Sempre que, por determinação de Deus, o homem matasse manimalzinho escolhido, este animalzinho estaria representando o próprio Criador que no futuro viria para morrer em lugar do homem . E cada vez que oferecesse um sacrifí cio, o seu coração se encheria de dor pelo peca do, pelo reconhecimento de que um inocente estava pagando pelo seu próprio erro.

E mais, que este animal era apenas o símbolo do verda deiro sacrifício que representaria a doação da vida do próprio Criador.

Ao matar Adão o cor deiro com que ofereceria o seu primeiro sacri fício é que iria compreender quão terrível era a conseqüência da transgressão. E com este pen­samento sentiria horror pelo pecado, como cau sa de separação entre Deus e o homem.

Quando algum tempo depois seus filhos Caim e Abel vieram oferecer os seus sacrifí­cios ao Senhor, a oferta de Caim foi rejeitada, não importa quão boa pudesse parecer. Ela não era a que Deus expressamente deter minara. Assim como o fato de que comer o fruto de uma simples árvore em desobediên cia ao mandado de Deus acarretara tal des graça sobre seu pai, também a não observân cia de um aparentemente simples detalhe implicaria no desagrado do Senhor.

Não importa quão insignificante possa parecer aos nossos olhos, toda a determinação do Senhor deve ser acatada, porque na Sua sabedoria infinita tudo é provido por Ele para a nossa felicidade presente e eterna.

Grandes bên çãos estão reservadas aos obedientes e esta deve ser uma lição perpétua. Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de Caim, porque ... sem der­ramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9:22) e a oferta sacrifical deveria prefigurar o sacrifício de Jesus, que derramaria o Seu sangue inocente para inocentar uma raça culpada.

Numa das mais inspiradoras páginas da profecia bíblica Isaías anunciou o sacrifício de Jesus, ainda vários séculos antes de seu cumprimento. Escreveu ele: Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nos sas dores levou sobre Si; e nós O reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pe las nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados (Isaías 53:4-5).

E continua: ... mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido, mas não abriu a Sua boca; como um Cordeiro foi levado ao matadouro, e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a Sua boca... Isaias 53:6-7. ... Ele foi conta do com os transgressores; mas Ele levou so bre Si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercede (Isaías 53:12-u.p.).

Durante séculos a mensagem do Messias vindouro foi pregada. As instruções de Deus eram confiadas aos profetas que as anunciavam ao povo e as escreviam em rolos, sendo depois reunidas num único compêndio e transmitidas de geração a geração. São Pedro afirma que devemos estar atentos à palavra dos profetas, como a uma luz que alumia em lugar escuro, e que nenhuma pro fecia é de particular in terpretação, porque a profecia nunca foi produzida por vontade de ho mem algum, mas os homens santos de Deus fa laram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro 1:19-21).


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