Não podendo participar da criação do homem, como desejara, voltou Satanás, aquele outrora exaltado anjo, contra Ele todo o seu intento maligno.

Incorporando-se na figura da serpente, en tão um animal não com o aspecto asqueroso de hoje, levou o primeiro casal a desobedecer à estrita determinação de Deus, transgredindo assim a Sua lei e cometendo o primeiro pecado. Pela própria palavra do Senhor a conseqüência de sua desobediência era a morte, como está escrito: Porque o salário (ou recompensa, ou resulta do) do pecado é a morte... (Romanos 6:23).Satanás lançara dúvidas com respeito aos propósitos misericordiosos de Deus. Contra a afir mação divina de que no dia em que dela comeres, certamente morrerás, o inimigo do Senhor declarou:

... certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis

como Deus, sabendo o bem e o mal (Gênesis 3:4-5).

Ao passar o sentimento e a sensação de euforia que costumam acompanhar a transgres são, sobreveio-lhes a terrível realidade e lembraram-se das palavras do Senhor Deus. Pela primeira vez sentiram-se nus, envergonhados, e fizeram para si aventais de folhas de figueiras. E quando o Criador veio visitá-los, fugiram dEle ao escutar-Lhe a voz. Sentiram-se completamen te perdidos e julgaram que seriam fulminados, em cumprimentoà sentença divina.

Para Deus não havia alternativa que não executar a Sua sentença, para manter a dig­nidade de Sua palavra e a harmonia de Sua justiça e de Seus princípios. E a sentença de morte seria cumprida. Não da forma desejada por Satanás e esperada e temida por Adão. Não de maneira fulminante e imediata. Mas a partir daquele instante,o homem começou a morrer. A semente da morte fôra implantada no seu cora ção. Ele foi expulso do Jardim que tinha sido o seu lar santo e feliz e privado da árvore da vida, que lhe perpetuaria a existência.

Por causa do peca do a maldição alcançou a Terra e todos os seres vivos. A sentença de morte tinha sido executada. Ain da que vivesse por mui tos anos, o homem envelheceria e finalmente ces saria de viver. Voltariaao pó, de onde fora to mado e seria como se jamais tivesse existido. Em conseqüência do decreto divino cer tamente morrerás o homem passou à condição de ser mortal. Esta condição pode ser claramente depreendida, se colocada em confronto com a de claração do apóstolo, ao afirmar, referindo-se ao Criador: Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível... (I Timóteo 6:16).


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