É desconcertante o estranho fascínio que o pecado, a mentira e o engano exercem sobre a natureza humana. É mesmo inacreditável a quantidade e multiplicidade de ensinamentos, doutrinas e dogmas conflitantes e completamente antagônicos que são pregados nos púlpitos das igrejas, nos templos e sinagogas ao redor de todo o mundo e divulgados por todos os meios de comunicação hoje existentes e que fazem do planeta uma verdadeira "aldeia global".

A religiosidade tem tomado conta da terra. Religiosidade, não consagração. Os lugares de culto se multiplicam a cada dia, mas a corrupção e a violência tomam conta da terra. Relatos de crimes repugnantes, atentados terroristas, vandalismo e desamor tornam-se corriqueiros e banais, fazendo parte do dia a dia de cada cidade. Com isso vem à memória daquele que estuda as Sagradas Escrituras as palavras proféticas de Jesus: “Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra”? (Lucas 18:8).

Parece haver uma contradição. Aumenta o número de igrejas e de seus freqüentadores e proporcionalmente aumenta a degeneração moral e decresce o espírito de fraternidade e de amor que caracterizava a igreja apostólica, primitiva, em que SER era muito mais importante do que TER. A resposta está na afirmação: quantidade não é qualidade. O próprio papa Bento XVI, líder maior da igreja de Roma tem afirmado que o que verdadeiramente interessa não é a quantidade, mas a qualidade dos seus seguidores.

São do próprio Senhor Jesus as palavras de advertência sobre os acontecimentos imediatamente anteriores à Sua volta à nossa terra, quando Ele predisse que Satanás procuraria simular esse evento, enganando as multidões, como se fosse ele o Cristo, o Filho de Deus regressando conforme Sua promessa. “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que Eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; eis que ele está no interior da casa, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:24 a 27).

Satanás está a preparar o terreno para o grande último engano. Ele deseja e será recebido pela imensa maioria dos homens e deles receberá adoração. Suas mentiras têm encontrado terreno fértil em corações não consagrados, mais interessados nas coisas materiais no que no reino de Deus. A verdade foi jogada por terra e prosperou a mentira. A tradição sobrepujou a Palavra de Deus. São muitos os que, a despeito de professar fé no Salvador vivem uma vida completamente dissociada dos Seus ensinos e preceitos.

Proporcionalmente são poucas as pessoas que acreditam que Jesus é Deus e que vai voltar. Poucos acreditam na ressurreição dos mortos, porque imaginam que eles já se encontram no lugar que lhes compete, conseqüência da vida aqui vivida: ou no sofrimento eterno ou no gozo eterno, num corpo imaterial e etéreo, nunca mencionado na Palavra de Deus.

Multidões descrêem do Deus criador e tentam tirar do Eterno a glória da criação da vida e do homem, atribuindo ao acaso e à natureza a evolução das espécies. A maioria das pessoas consulta os mortos, o que é abominação a Deus, atribuindo a eles fenômenos da autoria de espíritos de demônios. Sua sagrada lei é considerada sem efeito, não mais em vigor, anulada pela graça e pela fé.

Estes três temas são exatamente o oposto do que ensinam as mensagens angélicas do livro do Apocalipse, que mostram o Deus Criador, O juízo final e a restauração do Evangelho Eterno. São simbolicamente descritos no mesmo livro como espíritos de demônios, semelhantes a rãs, que congregam os homens para a batalha final entre a verdade e o erro, entre Jesus Cristo e Satanás.

A união das igrejas protestantes, ditas evangélicas, apostatadas, com o paganismo católico-romano e o espiritismo em todas as suas formas estarão formadas de um lado na última grande controvérsia que dominará o mundo. Do outro lado, atendendo ao último chamado de Deus estarão aqueles “que lavarão suas vestes no sangue do Cordeiro”, saídos de Babilônia, a grande meretriz, perseguidos como sempre foram os que verdadeiramente seguem a Jesus, têm a Sua fé e guardam os Seus mandamentos.

A profissão de fé pouco ou nenhum valor terá e as instituições humanas virarão pó. Está chegando o tempo da separação do joio e do trigo e dos bodes das ovelhas. O Esposo se apressa, as bodas estão próximas. É hora de cada um que guarda a sublime esperança do encontro com Cristo “colocar azeite em suas lâmpadas”, para que aquele dia não venha sobre si como ladrão e arrebate a coroa de glória que lhe está preparada.

Lembre-se: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmos 30:7) e “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória” (II Coríntios 4:17). A oração é a respiração da alma. O estudo da Bíblia é alimento para o espírito. A fé em Cristo é a nossa vitória. Preparemo-nos agora, pois falta pouco. Canaã está muito próxima. Maranata!