Somos cristãos! Temos por norma de fé a Bíblia Sagrada e somente ela. Todas as modificações nela promovidas por homens ou instituições são por nós descartadas, como inválidas. A tradição, para nós, é como foi considerada por Jesus: "planta que Deus não plantou e que será arrancada" (Mateus 15:13). Nossa motivação maior é o anúncio da breve volta de Jesus Cristo a esta terra, para completar o plano divino da redenção da humanidade.

Somos um grupo de pessoas - um grupo aberto - e muito nos alegramos quando outros se juntam a nós com o mesmo propósito de levar a quantos pudermos o conhecimento da Palavra de Deus e dos eventos finais que antecedem a volta de Nosso Senhor e Salvador.

Não fazemos proselitismo religioso. Não somos patrocinados ou monitorados por nenhuma instituição de qualquer natureza, religiosa ou não. Não pedimos, não aceitamos e nem temos interesse financeiro de qualquer espécie e nem objetivamos qualquer vantagem material. Nosso único objetivo e ideal é obedecermos à comissão do Mestre: "IDE E PREGAI ESTE EVANGELHO...e...DE GRAÇA RECEBESTE, DE GRAÇA DAI;" (Marcos 16:15 e Mateus 10:8).

Não pregamos o evangelho popular, hoje muito em voga, que prioriza a prosperidade material e as curas milagrosas. Bem sabemos que, de acordo com Sua Palavra, o Deus Eterno ama a prosperidade dos Seus filhos e a vida em abundância, plena de saúde. Para isto Ele deixou regras claras por meio das Sagradas Escrituras. Se seguidas, Seus filhos obedientes sempre serão cabeça e jamais cauda; sempre terão para emprestar e jamais tomarão emprestado. Moléstia alguma haverá entre eles. As que existem serão curadas por meio do remédio natural provido pelo Céu: hábitos saudáveis, exercícios físicos e alimentação adequada, dentre outros. Acima de tudo a completa confiança no Pai Celestial. Pregamos o Evangelho do Reino de Deus, que o sacrifício de Jesus veio oferecer de graça e pela Sua graça.

Somos pessoas que crêem de toda a sua alma que Deus ama com amor incompreensível para mentes humanas cada um de Seus filhos. É como se cada pessoa fosse única no mundo, aos Seus olhos de amor. Cremos que Ele não olha Seus filhos como um juiz rigoroso que perscruta seus defeitos e fraquezas para os punir, mas como um Pai amoroso que Se deleita em atender a cada uma de suas súplicas, ainda que Suas respostas não sejam momentâneamente compreendidas ou entendidas pelo suplicante. Nem um simples pedido ou oração, por pequeninos que possam parecer deixarão de ser ouvidos e atendidos pelo Pai de amor.

Somos pessoas que acreditam que o valor de cada ser humano pode ser medido pelo sacrifício da cruz. Que aqueles que o aceitarem terão uma vida cuja duração será a mesma da vida do próprio Criador. E que cujo corpo será semelhante ao Seu próprio corpo, criado à Sua imagem, segundo a Sua semelhança. E que o Seu propósito original ao criar o homem, interrompido por cerca de seis milênios por causa do pecado, será retomado na recriação de uma terra com a beleza e perfeição originais, onde não mais existirão a morte, o sofrimento e a dor. Segundo a promessa de quem não pode mentir o homem voltará ao primeiro domínio, ou seja, à perfeição de quando veio pela primeira vez à existência.

COMO SURGIMOS?

Desnecessário citar nomes de participantes e colaboradores voluntários, valiosos e valorosos, que fazem parte deste tão abençoado trabalho. Somente para ilustrar sua origem vai a seguir descrita a sua história. Ela foi idealizada, sonhada, vem sendo construída e se consolida da experiência de vida de seu autor primeiro, que em sua trajetória teve marcantes experiências como católico, ateu, espírita e evangélico e que desta mesma experiência, de exaustivas pesquisas e estudos e mesmo de sua ansiosa busca chegou à conclusão do que com humildade e desejo de compartilhar com todos chamou de "Série O Terceiro Anjo” ou O EVANGELHO ETERNO.

Se obtiver a paciência do leitor para que acompanhe sem nenhum preconceito ou espírito pré-concebido a leitura desta narração, até ao seu final, sem interrompê-la, para que não tire conclusões antecipadas e indevidas, tem a esperança de que ele certamente compreenderá, sem nenhuma dúvida, o propósito, a inspiração, a sinceridade e o objetivo maior deste trabalho.

PRIMEIRA PARTE - CATOLICISMO:

Ele agradece a Deus por ter nascido em um lar de princípios cristãos. Filho de pais católicos romanos que o ensinaram, no conhecimento que tinham, seus primeiros passos no cristianismo. Não pode deixar de dizer que teve uma infância muito feliz e que se tivesse tido a oportunidade de escolher seus pais, antes de nascer, teria escolhido sem titubear aqueles que lhe deram o lar e a criação com que Deus o presenteou por meio deles.

Natural de Caiapônia, pequena cidade do interior de Goiás, no tempo esperado fez, com inenarrável alegria, sua primeira comunhão. Nada superava sua satisfação e orgulho em ajudar na celebração das missas como coroinha ou “levar flores a Maria”, na chamada Festa de Maio, celebrada até hoje nesse mês em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

Ainda na infância foi estudar o ginásio, na Capital, no internato do Colégio Ateneu Dom Bosco, onde iniciou sua adolescência, sempre como católico convicto, fervoroso e sincero. Tinha especial devoção por Santa Rita de Cássia, em razão da qual usou por muitos anos uma correiazinha na cintura, sob a roupa, presenteada por sua mãe, a qual teria o condão de o livrar de qualquer perigo. Não a retirava do corpo em nenhuma circunstância, nem mesmo para se banhar.

Foi, em sua fé católica, ensinado que “Deus é Amor.” Acreditava em todos os dogmas e doutrinas que lhe eram ministrados, inclusive na eficácia das indulgências, por ele utilizadas muitas vezes em favor de pessoas queridas já falecidas. Cria no Inferno, lugar de tormentos eternos, para onde iam as almas das pessoas que morriam estando culpadas de algum tipo de pecado chamado mortal, ou seja, a transgressão de algum dos dez mandamentos, sem a devida confissão auricular e a absolvição por parte de um sacerdote católico, um padre.

Cria no Purgatório, uma ante-sala do Paraíso, para onde iam as almas das pessoas que morriam sem estar culpadas de algum pecado mortal, mas que necessitavam “pagar” ou sofrer a penalidade da culpa de outro tipo de pecado mais leve ou mais brando, chamado de pecado venial. Esta pena variava em conformidade com a quantidade e qualidade dos mesmos, sendo medida ou contada em anos, milênios e, mesmo, períodos muitíssimo mais longos, mas que podiam ser atenuados ou mesmo perdoados por algum dos diversos tipos de indulgências ou até anistiados, ou totalmente perdoados pela chamada “indulgência plenária” que teria o poder de remeter a alma diretamente das chamas do purgatório, para o Paraíso, a presença de Deus, dos anjos e dos santos.

Durante muitos anos acreditou sinceramente, mas com grande temor, nestas doutrinas. Ao fim da adolescência e com o amadurecimento e os conhecimentos que acompanham o avanço da idade, ao adentrar a fase adulta, dúvidas atrozes começaram a martirizar seus pensamentos e sentimentos, com relação àquela afirmação basilar do cristianismo de que Deus é amor.

Fazia ele comparações de Deus com seu próprio pai e não conseguia imaginar que aquele que o gerara na carne, por nenhuma razão deste mundo, por pior que ele viesse a se tornar, teria a coragem de o castigar, jogando-o numa fogueira por breves instantes que fossem, ainda mais se isto durasse por toda a eternidade, num sofrimento sem fim e sem esperança.

Começou a raciocinar seriamente e chegou a uma conclusão que relutava em admitir conscientemente: Seu pai o amava mais que Deus ou ele era mais misericordioso que o Criador. Seu amor a Deus foi se transformando numa espécie de medo e mesmo de ressentimento e chegou ao ponto de renegar a vida, considerando-a como um castigo, em vez da bênção que é, preferindo não ter nascido, se assim pudesse ter escolhido.

Assim, com esses pensamentos e sentimentos deixou a infância e adolescência e chegou á fase adulta, tornando-se um homem, no sentido que se dá a esta palavra, na concepção e nos moldes do que está sendo narrado.

Foi nessa época – acredita - que foi dado o primeiro passo para a realidade deste trabalho. Genioso, irrequieto, não raras vezes se metia em brigas e confusões com colegas do internato, coisas de menino. Numa ocasião foi levado para ser repreendido à diretoria do Colégio.

Era diretor o professor e então padre Abdon de Morais Cunha. Em vez de ser severamente julgado e condenado foi por ele sábia e amorosamente aconselhado. Jamais voltou a brigar ou ser levado de volta para ser repreendido. Ao mesmo tempo em que ele o aconselhava citou a história de grandes personagens da história da humanidade que conseguiram canalizar sua voluntariedade e energia para causas edificantes e se tornaram uma bênção para o seu próximo.

Quase quarenta anos após este fato reencontrou seu conselheiro, agora renomado professor de oratória e advogado. Caminhando ambos em volta do Parque Areião, em Goiânia, se reconheceram imediata e simultaneamente. Talvez ele não saiba quanto bem lhe fez e quão responsável é pelo processo de moldagem do seu caráter e até pela existência da presente obra. É ele muito agradecido a Deus por tê-lo colocado em seu caminho.

SEGUNDA PARTE - ATEÍSMO:

Grande parte do início de sua vida adulta vagou sem religião, sem freqüentar igrejas, a não ser por algum motivo ou acontecimento de natureza social. Chegou ao ponto de desacreditar de que havia um Deus que governava o universo. Mas, à semelhança de Voltaire, não podia imaginar a natureza, a terra, as estrelas, enfim, as coisas infinitamente pequenas e as infinitamente grandes funcionando como um grande e perfeito relógio, sem que também houvesse um relojoeiro que as criara e mantinha.

Não podia admitir, conscientemente, a existência de tão vasta criação tendo surgido espontaneamente, sem um Criador. A perfeição de todo o conjunto dos seres animados e inanimados, sua complexidade e lógica não lhe permitiam aceitar passivamente a existência das coisas sem um Criador. Se sua boca dissesse não acreditar num Deus vivo, seu inconsciente se rebelava contra essa idéia.

Se disse alguma vez por modismo ser um ateu, na verdade nunca se sentiu como tal. No mais íntimo da sua alma ele ansiava por um Deus que preenchesse o imenso vazio que sentia na alma e lhe desse uma resposta às dúvidas que tinha sobre todas as coisas. Eram muitos e repetidos seus momentos de reflexão sobre o tema.

Dizia-se então católico, mas, na realidade, como tantos que vagam mundo afora sem compreensão e esperança do futuro e da eternidade, na verdade não professava e nem praticava qualquer tipo de religião.

TERCEIRA PARTE - ESPIRITISMO:

Aos vinte anos conseguiu seu primeiro emprego. Foi aprovado em um concurso do Banco do Brasil e tomou posse no cargo em agosto de 1.967. No exercício de sua atividade e no convívio da cidade de Iporá, interior de Goiás, conheceu uma pessoa extraordinária que muito lhe ensinou e ajudou moralmente.

Médico, um dos donos do Hospital Evangélico, naquela cidade, é ele uma das pessoas mais dignas, honestas e de caráter mais íntegro que conheceu em sua vida. O Doutor Humberto Leão Veloso era – não sabe se ainda é - na época, espírita e um dos maiores estudiosos que já conheceu do espiritismo. Foi cativado pela sua maneira humilde e ao mesmo tempo digna de viver, ajudando despretensiosa e caritativamente as pessoas menos afortunadas.

Desejou seguir-lhe o exemplo. Incentivado por ele freqüentava regularmente sessões onde se buscava sinceramente o conhecimento do desconhecido. Via e sentia sinceridade no propósito de todos que participavam daquele movimento. Leu todos os livros de autoria de Allan Kardec, conhecido como o codificador do espiritismo. Igualmente leu inúmeras obras do que foi o mais conhecido médium brasileiro, Chico Xavier. Leu ainda muitas outras obras de muitos outros autores espíritas.

Na ocasião se autodenominava católico-espiritualista, sem ao menos saber direito o que isto podia significar. O maior bem que obteve de sua experiência como espírita foi perder o medo do inferno ou purgatório e deixar de duvidar do amor de Deus. Além disso, pôde descobrir quantos e quão grandes homens existem no seio desse movimento. Pessoas desinteressadas, praticantes do bem, amantes da misericórdia e que despertaram nele a admiração e o respeito que até hoje nutre por eles.

Convive e ajuda atualmente pessoas amigas que, com desprendimento, doam tanto não apenas de si, mas do seu tempo e patrimônio para ajudar pessoas menos favorecidas, mais de duzentas famílias beneficiadas com um trabalho abnegado. O lucro dessas pessoas é a satisfação do dever cumprido, na prática do amor e da misericórdia, mérito que ninguém jamais poderá lhes tirar. Esta é uma das mais visíveis faces da religião prática, do verdadeiro amor ao próximo, que procede do coração.

Dentre tantos pode destacar a figura e o trabalho de um advogado com quem convive há mais de duas décadas, o Dr. Vanderlei Fernandes, cujo exemplo bem poderia servir para tantos líderes religiosos que em lugar de ajudar ao seu semelhante se aproveitam da simplicidade, credulidade e boa fé das pessoas, em benefício próprio.

Mas, a bem da verdade, embora sua expectativa sobre a eternidade houvesse melhorado e bastante, ainda não se sentia completamente satisfeito e feliz. Tão apegado à família e às pessoas mais queridas, rebelava-se contra a idéia da separação após a morte, onde cada um seguiria seu trajeto em muitas vidas diferentes em busca da perfeição.

Dá testemunho de que todas as pessoas aqui mencionadas procuravam ou procuram servir a Deus no conhecimento que têm ou que tiveram e de acordo com a sua consciência.

Nove anos após sua admissão no Banco do Brasil trocou o mesmo por um emprego público. Prestou concurso para o fisco do Estado de Goiás, que foi seu segundo e último emprego, tendo assumido o cargo em janeiro de 1.976 e deixado o mesmo como Auditor Fiscal em agosto do ano de 1.997, por meio do Programa Nova Vida, ou seja, um plano de demissão voluntária comumente chamado de PDV ou Plano de Demissão Voluntária, patrocinado pelo governo estadual.

QUARTA PARTE - PENTECOSTALISMO:

Nesse ínterim sua família – pais e irmãos – havia se mudado de Caiapônia, sua terra natal, para Iporá. Como fiscal do Estado foi trabalhar no extremo norte, em Tocantinópolis, hoje Estado do Tocantins. Morando em Goiânia trabalhava por meio de escalas de serviços que lhe proporcionavam períodos longos de folgas, que faziam contrapartida ao trabalho. Assim chegava a trabalhar por um mês inteiro e a folgar outro mês completo.

Apesar de alguns inconvenientes esse fato lhe propiciava visitar constantemente seus pais, no interior. E uma das coisas que mais lhe davam prazer era agradá-los, fazê-los felizes. Nesse meio-tempo eles haviam se convertido à religião pentecostal, tornando-se membros da Igreja Assembléia de Deus. Foram muito felizes nessa Igreja, pela devoção e sinceridade com que serviam a Deus, no conhecimento que tinham.

O sonho mais acalentado por sua querida e saudosa mãe era que ele se “entregasse a Jesus”, vindo a fazer parte desse movimento. Com o propósito de agradá-la assistia frequentemente aos cultos públicos dessa Igreja. Um dia, inesperadamente, levantou-se do banco em que se assentava, com o braço direito levantado no momento final do culto, quando o pastor fazia o seu “apelo”, ou convite para que as pessoas não-crentes aceitassem a Jesus como seu Salvador pessoal.

Foi um momento indescritível, inesquecível, este seu gesto positivo de aceitação do convite formulado. As lágrimas de alegria de sua mãe o comoveram e o emocionaram de uma maneira que as palavras são insuficientes para descrever. Mas sua “conversão” não tinha sido sincera.

Agiu daquela maneira apenas para fazer sua mãe feliz. Quando estava perto dos seus pais, no interior, agia e se portava como “crente”. Quando voltava para o trabalho, tão distante, voltava a agir e a se portar como antes, fumando e bebendo, dentre outras coisas não recomendáveis para alguém que pretendia ser conhecido como cristão.

Mas essa experiência foi válida e positiva. Disso dá hoje muitas graças e louvores a Deus. Conheceu no seio daquela Igreja pessoas maravilhosas, sinceras, tementes a Deus e que O serviam de coração, com o conhecimento que tinham. Apesar de conservarem o dogma de um inferno de sofrimento eterno do qual já se livrara e não mais temia, nem acreditava, a experiência foi válida e positiva. Mas o bem maior que obteve dessa experiência foi começar a ler a Bíblia Sagrada. Como um estudioso e apaixonado pela história das civilizações, começou a descobrir coisas extraordinárias na leitura do livro sagrado.

Mas, quando maior era o seu entusiasmo veio a grande decepção. Ao ler o último livro, o livro do Apocalipse, sua fé nascente sofreu um golpe quase mortal. Ao contemplar na leitura desse livro animais fabulosos e monstros estranhíssimos, não existentes na fauna terrestre sua consciência lógica não pôde aceitar aquelas imagens inverossímeis. Não podia adivinhar, então, que tal como no livro de Daniel, no Antigo Testamento, aqueles animais eram meramente simbólicos e representavam na realidade significado muito diferente do que aparentavam.

Continuou a estudar a Bíblia, mas não conseguindo aceitar consciente e sinceramente aqueles estranhos símbolos. E pior, ninguém conseguia dar-lhe uma explicação lógica, que satisfizesse seu interesse quase febril e sincero. Teorias as mais diversas e estranhas lhe eram apresentadas por estudiosos e pastores de diversas denominações religiosas que não convenciam seu raciocínio e sua consciência. E o tempo foi passando.

QUINTA PARTE - ADVENTISMO:

Numa ocasião, ao final de um dia de expediente normal de trabalho, saindo do prédio do Centro Administrativo, em Goiânia, pôde contemplar um pelotão de soldados da Polícia Militar executando a cerimônia de arreamento da bandeira nacional, que era e ainda hoje é repetida todos os dias.

Caminhando a seu lado um desconhecido inesperadamente dirigiu-se a ele com as seguintes palavras: “-Dentro de pouco tempo isso vai acabar!” Um pouco desconcertado e sem compreender o que ele pretendia, perguntou-lhe a razão de sua afirmativa um tanto quanto estranha. Entabularam então uma conversa onde ele citava diversas passagens bíblicas, principalmente do livro do Apocalipse, onde ele afirmava convictamente que em breve todas as coisas então existentes iriam ter fim, com a volta de Jesus Cristo a esse mundo.

Até então não havia dado a devida atenção a esta afirmação bíblica – a volta de Jesus – primeiramente por desinteresse provocado pelo desconhecimento do assunto e depois por julgar ser esta hipótese uma fábula criada por crentes ou pessoas com certa dose de fanatismo. No decurso de sua conversa que se prolongava aproveitou para perguntar por aqueles animais mencionados pelo livro do Apocalipse. Ele, cujo nome é Davidson e a quem agradece a Deus por tê-lo colocado naquele momento em seu caminho, deu-lhe algumas respostas diretas sem, no entanto, conseguir apresentar provas convincentes de suas afirmações.

Alegando faltar-lhe o necessário preparo e conhecimento para descortinar e ensinar todo o conteúdo simbólico do livro, das figuras e dos animais ele propôs, caso assim quisesse, levá-lo a um seu irmão de fé, da mesma Igreja de que ele fazia parte e que, segundo ele, detinha todo o conhecimento para desvendar todos os mistérios representados por aqueles símbolos. Aceitou imediata e alegremente o seu convite, embora conservando suas dúvidas.

Ele o levou à residência de um senhor que descobriu ser o maior estudioso e conhecedor das profecias bíblicas que havia conhecido até então. Ele se tornou seu professor, instrutor e pai na fé. Seu nome: José Antônio de Castro, membro há mais de cinqüenta anos da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

No primeiro dia, o dia em que se conheceram saiu de sua casa quando eram quase duas horas da manhã. Foi um custo justificar sua chegada em casa tão tarde. Mas o seu entusiasmo, alegria e estado de excitação eram tão grandes que além de convencerem sua esposa despertaram nela o desejo de conhecer as tão boas novas.

Nos dias seguintes e por vários meses eram visitantes assíduos da casa do seu pai na fé, culminando esse período com sua entrega total, absoluta e incondicional ao Salvador da humanidade, Jesus Cristo. Como conseqüência, o seu testemunho público desta entrega pelo batismo por imersão, que simboliza a morte do velho homem e o renascimento do novo homem, com todos os conhecimentos para viver aqui mesmo na terra os princípios do reino de Deus.

ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES:

Muitos anos se passaram. Ele se comprazia em dar estudos bíblicos, enfim, cumprir a ordem do Mestre: “Ide e pregai este Evangelho a toda a criatura..” Como estes estudos demandavam muito tempo e alcançavam poucas pessoas de cada vez, por meio de inúmeras reuniões, sempre imaginou em criar ou elaborar um estudo que pudesse atingir muitas pessoas ao mesmo tempo pela página impressa.

Foi quando surgiu a idéia de escrever um estudo completo, que abrangesse todos os conhecimentos que obtivera e que compreendesse desde o período anterior à criação até à restauração de todas as coisas, o restabelecimento do reino de Deus aqui mesmo na terra, finda a história da redenção do homem.

Enquanto se esforçava para encontrar um meio que atingisse tal propósito ouviu uma mensagem num culto no sábado, na Igreja Adventista do Setor Palmito, em Goiânia, proferida pelo Pastor Rubens Moraes. Esta foi a pedra de toque para dar início a este trabalho, baseado numa história que ele usou como ilustração, em seu sermão, que consistia mais ou menos no seguinte:

“Um homem do campo transitando por uma estrada rural encontrou à beira da estrada, próximo a sua propriedade, um ovo um pouco estranho, um pouco diferente daqueles com que estava acostumado no seu dia a dia. Resolveu levá-lo para chocar junto a outros ovos no galinheiro de sua propriedade. Após algum tempo nasceram os pintainhos e ele notou que daquele ovo estranho nasceu uma avezinha diferente das outras.”

“Com o passar do tempo a avezinha foi crescendo e se distinguindo de seus “irmãos” de choca, seguindo diariamente a rotina de cacarejar em busca de pequenos animais e insetos, ciscando e cacarejando de modo estranho e diferente dos outros a procura de alimento, como seus companheiros."

“Certo dia levantou sua cabeça para cima e contemplou lá muito alto, entre as nuvens, uma ave altaneira, voejando soberana e imponente, vagando na amplidão. Era uma águia. Como desejou ser como aquela ave! Em vez de ficar ali cacarejando e catando insetos e bichinhos, voar como aquela ave inatingível, cortando o azul do céu entre as nuvens!"

“Na verdade o ovo que dera origem àquele estranho pintainho era um ovo de águia. Verdadeiramente aquele pintainho era uma pequena águia, vivendo como um filhote de galinha.”

Moral da história: O pastor concluiu sua mensagem fazendo uma comparação prática: Quantos de nós, às vezes somos águias, temos a natureza de águias e por uma razão ou outra, vivemos ciscando e cacarejando catando migalhas, fazendo pequenos trabalhos, quando Deus nos deu o potencial de executar um trabalho imensamente superior ao trivial a que nos temos acostumado.

Isto calou fundo em seu coração. A partir daquele dia resolveu meditar a ver se não poderia ser como uma águia, em lugar do pintainho que encarnava. E lendo muitos trechos inspirados descobriu que o Senhor nos concedeu talentos diversos, recursos e oportunidades que muitas vezes ignoramos, passamos por alto, às vezes com indiferença.

CONCLUSÃO:

Então surgiu a idéia das apostilas. Durante vários anos de pesquisa bíblica e histórica foi se formando um conjunto de fragmentos que ia, aos poucos, imprimindo numa impressora a laser, comum, e distribuindo àqueles a quem dava estudos bíblicos.

Aos poucos o movimento começou a ganhar força. Ajudado e incentivado por muitos queridos irmãos descobriu em leituras inspiradoras que Deus aprecia aqueles que com ousadia confiam em Suas promessas que não falham e não mudam e não se detêm diante de dificuldades e da ferrenha oposição de Satanás.

Não mediu esforços. Adquiriu uma impressora profissional que imprimia simultaneamente todas as páginas de um trabalho, uma apostila completa e não apenas folhas avulsas e ao final ela, com apenas os originais, processava sua impressão total, todas as folhas, frente e verso e ao final já saia completa, organizada e já grampeada.

Assim, foram confeccionadas dezenas de milhares de exemplares deste trabalho que foi chamado carinhosamente “as apostilas” e que teve como título “O Terceiro Anjo”, em referência ao último anjo da tríplice mensagem Angélica do livro de Apocalipse. Foram obtidas respostas e notícias de pessoas que delas tiveram conhecimento, vindas de diversos continentes. Era a concretização da premissa do Todo-Poderoso ao determinar que se lançasse a semente sobre as “muitas águas”. Ele garantiu, então, e de maneira peremptória e solene que de maneira alguma Sua Palavra “voltaria vazia”.

A distribuição de todo esse material foi totalmente gratuita, não sendo cobradas das pessoas interessadas nem mesmo as despesas postais de envio para os que o solicitavam.

Com o advento da internet e o progresso tecnológico dos meios de comunicação sonhou estender para além dos limites provincianos esta mensagem de esperança e de salvação. Assim surgiu este site. Aqui estamos hoje no limiar da realização de um sonho maior. Expandir, com a inspiração, bênçãos e aprovação do Todo-Poderoso e a ajuda e incentivo, sugestões e críticas de todos que abraçam a mesma causa avançar sem estabelecer limites para alcançar as vidas por quem Jesus morreu.

Este é o maior privilégio e honra concedida por Deus aos Seus filhos, pequeninos, falhos, pecadores, mas infinitamente valiosos aos Seus olhos paternais, para sermos colaboradores Seus na mais extraordinária obra que abrange todo o universo e toda a eternidade.

Este privilégio e honra é participar como ajudadores de Jesus Cristo no anúncio da salvação gratuita conquistada por seu incompreensível sacrifício substituto, para conquistar para a vida eterna, vencido o poder da sepultura, aqueles que herdarão a salvação e com um corpo semelhante ao de Jesus, receber o maior de todos os dons: a vida eterna. Foi assim que surgimos. Com a graça do Senhor nosso objetivo há de ser, com a ajuda de todos, ao final alcançado.

OBSERVAÇÃO: O leitor há de notar que, repetidas vezes, foi utilizada a expressão “com o conhecimento que tinham ou no conhecimento que tinham”. Isto significa, segundo as páginas sagradas, que “Deus não faz acepção de pessoas, mas que Lhe é agradável todo aquele que, em qualquer circunstância, O teme e obra o que é justo" (Atos 10:34-35).

Desta forma fica claro que o Senhor não leva em conta os tempos da ignorância. Entretanto isto não exime o sincero pesquisador de abraçar a verdade, quando alcançada.

E mais, chama a atenção para a advertência divina: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei...” (Oséias 4:6).

Muitos rejeitam o conhecimento, a verdade das coisas de Deus, mesmo as reconhecendo, porque “amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” (João 12:43).

É por esta causa que Jesus adverte para a responsabilidade de cada pessoa com respeito às verdades eternas: Todo aquele que amar pai, irmão, mulher, marido, família, amigos, riquezas, poder, proeminência em cargos e igrejas mais do que a Ele, não é digno dEle.

E mais, qualquer que O confessar diante dos homens Ele o confessará diante do Seu Pai que está nos céus. Entretanto, qualquer que O negar diante dos homens também Ele o negará diante de Seu Pai que está nos céus. (Ver Mateus10:32,33 e 37).

Observe a maravilhosa promessa: “Porque aos que Me honram, honrarei...!”
...e a advertência: “Porém os que Me desprezam serão envilecidos!” (I Samuel 2:30).

Não comercializamos a fé. Nada desejamos das pessoas. Desejamos as próprias pessoas, para que possam receber o reino de Deus. Não para que tenham somente as bênçãos passageiras e breves desta vida, mas a eterna bem-aventurança de herdar o reino de Deus, a vida que não terá fim. O reino que anunciamos é aquele de que falou Jesus, ao afirmar: "O Meu reino não é deste mundo."

Somos apenas cristãos, repetimos, pessoas simples e comuns, que aguardam a bendita esperança anunciada na Bíblia Sagrada, a volta a este mundo de nosso senhor e salvador Jesus Cristo, para trazer os mortos justos à vida pela ressurreição e transformar os justos vivos para estarem de pé naquele dia e poderem, assim, subsistir na presença espantosa da glória do Senhor que, como Ele mesmo afirma, é como um fogo consumidor.