Existem dois graves erros que devem ser evitados pelos que amam a Deus. O primeiro é o pensamento de que podem tornar-se santos por seus próprios méritos e apresentar qualquer coisa que os possa justificar diante do Senhor, por suas próprias obras, pela guarda da Sua Lei. Isto lhes é completamente impossível, pois estas boas obras, para este fim, são como trapo da imundícia (Isaías 64:6).


Ninguém pode se justificar diante de Deus pela guarda da Lei ou pela prática de boas obras. A obediência e observância dos mandamentos e a prática de obras de justiça são conseqüência da justificação pela fé, da salvação em Cristo. Conseqüência , e não causa. O erro oposto e não menos perigoso é o de que a crença em Cristo isente o homem da observância da lei de Deus; que, visto como só pela fé é que nos tornamos participantes da graça de Cristo, nossas obras nada têm que ver com nossa redenção (WHITE, Ellen G. Vereda de Cristo. pp. 82 e 83).


A manifestação da fé e o louvor a Deus somente terão valor se apresentados de maneira consciente e equilibrada: Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Romanos 12:1).


O amor fraternal é o resultado deste culto racional, como está escrito: A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a Lei (Romanos 13:8). Com efeito: não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás, e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da Lei é o amor (versos 8 a 10).


A graça nos capacita para sermos obedientes à Lei. Então, debaixo da graça, satisfeitas as condições de obediência, podemos nos apropriar das bênçãos da salvação pela fé. É disto que necessitamos: a manifestação do eterno e fiel amor de Deus em nossa vida.


A Lei de Deus é o amor. Amor a Deus e ao próximo. Sem amor não cumprimos a Lei. Guardar a Lei é repartir com o próximo as bênçãos do amor que redime, do perdão e da graça, que recebemos do Senhor.


Meu amigo e irmão, na esperança e na fé: posso chamá-lo simplesmente de amigo, porque não? Isto se tão-somente estes escritos lhe despertaram a curiosidade e não foram suficientes para tirar-lhe a indiferença ou o desinteresse. Mas se, porventura, os mesmos lhe trouxeram o desejo de conhecer melhor a Jesus, se lhe trouxeram conforto e instrução, grande é a minha alegria e o meu privilégio de chamar-lhe irmão, na esperança e na fé.


É meu desejo que possamos compartilhar o companheirismo e a amizade fraternal pelos séculos sem fim, no Reino de Jesus Cristo, do qual poderemos ser os venturosos cidadãos.


Todo cidadão consciente e honesto é cumpridor das leis do País, por ser uma obrigação de todos e um dever de cidadania. Quão mais importante é ser fiel, obediente e cumpridor das leis dAquele que concedeu a vida. Por duas vezes: ao criar o ser humano, do qual somos descendência e ao dar-nos a oportunidade de perpetuar esta mesma vida, para além das fronteiras do túmulo, pelo incompreensível e infinito sacrifício da cruz. Por causa do pecado, nosso destino é a morte. Por causa da cruz, nosso novo destino pode ser a vida eterna.


A decisão é de cada um, individualmente. A decisão é sua. Escolha agora a quem servir. Se a sua escolha for com Jesus, certamente haverá de reconhecer que a Lei de Deus não é algo a que se deva dar pequena ou nenhuma importância. Ela é a constituição do Seu governo universal. O desprezo à Lei de Deus é desprezo ao próprio Deus.


E quando alguém pedir a razão de sua fé e perguntar-lhe por que guarda os mandamentos da Lei de Deus, responda com a Escritura Sagrada: PORQUE AMO A JESUS E PORQUE ESTE É O DEVER DE TODO HOMEM” (João 14:15 e 21, Eclesiastes 12:13).