A doutrina do juízo está firmemente estabelecida através dos ensinos das Sagradas Escrituras. Conforme estes mesmos ensinos, não pode existir nenhuma dúvida de que todos comparecerão diante do Tribunal de Deus. Não importa a opinião ou desejo de quem quer que seja o que está escrito na Palavra de Deus será cumprido. A positiva e clara declaração das Sagradas Escrituras não deixa margem a dúvidas: Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (II Coríntios 5:10).


Inúmeros textos podem ilustrar, além dos que foram antes mencionados, esta verdade tão preciosa: O Senhor julgará os povos... Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o Seu tribunal para julgar (Salmos 7:8 e 9:7). Há segurança na certeza da justiça do Senhor: Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com eqüidade, e governarás as nações sobre a Terra . ... Ele julgará os povos com retidão. Alegrem-se os céus, e regozije-se a Terra; brame o mar e a sua plenitude. Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então se regozijarão todas as árvores do bosque, ante a face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a Terra: julgará o mundo com justiça e os povos com a Sua verdade . (Salmos 67:4 e 96:10-13).


A retidão, a justiça e a misericórdia são os princípios que prevalecerão no juízo. Os sábios conselhos de Jesus são escudo e seguro caminho para a vitória: Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós (Mateus 7:1-2).


As palavras dos apóstolos confirmam estes conceitos: Mas tu, porque julgas teu irmão? Ou tu, também, porque desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo . De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Romanos 14:10 e 12). Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo (Tiago 2:12-13).


Nada ficará oculto ou encoberto. Todos os atos que os homens praticarem darão deles conta no juízo: Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se (Mateus 10:26). Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido . Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado (Lucas 12:2-3).


Mesmo coisas que, muitas vezes, possam parecer sem importância, serão devidamente consideradas no dia de ajuste de contas. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado (Mateus 12:36-37). Pelos méritos de Jesus o Deus Altíssimo concedeu-Lhe toda a autoridade de exercer o juízo, honra que Ele repartiu com os Seus filhos: E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo . E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem (João 5:22 e 27).


A maior necessidade do ser humano é saber que existe um juízo para o qual todos devem estar preparados. Toda pessoa, para nele prevalecer, deve ter a compreensão de que Deus não é um Juiz rigoroso e inflexível que busca os defeitos para condenar, mas um Pai amoroso, cujo maior desejo é salvar o filho querido, a quem deseja justificar e por quem deu a Sua preciosa vida: Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dos mortos (Atos.17:30-31).


A seguinte afirmação solidifica mais ainda estas afirmações: Conjuro-te pois diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino (II Timóteo 4:1).


Os indiferentes, os impenitentes e os que rejeitam a salvação em Cristo não compreendem a grandeza daquilo que estão desprezando. Somente tarde demais chorarão e clamarão a terrível perda, ocasionada pelo seu orgulho e desinteresse. Dizem as Escrituras: Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo (Provérbios 28:5). O pensamento de que permanecerão impunes, incentiva-os na prática do mal: Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal (Eclesiastes 8:11).


O terno convite do Salvador a cada um de Seus filhos é expresso nas sublimes palavras: Procura lembrar-me; entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que te possa justificar (Isaías 43:26). É certamente com dor no coração que o Pai misericordioso adverte aos que O não aceitarem como Juiz, Advogado e Réu substituto, enfim, como Salvador: Quem Me rejeitar a Mim, e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia (S. João 12:48).