Ainda que não tivesse sido entendido na ocasião, Jesus alertou aos Seus discípulos a respeito do futuro próximo, sombrio e triste, dos acontecimentos relacionados à Sua prisão e morte. Ele os instruiu também a respeito de Sua ressurreição ao terceiro dia. Mas, das Suas últimas instruções, nenhuma foi mais auspiciosa do que a que se refere ao Seu retorno a este mundo.

Jesus foi claro, positivo e enfático em Suas últimas promessas: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também" (João 14:1-3). Depois de várias outras instruções e promessas Ele reiterou a afirmação: "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós" (João 14:18).

São tantas e tão positivas as afirmações e promessas da Palavra de Deus relaciona­das com a volta de Jesus a este mundo, que somente as pessoas que não leram a Bíblia é que desconhecem, com grande prejuízo seu, esta clara promessa e bendita verdade.

Ao Se despedir dos Seus discípulos, Jesus reafirmou a promessa do Espírito Santo e a reco mendação de que fossem Suas testemunhas, anunciando o Seu Evangelho Eterno a todas as pessoas, em todo o mundo. Dois anjos foram comissionados para fortalecer-lhes a fé, lembran do-lhes a promessa de Sua volta. Cerca de qui nhentos discípulos ouviram as últimas recomen dações de Jesus e assistiram ao imponente e espantoso espetáculo de Sua ascensão ao céu.

Eis o relato bíblico: "Aqueles pois que se haviam reunido perguntaram-Lhe, dizendo: "Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós: e ser-Me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra. E, quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem O recebeu, ocultando-O a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: varões galileus, porque estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu O vistes ir" (Atos 1:9-11).

Em cada ensino e instrução de Jesus aos Seus discípulos, fazia Ele questão de destacar a promessa de Sua volta ao mundo. Numa ocasião em que ensinava como cada seguidor Seu deve ria se comportar, Ele reiterou esta promessa: "Então disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que dará o homem em recompensa de sua alma?" (Mateus 16:24-26).

Então Ele afirmou quando é que os Seus filhos devem receber o seu galardão: "Porque o Filho do Homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" (Mateus 16:27). A glória da volta é referida em todas as ocasiões em que ela é relatada e prometida: "E quando o Filho do Homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se assentará no trono de Sua glória" (Mateus 25:31).

A cerimônia que Jesus instituiu na véspera de Sua morte deveria ser repetida simbolicamente por todos os séculos até à época de Seu retorno a esta Terra, tendo sido especialmente lembrada por Paulo, o apóstolo dos gentios, que destacou a lem­brança deste retorno: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (I Coríntios 11:26).

O mesmo apóstolo por vezes incontáveis escreveu e pregou a respeito desta esperança, às diversas igrejas que se iam formando, fruto do seu trabalho. Em diversas ocasiões ele se dirigiu aos irmãos de Tessalônica: "Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de Nosso Senhor Jesus Cristo em Sua vinda?" (I Tessalonicenses 2:19).

Aos mesmos irmãos, que acreditavam que a volta de Jesus se daria ainda nos seus dias, naquele tempo, ele os esclareceu e confortou, a respeito dos que morriam sem contemplar o cum primento da promessa. Ele os remetia para um futuro então distante, de onde seriam resgatados, assim como o apóstolo, da sepultura e do poder da morte, pela ressurreição dos justos, no dia da volta de Jesus: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem. Deus os tornará a trazer com Ele (na ressurreição). Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Por que o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com a voz de arcan jo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Por tanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (I Tessalonicenses 4:13-18 – parênteses acrescidos, para melhor compreensão).

As pessoas que acreditam e esperam a salvação no dia do Senhor, são aconselhadas e advertidas pelo apóstolo a um preparo especial para aquele dia: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo: e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo" (I Tessalonicenses 5:23).

Ainda aos irmãos da igreja da cidade de Tessalônica ele escreveu extensivamente a todos os cristãos de todas as épocas e lugares: "E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do Seu poder, com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo: os quais padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do Seu poder, quando vier para ser glorificado nos Seus santos, e para Se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)" (II Tessalonicenses 1:7-10).

Para as muitas pessoas que mantinham a esperança de que o Senhor Jesus voltaria já nos seus dias, ele esclareceu taxativamente que antes desse acontecimento deveria se manifestar na igreja a apostasia e a oposição aos límpidos princípios ensinados por Jesus e Seus apóstolos.

A História de Roma e o Anticristo é o título do sétimo capítulo desta série, que detalha o surgimento desse poder anticristão ao qual Paulo se refere: "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com Ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por carta, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane: porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora: de sorte que se as­sentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus" (II Tessalonicenses 2:1-4).

O apóstolo deixa claro o fato de que este assunto já havia sido tratado por ele antes e que este poder perduraria até ao final da história da humanidade, quando seria destruído pelo esplendor da presença de Cristo, na Sua vinda. Eis a continuação de suas palavras: "Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera: somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado: e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da Sua boca, e aniquilará pelo esplendor da Sua vinda" (II Tessalonicenses 2:5-8).

No dia da Sua volta Jesus manifestará todo o Seu poder e Sua glória. O apóstolo assim se refere a este respeito: "Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo; a qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores: Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a Quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém" (I Timó teo 6:14-16). "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo" (Tito 2:13).

Apenas os que aceitaram o sacrifício de Jesus serão beneficiados por Sua volta. Estes O esperam para salvação, como está escrito: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-Se uma vez para tirar os pecados de mui tos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O esperam para salvação" (Hebreus 9:27-28).

A certeza da volta de Jesus está manifestada e solidificada em inúmeros outros textos, não se limitando aos aqui mencionados. Estas promessas podem ser conhecidas e devidamente apropria das pela leitura da Bíblia Sagrada, o hábito mais salutar de fortalecimento espiritual do cristão.


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