Jesus ao subir aos Céus entrou no santuário celestial, iniciando o verdadeiro trabalho de expiação, prefigurado no antigo cerimonial pelos sacrifícios diários. Durante um determinado período de tempo faria Ele esta obra expiatória, no lugar santo , até que passasse para o lugar santíssimo . Ali haveria de efetuar a purificação do santuário, ou o juízo. Então, todos os pecados confessados seriam totalmente perdoados e esquecidos.


Haveria o juízo ou julgamento do pecador contrito e o santuário seria purificado. Não o santuário terrestre, mas o celestial, para onde haviam sido transferidos os pecados confessados de todos os pecadores arrependidos. Estes pecados, confessados e abandonados, são os que são assumidos por Jesus, nosso Sumo-Sacerdote. A este respeito é que está escrito: O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Provérbios 28:13).


A Palavra de Deus não deixa dúvidas a respeito da existência do santuário celestial e do propósito a que ele se destina. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Hebreus, menciona o ritual do santuário terrestre, explicando os serviços de cada compartimento. Refere-se ele ao fato de que no lugar santíssimo , o segundo compartimento, só o sumo sacerdote, uma vez no ano (entrava), não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo (Hebreus 9:7).


Continuando, diz ele claramente o propósito de tais cerimônias: Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto (ou manifestado) enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo (verso 8). No verso seguinte ele conclui que o primeiro santuário é uma alegoria (verso 9) ou representação do verdadeiro santuário, não da Terra, mas do céu, como está escrito: Mas, vindo Cristo o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais per feito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação (feito pelo homem), nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção (Hebreus 9:11-12).


Na seqüência o apóstolo esclarece: Sem derramamento de sangue não há remis são, de sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cris to não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante Deus (Hebreus 9:22-24).


Ao receber as revelações do Apocalipse, São João viu o santuário celestial. Eis o seu relato: Abriu-se o santuário de Deus que está no Céu, e no Seu santuário foi vista a arca do Seu pacto... (Apocalipse 11:19). Ora, está firmemente assenta da, pelos testemunhos de Moisés, Paulo e João, a realidade do santuário celestial, que servia de exemplo para as cerimônias do santuário terrestre.


O próprio Salvador, antes de concluir a Sua missão aqui na Terra e iniciar o Seu ministério no Santuário Celestial assim expressou a sublime promessa: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também . E o salmista, com a voz da inspiração, declara. O Teu caminho, ó Deus, está no Santuário. Que Deus é tão grande como o Nosso Deus? (Salmo 77:13).