A promessa de Deus era de que não haveria mais demora e de que ao ser tocada a sétima trombeta os Seus segredos, as profecias e o livro fechado ou selado, seriam revelados. Isto ocorreu imediatamente após a grande decepção. Os sinceros filhos de Deus, estudiosos perseverantes das profecias, entraram pela fé no santuário celestial, ao entenderem o significado do antigo cerimonial, relacionado com o ministério de Jesus.


A data de 22 de outubro de 1.844 como ponto inicial para a purificação do santuário celestial estava correta. Naquele dia Jesus passou do lugar santo para o lugar santíssimo do santuário celestial, conforme era figurado no dia da purificação do santuário terrestre, no dia da expiação ou do juízo.


E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças Te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomastes o Teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a Tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o Teu nome, a pequenos e grandes, e o tempo de destruires os que destroem a Terra. E abriu-se o santuário de Deus que está no Céu, e no Seu santuário foi vista a arca do Seu pacto... (Apocalipse 11:15-19).


Ao profeta Daniel foram mostradas as mesmas cenas que foram mostradas ao profeta do apocalipse. Diz o seu relato: Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias Se assentou; o Seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da Sua cabeça como a limpa lã; o Seu trono chamas de fogo, e as rodas dele fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e milhões de milhões estavam diante dEle; as sentou-se o juízo, e abriram-se os livros . Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele . E foi-Lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino o único que não será destruído (Daniel 7:9-10 e 13-14). E continua o relato: Até que veio o Ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino . Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim . E o rei no, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o Seu reino será um reino eterno, e todos os domínios O servirão, e Lhe obedecerão (Daniel 7:22, 26 e 27).


Dos vinte e quatro anciãos assentados nos seus tronos, testemunhas do julgamento então iniciado, participantes do tribunal do Altíssimo, devem ou podem fazer parte aqueles que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de Jesus, como está escrito no relato de Sua morte: E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a Terra, e fenderam-se as rochas, e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dEle, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos (S. Mateus 27:51-53). Este acontecimento fôra predito com muitos séculos de antecedência: juntamente com o Meu cadáver ressuscitarão (Isaías 26:19, versão Almeida Atualizada).


Não desejamos afirmar, mas apenas convidar à reflexão, a respeito da identidade destas personagens que fazem parte do juízo, em sua primeira fase, cujo número é estabelecido pela Palavra de Deus: os vinte e quatro anciãos.


Quando as Sagradas Escrituras se referem aos filhos de Israel, elas se referem a todos os que, de todas as épocas, foram resgatados pela fé e pelo sacrifício de Jesus e a Sua graça, e são, com Ele, vencedores e herdeiros do Reino de Deus, a vida eterna. É bastante significativa, então, a afirmação de Jesus, ao dizer aos Seus doze apóstolos: E eu vos destino o reino, como Meu Pai Mo destinou; para que comais e bebais à Minha mesa, no Meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel (S. Lucas 22:29-30).


Ainda a este respeito, Jesus reiterou esta promessa em outra ocasião: Então Pedro, tomando a palavra, disse-Lhe: Eis que nós deixamos tudo, e Te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que Me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da Sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (S. Mateus 19:27-28).


Não poderiam os apóstolos ser doze destes anciãos , representando o período apostólico ou cristão, enquanto os outros doze que representariam o período patriarcal ser os doze tronos das tribos de Israel? As Escrituras mencionam um fato a isto relacionado: antes de morrer, dentre as bênçãos aos seus filhos, Jacó proferiu a seguinte: Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel (Gênesis 49:16).


A referência a estes vinte e quatro anciãos que circundavam o trono de Deus e participavam da cerimônia que veremos ser a da execução do juízo investigativo, já fôra mencionada pelo apóstolo da revelação. Eis o seu relato: Depois destas coisas, olhei e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e Um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro anciãos vestidos de vestidos brancos; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro (Apocalipse 4:1-4).