Qual é o significado real da expressão "O Dia do Senhor?" Profetas e apóstolos se referem a esse dia de maneira soleníssima e advertem e aconselham a todos que se preparem para os acon tecimentos que terão lugar nessa ocasião. Esse dia é mencionado por esses homens de Deus como o último dia e se refere, sem nenhuma dúvida, ao dia da volta de Jesus.

Para muitos, este dia será de incontida alegria, pois nele estarão se realizando todas as suas benditas esperanças. Para outros, entretanto, será um dia terrível, de agonia, de perdição e de acerto de contas. Para estes, está escrito: "Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Ele é trevas e não luz . Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridade, sem nenhum resplendor?" (Amós 5:18 e 20).

As trevas que estes textos mencionam representam a destruição que sobrevirá a todos os ímpios. Os mortos se multiplicarão. Aqueles cuja religião é superficial e indiferente, cuja hipocrisia exterior encobre a podridão de um interior abominável verão, naquele dia, que estiveram escondidos num falso refúgio, numa falsa segurança. A profissão de fé, somente, e a religião exterior, se revelarão completamente inúteis, no dia do Senhor: "Mas os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia, diz o Senhor Deus; muitos serão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio" (Amós 8:3).

A Palavra de Deus conclama a todos que despertem da letargia e indiferença. A salvação é possível, é real e de graça. Por que não se apoderar dela e livrar-se dos terríveis resultados que a maldade humana acarretará sobre o mundo todo, em breve? "Ah! Aquele dia! Porque o dia do Se nhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-poderoso . Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz no monte da minha santidade. Perturbem-se todos os moradores da Terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto" (Joel 1:15 e 21).

A cada palavra de advertência da parte do Deus Todo-poderoso, há uma palavra de consolo, de esperança e o terno convite para o arrependimento e a salvação: "Diante dEle tremerá a Terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor... Porque o dia do Senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá sofrer? Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: ‘Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração: e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus’; porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benefi­cência, e se arrepende do mal" (Joel 2:10-13).

A justiça de Cristo é que deverá revestir o caráter de Seus filhos, tornando-os irrepreensíveis para o dia em que deverão ser transformados para receber a vida e a condição de imortalidade: "O qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo" (I Coríntios 1:8).

O dia do Senhor virá, brevemente, assim como o dilúvio veio no passado, de improviso, inesperadamente. Para todos os que não se prepararam, para estes, sim, será uma terrível sur presa, semelhante à que tiveram os antediluvianos. A Bíblia Sa­grada compara este aconteci mento com a desagradável visita de um ladrão, que ataca de surpresa. Aos que são encontrados desprevenidos, de nada adiantará lamentar a sua imprevidência. A esta altura, já não adianta fe char a porta. Assim como os ímpios contemporâneos de Noé e os habitantes de Sodoma e Gomorra, os ímpios de nossos dias serão todos destruídos no dia do Senhor . Conforme a infalível Palavra de Deus, serão surpreendidos e de maneira nenhuma escaparão.

É no dia do Senhor, no dia da Sua volta, no último dia da história deste mundo, que os justos – todos – receberão o galardão, o prêmio da vida eterna, a salvação. Esta é a certeza que vem da Palavra de Deus, que o apóstolo dos gentios manifestou já no final da sua vida aqui na Terra: "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda" (II Timóteo 4:8). A vitória aos que aceitaram o sacrifício de Jesus e o plano divino da redenção, dar-se-á nessa ocasião: "E quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória" (I Pedro 5:4).

O dia do Senhor será, também, o dia da perdição dos homens ímpios. O profeta contemplou com milênios de antecedência o terror daqueles que serão surpreendidos por esse acontecimento espantoso. Naquela ocasião, o desejo de todos quantos forem achados culpados será esconder-se da presença de Deus. De nada lhes valerá seu poder mundano, autoridade e riquezas. Para nada servirão sua altivez e falsa segurança.

As palavras do profeta bem podem dar a dimensão da confusão, do desespero e terror dos que recusaram a misericórdia do Senhor: "Vai, entra nas rochas, e esconde-te no pó, da presença es pantosa do Senhor e da glória da Sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido. E a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia. E todos os ídolos desaparecerão. Então os homens se meterão nas concavidades das rochas, e nas cavernas da terra, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória da Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra. Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem (Isaías 2:10-12 e17-20).

O último dia da história da humanidade será assombroso. Nesse dia a natureza se revoltará, as montanhas mudarão de lugar, os edifícios ruirão por causa da aproximação pessoal do Todo-poderoso nas nuvens do céu.

Eis como o apóstolo contemplou, em visão, de seu desterro na Ilha de Patmos, aquele grande dia: "E o céu retirou -se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: ‘Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é chegado o grande dia da Sua ira: e quem poderá subsistir? (Apocalipse 6:14-17).

O mesmo dia foi mostrado ao profeta que, perplexo e assombrado, assim se referiu ao contemplar a destruição de todos os pecadores, na ocasião da volta do Senhor: "Uivai, porque o dia do Senhor está perto: vem do Todo-poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão como a mulher parturiente: cada um se espantará do seu próximo: os seus rostos serão rostos flamejantes. Eis que o dia do Senhor vem horrendo, com furor e ira ardente, para por a terra em assolação e destruir os pecadores dela" (Isaías 13:6-9).

Nesse dia certamente que a altivez e impiedade dos homens receberão a justa paga. É o próprio Deus Todo-poderoso Quem afirma: "E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos. Pelo que farei estremecer o céu, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos exércitos, e por causa do dia da Sua ardente ira" (versos 11 e 13).

A mesma Palavra continua a afirmar: "Porque disse no Meu zelo, no fogo do Meu furor, que naquele dia haverá grande tremor sobre a terra de Israel. De tal sorte que tremerão diante da Minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e os montes cairão, e os precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão por terra" (Ezequiel 38:19-20). "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se aproxima muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido" (Sofonias 1:14-16).

Trombeta e alarido estão, também, nos textos dos apóstolos, que estão adiante citados, neste mesmo estudo, quando tratarmos do tema do arrebatamento dos filhos de Deus.


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