Israel, como Nação
A história de Israel como nação teve início ao serem os descendentes dos doze filhos de Jacó, contados aos milhões, libertados do jugo egípcio, pela direta manifestação de Deus. Através de Moisés o Senhor Jeová, com sinais e prodígios, conduziu esse povo pelo deserto para a terra de Canaã, a eles prometida pelo próprio Deus.
Reunidos ao sopé do monte de Sinai, o Senhor estabeleceu com eles as condições para que fosse o Seu povo, a Sua nação escolhida. Assim disse o Senhor: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a Terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo... (Êxodo 19:4-6).
Com terrível solenidade o Deus Eterno deu ao Seu povo a Sua lei, em dez preceitos ou mandamentos claros, diretos e precisos. Estes mandamentos são a transcrição do sagrado e imutável caráter do Senhor, e resumem o relacionamento do homem com Deus e com seus semelhantes. Bem poderiam ainda ser condensados assim: Amarás pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder e ... amarás ao teu próximo como a ti mesmo... (Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18).
A lei moral dos dez mandamentos, como está escrito, foi dada em tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus (Êxodo 31:18). Juntamente com ela, o Senhor deu, por meio de Moisés, outras leis, pois que a nação recém constituída tinha por governante o próprio Deus, pois era um reino sacerdotal, de regime teocrático.
Além da lei dos dez mandamentos, foram dadas leis civis que deveriam reger a relação entre os cidadãos, seus direitos e deveres. Foram dadas, também, as leis de saúde que orientavam o povo sobre os hábitos alimentares e sanitários que, obedecidos, livrá-lo-iam de doenças, conservando-o saudável, tanto mental quanto fisicamente.
Finalmente, foram dadas leis cerimoniais, que apontavam para o Messias prometido e que compreendiam todo o sistema de sacrifícios e holocaustos e que representavam tudo que de alguma maneira simbolizava o Cordeiro de Deus que viria no futuro para dar a Sua vida para a salvação do mundo.
As condições para que aquele povo se mantivesse como o povo santo de Deus foi incontáveis vezes repetidas por Ele, como está escrito: O Senhor te confirmará para Si por povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor teu Deus, e andares nos Seus caminhos . Para que hoje te confirme por Seu povo, e Ele te seja a ti por Deus, como tem dito, e como jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó (Deuteronômio 28:9 e 29:13).
O Senhor estabeleceu um sinal distintivo que o distinguiria como povo Seu: Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre: porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se. E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte de Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus (Êxodo 31:16-18).
Muitos séculos depois, o Senhor repetia tal afirmação, ratificando esta condição: E também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica (Ezequiel 20:12). Esta afirmação é repetida com ênfase: E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus (Ezequiel 20:20).
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