"Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 25:27). As palavras de Jesus mostram claramente como será a Sua vinda gloriosa a este mundo. Um relâmpago, ao cortar o firmamento, ilumina o céu e chama vivamente a atenção de quem o contempla. Nada pode ser comparado ao esplendor da glória do Senhor.

João afirma ser o rosto de Jesus resplande­cente como o sol: "... e o Seu rosto era como o sol, quan­do na sua força resplande­ce" (Apocalipse 1:16). O ful­gor da presença do Senhor é tão intenso que o profeta afirma não haver necessidade da luz do sol para ilumi­nar a Nova Jerusalém e a Nova Terra: "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia e reinarão para sempre" (Apocalipse 22:5).

Pode-se, então, imaginar o espetáculo gran­dioso que será a vinda do Senhor Jesus, em poder e grande glória, com milhões dos Seus anjos: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajun­tarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30-31).

Os céus se enrolarão como um perga­minho. As montanhas tremerão, as ilhas sairão dos seus lugares, à aproximação do Grande Deus. Os grandes edifícios ruirão e multidões desespe­radas procurarão esconder-se da espantosa presença do Salvador a Quem rejeitaram.

É a própria Palavra de Deus que afirma: "E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das mon­tanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir"? (Apocalipse 6:14-17).

O coro dos anjos encherá o firmamento. Ao som da trombeta de Deus os túmulos se abrirão em toda a extensão da Terra. Multidões dos resgatados ao poder da sepultura serão trazidas nos braços dos anjos até aos seus familiares e ami­gos que não experimentaram a morte. Um frêmito percorrerá a todos estes, ao sentirem, num ins­tante, num piscar de olhos, a transformação do seu corpo mortal no corpo glorioso semelhante ao de Jesus, com o qual viverão para sempre. A inexprimível alegria do reencontro com os entes queridos ressuscitados somente será su­perada pela contemplação da face de Jesus.

Os resgatados cantarão sua incomparável felicida­de, pela realização do seu mais acalentado sonho. "E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a Quem aguardávamos, e Ele nos salvará. Este é o Se­nhor, a Quem aguardávamos; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos" (Isaías 25:9).

Para os que rejeitaram a Jesus e a salvação, entretanto, o espetáculo da Sua vinda é algo terrível, e somente muito tarde estarão reconhecendo que a pregação da Sua vinda, que desprezaram e escarne­ceram, não era uma fábula tola.

O fogo consumi­dor que é a presença do Deus Todo-poderoso abra­sará e consumirá todos os que não foram transfor­mados e capacitados para esta hora: "Nuvens e obs­curidade estão ao redor dEle; justiça e juízo são a base do Seu trono. Adiante dEle vai um fogo que abrasa os Seus inimigos em redor. Os Seus relâmpagos alumiam o mundo; a Terra viu e tre­meu. Os montes se derretem como cera na pre­sença do Senhor, na presença do Senhor de toda a Terra. Os céus anunciam a Sua justiça, e todos os povos vêem a Sua glória" (Salmo 97:3-6).

Os ímpios, portanto, serão mortos pelo es­plendor de Sua vinda, pois não poderão suportar o fogo consumidor que é a glória da presença do Senhor. Está escrito: "Por causa da ira do Senhor dos Exércitos a Terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo... Mas julgará com justiça os po­bres, e repreenderá com equidade os mansos da Terra; e ferirá a Terra com a vara de Sua boca, e com o sopro dos Seus lábios matará o ímpio . Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo em Sua ira, e lançando espesso fumo; os Seus lábios estão cheios de indignação, e a Sua língua é como fogo consumidor" (Isaías 9:19, 11:14 e 30:27).

A linguagem utilizada por todos os profetas, no Antigo e Novo Testamentos, é uma lin­guagem que causa forte impressão e não deixa margem a qualquer dúvida, a respeito da terrível solenidade do extraordinário acontecimento. Che­gou o momento em que a violência, a impiedade e corrupção do mundo deverão sorver a taça da retribuição de tudo que plantaram. O dia do ajus­te de contas finalmente chegou. A paciência e longanimidade divinas, que por tantos milênios retardaram os juízos sobre um mundo impeniten­te, finalmente são removidas.

A Palavra de Deus declara os seus resultados, ma­nifestos no dia do Senhor: "Porque a indignação do Se­nhor está sobre todas as na­ções, e o Seu furor sobre todo o exército delas; Ele as des­truiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos se­rão arremessados, e com o seu sangue os montes se derrete­rão. E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enro­larão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide, e como cai o figo da figueira" (Isaías 34:2-4).

Todas as advertências da Palavra de Deus serão cumpri­das nesse dia. Nenhuma delas faltará. "Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião. E os ribeiros se transformarão em piche, e o seu pó em enxofre, e a sua terra em piche ardente . Porque eis que o Senhor virá em fogo, e os Seus carros como um torvelinho, para tornar a Sua ira em furor, e a Sua repreensão em chamas de fogo. Porque com fogo e com a Sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os mortos do Senhor serão multiplicados. Os que se santificam, e se purificam nos jar­dins uns após outros, os que comem carne de por­co, e a abominação, e o rato, juntamente serão con­sumidos, diz o Senhor" (Isaías 34:8-9 e 66:15-17).

Os textos seguintes da Palavra de Deus não deixam margem a dúvidas a respeito da ressurrei­ção dos justos, na volta de Jesus, quando os ímpios moradores da Terra serão castigados: "Os teus mor­tos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os seus mor­tos . Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra des­cobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos" (Isaías 26:19 e 21).


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