Antes de qualquer consi deração é necessário que se es clareça que a teoria da evolução é, antes de tudo, uma teoria. Te oria não é ciência, porque ciên cia, segundo os homens de ciên cia, é aquilo que se pode provar nos laboratórios ou através de leis específicas, devidamente comprovadas.

O que não pode ser provado não é ciência, po dendo, quando muito, ser cha mado de especulação ou teoria científica, o que é diferente de ciência. A este respeito, é impor­tante mencionar que o Museu do Louvre, em Paris, tem quilôme tros de prateleiras abarrotadas de compêndios científicos que já brilharam nas cátedras e em congressos científicos, como ciên cia, e hoje não passam de amon toados de lixo, completamente inúteis, não mais possuindo hoje a menor serventia ou qualquer utilidade.

A teoria evolucionista, portanto, são simples suposi ções, hipóteses. Nada de fatos científicos. Ela foi construída, não raro, valendo-se da fraude e da má-fé, conforme iremos demonstrar. Ela se ba seia na crença de um processo mecânico, produ zido sem plano algum e por obra da casualidade. Em algum tempo, em algum lugar e de algum modo, num passado remotíssimo, imemorial, certos elementos químicos, em meio apropriado de calor e umidade, deram origem à primeira cé lula viva. Assim teria começado a vida e a evolu ção da vida.

Esta teoria evolucionista da geração es pontânea já era ensinada por Aristóteles, na Grécia antiga. Lamarck, no século dezoito, propôs a teoria do transformismo, que Darwin abra çou e desenvolveu.

A evolução, segundo Darwin, é a forma ção de novas espécies por lentos processos de descendências com modificações, a partir de outras mais antigas (O Pensamento Vivo de Darwin, p. 36). Sua mais importante obra Ori gem das Espécies causou sensação no mundo ci entífico, ao ser lançada. Ele baseava sua teoria em três leis: seleção natural, luta pela vida e so brevivência do mais apto. Isto é, na grande luta pela vida os mais fracos são automaticamente eliminados, sobrevivendo os mais fortes, resultando daí a seleção natural.

Desejando comprovar a veracidade de seus ensinos os evolucionistas não hesitaram em apresentar fragmentos de ossos esparsos, es tranhos, separados do conjun to, do esqueleto. Desses pequeninos pedaços de ossos construíram figuras grotescas, algo parecidas com o macaco, algo com o homem, e deram lhe nomes arrevesados e grandiloquentes: Pithecantropus Erectus, Eoanthropus Dawsoni, Homo Heidelbergensis etc., preten dendo serem eles o tipo do in termediário entre o macaco e o homem, o famoso elo perdido (Vencedor em Todas as Batalhas, p. 83).

Os darwinistas confes sam isso que é um abuso ao espírito humano e à sua inteli­gência, mascarando a farsa no que chamam de anatomia comparada. Referindo-se aos fragmentos ósseos já mencio nados eles atestam: Os acha dos eram sempre parciais, consistindo muitas vezes num simples pedaço de queixada, alguns dentes, uma metade de fêmur. Mas tão extraordinária é a ciência da ana tomia comparada, que por meio desses fragmen tos se reconstruíram os esqueletos inteiros de nossos remotos antepassados. E destarte a anti güidade do homem veio a ser medida, não já em séculos ou milênios, mas em centenas de milha res de anos (O Pensamento Vivo de Darwin, p. 51).

Tal afirmação é de pasmar! Como podem che gar ao extremo de, com um pedaço de fêmur ou alguns pedaços de dentes, sem nenhuma outra fonte de referência ou comparação, construir a figura do que quer que seja? Mais assombroso ainda é que existam pessoas que se dizem erudi tas, estudiosas, e até membros de academias de ciências, que acreditam, advogam e ensinam tais absurdos. Ao perder a fé e não ter em quê acredi tar, o homem inventa para si fábulas as mais ab surdas e inverossímeis e nelas crê.

Os próprios defensores do evolucionismo não concordam entre si, mantendo as mais varia das e contraditórias opiniões. Existem hoje os que não crendo embora que o homem descenda do macaco ensinam sermos primos seus, provindos ambos de um antepassado desconhecido (Ob. Cit. P. 84).

A este respeito, veja-se o que declara uma obra evolucionista, já mencionada: Darwin abstinha-se de estender ao homem a apli cação da sua teoria, mas essa política não surtiu bom efeito, pois o público, não encontrando refe rência expressa a este ponto, tirou por si mesmo a conclusão de que o homem provinha dos símios. A evolução, porém, não ensina que o homem tem por antepassados os macacos, mas que ele e os macacos tiveram origem comum em remotas eras, partindo ambos do mesmo tronco pré-histórico. Deste antepassado, que não era homem nem ma caco, descende, por um lado, a nossa estirpe, e por outro os símios. Darwin jamais disse que os humanos descendiam de qualquer dos vários ti pos de macacos existentes. O que ele asseverou foi que os macacos são primos distantes, e não antepassados da humanidade (O Pensamento Vivo de Darwin, pp. 47-48).

A teoria da evolução foi, enfim, estabelecida, embora nenhum verdadeiramente grande homem de ciência da verdadeira ciência não a especulativa, a falsamente chamada ciên cia, deu crédito a ela. Mas, repetimos, esta teoria se firmou e cresceu. Eis o que diz a mesma fonte acima mencionada: Da noite para o dia, por as sim dizer, os cientistas que colecionavam e estu davam as variadas espécies abandonaram a ve lha doutrina bíblica e entraram a raciocinar em termos de variação. Foi preciso vencer muitos obs táculos para que os homens renunciassem ao dogma da criação especial. A grande maioria não estava madura para o transformismo (p. 50).


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