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FOME

De todos os males que afligem a humanidade, talvez o mais trágico seja a fome. Não a fome ocasional e que ocorra de tempos em tempos, como tem acontecido ao longo da História humana. Mas a fome endêmica, cruel, que deixa de ser exceção para se tornar a regra para milhões de desgraçados seres humanos.

Qualquer pessoa, por mais insensível que seja, não pode permanecer impassível diante da tragédia expressa na impressiva foto acima, que representa a realidade de milhões e milhões de crianças no mundo, hoje.

À medida em que testemunhamos os saltos na qualidade de vida de tantos países, igualmente podemos ver o aumento gradual e sistemático da miséria absoluta de multidões, em vários lugares do planeta, que alcançam a assombrosa cifra de cerca de um bilhão de pessoas.

Jesus, no seu sermão profético, colocou a fome como um marco nas condições do mundo, antes de sua breve volta, em poder e grande glória:"...e haverá fomes..." (Mateus 24:7).

Sempre houve fome em todas as épocas e em todas as regiões no mundo. Quando Jesus menciona que "haverá fomes", no entanto, ele se refere à exacerbação desse cancro social, na intensidade trágica que se vê hoje, como nunca aconteceu na história humana.

Muitos dados estatísticos dão conta de que diáriamente perecem cerca de 15.000 crianças vitimados pela fome em todo o mundo. Ao mesmo tempo em que estes dados causam assombro e indignação em muitos, por outro lado a imensa maioria queda-se indiferente, pois isso não passa de um dado estatístico e estas crianças não lhes dizem respeito, são apenas números pelos quais não são responsáveis. Será?

Mais vergonhoso aparece este fato ao considerarmos que ao tempo em que isto é uma realidade na vida de tantos seres humanos, outros escarnecem de seu sofrimento e desgraça, vivendo uma vida de dissipação e egoísmo, em busca de honra, prazeres e poder.

Verdadeiramente é um escárnio que clama aos Céus fatos como o de um milionário russo que mandou construir um iate ao preço de mais de 1 bilhão de dólares, para ocasionalmente ver-se alvo da glória e admiração do mundo. E do ditador norte-coreano que diariamente consome champanhe francês ao custo de muitos mil dólares cada garrafa, banqueteando-se das mais finas iguarias, enquanto a grande maioria da sua população está mergulhada na miséria e perece por causa da fome.

Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, ex-ditador de um dos mais pobres países do mundo, o Haiti, e que recentemente retornou ao país, roubou da nação mais de 500 milhões de dólares. Causa assombro a relação das despesas mensais listadas por sua primeira mulher, no exílio, na França: 170.000 dólares em roupas da Givenchy, 270.000 dólares em jóias da Boucheron, 9.700 dólares em duas celas Hermès para as crianças (Dados transcritos da Revista Veja, edição de 26/01/2001, pag. 40).

Estes são apenas alguns dos numerosíssimos casos que bem mostram onde pode chegar a idolatria do eu e a corrupção humana. São fatos que desafiam os Céus e clamam pela justiça divina. Mas esta, ainda que pareça tardia, não faltará, certamente.

A fome, este terrível flagelo que assola a humanidade, não atingiu o seu clímax. No futuro próximo, com o recrudescimento das tragédias ambientais, as inundações, secas, terremotos, temperaturas extremas em muitos lugares, aumento da população e diminuição das áreas cultiváveis, este mal atingirá níveis insuportáveis. O que estamos testemunhando é apenas "o início das dores", como disse Jesus. O pior está por vir.

Mas o pior não é a fome física, a falta do pão material. De acordo com a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus que não mente, está próximo o tempo em que os homens, desesperados e perdidos, não apenas sofrerão pela absoluta falta de alimento para o corpo, mas do pão espiritual que não mais poderão achar. Está escrito: "Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do SENHOR, mas não a acharão" (Amós 8:11 e 12).

É terrível a advertência e a ameaça que pairam sobre os impenitentes e os que não ouvem os conselhos de Deus, para o arrependimento e preparo para a volta do Senhor Jesus: "Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança" (Tiago 5:1-4).

Somente aquele que confiar no SENHOR e em Suas sagradas promessas é que será preservado dos horrores dos últimos dias, durante os acontecimentos que assolarão a terra, deixando-a completamente desolada. O profeta de Deus, antevendo esse tempo dramático fala a respeito daquele que entregar o seu caminho ao SENHOR, único meio de ser preservado no tempo de angústia: "Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas" (Isaías 33:16).

Mas naquele tempo os ricos, os poderosos, os governantes, príncipes e reis não poderão prevalecer por sua força, poder ou riqueza. É a respeito destes que está escrito: "Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem" (Isaías 2:20).

O profeta de Deus, vendo a terra cheia de riquezas, de ouro e prata na mão de poucos, enquanto a imensa maioria padece necessidades e vendo também a terrível idolatria que tomou conta dos homens, vislumbra seu inevitável futuro, no dia que o Senhor Jesus retornar e a glória de Sua presença se manifestar como um fogo consumidor. Para estes é que ele diz: "Entra nas rochas, e esconde-te no pó, do terror do SENHOR e da glória da sua majestade" (Isaías 2:10).

São terríveis as palavras de juízo e de retribuição dirigida aos orgulhosos e impenitentes. Ele continua: "Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; e só o SENHOR será exaltado naquele dia. Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido; E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR será exaltado naquele dia. E todos os ídolos desaparecerão totalmente. Então os homens entrarão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, por causa da presença espantosa do SENHOR, e por causa da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra"(Versos 17 a 19).

Jesus em breve voltará, meu amigo, não duvide. E, segundo o Apóstolo São Pedro, "o dia do SENHOR virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo se desfarão, e as obras que nela há, se queimarão" (II Pedro 3:10). Atente para o seu sábio e amorável conselho: "Havendo pois de perecer estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando e apressando-se para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão"? (Versos 11 e 12).

O Padrão de Justiça do Juízo


O padrão de justiça exigido no juízo é um caráter irrepreensível. Isto, nem o mais justo de todos os homens que tenham vivido neste mundo poderia apresentar. Então, como poderia se justificar o homem perante Deus? Esta pergunta já estava manifesta no mais antigo texto das Sagradas Escrituras, o livro de Jó, como está escrito: "Na verdade sei que assim é; porque como se justificaria o homem para com Deus"? (Jó 9:2). A resposta é dada pela Inspiração na seqüência do mesmo texto referido. Unicamente a graça e a misericórdia do Senhor podem justificar o homem diante de um Deus Santo e Perfeito, que exige perfeita santidade e irrepreensão de caráter: A Ele, ainda que eu fosse justo, Lhe não responderia; antes ao Meu Juiz pediria misericórdia (Jó 9:15).


Jesus Cristo, ao apresentar diante do Tribunal do Altíssimo, no Juízo Investigativo, o caso do filho arrependido que aceitou o Seu sacrifício, pleiteará por ele, oferecendo-lhe a Sua perfeição e santidade e as Suas obras irrepreensíveis. Ele será, para o pecador contrito, nessa ocasião, não apenas o Juiz. Será, também, o seu advogado. E, acima de tudo isto, como suprema garantia de absolvição, será o Réu e Substituto, oferecendo Sua vida imaculada em lugar da vida que, poluída pelo pecado, foi transformada pelo Seu poder e por Seu amor. As vestes gloriosas da justiça de Cristo são oferecidas em lugar dos trapos imundos da justiça do homem.


Esta verdade já servia de consolo e esperança há milênios. Jó, manifestando a sua fé no Redentor vindouro, na Sua justiça e na ressurreição, afirmou: Porque eu sei que o Meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão (Jó 18:25-27).


A justiça é representada nas Escrituras Sagradas por vestimentas: Cobria-me de justiça, e ela me servia de vestido; como manto e diadema era o meu juízo (Jó 29:14). Ao oferecer Jesus as vestes de Sua justiça ao pecador, este terá a sua nudez e os seus trapos cobertos e será aceito por Deus, que o declarará justo. O padrão de justiça do juízo é, portanto, a justiça de Jesus, sem a qual ninguém será julgado nesta sua fase investigativa.


A tocante experiência de Jó bem pode demonstrar quão terrível e desastrosa é a justiça própria, cujos resultados são a morte eterna. Homem rico, honrado e poderoso, foi ele considerado pelo próprio Deus como sem igual na Terra, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal (Jó 1:8).


Provado, manteve-se irrepreensível. Perdeu tudo: riquezas, posição, família, saúde. Transformado numa figura repelente e sofredora, a única coisa que não havia perdido era a sua fé em Deus e em Sua justiça. Nada havia conseguido abalar a sua fé. Entretanto, três amigos que o foram consolar transformaram-se em seus acusadores.


Julgavam que somente um grande pecador poderia estar sofrendo o que Jó sofria como conseqüência de uma vida de pecados. Indignado com a acusação e esquecendo-se da justiça do Seu Deus, encheu-se Jó de justiça própria para defender-se diante de seus amigos.


Suas boas obras eram muitas e conhecidas e o haviam honrado diante dos homens, tendo merecido a aprovação do próprio Criador. Ao querer justificar-se, porém, apresentando-as diante de Deus, cometeu pecado: Pese-me em balanças fiéis, e saberá Deus a minha sinceridade (Jó 31:6). Ao fazer esta declaração tentou justificar-se, acusando a Deus de injusto.


Levantando-se, um jovem respondeu às palavras de Jó, em defesa da justiça de Deus. Indignado, contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus (Jó 32:2). Suas palavras são clara advertência contra a justiça própria: A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria a um filho do homem . Desde longe repetirei a minha opinião, e ao Meu Criador atribuirei a justiça (Jó 35:8 e 36:3).


As palavras seguintes são uma lição de vida, que não se deve esquecer: Mas tu estás cheio do juízo do ímpio; o juízo e a justiça te sustentam. Porquanto há furor, guarda-te de que porventura não sejas levado pela tua suficiência, nem te desvie a grandeza do resgate (Jó 36:17-18). O preço que este resgate custou a Jesus, jamais o poderemos avaliar. A respeito dele, diz a Palavra de Deus, ainda: Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele, pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes (Salmo 49:6-8).


A respeito das suas boas obras e dos esforços como meio para se justificar é que o jovem que repreendia a Jó dirigiu-lhe as palavras seguintes: Estimaria Ele tanto tuas riquezas, ou todos os esforços da tua força, que por isso não estivesses em aperto? Finalmente, o próprio Deus Se manifesta a Jó e seus amigos, dizendo: Porventura também farás tu vão o Meu juízo, ou Me condenarás para te justificares? (Jó 40:8).

O Cordeiro de Deus

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