O Cristianismo é um princípio de vida de origem divina. Ele é, num
sentido geral, a continuação do que conhecemos como Judaísmo, isto é, a síntese
dos ensinamentos ministrados aos hebreus, enviados através de patriarcas e
profetas. A única diferença é o cerimonial típico de sacrifícios, praticados pelos
judeus e que tiveram cumprimento no sacrifício de Jesus, para o qual aqueles
sacrifícios apontavam. Vindo o verdadeiro sacrifício do qual aqueles eram sombra,
não se faziam mais necessários aqueles ritos simbólicos, como os holocaustos,
festas cerimoniais e a circuncisão, dentre outros.


O Cristianismo sintetiza os ensinamentos de Jesus Cristo, de amor a
Deus e ao próximo. Pelo Seu sacrifício, a humanidade teria restabelecida,
novamente, a ligação com Deus, rompida pelo pecado, no Éden. Este é o verdadeiro
sentido da palavra “religião”. Ela significa “religação”. Portanto, a verdadeira religião
não é uma instituição ou denominação religiosa, mas uma pessoa: Jesus Cristo. Ele
é a verdadeira religião e o único caminho por meio do qual o homem pode ser
restabelecido à comunhão e ao favor do Pai.


Este caminho foi claramente definido por Jesus, ao dirigir-se a Natanael,
um dos Seus discípulos, no início do Seu trabalho em favor dos homens. Disse Ele,
referindo-se a Si próprio: “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante
vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho de Deus”
(S. João 1:51). Esta mística ligação com o céu já havia anteriormente sido
manifestada através da Palavra de Deus, muitos séculos antes, quando Jacó, fugindo
da ira de seu irmão Esaú, teve um sonho da parte de Deus: “E sonhou: e eis uma
escada era posta na Terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus
subiam e desciam por ela” (Gênesis 28:12).


Jesus é, portanto, a escada ou a ponte para o céu. Ele é, repetimos a
única ligação possível da humanidade, com Deus. Ele é, segundo as Sagradas
Escrituras, o único caminho e o único Intercessor entre Deus e o homem. Ele
próprio, a Palavra Viva de Deus, afirmou, de maneira clara, incisiva e de molde a
não deixar nenhuma dúvida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem
ao Pai, senão por mim”. (S.João 14:6).


Esta verdade é tão importante que foi enfatizada pelo apóstolo Paulo,
quando já no seu tempo alguns tentavam transtornar o Evangelho Eterno,
inquietando os primeiros cristãos: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu
vos anuncie outro Evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema.”
(Gálatas 1:7 e 8).


A Palavra de Deus escrita, a Bíblia Sagrada, a única fonte de fé para o
Cristão é contundentemente clara na afirmação de que existe somente um
intercessor entre Deus e o homem: Jesus Cristo. Está escrito: “Porque há um só
Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Timóteo
2:5). É Ele aquela ponte entre Deus e a humanidade, antes mencionada.


Existe, porém, na Terra, um poder, o qual é objeto do estudo da Série “O
Terceiro Anjo”, anunciada pelo site “www.oevangelhoeterno.com.br”, que se arroga
esta condição e procura substituir e usurpar a prerrogativa que somente Jesus pode
ter. Ele é designado por si próprio e pela instituição que comanda como “a suprema
ponte”, ou Sumo Pontífice, título que herdou do antigo paganismo romano, com que
eram anteriormente designados os seus imperadores.


Portanto, somente através de Jesus o homem novamente pode ter direito
à vida eterna, vencido o poder da morte, à qual todo ser humano estava subjugado.
O retorno à vida, pela ressurreição, ficou assegurado pelo Criador, com a oferta
representada pelo sacrifício da cruz.


O próprio Senhor Jesus afirmou, categoricamente: “Eu sou o primeiro e o
último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém.
E tenho as chaves da morte e da sepultura”. “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem
crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá”. “E Eu o ressuscitarei no último dia”
(Apocalipse 1:17-18; S. João 11:25 e 6:44).


O mesmo Jesus afirma claramente: “Quem ouve a Minha Palavra, e crê
nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida”. Ele diz, ainda: “os mortos ouvirão a voz do Filho de
Deus, e os que a ouvirem viverão”. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora
em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da
condenação” (S. João 5:24-25 e 28-29).


Esta é a essência do Cristianismo. Unicamente pela fé em Jesus Cristo e
pela aceitação do Seu sacrifício é que o homem tem o direito à vida eterna. Não
existe mais nada, nenhuma coisa, nenhum homem, nenhum outro nome que possa
substituir ou contribuir com o que Deus estabeleceu para a nossa salvação. Pedro,
falando de Jesus, a pedra que foi posta por cabeça de esquina, como fundamento da
Igreja, afirmou: “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.
(Atos 4:12).


E Paulo ensina: “Todos estão debaixo do pecado, não há um justo, nem
um sequer. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Atos 4:11-12; Romanos 3:9-10, 12 e 23). O
mesmo apóstolo, inspirado pelo Espírito de Deus, completa: “Sendo justificados
gratuitamente pela Sua graça; pela redenção que há em Cristo Jesus”. “Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo”. “Porque o
salário (ou conseqüência) do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por (através de) Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 3:24, 5:1 e 6:23).


Esta, repetimos, é a essência do Cristianismo. Todo ensino, filosofia ou
doutrina contrária a estes princípios, que visem modificá-los, alterá-los ou mesmo
aperfeiçoá-los, tem origem no inimigo de Deus e de Jesus Cristo e podem ser
rotulados, sem nenhuma dúvida, de anticristianismo.


A maior prova de que a fé de alguém é genuína é a revolução que
acontece em sua vida, ao conhecer a Jesus e aceitar o Seu sacrifício. Quando
alguém abraça a Jesus Cristo – a verdadeira religião – pela fé, é transformado. Um
poder superior modifica os seus hábitos, pensamentos e ambições. É este poder
santificador – a influência do Espírito Santo – que modela o caráter à semelhança do
caráter do Mestre, a Quem desejará imitar.


Então, o que era impossível, passa a ser uma realidade em sua vida:
vencer as tentações, desejar naturalmente fazer o bem até mesmo para quem lhe faz
o mal, afastar-se do erro, amar os inimigos, pagar todo mal com o bem e outras
coisas que ao homem natural é impossível fazer. Estará vivendo aqui mesmo na
Terra, os princípios do reino de Deus, do qual se tornou um cidadão. Estará
praticando a lei do amor e da caridade, habilitado para o céu. Por gratidão e amor a
Deus praticará a obediência voluntária a todos os Seus princípios e mandamentos. A


graça está em seu coração, a salvação o alcançou. Este é o Cristianismo verdadeiro,
a religação com Deus.