorias existiam para explicar a existência do nosso mundo. Os antigos hindus acreditavam que ela era mantida no dorso de um elefante gigantesco, que se mantinha sobre uma tartaruga colossal que nadava num oceano cósmico. A hipótese mais comum e aceita era a de que a Terra era sustentada pelos ombros do fabuloso Atlas.

Mas, há milhares de anos, o primeiro dos livros que compõem a Bíblia Sagrada já revelava que ela está suspensa sobre o nada (Jó 26:7). E a sua forma e movimentos, objeto dos estudos de Galileu Galilei, muitos séculos antes de Cristo, estavam claramente delineados nas Sagradas Escrituras. Está escrito: Ele é O que está assentado sobre o globo da Terra (Isaías 40.22). A mesma verdade depreende-se do seguinte texto: Quando Ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo... (Provérbios 8:27). Compassar ou traçar um círculo , como se verifica em outra versão, nada mais é do que uma alusão à redondeza da Terra.

A continuação do texto do profeta Isaías faz referência ao movimento de translação da Tema: Levantai os vossos olhos e vede. Quem criou estes? Foi Aquele que faz sair um por um o exército deles (Isaías 40:26). O exame do contexto mostra que se faz referência aos corpos celestes. E, se Deus faz sair, que significa isto senão o seu movimento, inclusive a translação da Terra?

Quando os sábios da Terra proclamavam que ela era o centro do Universo dogma encampado e defendido ferrenhamente durante tantos séculos pela igreja católica romana a Bíblia Sagrada afirmava que ela era apenas pequenina parte de Suas obras, apenas as orlas dos caminhos de Deus (Jó 26:14).

O peso do ar sempre foi uma questão extremamente debatida em todos os tempos e só numa época relativamente recente teve explicação pela ciência. Nicolau Copérnico e Galileu Galilei que a estudaram exaustivamente não conseguiram encontrar uma resposta para ela. Tal questão somente foi resolvida no século dezessete por um discípulo de Galilei, Evangelista Torriceli, que descobriu a pressão atmosférica, que se transformou na base de muitos inventos. Esta questão, entretanto, já tinha resposta há milênios, nas palavras das Sagradas Escrituras, referindo-se a Deus: ... quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas (Jó 28:25).

A Bíblia Sagrada descreve perfeitamente o mecanismo da circulação aero-telúrica das águas, no fato de os vapores elevarem-se do mar para formar as nuvens que, por sua vez, transformam-se em chuva. Eis os textos que comprovam tal fato: Prende as águas nas Suas nuvens, todavia a nuvem não se rasga debaixo delas (Jó 26:8). Procurai O que faz o Setestrelo, e o Orion, e torna a sombra da noite em manhã, e escurece o dia como a noite; O que chama as águas do mar, e as derrama sobre a Terra; o Senhor é o Seu nome (Amós 5:8). Todos os ribeiros vão para o mar e, contudo, o mar não se enche; para onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir (Eclesiastes 1:7).

A força de atração dos corpos sempre desafiou o conhecimento dos homens e se constituiu, desde os dias de Aristóteles, num mistério insondável. O filósofo grego explicava a questão de uma maneira simplista: Os corpos caem porque têm que cair . Hoje, sabe-se que a gravitação é o grande poder que mantém em equilíbrio os corpos celestes. Eis sua definição: É a força pela qual todos os corpos se atraem reciprocamente na razão direta das suas massas e na inversa do quadrado das suas distâncias .

Isaac Newton, um dos maiores cientistas da humanidade, mesmo demonstrando a Lei da Gravidade, confessava ser a mesma para ele um mistério. Como pode alguma coisa estar onde não está? Como pode um mundo atrair a outro que está a milhões de quilômetros de distância? A ciência de per si não tem nenhuma resposta (Vencedor em Todas as Batalhas, pp. 79-80). Se a ciência não tem estas respostas, a Palavra de Deus as tem.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos Hebreus, disse: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a Quem constituiu herdeiro de tudo, por Quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua Pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra de Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas (Hebreus 1:1-3). O mesmo apóstolo completa, referindo-se a Jesus: E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele (Colossenses 1:17).

O centro da Terra é incandescente, fato só recentemente descoberto pela ciência moderna. Mas tal verdade, há mais de três milênios, encontra-se manifesta nas Sagradas Escrituras: A Terra, donde procede o pão, em baixo é revolvida como por fogo (Jó 28:6).

Mas, dentre todas as provas da veracidade das Escrituras, da sua harmonia com a ciência e da manifestação do poder de Deus, talvez a maior seja a que diz respeito à existência de um dia longo na história do mundo. A astronomia, a mais exata das ciências, inequivocamente comprovou a existência da perda de 24 horas de tempo solar, na história da Terra. Houve um atraso de exatas 24 horas na rotação da Terra, fato que foi primeiramente provado cientificamente pelo grande astrônomo inglês, Sir Edwin Ball.

Segundo a ciência, a rotação terrestre não pode ser alterada, sob pena de acarretar nada menos do que a destruição total das condições de vida no planeta. Por esta razão é que este acontecimento representa a maior prova da existência de Deus e da manifestação do Seu poder.

Todos os folclores das antigas civilizações fazem menção a este acontecimento inusitado, confirmando-o sem nenhuma dúvida. Povos de raças e costumes os mais diferentes e separados entre si por milhares de quilômetros, por continentes e oceanos, mantêm a lembrança deste fato, em seus menores detalhes.

Este dia ficou conhecido como o Dia Longo de Josué . Heródoto o confirma na Grécia. Existem registros dele na China, no Egito e em todas as partes do mundo. No México descobriu-se um documento antigo, referente ao próprio ano em que Josué conquistou a Palestina, o qual alude ao mesmo fato (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 68). Povos tão separados como chineses na Ásia, maias, na América do Norte, incas, na América do Sul e povos europeus têm a História desse Dia Longo. Mesmo os índios do Brasil têm, na cultura de suas nações, esse prodigioso acontecimento (LIMA, Ferreira. O Sucesso Empresarial na Nova Era Econômica. p. 102). Heródoto, o Pai da História, tivera uma enorme surpresa quando visitou o Egito: os sacerdotes lhe mostraram documentos que provavam que ocorreu um dia que teve o dobro de duração (Idem, p. 103).

A ciência, através de cálculos precisos, determina com exatidão a data em que tal fato miraculoso ocorreu como esclareceremos a seguir.

Um astrônomo ateu da Universidade de Yale, ao constatar, também, com absoluta precisão este fato incompreensível para a ciência um dia de atraso na rotação da Terra decidiu-se a investigar o fato nas Sagradas Escrituras. Tornou-se um fervoroso crente no Deus Todo-poderoso ao confrontar os fatos e descobrir a perfeita harmonia entre a ciência e a Palavra de Deus.

Moisés fora o grande condutor dos hebreus na saída do Egito e na peregrinação pelo deserto durante quarenta anos. Com sua morte antes da conquista de Canaã, a Terra Prometida, tal encargo foi transferido para Josué. Para que o povo não contestasse a autoridade do novo líder, o próprio Deus Se manifestou realizando fatos assombrosos, que assinalassem a sua escolha e não deixassem dúvida a este respeito.

Diz a Palavra de Deus: E o Senhor disse a Josué: Este dia começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, assim serei contigo (Josué 3:7). O primeiro grande milagre aconteceu no mesmo dia, exatamente na travessia do Rio Jordão, ao entrarem na Terra Prometida. Assim como Deus manifestou o Seu grande poder abrindo o Mar Vermelho na saída do Egito, igualmente abriu Ele as águas do Jordão, na entrada daquele povo na terra de Canaã (Josué 3:9-17).

As batalhas de conquista e ocupação foram se sucedendo de maneira ordenada. Enquanto obedientes a Deus as vitórias se sucediam natural e constantemente. Na batalha decisiva contra os amorreus, adversários ferozes dos hebreus e que deveriam ser erradicados da região, é que ocorreu o extraordinário evento mencionado.

Naquela época era costume dos povos não combater senão durante o dia. Ao pôr-do-sol as batalhas eram interrompidas até à aurora do dia seguinte, fossem quais fossem os seus resultados parciais. Desejando pôr termo naquele mesmo dia à luta que lhe era favorável e prevendo que até ao término do mesmo a batalha não seria decidida, sentiu Josué a inspiração do Todo-poderoso. Fez ele a sua oração, cujos resultados deixam hoje a ciência perplexa e sem explicação para os fatos dela decorrentes e perfeitamente comprovados.

Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, Lua, no vale de Aijalom. E o Sol se deteve, e a Lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro do Justo? O Sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor assim a voz dum homem; porque o Senhor pelejava por Israel (Josué 10:12-14).

O astrônomo de Yale constatou que a oração de Josué em nada feria os princípios científicos, como declarava a Alta Crítica. Ela tinha como referencial a Terra, porquanto os seus movimentos não podem ser normalmente percebidos por alguém que esteja em sua superfície. A linguagem utilizada por Josué é a mesma referida anteriormente, destinada a um espectador que, através dos seus sentidos, percebe apenas os movimentos aparentes dos outros corpos, celestes.

O volume Espaço e Planetas, da coleção Ciência & Natureza, editado por Time-Life e Editora Abril, no capítulo 3° traz o título A Terra em Movimento . Eis o seu comentário: Ao pisarem na Lua, em 1969, os seres humanos viram seu lar planetário brilhando como um mármore branco e azul que rodopiava na escuridão do espaço. Após pilotarem uma nave espacial, graças aos cálculos dos movimentos planetários, os astronautas não questionavam o fato de a Terra girar sobre o seu eixo, de ter a Lua em rotação a seu redor e de que esses dois corpos circulam em torno do Sol, em uma valsa sem-fim. Mas nada disso era óbvio para os pensadores do passado. Afinal, para um observador comum, parece que o Sol se ergue no leste e se põe no oeste e que as estrelas se erguem e se põem a cada noite (Ob. Cit., p. 50).

O astrônomo em questão, avaliando todas as circunstâncias envolvidas no relato bíblico constatou que a ocorrência do Dia Longo teve início ao meio-dia, porque a expressão hebraica chatsi utilizada no texto referindo-se ao Sol, significa meio do céu , equivalente ao zênite.

Da informação de que o Sol estava em cima de Gibeom, constatou, com o auxílio de um mapa, que a localização exata dessa cidade era de 31 graus e 31 minutos de latitude Norte. Semelhantemente, localizou a depressão montanhosa chamada Aijalom a 17 graus Noroeste de Gibeom, pelo ocaso lunar.

Assim, inequivocamente ele confirmou o atraso de exatamente 23 horas e 20 minutos na rotação da Terra, identificando ter ocorrido a batalha mencionada na Bíblia num dia 22 de Julho. Afirmou, então, estar a Bíblia errada, por cometer um erro de 40 minutos. O atraso na rotação da Terra é de exatas 24 horas.

A diferença verificada de 40 minutos seria, portanto, um fato inconcebível para uma referência que diz ser da Palavra de Deus. Entretanto, foram-lhe mostrados, por um cientista cristão seu amigo e colega, o professor Totten, da mesma Universidade, dois fatos que o convenceram definitivamente da autenticidade do relato bíblico. O primeiro é que o texto se refere não a um dia completo, mas a quase um dia, como está escrito: ... O sol, pois, se deteve no meio do céu; e não se apressou a pôr se, quase um dia inteiro (verso 13, última parte).

Em seguida, foi-lhe mostrado onde estavam os outros 40 minutos complementares do atraso referido na rotação terrestre. Centenas de anos após este acontecimento o Senhor manifestou novamente o Seu grande poder, alterando mais uma vez a rotação da Terra, atendendo ao pedido de outro filho Seu, o rei Ezequias, de Israel, acometido então de uma doença mortal.

Assim descreve a Palavra de Deus este fato: Naqueles dias Ezequias adoeceu duma enfermidade mortal; e veio a ele Isaías, filho de Amoz, o profeta, e lhe disse: 'Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás'. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor, e disse: 'Ah Senhor, lembra-Te, peço-Te, de que andei diante de Ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos Teus olhos'. E chorou Ezequias muitíssimo (Isaías 38:1-3).

A causa do pranto copioso e da grande tristeza de Ezequias ao tomar conhecimento da sua morte iminente era pelo fato de ele saber que, de acordo com as profecias bíblicas, o nascimento do Messias tão esperado, o Salvador prometido, teria que passar pela sua descendência, como rei de Israel. Não tendo nenhum filho por ocasião de sua doença, desesperou-se ele, imaginando que a sua morte interromperia a seqüência genealógica e a promessa da vinda do Filho de Deus, o Libertador de Israel.

Continua o relato: Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo: 'Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, O Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos. E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá esta palavra que falou: Eis que a sombra dos graus, que passou com o Sol pelos graus do relógio de Acaz, volte dez graus atrás'. Assim recuou o sol dez graus pelos graus que já tinha andado (versos 4-5 e 7-8).

Corroborando este relato, outro texto das Sagradas Escrituras complementa este fato, detalhando-o. Segundo o mesmo, antes que Isaías saísse do meio do pátio, imediatamente após a oração de Ezequias, o Senhor lhe ordenou que voltasse e desse as boas novas de que atendera à sua oração.

Ao receber esta notícia, Ezequias perguntou a Isaías: Qual é o sinal de que o Senhor me sarará, e de que ao terceiro dia subirei à casa do Senhor? (II Reis 20:8). A resposta de Isaías revela o grandioso milagre astronômico realizado por Deus: Isto te será por sinal, da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou voltará dez graus atrás? Então disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não seja assim, antes volte a sombra dez graus atrás. Então o profeta Isaías clamou ao Senhor; e fez voltar a sombra dez graus atrás, pelos graus que já tinha declinado no relógio de Sol de Acaz (versos 9-11).

O astrônomo em questão, ao avaliar devidamente as implicações do assombroso milagre e de suas conseqüências, quedou-se boquiaberto e reconhecido do supremo poder do Deus Altíssimo. Verificou ele que o acontecimento preenche com absoluta precisão os 40 minutos que faltavam para completar o atraso de 24 horas no dia perdido .

Sabendo que a Terra executa a cada 24 horas uma volta completa de 360 graus, os fusos horários são o resultado da divisão dos 360 graus pelas 24 horas, isto é, cada fuso horário representa 15 graus. Cada grau, portanto, representa 4 minutos, que é o resultado da divisão de 60 minutos da hora (fuso horário), por 15 graus. Como o atraso sinalizado a Ezequias foi de 10 graus, ficou esclarecida de maneira inequívoca a veracidade do relato bíblico. Os 10 graus representam exatamente 40 minutos (10 graus vezes 4 minutos), que complementam as 23 horas e vinte minutos do Dia Longo de Josué perfazendo as 24 horas exatas perdidas no tempo e constatadas pela ciência.

Mas existe ainda um outro fato extraordinário, decorrente da retroação do movimento de rotação da Terra, observado pelo astrônomo em questão. Reconhecendo ele que a velocidade desenvolvida pela Terra em seu movimento de rotação pelo equador é de 1.660 quilômetros por hora, questiona qual seria o efeito de uma freada brusca neste movimento.

É como se um objeto ou um veículo a esta velocidade se chocasse com uma barreira de concreto ou com uma rocha. Não houvesse a ação de um poder sobrenatural e toda a vida na Terra teria sido destruída pela ação dessa parada e deslocamento para trás. Ora, sendo a Terra composta em sua maioria por água sua hidrosfera representa 71% da superfície do planeta e sabendo-se que a profundidade média dos oceanos é de 5.000 metros, pode ela muito apropriadamente ser comparada a um grande reservatório d'água.

Imagine se, portanto, o que aconteceria se este imenso reservatório, voando a uma velocidade de 1.660 quilômetros por hora, parasse subitamente. Toda a água sairia voando a esta velocidade, destruindo toda a vida na Terra. A energia liberada por esta brusca frenagem seria muito superior a todo o arsenal atômico acumulado por todas as superpotências terrestres. Enfim, não poderia ser outra a reação do astrônomo e cientista de Yale, a não ser a submissão à realidade dos fatos e a aceitação da manifestação de um poder sobrenatural o poder do Deus Altíssimo.

Detalhes desse assombroso acontecimento podem ser apreciados na obra antes referida, do professor Ferreira Lima, que cita outra obra: A Ciência Moderna e as Sagradas Escrituras do Dr. Harry Rimmer, em que ele registra o comportamento do astrônomo de Yale após constatar uma das mais belas e irrefutáveis verdades do Universo. Eis suas palavras: Quando o Astrônomo encontrou, assim explicado, esse dia que desapareceu, depôs o Livro Sagrado e adorou o Seu Autor, dizendo: 'Senhor, eu creio!' (Ob. cit., p. 221).

Ele encerra, assim, o seu estudo sobre o Dia Longo de Josué : Pesquisai verdadeiramente os céus, mas pesquisai, também, a Palavra escrita! Os céus apenas testificam para aqueles que primeiro apreciam o testemunho da Palavra! Porque ainda que a Palavra e as obras de Deus concordem, aquela se eleva acima desta; pois mesmo quando as obras desaparecerem e não mais forem achadas, a Palavra ainda permanecerá eternamente (Idem, p. 222).


Anterior - Próxima

O Dilúvio Universal e suas Conseqüências - Parte I

O dilúvio mencionado na Bíblia e que é referido em todos os folclores mundiais não tem sido compreendido pela maioria das pessoas e nem considerado com a seriedade e importância de que se reveste. O ceticismo e relativo desinteresse por parte da ciência e a falta de conhecimento dos fatores a ele relacionados são os principais responsáveis pelas discrepâncias que se verificam entre parte dos cientistas e os relatos das Sagradas Escrituras, que não mentem e nem podem errar, porquanto são a Palavra de Deus escrita.

Em princípio, nem mesmo é compreendido o período real e total em que as chuvas torrenciais caíram por toda a Terra. O entendimento generalizado é o de que choveu por quarenta dias seguidos. Mas, na realidade, as chuvas caíram durante cento e cinqüenta dias, ininterruptamente.

Por causa da corrupção geral do gênero humano, decidiu Deus destruir o mundo com todos os seus habitantes, a fim de preservar a promessa de redenção feita a Adão. De outro modo nenhuma esperança restaria, porquanto o homem se corrompera totalmente e a violência tomara conta da Terra, à semelhança do que se vê nos dias de hoje.

Está escrito: E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente . A Terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a Terra de violência. E viu Deus a Terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a Terra . (Gênesis 7:5 e 11-12).

Segundo as palavras de Jesus, as mesmas condições estariam imperando na Terra, por ocasião da Sua volta. É perfeitamente lógico depreender-se que, se Deus não pôde tolerar a maldade, a corrupção e a violência desenfreadas nos dias que antecederam o dilúvio, por que razão as toleraria nos dias de hoje? As palavras do Salvador são esclarecedoras: ... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra? Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem (Lucas 18:8 e 17:26).

A sentença estava determinada para o mundo antigo, assim como está para o mundo moderno. Ela foi executada irremissivelmente no passado, com a sua destruição pelas águas, como o será no futuro próximo, com a volta de Jesus, pelo fogo. Nenhum ser vivo restou, a não ser os que foram preservados na arca. No futuro, nenhum ser vivo restará, a não ser os que forem preservados por Jesus. A destruição ocorrida no passado, portanto, prefigura a destruição que ocorrerá no futuro próximo.

Segundo a cronologia bíblica, o dilúvio iniciou-se no ano 2.348 a.C., ou seja, no ano 1.656 do início da Criação. Choveu torrencialmente, de forma contínua, intensa e intermitente, durante cento e cinqüenta dias. Nos primeiros quarenta dias as chuvas caíram sobre a Terra, até cobri-la completamente, mesmo aos mais altos montes que então existiam.

Depois de coberta a Terra pelas águas ainda assim as chuvas continuaram a cair com a mesma intensidade, agora por sobre o imenso oceano em que se transformara a Terra. Mas a causa dos grandes distúrbios que provocaram todas as alterações na face do planeta não foram apenas as chuvas. O interior incandescente da Terra foi revolvido e liberado, expelindo toda a massa ígnea nele existente.

O encontro das águas geladas precipitadas sobre a superfície, com o imenso volume das lavas incandescentes dela procedentes, provocaram o mesmo efeito que se verifica com o derramamento de um copo d'água numa chapa extremamente aquecida. Os vulcões assim liberados, os terríveis abalos sísmicos, os maremotos e tornados provocados pela revolta da natureza agitaram tremendamente toda a face do planeta. Este foi o cenário em que durante 150 dias revoluteou a arca, preservada única e milagrosamente pela Providência de Deus.

A Palavra de Deus inicia assim o relato do dilúvio: No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a Terra quarenta dias e quarenta noites (Gênesis 7:11-12). Note-se a diferenciação entre os dois fatores que provocaram o grande cataclismo: ao abrirem-se as janelas do céu, as Escrituras referem-se à chuva, propriamente dita. Entretanto, ao mencionar o rompimento das fontes do grande abismo, elas mencionam a liberação da massa incandescente que existia e existe no interior na Terra.

Durante os primeiros quarenta dias é feita a menção de que a chuva caía sobre, isto é, em cima da Terra, ou seja, sua parte sólida. Na seqüência do relato há que se entender que nos cento e dez dias seguintes ela se precipitou sobre as águas que haviam coberto toda a superfície do planeta.

Eis a continuação do relato inspirado: E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a Terra, e cresceram as águas, e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a Terra (verso 17). Torna-se, assim, mais claro este fato, confirmado em sua seqüência: E prevaleceram (ou continuaram) as águas, e cresceram grandemente sobre a Terra; e a arca andava sobre as águas; e as águas prevaleceram excessivamente sobre a Terra; e todos os altos montes, que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. E expirou toda a carne que se movia sobre a Terra, tanto de ave como de gado e de animais selvagens, e de todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia em terra seca, morreu. Assim foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da Terra, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus, foram extintos da Terra; ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca. E prevaleceram as águas sobre a Terra cento e cinqüenta dias (versos 18-24).

Somente depois de tudo quanto foi relatado é que a Bíblia, usando a linguagem figurada diz que Deus Se lembrou de Noé e dos que com ele estavam na arca. A expressão utilizada está de acordo com o princípio antes mencionado, para entendimento de um espectador ou observador, porquanto Deus em Sua presciência não poderia Se esquecer absolutamente de coisa alguma, principalmente do objeto de Seu extremo cuidado, pois para um elevado propósito executara o seu livramento.

Continua o relato: E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os animais selvagens e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca; E Deus fez passar um vento sobre a Terra, e aquietaram-se as águas. Cerraram-se as fontes do abismo, e as janelas dos céus, e a chuva dos céus se deteve. E as águas se foram retirando de sobre a Terra (ou tornaram de sobre a terra continuamente, ou indo e tornando) e ao cabo de cento e cinqüenta dias as águas minguaram. E a arca repousou, no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate. E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes. E aconteceu que, ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito (Gênesis 8:1-6).

Importantes conclusões podem ser tiradas do texto bíblico. A primeira é a confirmação do período de cento e cinqüenta dias de chuvas. Somente depois deste período é que Deus, lembrando Se ou atentando para a arca e seus ocupantes, cerrou as fontes do abismo e as janelas do céu. Em conseqüência disso cessaram os terremotos, maremotos e tornados, aquietando-se todas as forças naturais liberadas. A arca, então, pôde finalmente repousar, isto é, deixar de ser sacudida pelos tremendos solavancos a que estivera sujeita durante tanto tempo.

A segunda conclusão é de que este repouso sobre os montes de Ararate significa não que ela estivesse estacionada ou ancorada em um monte, mas que ela pairava, boiando, sobre os montes mencionados, acima deles, que estavam cobertos pelas águas. Somente depois de mais de dois meses e meio é que os primeiros montes apareceram, com a diminuição das águas. A janela da arca somente foi aberta quarenta dias após o aparecimento dos cumes dos montes e do estacionamento da mesma.

Pode-se concluir o relato do dilúvio, no aspecto referido, com o texto bíblico: E aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a Terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da Terra estava enxuta. E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a Terra estava seca (versos 13-14).

Somente então Noé saiu da arca, onde permanecera por um ano e dezessete dias, porque nela entrara uma semana antes do início das chuvas. Por este fato pode-se avaliar a extensão e intensidade de toda a tragédia que se abateu sobre todo o planeta e não apenas circunscrita a uma região específica do mesmo, como muitos pretendem.

O Dilúvio bíblico foi um cataclismo terrível e universal, que destruiu toda a vida na Terra, à exceção das pessoas e animais que estavam abrigadas na arca construída para esse fim. Ele foi responsável por marcantes alterações das condições de vida existentes no planeta. Os períodos de mutação climática e ambiental para os quais são atribuídos milhões de anos, como os períodos glaciais, na realidade aconteceram de maneira súbita e rápida, provocados pela inclinação axial da Terra.

A ciência aceita e reconhece esta variação no eixo da Terra, atribuindo-lhe, entretanto, aqueles longuíssimos períodos. As conseqüências do dilúvio universal, se aceitas, demonstrariam que as mudanças verificadas na Terra foram mudanças súbitas, provocadas pelas drásticas alterações físicas ocorridas em sua superfície, atmosfera e subsolo. Houve uma transformação brusca e de grande amplitude de toda a crosta terrestre.

Quando as águas foram baixando deixaram sinais do movimento que faziam nos montes e montanhas em todas as partes do mundo, que não podem ser explicados a não ser pela ocorrência do dilúvio universal. Regiões como o nordeste goiano, no planalto central brasileiro, situadas a grandes distâncias das orlas marítimas, ostentam indelevelmente estes sinais reveladores.

As mudanças, portanto, foram terríveis. A incalculável massa líquida precipitada na superfície do planeta tem que ter alterado, inclusive, as forças a que os seus habitantes estavam sujeitos, como a própria força de atração gravitacional. Por esta razão é que o homem se tornou mais atarracado e teve reduzida a sua longevidade na Terra. O homem não evoluiu, mas, pelo contrário, involuiu. A diminuição de seu período de vida pode ser medida pela curva exponencial que se forma da comparação do tempo de vida dos patriarcas bíblicos antediluvianos e dos descendentes de Noé, após o dilúvio.

Uma das suas causas foi a permissão dada por Deus para que o homem comesse carne, como está escrito: Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento, tudo vos tenho dado como a erva verde (Gênesis 9:3). O misericordioso objetivo do Criador era de que o homem não prolongasse por vários séculos uma vida que se tornaria penosa pela maldição do pecado e de suas conseqüências.

O inimaginável volume das águas teve que se acomodar na superfície e subsolo do planeta, porquanto não poderia, toda ela, evaporar-se. Esta acomodação foi traumática. As fendas e reentrâncias da superfície terrestre provocadas pelos cataclismos foram o escoadouro natural para elas. Ao entrarem em contato com as partes incandescentes do seu interior causaram os inumeráveis terremotos e provocaram as erupções vulcânicas que continuaram a abalar a face do planeta, cujos resultados são sentidos até nos dias atuais.

Os terríveis abalos terminaram por provocar a divisão da Terra, na separação dos continentes. Até então compacta, toda ela possuía uma conformação única, constituída por um único e extenso bloco continental. No ano cento e um após o dilúvio, entretanto, houve a grande ruptura ou cisão do imenso continente e a Terra foi dividida em várias partes.

Este processo, admitido pela ciência e para o qual ela atribui milhões de anos e que chama de deriva continental , ocorreu de forma rápida, como se pode depreender da cronologia bíblica e de um texto específico.

Na época remota a que nos referimos era costume colocar-se o nome aos recém-nascidos caracterizando-os com a lembrança de algum fato marcante ou extraordinário que o associasse ao nascimento da criança. Ora, dificilmente poder-se-ia imaginar um fato mais extraordinário do que o rompimento da imensa placa continental e a sua separação em vários continentes.

Tal acontecimento deve ter provocado um inconcebível impacto aos seus contemporâneos, fato aproveitado por Eber, tetraneto de Noé, para dar o nome a seu filho, Pelegue, ou Faleque, cuja origem hebraica significa divisão . Está escrito, da cronologia dos descendentes de Noé: E a Eber nasceram dois filhos: o nome dum foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a Terra... (Gênesis 10:25).

O volume O Planeta Terra, da série Ciência e Natureza, editada conjuntamente pela Editora Abril e Time-Life, ao questionar sobre se existem provas da deriva continental ou separação dos continentes, declara: Muitas pequenas evidências sustentam a crença de que os continentes pertenceram a uma só massa gigantesca que mais tarde se rompeu e se separou. O indício mais óbvio é o encaixe quase perfeito das costas de continentes distantes, tais como a América do Sul e a África, sugerindo que essas massas de terra já estiveram interligadas. Outras provas aparecem nos fósseis: restos idênticos de determinadas espécies vegetais e animais foram encontrados em continentes separados hoje por oceanos. Também os minerais contribuem com essa demonstração: depósitos de carvão na Antártida, por exemplo, mostram que existiram nos continentes climas que não seriam possíveis em suas localizações atuais. Prova adicional da deriva continental advém de formações rochosas semelhantes, nos dois lados do Atlântico, que caem abruptamente em uma costa e reaparecem sob forma idêntica na margem oposta (Ob. cit., pag. 26, destaques acrescentados).

A mesma fonte acrescenta: os conhecidos caracóis de jardim vivem em ambos os lados do Atlântico, uma massa de água que não poderiam atravessar por sua conta. Os geólogos acreditam que esses habitats afastados estiveram um dia lado a lado . Fósseis de samambaias Glossopteris e de répteis Lystrosaurus, Mesosaurus e Cynognathus estão espalhados por vários continentes, demonstrando que os continentes já estiveram ligados. Os oceanos atuais teriam impedido que esses habitantes terrestres migrassem . (Ibidem).

Segundo as Sagradas Escrituras o clima de toda a Terra, antes do dilúvio, era uniforme e agradável, não existindo as grandes variações de temperatura que hoje se verificam, especialmente entre as regiões polares e os trópicos e o equador. Não havia intempéries e a Palavra de Deus afirma que não havia chuva, mas um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da Terra (Gênesis 2:7). Isto está em harmonia com inúmeros fatos aparentemente inexplicáveis e que somente podem ser esclarecidos através do dilúvio universal e suas conseqüências, como os depósitos de carvão na Antártida, referidos na citação anterior.

No Alasca e na Sibéria, regiões hoje extremamente geladas descobriram-se cemitérios de mamutes que foram subitamente congelados. Restos de alimentos que somente existem em climas tropicais foram encontrados entre seus dentes, testemunhando que a glaciação foi um fato súbito e que o clima em que viviam era ameno. Nas mesmas regiões foram encontrados outros animais que somente poderiam sobreviver nesse tipo de clima, como leões, veados etc.

Recentemente foi lançado um filme em que é aventada esta possibilidade da glaciação repentina. O filme, denominado O Dia Depois de Amanhã , explora a possibilidade de as alterações atualmente verificadas no clima e o grande desequilíbrio que ameaça a vida, a ecologia e o meio-ambiente do planeta possam provocar os efeitos a que nos referimos acima.

Na foz de rios do Ártico e da Antártida foram encontrados, nas camadas mais profundas, sedimentos que comprovam que aquelas regiões já tiveram climas amenos e tropicais.

Causam assombro os monumentos da Ilha da Páscoa, no Pacífico. Situada a mais de três mil quilômetros da costa do Equador, aqueles obeliscos são testemunho silencioso de que uma grande calamidade interrompeu a sua construção.

Incontáveis estátuas permaneceram inacabadas e inúmeras outras apenas foram iniciadas. Mas permanecem dois fatos: somente seres de estatura avantajada poderiam lidar com objetos daquele porte e os imensos blocos monolíticos de pedra não poderiam ser transportados do continente. A catástrofe diluviana interrompeu aquelas obras e a separação dos continentes explica a questão da matéria-prima para sua confecção.


Anterior - Próxima

O Cordeiro de Deus

Notícias

Veja Também

Últimos Assuntos

Este site não faz proselitismo religioso. Não é patrocinado ou monitorado por nenhuma instituição de qualquer natureza, religiosa ou não. Não tem interesse financeiro de qualquer espécie e nem objetiva qualquer vantagem material. Seu único objetivo é obedecer à ordem do Mestre; "Ide e pregai este evangelho... e... de graça recebeste, de graça dai"

(Marcos 16:15 e Mateus 10:8)

Matérias Postadas