As Últimas Pragas
O aumento assustador dos índices de criminalidade e da violência, com a redução da capacidade carcerária, é um dos problemas que se apresentam sem solução. A corrupção generalizada e institucionalizada prenuncia um futuro sombrio para o nosso planeta. O terrorismo crescente em quase todas as partes do planeta é um dos claros sinais do fim.
O aumento das catástrofes naturais, como as Tsunamis , ondas gigantescas que recentemente ceifaram, de uma única vez mais de trezentas mil vidas na ásia, os recentes furacões e tormentas tropicais que quase varreram do mapa cidades como Nova Orleans nos Estados Unidos e no Caribe, o número cada vez mais freqüente de grandes terremotos e outras tragédias naturais são apenas o início das dores . Mas tudo isto nem se pode comparar ao que está por vir.
O recrudescimento dessas tragédias provocadas pela devastação do planeta pelo homem, o aumento do buraco na camada de ozônio que provoca o efeito estufa , o desmatamento indiscriminado, a emissão de gases poluentes, tudo contribui para o enlouquecimento do clima na Terra. Secas terríveis que transformam em deserto lugares antes férteis, inundações por um lado, frio e calor intensos por outro, em todos os lugares, indicam que o aumento do sofrimento mundial é gradativo.
Deus, em Sua misericórdia, não permite que elas venham de improviso, de surpresa, de uma só vez. Elas vêm aumentando gradualmente, até que o Espírito Santo Se afaste completamente da Terra, no fechamento da graça. Então, ao estarem sendo encerradas todas as oportunidades de salvação, os juízos de Deus cairão sem mistura de misericórdia, nas últimas pragas que castigarão o mundo impenitente e devasso.
Deus permitiu, no antigo Egito, que as pragas caíssem sobre seus ímpios habitantes, antes do livramento do Seu povo para a terra de Canaã (Êxodo 7:19 a 12:36). Assim, elas recairão também antes do livramento do Seu povo, no futuro, do Egito espiritual em que se transformou o mundo, atualmente (Apocalipse 11:8), para a Canaã celestial.
O poder e a misericórdia de Deus, que restringem hoje as ações de Satanás, serão retirados da Terra. O Adversário de Deus e seus anjos maus exercerão, então, todo o seu poder destruidor e toda a sua malignidade sobre aqueles que escolheram o príncipe das trevas como seu líder e senhor. As pragas, doenças e catástrofes que recairão sobre o mundo nada mais serão do que o afastamento da proteção de Deus.
Serão sete os últimos e terríveis flagelos, mencionados pela Bíblia Sagrada e referidos como as sete últimas pragas . Estes acontecimentos estão descritos nos capítulos 15 e 16 do livro do Apocalipse. Assim escreveu o apóstolo da Revelação: "E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus" (Apocalipse 15:1).
Mais adiante ele continua, agora esclarecendo a natureza desses flagelos: "E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a Terra as sete taças da ira de Deus. E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a Terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem" (Apocalipse 16:1-2).
Séculos antes dessa predição outro profeta já a mencionara, no Antigo Testamento, mostrando os detalhes deste terrível acontecimento: "E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca" (Zacarias 14:12).
Jerusalém, no texto, refere-se não à cidade literal que é hoje a capital de árabes e judeus. Ela representa as verdades do Evangelho Eterno e os seus mensageiros. Da mesma forma, Babilônia, que foi destruída há milênios e hoje não existe literalmente, é referida como a cidade mística que representa o conjunto de mentiras que foram colocadas no lugar das verdades eternas, bem como aqueles que as professam e defendem.
Se hoje certas doenças aterrorizam a humanidade, imagine-se a dimensão destas pestilências especificamente citadas pela Palavra de Deus como sendo a primeira praga!
Não se pode negar que quase todas as profecias anunciadas no livro de Apocalipse foram expressas em linguagem simbólica. Assim, pode-se entender que a ordem de Deus, mencionada no texto, determinando o derramamento das pragas sobre a Terra, nada mais é que a Sua permissão para que isto aconteça. Desta forma, torna-se mais fácil o seu entendimento, em harmonia com o misericordioso caráter do Senhor.
Na mesma linha de raciocínio, a segunda e terceira pragas podem, também, estar representadas por esta linguagem simbólica. Eis o texto: "E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente. E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue" (versos 3 e 4).
Assim, o mar pode representar as grandes e corruptas metrópoles e os rios e as fontes das águas representarem as cidades menores e os vilarejos. Com este entendimento, a violência e morticínio desenfreados, representados pelo sangue das águas, atingiriam primeiramente as grandes cidades, antes de alcançar as pequenas. Esta não é uma afirmação categórica, mas apenas um tema para reflexão.
Em linguagem profética a expressão águas representa povos, multidões, pessoas: "E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas. E disse-me: As águas, que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações e línguas" (Apocalipse 17:1 e 15).
A quarta praga tem que ver com o clima da Terra e a destruição do meio ambiente. O efeito estufa que se verifica com a destruição da protetora camada de ozônio, antes mencionado, a devastação da natureza e o incontável número de toneladas de gases tóxicos que são incessantemente lançados na atmosfera, certamente se refletirão no terrível desequilíbrio térmico mencionado na profecia: "E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemavam o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas: e não se arrependeram para Lhe darem glória" (Apocalipse 16:8-9).
Pode-se muito bem fazer uma idéia do que serão estes calores, se hoje com muito menos intensidade as variações climáticas provocam grande devastação e desconforto. Além disso, suas causas se farão sentir na frustração das safras agrícolas e pecuárias e na vertiginosa queda na produção de alimentos em todo o mundo.
A fome será devastadora e a violência e a criminalidade crescerão assustadoramente. Nessa época, pouco valor terão as riquezas materiais. A Palavra de Deus não se cala a este respeito: "Ai de vós, ricos, clamai e chorai por causa das misérias que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram, e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e devorará a vossa carne como fogo. Entesourastes para os últimos dias" (Tiago 5:13). ]
Nessa época apenas os que confiaram em Deus terão sua água e alimento assegurados. Terão cumprimento, então, as palavras sagradas: "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que O não serve" (Malaquias 3:18).
A quinta praga é específica e restrita a Roma. A cidade profana e atrevida, que durante tantos séculos desafiou o Todo-poderoso, lançando Suas verdades por terra e perseguindo os Seus filhos, finalmente terá a sua paga: "E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do Céu; e não se arrependeram de suas obras" (Apocalipse 16:10-11).
A sexta e penúltima praga parece ter um significado simbólico, relacionado com a preparação para a vinda de Jesus, o Grande Rei, e o fechamento da graça, representado pela retirada do Espírito Santo e o secamento do Eufrates : "E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente" (Apocalipse 16:12).
Quando a Babilônia literal foi subvertida, as águas do Rio Eufrates, que lhe serviam de proteção, foram desviadas para que os soldados persas a invadissem. Ciro, o grande rei do Oriente que comandou essa conquista, foi colocado como tipo de Cristo e, significativamente, chamado por Deus de Seu ungido, como está escrito: "Assim diz o Senhor ao Seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face e de cingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão: Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos: quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros das trevas e as riquezas encobertas, para que possas saber que Eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. Por amor de Meu servo Jacó, e de Israel, Meu eleito, Eu te chamo pelo teu nome, ponho-te o teu sobrenome, ainda que não Me conheces. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de Mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não Me conheças" (Isaías 45:1-5).
Foi por causa desta profecia que os hebreus cativos em Babilônia receberam os favores de Ciro, o conquistador monoteísta persa e um homem justo, segundo a História e a Bíblia. Ao ser-lhe mostrado o texto profético escrito antes mesmo do seu nascimento, Ciro ficou perplexo e creu no Deus Altíssimo, por quem também foi chamado de Meu pastor : "Quem diz de Ciro: é Meu pastor, e cumprirá tudo o que Me apraz; dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e ao templo: Funda-te" (Isaías 44:28).
Por esta razão, um dos hebreus, o profeta Daniel, ocupou o mais elevado posto na hierarquia do governo universal daquele rei. Também por esta razão o rei, acatando a profecia sagrada, concedeu liberdade e recursos aos hebreus para reedificação de Jerusalém e do templo.
Finalmente, a sétima e última praga é aquela que precederá a imediata vinda do Senhor: "E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito. E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia Se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva: porque a sua praga era mui grande" (Apocalipse 16:17-21).
Esta última praga abrirá muitas prisões para dar liberdade aos fiéis mensageiros de Deus que foram encarcerados por causa da intolerância religiosa e da grande perseguição que se seguiu a ela.
Outro tipo de prisão também será aberta, para libertar muitos prisioneiros: a sepultura. Haverá uma ressurreição especial, antes da grande ressurreição que acontecerá no dia da volta do Senhor Jesus. Os fiéis servos de Deus que mais se destacaram no testemunho da verdade, voltarão à vida. Dentre estes destacam-se Daniel e os 144.000, todos os que desceram aos túmulos sob as bênçãos da mensagem do último período da Igreja de Deus, o período de Laodicéia ou do povo do juízo.
Assim são explicadas as bem-aventuranças registradas pela Palavra de Deus: "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam" (Apocalipse 14:13).
Ora, é absolutamente certo que todos, em qualquer época, são bem-aventurados se dormem no Senhor. O que o texto revela, sem nenhuma dúvida, é que esta é uma bem-aventurança especial. O verso imediatamente anterior dá as características dos que receberão estas bênçãos especiais: os mensageiros da restauração das verdades eternas, mudadas por Roma: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (verso 12).
Estas mesmas bênçãos foram prometidas já nos dias de Daniel: "Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (Daniel 12:12-13). O período mencionado, bem como a identidade dos que farão parte dos 144.000 estão esclarecidos no nono capítulo desta série, intitulado "O Selo de Deus e o Sinal da Besta".
No tempo de angústia, mencionado no livro de Daniel, muitos ressuscitarão numa ressurreição especial, como está escrito: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno" (Daniel 12:2). Ora, sendo muitos, fica absolutamente claro que não são todos.
As duas grandes ressurreições são separadas por um período de mil anos e abrangerão condições distintas: a primeira trará apenas os justos à vida, enquanto a segunda ressuscitará os ímpios. A ressurreição especial, mencionada por Daniel, é diferente das outras, pois abrange justos e ímpios, simultaneamente.
Isto está em harmonia com a Palavra de Deus. Jesus, ao Ser interpelado pelas autoridades judaicas que O acusavam de blasfêmia pela pretensão de ser Ele o Filho de Deus, disse-lhes, respondendo ao sumo sacerdote: "Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" (Mateus 26:64).
Ora, para que eles possam vê-Lo, é necessário que estejam vivos, ressuscitados antes de Sua gloriosa vinda. Assim como eles, todos os mais acérrimos inimigos de Deus, os que se destacaram no combate às verdades do Evangelho Eterno, também ressuscitarão para a vergonha e o desprezo eternos. O apóstolo do Apocalipse, contemplando a cena gloriosa da vinda do Senhor, descreveu: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá, até os mesmos que O traspassaram: e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém" (Apocalipse 1:7).
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1 comentários:
qual a praga que passa de geração em geração, chamada a praga da molestria
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