Prezado amigo, gostaria que você refletisse a respeito do título desta matéria. Na verdade, em sua opinião, quem é Jesus Cristo? Foi Ele criado por Deus? Quando? Qual a Sua idade e qual a Sua significação no contexto da religião e da história?

Este questionamento é proposto em razão do que um querido amigo argumentou comigo, há alguns dias, dizendo-se conhecedor da Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, a qual ele diz ler todos os dias. Segundo seu entendimento Jesus tem pouco mais de 2.000 anos e Ele foi criado, como Filho de Deus, na época descrita do seu nascimento na cidade de Belém, na Judéia. Nosso diálogo, testemunhado por uma terceira pessoa, nosso amigo comum se tornou bastante interessante.

O fato de decidir escrever sobre o assunto se deve à razão de existirem milhares e mesmo milhões de pessoas que têm opinião semelhante. Outro motivo foi a sua afirmação, já mencionada, de ler diariamente a Bíblia Sagrada. Assim, como ele é uma pessoa de bastante destaque e influência, podendo ser considerado um formador de opiniões, julguei de extrema importância trazer esta modesta matéria, exprimindo o entendimento que considero ser o tema central das Sagradas Escrituras.

Se ele estivesse certo então Jesus poderia ser considerado pouco acima dos inúmeros santos que são venerados por milhões de pessoas em todo o mundo. Ao afirmar-lhe que Jesus é Deus ele rejeitou com veemência esta verdade, dizendo que Deus é apenas o Pai e que, juntamente com o Espírito Santo formam a Santíssima Trindade. Mas que Jesus é apenas o Filho de Deus, tendo sido criado pelo Pai, por quem Lhe foi então concedido, após o seu nascimento aqui na terra, todo o poder.

Mas não desejo questionar o conhecimento do meu amigo ou de qualquer pessoa, de qualquer credo religioso, ou de qualquer opinião, de quem quer que seja. Desejo, única e tão-somente, reproduzir o que o Testemunho Sagrado das Escrituras manifesta a este respeito. Tudo o mais se torna sem efeito ou sentido, à luz da sagrada Palavra de Deus. E, segundo ela, quem é Jesus Cristo?

A resposta é conclusiva, não deixando dúvidas a qualquer tipo de interpretação diferente da que manifesta a verdade dos séculos: JESUS CRISTO É O SUPREMO CRIADOR DOS CÉUS E DA TERRA, O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS, O PAI DA ETERNIDADE, O PRÍNCIPE DA PAZ. A seguir vamos simplesmente descrever o que os textos sagrados afirmam.

Mas antes de citar os textos bíblicos volto a insistir: Qual é a sua opinião sobre o assunto, prezado amigo? Ao perguntar ao meu interlocutor se ele amava a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento ele me respondeu: “- Deus é tudo para mim!” Sua resposta não me satisfez e eu insisti na pergunta, obtendo a mesma resposta. Não havendo tempo para continuar nossa conversa e assunto pelo avançado da hora, me propus a escrever alguma coisa e enviar-lhe posteriormente. Então me decidi a fazer a seguinte exposição e compartilhá-la com todos os queridos amigos que visitam nosso site:

“Ninguém, nenhuma pessoa pode amar verdadeiramente alguém ou alguma coisa, sem a conhecer. O amor nasce do conhecimento, do convívio, do relacionamento. O amor é um sentimento que nasce e vai crescendo, se avolumando, na medida em que a pessoa amada vai se tornando mais e mais importante, até ao ponto em que sua ausência, sua falta ou perda se transformam em motivo de grande dor e sofrimento”.

“É impossível amar a Deus sem conhecê-Lo. E como podemos ter esse conhecimento? Por meio da Bíblia Sagrada, a palavra Escrita, por meio de Jesus Cristo, a Palavra viva e por meio da natureza e de um relacionamento pessoal, iniciado de maneira bastante simples: por meio do diálogo - isto mesmo - pela “conversa” entre dois seres. Não é um monólogo, mas um diálogo, que pode se iniciar assim: “- Deus, o Senhor existe? Se o senhor existe realmente, por favor, revele-Se a mim, da maneira que Lhe convier, mas, por favor, não me deixe sem resposta !”.

Deus jamais deixará alguém sem resposta. Ao se acostumar a “falar” com Deus a pessoa vai começar a aprender a “ouvi-Lo, também. A nossa mente é sensível e, quando aberta aos apelos do Espírito de Deus, faz-nos compreender extraordinárias verdades que nos empolgarão o coração, enaltecendo a alma.

A oração é o poderoso veículo que nos comunica com o Altíssimo. É a respiração da alma. É, também, a fonte de poder e inspiração que transforma vidas, e opera verdadeiros milagres. Não a oração desprovida de sentimento e de fé. O próprio Jesus ao falar sobre a oração ensinou que não devemos nos utilizar de vãs repetições, textos decorados e repetidos, sem nenhum valor. Nesse caso, enquanto a boca profere automaticamente dezenas, centenas de vezes estes textos, a mente divaga sobre os mais variados assuntos e considerações. Tal oração é desprovida de poder e de significação. Não será ouvida por Deus, para quem ela é uma ofensa.

Quando a alma faminta da verdade e do conhecimento de Deus a Ele se dirige, não o faz em vão. Ainda que não seja aparentemente atendida, não ficará ela sem a devida resposta. E é pela oração e pelo estudo que aprendemos a conhecer a pessoa amada de Jesus Cristo, o Criador e mantenedor da vida e de todas as coisas existentes.

O ensino eterno da Bíblia Sagrada começa assim, no Antigo Testamento: “NO PRINCÍPIO criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). A expressão “no princípio” não dá a entender O TEMPO do ato divino de criar. Pode ser milhões, bilhões, incontáveis trilhões de anos, período impossível de ser entendido ou compreendido por qualquer ser criado. A partir do verso seguinte Deus Se detém a revelar a criação da vida na terra, com linguagem inteligível a um possível expectador a quem Ele Se dirija e para quem relata Seu poder na criação da vida em nosso planeta, no espaço de uma semana literal.

Também no início do Novo Testamento o apóstolo amado, inspirado por Deus assim começa: “NO PRINCÍPIO era o Verbo (ou a Palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ELE, e sem ELE nada do que foi feito se fez. NELE estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:1-4). Estes textos parecem suficientes para atestar a eternidade de Jesus, mas o apóstolo acrescenta: “Estava no mundo, E O MUNDO FOI FEITO POR ELE, E O MUNDO NÃO O CONHECEU. Veio para o que era Seu e os Seus não O receberam...E O VERBO SE FEZ CARNE, E HABITOU ENTRE NÓS, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade” (João 1:10-11 e 14).

Observe-se a afirmação enfática, conclusiva e cristalina da mesma Palavra de Deus, na confirmação dessa verdade: “PORQUE TRÊS SÃO OS QUE TESTIFICAM NO CÉU: O PAI, A PALAVRA, E O ESPÍRITO SANTO; E ESTES TRÊS SÃO UM” (I João 5:7).

Quando os fariseus e sacerdotes na dureza de seu coração disputavam com Jesus, perguntando-Lhe: “És tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E também os profetas morreram: quem te fazes tu ser? (João 8:53) o Salvador lhes afirmou:” Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe pois os judeus: AINDA NÃO TENS CINQUENTA ANOS, e viste Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse EU SOU “(João 8:56-58).

O original grego do qual foi traduzida a expressão “EU SOU” é “EGO EIMI”, a mesma que foi usada pelo Todo-Poderoso quando Se dirigiu a Moisés da sarça ardente, no deserto de Mídiã, próximo ao Monte Horebe. Após relutar com o Deus Altíssimo Moisés compreendeu sua sagrada missão e perguntou ao Senhor: “Eis que quando vier aos filhos de Israel, e lhes disser: o Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o Seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (êxodo 3:13-14).

EGO EIMI! Foi por esta razão que os judeus pegaram em pedras para apedrejarem a Jesus, acusando-o de blasfêmia, de querer fazer-Se Deus. Pois é isto que Ele é, segundo toda a Sagrada Escritura: O DEUS ETERNO, não criado, pré-existente, sem princípio e nem fim, o Alfa e o Ômega, o Princípio da Criação de Deus.

Centenas de textos na Palavra de Deus afirmam que Ele, somente Ele, Jesus, o Criador do homem poderia substituí-lo na vida perfeita onde Adão falhou, na morte injusta que era nossa e não sua, na ressurreição que é o nosso penhor e garantia da vitória sobre o pecado e a morte.

Jesus é o Todo-Poderoso Deus que está assentado à direita do poder e que em breve voltará a este mundo nas nuvens do céu com poder e grande glória na mais extraordinária manifestação que o universo – anjos e homens – jamais testemunharam, para completar o divino plano da redenção. Ele é o Senhor dos senhores que voltará não com uma coroa de espinhos, mas de glória eterna para resgatar os mortos do poder da sepultura e para retornar o homem ao primeiro domínio, interrompido por seis mil anos pela desobediência e pelo pecado e para estabelecê-lo numa terra recriada com a perfeição original, uma nova terra, onde habite a justiça, um reino sem morte, violência ou injustiça.

Este, meu amigo, é o Jesus da Bíblia, é o Jesus Salvador, é o Jesus Justificador. Este é o Jesus eterno. É o Jesus de todos os que em todos os tempos e credos O aceitaram para eterna salvação. Poderia Ele ser diferente prá você?