Nascido a 12 de fevereiro de 1809 em Shrewsbury, Inglaterra, Charles Robert Darwin veio a tornar-se numa das mais polêmicas figuras da realidade contemporânea. É indiscutível ser ele, também, o nome que maiores dúvidas lan çou com respeito à existência de Deus e aos Seus atributos de Criador, constituindo-se no maior ini migo que já se insurgiu contra o relato da Cria ção, conforme descrito na Bíblia Sagrada.

Mostrando pouca inclinação para a medi cina profissão de seu pai preparava-se sem muita convicção para a carreira religiosa, quando lhe surgiu a oportunidade de realizar um extenso cruzeiro a bordo do cargueiro Beagle, ocupando o cargo de naturalista. Dessa viagem, iniciada em 27/12/1831 e que teve a duração de cinco anos é que resultaram os estudos que deram origem à sua tão conhecida teoria.

Muitos aspectos na vida de Darwin merecem desta que, antes da análise de sua obra e de suas conseqüências. É necessário que se esclare ça, por exemplo, que ele não era o gênio que muitos ima ginam e que, muito pelo con trário, sua capacidade intelec tual era bastante limitada e seu caráter abrangia muitos aspectos que deixavam a de sejar, conforme o testemunho de contemporâneos e amigos seus e mesmo como se depreende do relato de sua própria autobiografia.

Pode parecer ingênua e até ousada a afirmação de que Darwin devia ter alguma deficiência mental, mas é a conclusão a que chega o escritor Luiz Waldvogel, em seu livro Vencedor em Todas as Batalhas (p. 84, ed. de 1.946), ao repetir as palavras do próprio Darwin, citadas em Modern Discoveries, G. M. C. Price, p. 84: Nunca fui capaz de lembrar senão por poucos dias uma única data que fosse, ou um só verso de uma poesia .

O seu desconhecimento e in capacidade relativos a aspectos fun damentais às ciências relacionadas às suas pesquisas, foram por ele con fessadas em sua autobiografia, citada no livro O Pensamento Vivo de Darwin, Martin Claret, p. 13. Eis suas próprias palavras: Outra das minhas ocu pações era colecionar toda a classe de animais, mas, por não ser capaz de desenhar e por não ter conhecimentos anatômicos suficientes, uma grande quantidade de manuscritos que juntei durante a viagem mostrou-se praticamente inútil (destaques acrescentados).

Ora, levando-se em conta a natureza de suas pesquisas, tais conhecimentos deveriam constituir-se de pré-requi sitos indispensáveis, para validar e dar legitimi dade ao seu trabalho.

A ambição e a vaidade foram traços marcantes da personalidade de Darwin, que con­fessou, com suas próprias palavras, ter a ambição de ocupar um lugar suficientemente impor tante entre os homens de ciência (Ob. Cit. P. 14). Todas as coisas, pertinentes ou não, Darwin associava ao seu objetivo. A mesma re ferência, antes mencionada, revela que tudo aquilo em que pensava ou lia destinava-se a apoi ar diretamente aquilo que vira ou que provavel mente veria (Ibid.).

Como versava quase sempre sobre matéria especulativa não julgava necessário apresentar provas concretas que legi timassem suas teorias. São suas palavras textu­ais as seguintes: E agora, que adquirimos uma idéia da passagem do tempo, podemos supor sem prova, que o registro geológico é tão perfeito a ponto de nos dar evidência da mutação das es pécies, se é que sofreram mutações . A mente não pode apreender o sentido total do termo um milhão de anos; não consegue juntar os fatos e perceber os efeitos de muitas variações insigni ficantes acumuladas durante um número quase infinito de gerações (Idem, p. 19).

Ora, tradu zindo o seu pensamento, pode-se afirmar que as coisas que não compreendia e não podia explicar jogava para períodos imemoriais de tempo, milhões e mesmo bilhões de anos; como se o tempo, por si, fosse agente de criação ou transformação. São de Darwin as afirmações: Como todas as formas de vida são descendentes diretas das que viveram muito antes da época do Cambriano, podemos ter certeza de que a suces são ordinária por geração nem uma vez foi interrompida e de que nenhum cataclismo assolou jamais o mundo todo. Desse modo, podemos olhar com confiança para um futuro bas tante longo. E, uma vez que a sele ção natural trabalha apenas para e mediante o bem de cada indivíduo, todos os dons corporais e mentais tendem a progredir para a perfeição (Idem, p. 21).

Destacamos do texto acima algumas considerações para, somente nelas, identificar a sua oposição a algumas afirmações bíblicas: primeiro, nega o dilúvio bíblico, universal. Segundo, des mente o juízo e a breve volta de Jesus, quando tudo será transformado e, finalmente, defende a busca da perfeição do homem pelo homem, à semelhança dos ensinos do espiritismo.

Com a afirmação: Não tenho dúvida, o ponto de vista de que cada espécie foi criada in dependentemente é errôneo! (Idem, p. 41). Ele se choca frontalmente com o relato bíblico da criação, estampado no livro de Gênesis. E em duas de suas declarações: A idéia de um Cria dor universal e benigno só surgiu na mente hu mana quando o homem se elevou mediante uma longa cultura e Nem sempre encontramos perfeição absoluta na natureza (Idem, pp. 79 e 85), ele bem mostra o espírito que o inspirava em seu trabalho.

Darwin negava a Criação e o Criador, ne gava o dilúvio, negava a perfeição da natureza através do Criador da natureza e ainda assim era capaz de afirmar: Não vejo nenhum motivo para que as idéias expostas neste livro (Origem das Espécies) se choquem com as idéias religiosas de quem quer que seja (Idem, p. 19).

Sempre quando escrevia era constantemen te acometido por tremores e por um estado febril, o que em mais de uma ocasião o fizera desconfiar de estar sendo inspirado e dirigido por um po der sobrenatural. Darwin morreu em 1.882, de pois de uma vida enfermiça, tendo padecido de uma indigestão nervosa crônica que o atormenta ra durante toda a vida. (p. 26).

A respeito do trabalho de Darwin, o pro fessor Fleischmann, um dos maiores cientistas alemães; afirma: A teoria darwiniana não tem, no seio da natureza, um único fato a confirmá-la. Não é resultado de pesquisas científicas, mas unicamente produto da imaginação (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 87).


Anterior - Próxima