É comum a existência de opiniões pessoais, completamente desprovidas de qualquer fundamento. O que alguém possa achar ou pensar não irá alterar ou modificar os acontecimentos ou o cumprimento real daquilo que está determinado e que constitui a realidade ou a verdade.

É necessário que as pessoas estudem diligentemente e pesquisem a origem e causa de suas convicções, a ver se porventura não aconteça que a verdade não seja exatamente como elas supõem ou esperam. Não é por causa da convicção de quem quer que seja, que estas pretensas verdades devam se tornar realidade, caso não o sejam.

Por sua tão grande importância, este assunto deveria despertar o mais profundo interesse de todas as pessoas, pois tem a ver com o seu destino e futuro eternos. É a vida de cada um que está em jogo.

Não existe nada mais nocivo, pernicioso e perigoso para a alma, do que o achismo . As pessoas simplesmente acham ou pensam que determinadas coisas que não compreendem devam ser da maneira que supõem ser, sem nenhum fundamento mais firme ou lógico do que a opinião de outras pessoas que porventura também não tenham tido este conhecimento.

Não é raro ouvir de pessoas afirmações tais como: Eu acredito assim, porque meus pais assim me ensinaram e assim aprenderam de meus avós . Ou, Eu acredito assim, porque assim aprendi de pessoas sábias, conhecedoras da verdade etc. Tais pessoas, assim o fazendo, não agem com sabedoria. Cada um deve buscar por si próprio o verdadeiro conhecimento, através de diligente estudo das Escrituras e da própria História, que as confirmam.

Outras pessoas, ainda, simplesmente ignoram estes assuntos, demonstrando o mais profundo desinteresse, ou julgando que estas coisas não lhes podem dizer respeito, ou que estão acima delas. A respeito destas pessoas a própria Palavra de Deus as identifica, de maneira clara e direta: Por causa do seu orgulho o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não existe Deus (Salmo 10:4).

Esta identificação aponta para estas mesmas pessoas um futuro sombrio e trágico: O Senhor prova o justo, mas a Sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso: eis a porção do seu copo. Porque o Senhor é justo, e ama a justiça; o Seu rosto está voltado para os retos (Salmo 11:5-7). Estas palavras, por terríveis que possam parecer, cumprir-se-ão infalivelmente, pois são a Palavra de Deus. Mas a vontade do Pai e Criador, cujo amor e misericórdia são infinitos, tão grandes como a Sua justiça, é a de que ninguém se perca, mas que todos venham a arrepender-se (II Pedro 3:9).

Infelizmente muitos a maioria se perderá. Não querem, não se interessam em conhecer as Sagradas Verdades que os poderia conduzir a Jesus e à vida eterna. O próprio Criador tristemente lamenta: O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei ... Visto que te esquecestes da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos (Oséias 4:6).

A explicação para este desinteresse é o amor ao mundo. As pessoas não querem renunciar aos prazeres materiais e à satisfação dos instintos da carne. Desdenham das palavras de Cristo: Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me (S. Marcos 8:34).

Enfim, as pessoas não se interessam porque não pensam no futuro, na vida eterna. Inconscientemente, a idéia da própria morte parece algo distante, impossível de acontecer. O instinto natural imagina que viverá eternamente, como está escrito a respeito das pessoas que confiam nas coisas materiais: ...tão pouco viverá para sempre, ou deixará de ver a corrupção. Porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto, e deixam a outros os seus bens. O seu pensamento interior é que as suas casas são perpétuas e as suas habitações de geração em geração (Salmo 49:9-11).

Por estas razões, a mais sábia decisão das pessoas deveria ser pesquisarem por si próprias. É a sua própria vida e felicidade eternas que estão em jogo. O achismo , o amor ao mundo e o desinteresse são venenos fatais que inevitavelmente levam a alma à perdição, a morte eterna.


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